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Aula 11 - IST e Teste rápido

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Infecções
Sexualmente
Transmissíveis e 
Testes rápidos
Estágio Curricular Supervisionado do 8º semestre
Saúde Sexual
Estratégia para a promoção da saúde e
do desenvolvimento humano e integra
aspectos somáticos, emocionais,
intelectuais e sociais do ser sexual, de
maneiras que são positivamente
enriquecedoras e que melhoram a
personalidade, a comunicação, o prazer
e as relações.
Sexualidade
Questão essencial do ser humano, que contempla sexo, identidades e papéis de
gênero, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução, sendo
influenciada por uma relação de aspectos biológicos, psicológicos,
socioeconômicos, políticos, culturais, legais, históricos, religiosos e espirituais.
Pode ser vivida e expressada por meio de pensamentos, fantasias, desejos,
crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e relacionamentos,
embora nem todas essas dimensões sejam experimentadas ou expressadas.
Promoção da escuta ativa e um ambiente favorável ao diálogo.
O que precisamos saber?
Conceitos ligados às populações-chave que
podem contribuir para uma melhor compreensão
sobre as pessoas atendidas no serviço de
saúde:
● Gays e outros homens que fazem sexo com
homens (HSH)
● Trabalhadoras (es) do sexo
● Pessoa trans
● Mulheres/homens transexuais
● Travestis
Prevenção combinada e sexo seguro
É papel do profissional de saúde
oferecer orientações centradas na
pessoa com vida sexual ativa e em
suas práticas, com o objetivo de, a
partir do risco de aquisição de IST ao
qual a pessoa está exposta ou não,
discutir a(s) melhor(es) estratégia(s)
para prevenção.
Sexo seguro
• Usar preservativo e gel lubrificante;
• Imunizar para hepatite A (HAV), hepatite B (HBV) e papilomavírus humano (HPV);
• Discutir o status sorológico do HIV da(s) parceria(s) sexual(is);
• Testar regularmente para HIV, sífilis, hepatites e outras IST;
• Tratar todas as pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA);
• Tratar todas as pessoas para hepatite C e todas as que tiverem indicação de tratamento 
para hepatite B;
• Realizar exame preventivo de câncer de colo do útero (colpocitologia oncótica);
• Conhecer e acessar a anticoncepção e concepção;
• Realizar prevenção contra HPV, mantendo calendário vacinal atualizado;
• Realizar Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e/ou Profilaxia Pós-Exposição (PEP), quando 
indicado;
• Praticar sexo consentido e sem violência.
Ineficientes
Não usar 
preservativo
Eficientes
Adesivo
Injeção
Comprimido
Vasectomia
Laqueadura Abstinência Prep
PEP
Uso de 
preservativo
Método para sexo seguro
Prevenção Combinada
Estratégia de prevenção que faz uso
combinado de intervenções biomédicas,
comportamentais e estruturais aplicadas no
nível dos indivíduos, de suas relações e dos
grupos sociais a que pertencem, mediante
ações que levem em consideração suas
necessidades e especificidades e as formas
de transmissão.
Prevenção Combinada
Biomédicas: Reduzir a exposição aos
agravos por meio de preservativos e
imunização.
Comportamentais: Enfoque em mais
informações, gerenciamento de risco e
educação em saúde.
Estruturais: Atuar sobre fatores que
provocam vulnerabilidades.
Imunização
HPV HBV HAV
- Vacina quadrivalente (6, 11, 
16 e 18)
- Meninos e meninas 9 a 14 
anos
- 2 doses (0 e 6m)
- Para mulheres e homens 
imunossuprimidos, PVHIV, 
transplantados, pcts
oncológicos até 45 anos, com 
três doses (0-2-6 meses)
- Indicada para todas as 
faixas etárias.
- Três doses de vacina 
contra a hepatite B 
induzem títulos protetores 
de anticorpos (anti-HBs
maior ou igual a 10 
UI/mL)
- Transmissão HEP A: oral-
fecal
- Indicada para crianças de 
15 meses a 5 anos 
incompletos
- Pessoas com hepatopatias, 
coagulopatias, HIV, 
imunossuprimidos, 
transplantados;
- Populações vulneráveis*
- 0,5mL, dose única, IM
Rastreamento de IST
História Sexual e Avaliação de 
risco
Orientações em caso de confirmação de IST:
• Comunicar ao(s) parceiro(s) sexual(is) dos últimos três
meses
• Interromper as relações sexuais até o fim do TTO
• Notificação (SINAN) em caso de sífilis, síndrome do
corrimento uretral masculino, hepatites virais, HIV e AIDS
• Oferecer e estimular o uso de preservativos
• Oferecer tratamento ao(s) parceiro(s)
• Testagem rápida (HIV, HEP B, HEP C, Sífilis)
Abordagem aos parceiros sexuais
• Comunicação por cartão
• Comunicação por correspondência e outros meios
• Comunicação por busca ativa
Importante:
• Confidencialidade
• Ausência de coerção
• Proteção contra discriminação
Manejo de pessoas com IST
INFECÇÃO AGENTE ETIOLÓGICO CLASSIFICAÇÃO
ULCERA ANOGENITAL
Linfogranuloma venéreo Chlamydia trachamatis Bactéria
Cancróide Haemophilus ducreyi Bactéria
Herpes Genital Herpes simplex Vírus
Donovanose Klabsiela granulomatis Bactéria
Sífilis Treponema pallidum Bactéria
CORRIMENTO VAGINAL / URETRAL
Candidíase Cândida albicans Fungo
Clamídia Chlamydia trachamatis Bactéria
Gonorreia Nisseria gonorrhoeae Bactéria
Tricomoníase Trichomonas vaginalis Protozoário
Vaginose bacteriana Multiplos agentes
VERRUGA ANOGENITAL
Condiloma acuminado Papilomavirus Humano (HPV) Vírus
IST e agentes etiológicos
Úlceras Anogenitais
Úlceras anogenitais
Lesões ulcerativas erosivas, com pústulas e/ou vesículas, acompanhadas ou não de dor, ardor, 
prurido, drenagem de material mucopurulento, sangramento e linfadenopatia regional.
Herpes
lesões eritemato-
papulosas que evoluem 
para vesículas, muito 
dolorosas e de 
localização variável na 
região genital.
Donovanose
ulceração de borda 
plana ou hipertrófica, 
bem delimitada, com 
fundo granuloso, de 
aspecto vermelho vivo 
e de sangramento fácil
Azitromicina 500mg, 2 
cp, VO, 1x/ semana, por 
pelo menos três 
semanas
Linfogranuloma
linfadenopatia inguinal 
e/ou femoral
Doxiciclina 100mg, VO, 1 cp, 
2x/dia, por 21 dias ou 
Azitromicina 500mg, 2 
comprimidos, VO, 
1x/semana, por 21 dias
Cancróide
As lesões dolorosas, 
geralmente múltiplas, 
borda é irregular, 
recoberto por exsudato 
necrótico, amarelado, 
com odor fétido
Azitromicina 
500mg, 2 cp, VO, 
dose única
Aciclovir 200mg, 2 
cp, VO, 3x/dia, por 
7-10 dias
Donovanose
Linfogranuloma Venéreo
Cancróide (cancro mole)
• Infecções bacterianas
• Difícil diagnóstico diferencial
• Lesões ulcerativas, sangramento fácil, edema linfático.
• TTO: Azitromicina 500mg ou Doxiciclina 100mg (protocolo com dosagens)
• Avaliar necessidade de tto para parcerias sexuais
Herpes Genital
● HSV tipo 1 (perioral) e 2 (genital)
● Lesões ulcerativas dolorosas, sensibilidade na região, ardência, prurido, febre, mal estar 
geral.
● Reativação por estresse, menstruação, trauma local, atb, imunodeficiência.
● Diagnóstico: clínico; sorologia para HSV 1 e 2
● TTO: ACICLOVIR 200mg 2cp VO, 3x/dia, 7 a 10d
• Infecção bacteriana sistêmica e crônica.
• Agente etiológico: Treponema pallidum - espiroqueta
• Transmissão sexual, vertical, contato com lesões e transfusional
• Em gestantes, a taxa de transmissão vertical de sífilis para o feto é de até 80% intraútero
• provoca entre 30% e 50% de morte in útero, parto pré-termo ou morte neonatal
• RN nascidos de mãe com diagnóstico de sífilis durante a gestação deverão realizar teste 
não treponêmico no sangue periférico
• Lesões nas fases PRIMARIA e SECUNDÁRIA são altamente infectantes
Sífilis (Cancro duro)
Sífilis (Cancro duro)
PRIMÁRIA
• 10 a 90 dias depois 
da infecção
• úlcera única e indolor, 
borda regular e fundo 
acobreado
• dura de 3-8s e 
desaparece sem tto
SECUNDÁRIA
• 6s-6m após lesão 
ulcerativa
• lesões cutâneas 
papulo-eritematosas 
em genitália, região 
palmar e plantar
TERCIÁRIA
• entre 10-30a após 
infecção, sem tto
• acomete sistema 
tegumentar (goma), 
cardiovascular e 
nervoso (neurosífilis)
Sífilis (Cancro duro)
Testagem 
• Com o tratamento, ocorre a queda gradual da titulação entre 9 a 12 meses. 
• Porém sempre com cicatriz / marcador em exames!
Sífilis (Cancro duro)Classificação Esquema terapêutico Alternativa 
Primária
Secundária
Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, dose 
única (1,2 milhão UI em cada glúteo)
Doxiciclina 100mg, 
12/12h, VO, por 15 
dias
Latente 
Terciária
Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, 
1x/semana (1,2 milhão UI em cada glúteo) por
3 semanas
Dose total: 7,2 milhões UI, IM
Doxiciclina 100mg, 
12/12h, VO, por 30 
dias
Neurossífilis Benzilpenicilina potássica/ cristalina 18-24 milhões 
UI, 1x/ dia, IV, administrada em doses de 3-4 
milhões UI, a cada 4 horas ou por infusão contínua, 
por 14 dias
Ceftriaxona 2g, IV, 
1x/ dia, por 10-14 
dias
Sífilis (Cancro duro)
Seguimento do paciente
• Testes não treponêmicos (VDRL) -> a cada três meses até o 12º mês
de acompanhamento do paciente (3, 6, 9 e 12 meses).
• Para a definição de resposta imunológica adequada, utiliza-se o VDLR ou uma queda
na titulação em duas diluições em até seis meses para sífilis recente e queda na
titulação em duas diluições em até 12 meses para sífilis tardia.
• A persistência de resultados reagentes em testes não treponêmicos após o tratamento
adequado e com queda prévia da titulação em pelo menos duas diluições, quando
descartada nova exposição de risco durante o período analisado, é chamada de
“cicatriz sorológica” (serofast) e não caracteriza falha terapêutica.
• A pessoa tratada com sucesso pode ser dispensada de novas coletas após um ano de
seguimento pós-tratamento.
Corrimento uretral e vaginal
● Os agentes etiológicos mais frequentes das uretrites são a Neisseria
gonorrhoeae (gram -) e a Chlamydia trachomatis.
● Características: mucopurulento + dor uretral, disúria, estrangúria
(micção lenta e dolorosa), prurido uretral e eritema de meato uretral.
● Avaliar corrimento uretral, disúria e desconforto peniano.
○ Retrair prepúcio, verificar se o corrimento é proveniente o meato 
uretral 
○ Realizar ordenha da uretra para avaliar corrimento
Tratamento:
● Clamídia: AZITROMICINA 500g, 2cp, VO, em dose única; 
● Gonorreia: Ceftriaxona 500mg IM, dose única MAIS Azitromicina 500mg, 
2 cp, VO, dose única.
Corrimento Uretral
● Investigar a queixa: Consistência, cor e alterações no
odor do corrimento; Presença de prurido; Irritação local;
Comportamentos e práticas sexuais; DUM; Práticas de
higiene vaginal e uso de medicamentos tópicos ou
sistêmicos; e/ ou agentes irritantes locais.
● Exame físico na genitália interna, externa e região anal.
Corrimento Vaginal
Gonorreia e Clamídia
• Queixa de DOR 
PÉLVICA, 
SANGRAMENTO PÓS-
COITAL, CORRIMENTO 
AMARELO-
ESVERDEADO.
• Possível de identificar 
infecção por gonococo na 
região faríngea, anorretal, 
vaginal
Tricomoníase e Vaginose
• Queixa DE DISPAURENIA, 
DISÚRIA, DOR PÉLVICA, 
IRRITAÇÃO VULVAR.
• Aspecto do corrimento: 
AMARELO ESVERDEADO, 
BOLHOSO, CORRIMENTO 
ABUNDANTE, HIPEREMIA 
DA MUCOSA, ODOR 
FÉTIDO
• Tricomoníase pH > 5 a 6,6
• Vaginose pH > 4,5
Candidíase
- Queixa de CORRIMENTO 
BRANCO, GRUMOSO, 
PRURIDO 
VULVOVAGINAL E 
DISÚRIA.
• Fatores que predispõe:
• gravidez, obesidade, 
DM, corticoides e 
antibióticos, ACO, 
hábitos de vida e 
higiene, contato com 
substâncias alergênicas 
(talcos, perfumes, 
desodorantes)
Diferenças
Tratamento para corrimentos vaginais
Candidíase
Miconazol creme a 2%, via vaginal, um 
aplicador cheio, à noite ao deitar-se, por 7 dias
2º- Fluconazol 150mg, VO, dose única OU 
Itraconazol 100mg, 2 cp,
VO, 2/dia, por 1 dia Vaginose bacteriana
Metronidazol 400mg ou 500mg, 2 
comprimidos VO, 2x/dia, por 7 dias
OU
Metronidazol gel vaginal 100mg/g, um 
aplicador cheio via
vaginal, à noite ao deitar-se, por 5 dias
Tricomoníase
Metronidazol 400mg ou 500mg, VO, 2/dia por 7 
dias OU Metronidazol 400mg, 5 cp,
dose única
Verruga Anogenital
HPV
• DNA – vírus de cadeia dupla, não encapsulado
• da família Papovaviridae
• Infecta epitélios escamosos e pode induzir lesões 
cutaneomucosas
• + 200 tipos de vírus identificados
• muitos assintomáticos
• +- 40 tipos acometem do trato anogenital
HPV
Tipos
06*, 11*, 40, 
42, 43, 44, 
54, 61, 70, 
71, 81
Baixo risco: condiloma acuminado 
e lesões de baixo grau
16*, 18*, 26, 
53, 66, 31, 33, 
35, 39, 45...
Alto risco: neoplasias 
intraepiteliais, carcinomas do 
colo uterino, vulva e ânus
HPV
Vacina
• Prevenção do câncer cervical, lesões pré-cancerosas e
verrugas genitais causada pelo HPV tipos 6,11,16 e 18.
• Os subtipos 6 e 11 são responsáveis por 90% das
verrugas genitais
• Os subtipos 16 e 18 por mais de 80% dos casos de
câncer cervical
• A vacina não protege contra os tipos de HPV menos
comuns, portanto os exames de rastreamentos devem
continuar sendo realizados para detectar as lesões
pré-cancerosas e permitir o tratamento precoce
Vacina 
HPV
Meninos e 
meninas de 
09 a 14 anos
0,5 ml, IM, 2 
doses (0 e 
6m)
Quadrivalente 
6,11,16,18
HPV
Vacina
Indicada às pessoas com 
baixa imunidade: 
transplantados de órgãos 
sólidos, de medula óssea ou 
pacientes oncológicos. 9 a 45 
anos, com 3 doses.
prescrição médica.
Acesso na rede privada a 
procura espontânea com 
devida orientação.
Contraindicada durante a 
gestação
Homens e mulheres de 9 a 
45 anos, que vivem com 
HIV/Aids, com 3 doses 
(0,2 e 6m)
prescrição médica.
HPV
Vacina
HIV/AIDS
• HIV é uma sigla para vírus da imunodeficiência humana (retrovírus – RNA).
• O vírus que pode levar à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). 
• Família Retroviridae e Subfamília Lentivirinae
• Alvo principal: células TCD4+
• CD4 são células do sistema imunológico (linfócitos T) 
• Contagem normal de CD4 em adulto + 500 células por milímetro cúbico (mm3)
HIV/AIDS
• HIV I
• Padrão americano
• Menor período de incubação 
• + virulento / subtipo C + frequente
• HIV II: 
• Padrão africano – África subsaariana
• Maior período de incubação
HIV/AIDS
• Sexual, vertical, sanguínea (contato com sangue e derivados, transplantes e
transfusões).
• Risco aumentado: sexo anal, lesões genitais, ISTs, imunodeficiência avançada, carga viral alta.
• Vertical: carga viral materna – gravidez, parto (70%), amamentação
• Bancos de sangue: maior controle a partir de 1985
• - Carga Viral maior no sêmen
• - A presença de IST aumenta em até 18x a chance de transmissão pelo HIV
HIV/AIDS
Do HIV até a AIDS
In
fe
c
ç
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a
l
HIV e células 
infectadas 
atravessam a barreira 
da mucosa, 
permitindo que o 
vírus se estabeleça 
no local de entrada e 
continue infectando 
linfócitos TCD4.
L
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a
is O vírus é disseminado 
em número suficiente 
para manter a 
produção de vírus 
nos tecidos linfoides. 
A replicação viral 
ativa e a livre 
circulação do vírus na 
corrente sanguínea 
causam a formação 
de um pico de viremia
entre 21 a 28 dias 
após a exposição ao 
HIV
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 A
ID
S
+ linfócitos TCD8 
tentam realizar um 
controle parcial da 
infecção, mas não 
suficiente para 
impedir, na ausência 
de terapia, a lenta e 
progressiva depleção 
de linfócitos TCD4.
Infecção aguda
5 a 30 dias, sintomas de febre, adenopatia, faringite, mialgia, artralgia, rash
cutâneo maculo papular eritematoso; ulcerações mucocutâneas, lesões na 
mucosa oral, esôfago e genitália; cefaléia, fotofobia, perda de peso, 
hepatoesplenomegalia, náuseas e vômitos.
Fase
assintomática
Estado clínico básico é mínimo ou inexistente. Alguns pacientes podem 
apresentar uma linfoadenopatia generalizada persistente.
Fase sintomática
inicial
Sinais e sintomas inespecíficos de intensidade variável, processos 
oportunistas de menor gravidade, na pele e nas mucosas (sudorese, fadiga, 
emagrecimento e trombocitopenia, Candidíase Oral e Vaginal, gengivite, 
diarréias, úlcera aftosa, herpes simples e Zoster)
AIDS
• Infecções oportunistas (tuberculose, pneumonias, meningites e 
enterites).
• Tumores (sarcoma de Kaposi e linfomas).
• Alterações neurológicas induzidas pelo HIV.
Do HIV até a AIDS
• Janela imunológia / biológica: tempoentre a aquisição da infecção e a soro conversão
( HIV +)
• Considerar janela imunológica: +- 30 dias.
• Triagem:
• Teste rápido (TR – sangue ou saliva/ fluido oral)
• Elisa (busca de anticorpos contra o HIV)
• Confirmatórios:
• Western blot (WB), Imunoblot (IB), imunofluorescência indireta (IFI)
HIV/AIDS
• É obrigatório o aconselhamento pré e pós teste e o termo de consentimento - Portaria Nº
1626, de 10 de julho de 2007.
• Toda pessoa com exposição sexual de risco ou diagnosticada com IST deve ser testada
para HIV.
• Paciente com Diagnóstico de Tuberculose deverá ser testado para HIV.
• Deverá ser feito ao menos TRÊS testagem no pré-natal sendo uma no 1º trimestre, 3º
trimestre e parto.
HIV/AIDS
Objetivos:
• Reduzir os níveis plasmáticos de RNA do HIV a não detectável (< 20 a 50 cópias/mL)
• Restaurar a contagem de CD4 a um nível normal (restauração ou reconstituição imunitária > 500mm3)
• TARV geralmente pode alcançar seus objetivos se os pacientes tomarem os fármacos > 95% das vezes.
• A prescrição imediata da TARV tem o potencial de evitar a disseminação do HIV, além de
preservar o sistema imune.
• INÍCIO IMEDIATO DA TARV para todas as PVHIV – independente do estágio clínico e/ou
imunológico
• O esquema preferencial deve ser a associação 1x/dia:
• lamivudina (3TC 300mg) / tenofovir (TDF 300mg) + dolutegravir (DTG 50mg).
HIV/AIDS
Tto Antirretroviral (TARV)
• Considerar os grupos de maior prevalência para o HIV, as 
práticas sexuais que envolvem maior risco de infecção e os 
contextos de maior vulnerabilidade.
• uso oral e diário de dois medicamentos antirretrovirais –
Tenofovir + Entricitabina (TDF/FTC) 300 + 200 mg – 1cp para 
prevenir a infecção por HIV.
• Em quanto tempo a PrEP começa a fazer efeito?
• Após 7 dias de uso para relação anal 
• 20 dias de uso para relação vaginal
• A PrEP não protege das outras IST ou das hepatites virais.
PrEP – Profilaxia Pré Exposição HIV
EM TODAS AS CONSULTAS 
• Teste rápido anti-HIV
• Orientações sobre sexo seguro e 
redução de risco
• Oferta de preservativos 
masculino/feminino e gel 
lubrificante
• Medida de prevenção de urgência para ser utilizada em situação de risco à infecção pelo 
HIV.
• Situações de risco:
• Violência sexual;
• Relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com seu rompimento);
• Acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico).
• INÍCIO: preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição de risco e no 
máximo em até 72 horas. 
• A profilaxia deve ser realizada por 28 dias e a pessoa tem que ser acompanhada pela 
equipe de saúde
PEP – Profilaxia Pós Exposição HIV
• A TARV poderá ser iniciada na gestante a partir da 14ª semana de gestação, logo após a 
coleta de exames e antes mesmo de se ter os resultados de CD4+ e CV
• principalmente nos casos de gestantes que iniciam tardiamente o acompanhamento pré-natal, com o objetivo 
de alcançar a supressão viral o mais rapidamente possível.
• o uso de TARV durante a gravidez reduz a taxa de transmissão vertical do HIV de 
aproximadamente 30% para menos de 1%.
• AZT (zidovudina) injetável no trabalho de parto + AZT oral para o RN exposto do 
nascimento até 42 dias de vida. 
• A genotipagem pré-tratamento está indicada para todas as gestantes infectadas pelo 
HIV (ver mutações / resistência a TARV)
HIV em gestantes
Indicação de AZT na prevenção da TV do HIV no parto (zidovudina)
O AZT 300mg injetável é indicado para a prevenção da 
TV - administrado durante o trabalho de parto, ou até 3 
(três) horas antes da cesariana eletiva, até o 
clampeamento do cordão umbilical. 
Para as mulheres já em TARV, devem ser mantidos os 
horários habituais (VO) com um pouco de água, mesmo 
durante o trabalho de parto ou no dia da cesárea 
programada. 
- Orientar a não amamentação e
inibir a lactação com
enfaixamento e medicamento
(cabergolina).
- Orientar a mãe a substituir o
leite materno por fórmula láctea
até os seis meses de idade da
criança. O aleitamento misto
também é contraindicado.
- Pode-se usar leite humano
pasteurizado proveniente de
banco de leite credenciado pelo
MS.
Hepatites Virais
Hepatites Virais
• Constitui-se em infecção viral sistêmica, na qual a necrose e a inflamação das
células hepáticas produzem um agrupamento característico de alterações
clínicas, bioquímicas e celulares.
• Foram identificados cinco tipos definitivos de hepatite: A, B, C, D e E.
• É uma preocupação de Saúde Pública, visto que apresentam alta
transmissibilidade e morbidade.
Hepatites Virais
Hep. B
• Contato com fluidos corpóreos infectados: sangue, sêmen, saliva.
• Transmissão: perinatal, sexual e parenteral/percutâneo.
• Compartilhamento de agulhas, seringas, material de manicure e pedicure, proc
edimentos odontológicos ou cirúrgicos que não atendam às normas
de biossegurança e etc.
• Tratamento: alfapeginterferona, o tenofovir desoproxila (TDF),
o entecavir e o tenofovir alafenamida (TAF).
• Prevenção: vacinação e hábitos de vida.
Hepatites Virais
Hep. B
• A infecção pelo vírus da hepatite B pode causar hepatite aguda ou crônica;
ambas são pouco sintomáticas ou não apresentam nenhum sintoma.
• Apenas 1/3 dos indivíduos infectados apresentam icterícia.
• Para o diagnóstico e acompanhamento da infecção, utilizam-se
marcadores séricos de imunidade (anti-HBs) e a avaliação da presença do
antígeno de superfície do HBV (HBsAg).
Hepatites Virais
Hep. C
• Modo de transmissão igual à Hepatite B.
• A maioria dos casos tem apresentação assintomática e anictérica, o que
dificulta o diagnóstico.
• Descoberta na sua fase crônica, sendo uma doença de caráter insidioso e de
processo inflamatório persistente.
• Na ausência de tratamento, 60 a 85% dos casos evoluem para a forma crônica
e, em média, 20% para cirrose ao longo do tempo.
Hepatites Virais
Hep. C
• Tratamento: antivirais de ação direta (DAA) - taxas de cura de mais 95%
• Tempo: geralmente, por 8 ou 12 semanas.
• Os DAA revolucionaram o tratamento da hepatite C, e possibilitam
a eliminação da infecção.
• Todas as pessoas com infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) podem receber
o tratamento pelo SUS.
Testes Rápidos
A utilização dos TR permite:
• atender à crescente demanda pelo diagnóstico;
• aumentar a agilidade da resposta aos usuários;
• encaminhar com brevidade para assistência e início de tratamento;
• ampliar o acesso ao diagnóstico para pessoas que vivem em locais remotos;
• fornecer ao usuário o resultado no mesmo dia da realização do teste.
Testes rápidos
O dispositivo do teste:
• é de uso único para ser utilizado na presença da pessoa;
• é de fácil execução;
• não necessita de estrutura laboratorial;
• pode ser executado em qualquer Serviço de Saúde ou em ações extramuros.
• HIV, Sífilis, Hep B e C
• Realizar orientações PRÉ e PÓS TESTE
• Comunicação do resultado de maneira objetiva, clara, sigilosa e individualizada!
• Qualquer profissional / componente da equipe – capacitado – podem realizar a testagem 
rápida
• Resultado e laudo: profissionais de nível superior 
Testes rápidos
• Sempre ler a bula antes dos procedimentos
• Usar os acessórios específicos para cada teste, evitando a troca de qualquer 
componente entre os kits
• Cada teste utiliza volume diferente de sangue, portanto, cada conjunto diagnóstico 
disponibiliza uma pipeta específica que permite coletar o volume correto para aquele 
teste
• Se for realizar mais de um teste, assegure que os kits estejam dispostos na 
sequência de utilização, iniciando pelo teste que utiliza o maior volume de sangue
Pré-teste
Realizar anamnese conforme explicado previamente!
• Colocar os equipamentos de proteção individual de acordo com o
fabricante.
• Abrir os dispositivos e organizá-los.
Testagem
Testagem
Testagem
Pós-teste
Pós-teste
• Acolha o paciente!
• Caso não se sinta preparado, solicite apoio de outro 
profissional.
• Atente-se a comunicaçãode más notícias (Protocolo 
SPIKES)
• Orientar o indivíduo sobre a importância da adesão ao 
tratamento gratuito ofertado pelo SUS, e o 
acompanhamento e monitoramento laboratorial e 
clínico.
• Realizar referenciamento do usuário e preenchimento 
de possíveis notificações. 
Cuide do seu 
corpitcho!!
Obrigada ☺
	Slide 1: Infecções Sexualmente Transmissíveis e Testes rápidos
	Slide 2: Saúde Sexual
	Slide 3: Sexualidade
	Slide 4: O que precisamos saber?
	Slide 5: Prevenção combinada e sexo seguro
	Slide 6: Sexo seguro
	Slide 7
	Slide 8: Prevenção Combinada
	Slide 9: Prevenção Combinada
	Slide 10: Imunização
	Slide 11
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	Slide 14
	Slide 15: Rastreamento de IST
	Slide 16
	Slide 17
	Slide 18
	Slide 19: História Sexual e Avaliação de risco
	Slide 20
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23: Orientações em caso de confirmação de IST:
	Slide 24: Abordagem aos parceiros sexuais
	Slide 25: Manejo de pessoas com IST
	Slide 26
	Slide 27
	Slide 28: Úlceras Anogenitais
	Slide 29: Úlceras anogenitais
	Slide 30: Donovanose Linfogranuloma Venéreo Cancróide (cancro mole)
	Slide 31: Herpes Genital
	Slide 32
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 35
	Slide 36
	Slide 37
	Slide 38: Corrimento uretral e vaginal
	Slide 39
	Slide 40
	Slide 41: Diferenças 
	Slide 42: Tratamento para corrimentos vaginais
	Slide 43: Verruga Anogenital
	Slide 44
	Slide 45
	Slide 46
	Slide 47
	Slide 48
	Slide 49
	Slide 50: HIV/AIDS
	Slide 51
	Slide 52
	Slide 53
	Slide 54
	Slide 55
	Slide 56
	Slide 57
	Slide 58
	Slide 59: PrEP – Profilaxia Pré Exposição HIV
	Slide 60: PEP – Profilaxia Pós Exposição HIV
	Slide 61
	Slide 62: HIV em gestantes
	Slide 63
	Slide 64: Hepatites Virais
	Slide 65
	Slide 66
	Slide 67
	Slide 68
	Slide 69
	Slide 70: Testes Rápidos
	Slide 71: Testes rápidos
	Slide 72: Testes rápidos
	Slide 73: Pré-teste
	Slide 74
	Slide 75
	Slide 76
	Slide 77: Testagem
	Slide 78: Testagem
	Slide 79: Testagem
	Slide 80: Pós-teste
	Slide 81: Pós-teste
	Slide 82: Cuide do seu corpitcho!!

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