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5ºAula Currículo e as Novas Tecnologias Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • compreender o currículo frente às mudanças decorrentes das novas tecnologias. Na aula 04 refletimos a respeito de duas visões influentes na organização curricular de nossas escolas: a visão conservadora e visão progressista, esta última defendida por Paulo Freire. Abordamos ainda algumas questões sobre o planejamento curricular em instituições escolares. Ao final desta aula você estará mais preparado para reflexões referentes ao currículo na contemporaneidade e os desafios com as novas tecnologias. Fonte: Google Imagem. Acesso em: 24 de maio de 2023. Bons estudos! 32Escola e Currículo e Avaliação Institucional 1 - Tecnologia 2 - Novas tecnologias e Educação 3 - Currículo e Novas Tecnologias 1 - Tecnologia Fonte: Google imagem. Acesso em: 20 outubro 2012. Como elucida o quadrinho acima, as novas tecnologias fazem parte do cotidiano de todo homem moderno. Informação importante: O termo tecnologia vem do grego “tekhne” que significa “técnica, arte, ofício” juntamente com o sufixo “logia” que significa “estudo”. Tecnologia é um produto da ciência e da engenharia que envolve um conjunto de instrumentos, métodos e técnicas que visam a resolução de problemas. É uma aplicação prática do conhecimento científico em diversas áreas de pesquisa. As tecnologias primitivas ou clássicas envolvem a descoberta do fogo, a invenção da roda, a escrita, dentre outras. As tecnologias medievais englobam invenções como a prensa móvel, tecnologias militares com a criação de armas ou as tecnologias das grandes navegações que permitiram a expansão marítima. As invenções tecnológicas da Revolução Industrial (século XVIII) provocaram profundas transformações no processo produtivo. A partir do século XX, destacam-se as tecnologias de informação e comunicação através da evolução das telecomunicações, utilização dos computadores, desenvolvimento da internet e ainda, as tecnologias avançadas, que englobam a utilização de Energia Nuclear, Nanotecnologia, Biotecnologia, etc. Os avanços da tecnologia provocam grande impacto na sociedade. Pelo lado positivo, a tecnologia resulta em inovações que proporcionam melhor nível de vida ao Homem. Como fatores negativos, surgem questões sociais preocupantes como o desemprego, devido a substituição do Homem pela máquina ou a poluição ambiental que exige um contínuo e rigoroso controle. Fonte: Conceito retirado do dicionário Significado Disponível em: www. osignificado.com.br. Acesso em:20 outubro 2012, 15h. Tecnologia é a maneira como o homem utiliza cada ferramenta, por ele mesmo criada, para realizar determinada ação. A evolução social e cultural da humanidade instigou Seções de estudo a criação de tecnologias; desde a descoberta do fogo, da roda, da invenção do ábaco, até o momento predominam as tecnologias por onde o homem transita culturalmente. Segundo Macedo (1997), o papel que as tecnologias vêm desempenhando nas diversas áreas da vida social tem sido estudado, tanto no campo da filosofia, quanto no da sociologia. Os mais conservadores defendem que as novas tecnologias são responsáveis pela destruição de alguns padrões éticos e morais, e, no extremo oposto, há grupos que encaram a tecnologia como o principal instrumento do avanço social, como um todo. Fonte: Google imagem, acesso em: 20 outubro de 2012. As tecnologias acompanham o homem desde suas primeiras e mais simples invenções. É de importância nas mais diversificadas áreas de atuação da atividade humana. Nesse sentido, os debates em relação ao tema se tornam cada vez mais comuns e instigantes. Para Refletir [...] a emergência de novas tecnologias tem reorientado acentuadamente o futuro social, econômico, político, cultural e ambiental das populações (JARDIM, 1992, p. 2). 2 - Novas tecnologias e Educação A contemporaneidade é permeada pelas novas tecnologias informacionais, o impacto das redes de computadores, da microeletrônica, das telecomunicações é total e pode ser sentido em todas as esferas sociais. Sendo assim, o homem segue como parte integrante, ora passivamente, ora atuante, nesse cenário de singularidade e de intensas mudanças tecnológicas. Tais mudanças refletem com nitidez no campo educacional. De forma veloz, se intensificam o uso das redes neste setor da sociedade. Para Refletir Rapidamente se intensificaram as pesquisas sobre as inúmeras possibilidades para uso da rede na educação, merecendo destaque a euforia com que foram anunciadas as novas possibilidades de seu uso para a educação a distância (EAD), que seria a salvadora dos desafios de países que ainda lutam com a falta de universalização da educação básica, como é o caso do Brasil (PRETTO; PINTO, 2006) Acompanhada aos condicionantes da globalização contínua desde a Segunda Guerra Mundial, a revolução da tecnologia da informação tem sua origem mais ou menos no 33 fim dos anos 1960 e meados da década de 1970 (JARDIM, 1992, p. 2). A década de 1980 ganha destaque, disseminam-se os computadores, e em passos lentos, vai se apercebendo sobre a importância do micro. Como afirma Figueiredo (1997, p. 420) “[...] suas aplicações evoluem então do processador de texto para programas de bancos de dados, gráficas, estatísticas e redes de comunicação”. O crescimento das redes eletrônicas ocasiona a disseminação de uma gama de informações e o acesso de um público mais amplo na arena da digitalização (DOLLAR, 1994) Especificamente na área educacional, na era contemporânea, são expressivos os avanços notados nas pesquisas relacionadas à educação após a utilização de dados digitalizados disponíveis nos variados bancos de dados governamentais e nas agências, no que diz respeito a características demográficas, educacionais, econômicas, como tantas outras da população em geral. Tornam-se, segundo May (2004, p. 89), “[...] uma rica fonte de dados para os pesquisadores sociais”. No entanto, faz-se necessário considerar com rigorosidade, os pontos fortes desses dados, assim como suas fragilidades. Numa perspectiva geral o uso de computadores, redes, programas, tem impactado o caminho da educação. A facilidade com que a informação é apresentada com a utilização dessas ferramentas tecnológicas caracteriza-se em avanços para as pesquisas educacionais. Grandes estudos educacionais iniciados em países avançados utilizaram-se das ferramentas metodológicas das tecnologias disponíveis na época para garantirem sua eficácia. Um exemplo são os relatórios realizados na década de 60 nos Estados Unidos, como também os relatórios realizados na Inglaterra, que chegaram a resultados que até os dias atuais orientam pesquisas educacionais referentes à eficácia escolar. Compreende-se assim a relevância das novas tecnologias para o campo educacional nas últimas décadas. Diante de ganhos, limites e desafios que chegam aliados aos novos meios tecnológicos, há de se considerar que a integração “Tic’s” e “educação”, expressam-se no cenário atual das mais variadas formas. O espaço escolar frente às novas tecnologias No caso brasileiro as últimas décadas marcam a entrada das novas tecnologias no cotidiano escolar. O uso de computadores, redes e programas, assim como outras fontes de arquivo, informação e comunicação começam a ser parte integrante da vida escolar, tardiamente quando comparados a países avançados. A diminuição da distância da informação e comunicação entre países, estados, municípios, escolas, que acabam por formar uma única rede, propiciada pelos meios tecnológicos atualmente existentes, vem conduzindo a mudanças positivas que se remetem em ganhos para o campo educacional. Mas é preciso considerar que inúmeras são as desigualdades existentes e que mesmo com tais avanços, muitas realidades brasileiras não se encontram inseridas nessas redes que se formam diante das novas tecnologias. São inúmeros os desafios no próprio espaçoescolar para a inserção dos meios digitais como parte integrante do seu cotidiano. A adequação das tecnologias ao currículo, o profissional da educação preparado em sua formação inicial e continuada para lidar com os novos recursos de trabalho disponíveis, a utilização das tecnologias para o trabalho com os arquivos escolares, podem parecer questões mínimas, mas que ainda são necessidades a requerer intervenções para que esse diálogo entre novas tecnologias e educação verdadeiramente aconteça O pensamento de Pretto e Pinto (2006) contribui na compreensão da complexidade e abrangência do papel das novas tecnologias frente à educação escolar. Para Refletir A tecnologia sempre foi instrumento de inclusão social, mas agora isso adquire novo contorno, não mais como incorporação ao mercado, mas como incorporação à cidadania e ao mercado, garantindo acesso à informação e barateando os custos dos meios de produção multimídia através das novas ferramentas que ampliam o potencial crítico do cidadão. Somos cidadãos e consumidores, emissores e receptores de saber e informação, seres ao mesmo tempo autônomos e conectados em redes, que são a nova forma de coletividade. Irresistível! Nada melhor do que o espaço da escola para essa revolução (PRETTO; PINTO, 2006) O espaço escolar constitui-se marcado pelas transformações decorrentes na sociedade em geral, sendo assim é um campo empírico rico para a compreensão de como as mudanças chegam e afetam os mais diversos cidadãos através da instituição pública de frequência diversa. Como aponta Andrade (2003) “a eficiência de uma técnica não está na sua novidade, mas no seu uso social ou cultural, no grau de atendimento às “necessidades” ou aos desejos da comunidade”. A revolução trazida pela rede mundial possibilita que a informação gerada em qualquer lugar esteja disponível rapidamente. A globalização do acesso e a simultaneidade da informação são ganhos inestimáveis para as relações sociais. A diminuição da distância da informação e comunicação entre países, estados, municípios e o espaço escolar vêm contribuindo para o enfrentamento e efetividade dos desafios que se apresentam para a educação. 3 - Currículo e Novas Tecnologias É importante pensarmos que a tecnologia no espaço educacional precisa colocar-se a serviço de seus objetivos. E para que isso venha a ocorrer são necessárias mudanças no conceito de currículo escolar. Tais mudanças irão demandar esforços por parte de educadores e autoridades governamentais. As mudanças encontradas na Lei de Diretrizes e 34Escola e Currículo e Avaliação Institucional Bases 9.394/1996 trazem importantes contribuições para o enriquecimento escolar. Para que ocorram transformações inovadoras no campo educacional faz-se necessário formar educadores pesquisadores com visão ampla de futuro, com ideias que ultrapassem os limites da escola, educadores comprometidos com a ideia de comunidades de aprendizagem. Robótica, multimídia, computador, link, software, hardware, conexão, internet, o que fazer com tudo isso na educação? Para Refletir Tecnologia é ferramenta. Como um canivete, um bom artesão pode produzir as mais belas esculturas em madeira. Um torno de controle numérico em mãos erradas é um elefante branco, não serve para nada. Mas, obviamente, esse torno em mãos certas é um instrumento de colossal produtividade. Nada diferente com as tecnologias educativas. São ferramentas e há muitas, cada uma melhor para lidar com cada problema particular (CASTRO, 2000, p.65). Para Macedo (1997), a resistência dos educadores às tecnologias educacionais pode ser em função dos interesses subjacentes às políticas públicas que envolvem as tecnologias educacionais, normalmente consumidoras de vultosas somas transferidas do poder público para a iniciativa privada. Alguns dos questionamentos que surgem partem do pressuposto de que, diante de tantos problemas que rodeiam a educação, qual é realmente a importância do tamanho dos investimentos em projetos, que nem sequer são devidamente acompanhados e avaliados? Partindo desse pensamento, a maioria dos professores se defende e tenta, ao máximo de um jeito ou de outro, “ganhar” tempo para que a implementação da tecnologia se faça o mais lentamente possível. Talvez, seja essa resistência que reforce ainda mais a dificuldade em realizar esses projetos. Pensando nisso, avaliaremos agora a relação entre currículo e novas tecnologias. Tratar a relação entre currículo e tecnologia, que aqui se restringirá, apenas, ao uso da informática, significa falar do que atualmente vem obtendo maior pressão no que diz respeito a mudanças e alterações dos currículos escolares e, também, a que maior resistência tem encontrado por parte dos professores; claro que não desconsiderando as demais tecnologias existentes. Desde a década de 70 que as questões ligadas às tecnologias vem ganhando espaço nas discussões sobre currículo escolar e sobre o mundo produtivo e competitivo, o que cobra, cada vez mais, a presença da informática. Por um lado, a escola tem o papel de tornar o aluno cada vez mais informatizado, e, por outro, a ideia de formação profissional tem sofrido inúmeras mudanças. A busca por preparar e oferecer aos alunos a capacidade de operar a informática desafia a escola a se modernizar. Os currículos deveriam introduzir a informática, familiarizando esses alunos com a nova tecnologia e, mais que isso, deverá prepará-los para atuar no mercado de trabalho, cada vez mais competitivo e exigente. O fato é que, se a escola se curvar diante das exigências do mercado de trabalho, introduzindo a informática em seu currículo, estará banalizando as dificuldades impostas a ela pela racionalidade científica. A questão seria: como introduzir essa tecnologia nos currículos escolares. Conceituar a tecnologia não como artefato técnico, mas como uma construção social, pode certamente contribuir para o esclarecimento sobre o processo social no qual se constroem, conjuntamente, a tecnologia da informática e o currículo. Outra questão que também deve ser levada em consideração é o fato de, atualmente, ao falarmos de formação profissional, termos claras as inúmeras mudanças em torno das organizações curriculares clássicas. Primeiro, porque os conteúdos do trabalho não são aprendidos na escola pela experiência; segundo, porque as habilitações hoje existentes parecem não ser suficientes para atender às novas exigências do processo produtivo, o que pede uma generalização do conhecimento. Caberia à escola fornecer um currículo vasto, pois a formação específica ficaria a cargo das empresas. A tecnologia, apesar de tornar o homem mais capaz e com um forte domínio sobre a natureza, tende a transformar a vida em uma prática cada vez mais irrefletida. Dessa maneira, a modernização tecnológica sobre o cotidiano dos homens exige que o saber técnico seja mediado pela prática histórica concreta, sendo que o poder técnico e a vontade política devem se articular. A outra questão é: será que esse desafio colocado pelas novas tecnologias, para a educação, pode ser tão facilmente assumido pelas empresas? Na década de 1970, viveu-se, no campo do currículo, a uniformização das experiências pedagógicas, seja por modelos curriculares desenvolvidos por especialistas, ou por livros didáticos e programas de televisão adotados em todo o país. Em seguida, na década de 1990, mais uma vez ressurge e convida a vivenciar novamente tais anseios. Começa-se a discussão sobre o currículo nacional, sobre a valorização do livro didático, utilizado como um auxiliar do professor, propõe-se programas de educação a distância para treinamento de professores, por todo o país, e, claro, sonha-se com todas as salas de aula informatizadas, tudo em prol da melhoria da qualidade da educação. De modo geral, consideramos o computador uma ferramenta como qualquer outra. Assim, o livro didático, o lápis e o papel não seriam muito diferentes,pois devemos concordar que tais instrumentos vieram facilitar o trabalho, tanto dos professores, quanto dos alunos. O livro didático, por exemplo, liberou os alunos e professores das extensas cópias. O mesmo ocorre com o computador, que veio para facilitar a elaboração de gráficos, a apresentação de trabalhos, a realização de experimentos científicos, a pesquisa, a notícia em tempo real, entre tantos outros benefícios. A utilização de computadores como máquinas de ensinar, fontes de pesquisa e editores de texto traz consigo determinadas concepções de conhecimento e de sociedade. Talvez o maior erro seja ter dado mais relevância para os pontos negativos do que para os positivos. Porém, não se trata simplesmente de aceitar a tecnologia, 35 mas de obter um cuidado crítico em relação aos usos educativos que dele se faz. A preocupação gira em torno de subordinar a máquina a determinadas decisões curriculares, ao invés de nos tornarmos seus subordinados, pois sabemos que esse processo apresenta alguns riscos. O computador deve ser utilizado como mais um dos instrumentos que contribuem para a mediação, a construção do conhecimento e da aprendizagem. Por outro lado, o computador, que se mostra apenas como uma ferramenta, esconde formas de organização e seleção do conhecimento válidos. Por isso, utilizá-lo de maneira crítica é um processo extremamente difícil, que envolve ter bem claras, todas as escolhas que não devemos fazer. Como educadores, devemos fazer opções, utilizar ou não determinados programas, assumir riscos, qualquer que seja nossa decisão. É importante lembrar que os aspectos positivos dos programas são bem ressaltados nos folhetos de propaganda, já os negativos, são desconsiderados por quem busca a comercialização. Portanto, precisam-se criar mecanismos para introduzir o computador em nossos currículos escolares, mas de acordo com a lógica da escola. É preciso construir alternativas para o conhecimento objetivo, proposto como mito inquestionável pela máquina. E, ainda, construir um currículo que interaja com o computador, mas que seja uma negociação de sentidos, de ideais, da aceitação da subjetividade e de valorização da experiência. Só assim poderemos subordinar, efetivamente, o computador à diversidade da experiência humana. Estamos indo bem!! Agora é só revisar... Retomando a aula 1 - Tecnologia Tecnologia é a maneira como o homem utiliza cada ferramenta, por ele mesmo criada, para realizar determinada ação. A evolução social e cultural da humanidade instigou a criação de tecnologias; desde a descoberta do fogo, da roda, da invenção do ábaco, até o momento predominam as tecnologias por onde o homem transita culturalmente. 2 - Novas tecnologias e Educação São inúmeros os desafios no próprio espaço escolar para a inserção dos meios digitais como parte integrante do seu cotidiano. A adequação das tecnologias ao currículo, o profissional da educação preparado em sua formação inicial e continuada para lidar com os novos recursos de trabalho disponíveis, a utilização das tecnologias para o trabalho com os arquivos escolares, podem parecer questões mínimas, mas que ainda são necessidades a requerer intervenções para que esse diálogo entre novas tecnologias e educação verdadeiramente aconteça. 3 - Novas Tecnologias e Educação Como educadores, devemos fazer opções, utilizar ou não determinados programas, assumir riscos, qualquer que seja nossa decisão. É importante lembrar que os aspectos positivos dos programas são bem ressaltados nos folhetos de propaganda, já os negativos, são desconsiderados por quem busca a comercialização. Vale a pena Currículo, Cultura e Sociedade. Antonio Flávio Barbosa Moreira. Organizador: TADEU, Tomaz Editora: Cortez 1994 Vale a pena ler Coach Carter - Treino para a Vida, 2005, Esporte/Drama Vale a pena assistir Minhas anotações
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