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historia_aulas (96)

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O Líbano no século XIX
O século XIX marcou um período de grandes transformações no Líbano, que estava sob o domínio do 
Império Otomano. Após séculos de relativa estabilidade, a região começou a experimentar tensões 
religiosas e políticas que levariam a conflitos cada vez mais acirrados. A ascensão do nacionalismo 
árabe e o crescente interesse das potências europeias no Oriente Médio foram fatores 
determinantes neste contexto turbulento.
Internamente, a divisão entre as comunidades cristã e muçulmana se acentuou, com a crescente 
influência de líderes religiosos e grandes famílias proprietárias de terra. Conflitos sangrentos entre 
drusos e maronitas, em 1860, culminaram em uma intervenção militar francesa que impôs reformas no 
sistema de governo local. Essa ingerência estrangeira, somada à instabilidade interna, fomentou o 
descontentamento popular e o fortalecimento de movimentos nacionalistas.
Externamente, o Líbano passou a ser alvo da disputa de influência entre o Império Otomano, a França 
e a Grã-Bretanha. Esses países buscavam ampliar sua presença política e econômica na região, 
usando as divisões religiosas e étnicas locais para promover seus próprios interesses. Essa 
ingerência estrangeira contribuiu para a fragmentação política do Líbano e acirrou as tensões 
internas.
A Grande Revolta Árabe
A Grande Revolta Árabe, também conhecida como a Revolta Árabe ou a 
Revolução Árabe, foi um movimento de libertação nacional que ocorreu 
durante a Primeira Guerra Mundial. Liderada pelo Xerife Hussein bin Ali, 
governador da região de Hejaz, a rebelião teve como objetivo libertar os 
povos árabes do domínio do Império Otomano, que havia governado a 
região por séculos.
O estopim da revolta aconteceu em junho de 1916, quando o Xerife 
Hussein bin Ali declarou a independência do Império Otomano e 
convocou uma insurreição geral contra o domínio turco. Essa revolta foi 
apoiada pelos britânicos, que viam nela uma oportunidade de 
enfraquecimento do Império Otomano, aliado da Alemanha durante a 
guerra.
Os rebeldes árabes, liderados por figuras icônicas como Lawrence da 
Arábia, realizaram uma série de ataques e emboscadas contra as forças 
otomanas, conseguindo conquistar importantes cidades e territórios. 
Essa campanha militar, conhecida como a "Revolta Árabe", durou cerca 
de três anos e resultou na libertação de grande parte da região, com a 
consequente desintegração do Império Otomano.

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