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O Líbano no século XIX O século XIX marcou um período de grandes transformações no Líbano, que estava sob o domínio do Império Otomano. Após séculos de relativa estabilidade, a região começou a experimentar tensões religiosas e políticas que levariam a conflitos cada vez mais acirrados. A ascensão do nacionalismo árabe e o crescente interesse das potências europeias no Oriente Médio foram fatores determinantes neste contexto turbulento. Internamente, a divisão entre as comunidades cristã e muçulmana se acentuou, com a crescente influência de líderes religiosos e grandes famílias proprietárias de terra. Conflitos sangrentos entre drusos e maronitas, em 1860, culminaram em uma intervenção militar francesa que impôs reformas no sistema de governo local. Essa ingerência estrangeira, somada à instabilidade interna, fomentou o descontentamento popular e o fortalecimento de movimentos nacionalistas. Externamente, o Líbano passou a ser alvo da disputa de influência entre o Império Otomano, a França e a Grã-Bretanha. Esses países buscavam ampliar sua presença política e econômica na região, usando as divisões religiosas e étnicas locais para promover seus próprios interesses. Essa ingerência estrangeira contribuiu para a fragmentação política do Líbano e acirrou as tensões internas. A Grande Revolta Árabe A Grande Revolta Árabe, também conhecida como a Revolta Árabe ou a Revolução Árabe, foi um movimento de libertação nacional que ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial. Liderada pelo Xerife Hussein bin Ali, governador da região de Hejaz, a rebelião teve como objetivo libertar os povos árabes do domínio do Império Otomano, que havia governado a região por séculos. O estopim da revolta aconteceu em junho de 1916, quando o Xerife Hussein bin Ali declarou a independência do Império Otomano e convocou uma insurreição geral contra o domínio turco. Essa revolta foi apoiada pelos britânicos, que viam nela uma oportunidade de enfraquecimento do Império Otomano, aliado da Alemanha durante a guerra. Os rebeldes árabes, liderados por figuras icônicas como Lawrence da Arábia, realizaram uma série de ataques e emboscadas contra as forças otomanas, conseguindo conquistar importantes cidades e territórios. Essa campanha militar, conhecida como a "Revolta Árabe", durou cerca de três anos e resultou na libertação de grande parte da região, com a consequente desintegração do Império Otomano.
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