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Dependência química e crack
O uso do crack é amplamente reconhecido como uma das formas mais
severas de dependência química. Isso se deve à natureza altamente
viciante da droga, que atua de maneira rápida e intensa no cérebro,
gerando uma sensação de euforia e prazer intensos. Porém, essa sensação
é seguida por uma queda abrupta, levando o usuário a buscar
repetidamente a droga para evitar a síndrome de abstinência,
caracterizada por sintomas como ansiedade, irritabilidade, insônia e
depressão.
A dependência química do crack é um fenômeno complexo, envolvendo
tanto fatores biológicos quanto psicológicos e sociais. Do ponto de vista
biológico, o uso crônico da droga leva a alterações nos sistemas de
recompensa e regulação emocional do cérebro, tornando o indivíduo cada
vez mais dependente da substância. Psicologicamente, o crack pode se
tornar um mecanismo de enfrentamento para lidar com traumas, estresse e
problemas emocionais, criando um círculo vicioso de uso e dependência.
Além disso, fatores sociais como pobreza, exclusão, violência e falta de
oportunidades também podem contribuir para o desenvolvimento e
manutenção da dependência do crack. Esse cenário torna o tratamento e a
reabilitação de usuários de crack um desafio complexo, que requer uma
abordagem multidisciplinar e integrada, envolvendo não apenas ações de
saúde, mas também de assistência social e políticas públicas.
Aspectos psicológicos do uso de crack
O uso do crack possui profundos impactos psicológicos no indivíduo. A natureza altamente viciante
dessa substância leva a uma rápida dependência, que se manifesta não apenas fisicamente, mas
também em termos emocionais e comportamentais. O usuário desenvolve uma obsessão pelo crack,
priorizando seu consumo em detrimento de outras áreas da vida, como relações familiares, trabalho e
atividades de lazer. Essa compulsão altera significativamente os processos cognitivos, prejudicando a
capacidade de concentração, tomada de decisão e planejamento a longo prazo.
Além disso, o uso crônico de crack está associado a altos níveis de ansiedade, depressão e paranoia. O
vício gera uma sensação de euforia e bem-estar momentânea, seguida de uma queda abrupta que leva
o usuário a um estado de desespero e descontrole emocional. Esse ciclo vicioso pode levar a problemas
de autoestima, isolamento social e dificuldades no estabelecimento de relações saudáveis. A fissura, ou
desejo intenso de usar a droga, também é um aspecto psicológico marcante no uso do crack, gerando
uma angústia e sofrimento que levam o indivíduo a buscar a substância de forma compulsiva.

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