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Interações Medicamentosas

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INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
INSTITUTO DE BIOLOGIA
DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA
Profa. Dra. Jucimara Baldissarelli
Interações medicamentosas
FATORES PREDISPONENTES:
•Nem sempre o efeito de uma interação medicamentosa pode
ser visível e cada paciente reage à sua maneira.
•Propensão a evidenciar interações adversas:
• idosos, insuficientes renais, hepáticos, pacientes com
problemas cardíacos e respiratórios, com hipotireoidismo,
diabetes descompensado e várias outras doenças.
POLIFARMÁCIA
Paciente hospitalizado: média de 6-8 fármacos.
www.drug-interactions.eu
MAIS MEDICAMENTOS, MAIS INTERAÇÕES
Reações de óxido-redução
Ex.: Vitamina C + Ferro
Reações de Precipitação (quelação)
Ex.: Tetraciclinas + Cálcio (leite)
 Duas ou mais substâncias reagem entre si: mecanismos
puramente físicos ou químicos.
 Podem ocorrer várias incompatibilidades, que levam à reações
quando os medicamentos são colocados em infusão intravenosa,
frascos ou seringas, podendo ocasionar a inativação dos
fármacos em questão.
 EXP.: Precipitação da anfotericina B em solução fisiológica.
Interações medicamentosas
Físico-químicas
• Os efeitos finais são resultantes das ações
farmacodinâmicas próprias dos agentes concorrentes.
• Podem resultar em: sinergismo e antagonismo.
Exemplos:
1) canamicina (aminoglicosídeo) com ácido etacrínico
(diurético de alça)  aumento de otoxicidade com
possibilidade de surdez irreversível.
2) Benzodiazepínicos com Etanol (potencialização do
efeito depressor do SNC)
Interações medicamentosas
Farmacodinâmica
Mecanismos farmacodinâmicos
• Fármacos com efeitos farmacológicos semelhantes,
mas mecanismo de ação diferente, promovem
geralmente uma resposta sinérgica:
• Insulina e hipoglicemiantes orais
• AINEs e anticoagulantes orais
Interações medicamentosas
Farmacodinâmica
Mecanismos farmacodinâmicos
Levotiroxina (T4):
Medicamentos que contenham estrogênio aumentam a
produção de tireoglobulina plasmática e assim:
• ↑ ligação à proteínas plasmáticas;
• ↑ produção de TSH para compensar;
• Separar em algumas horas a administração ou aumentar a
dose de levotiroxina.
Interações medicamentosas
Farmacodinâmica
SÃO AS INTERAÇÕES MAIS FREQÜENTES E AS MAIS 
IMPREVISÍVEIS
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas
POR QUE?
Ocorre quando um fármaco modifica a cinética de outro 
fármaco administrado concomitantemente
ABSORÇÃO E SUAS INTERAÇÕES
Concentração máxima no plasma (Cmax)
Tempo decorrido para atingir Cm (Tmax)
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas
• pH digestivo
• Velocidade do esvaziamento gástrico
• Alteração do tônus da musculatura intestinal
Estas interações podem aumentar ou diminuir a 
biodisponibilidade de um fármaco na corrente sanguínea
Alteração do pH gástrico
• Antiácidos, inibidor da bomba de H+, antagonistas H2
(ranitidina, cimetidina): 
-  pH gástrico:  absorção de vários fármacos 
1. cetoconazol, itraconazol, 
2. antibióticos quinolonas (ciprofloxacino, norfloxacino), 
3. tetraciclinas, 
4. digoxina, 
5. tiroxina, 
6. ferro
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas
ABSORÇÃO E SUAS INTERAÇÕES
Hidróxido de Alumínio
Reduz absorção: 
Digoxina 
Propranolol 
Tetraciclinas 
Clorpromazina 
ANTIÁCIDOS E ABSORÇÃO
ABSORÇÃO E SUAS INTERAÇÕES
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas
Alteração da motilidade gastrointestinal
• Fármacos anticolinérgicos (atropina, escopolamina):
– Retardam o esvaziamento gástrico e a motilidade intestinal e
reduzem as secreções digestivas – prejudicam a absorção de
fármacos.
• Fármacos que aceleram o esvaziamento gástrico:
– Favorecem a absorção de muitos fármacos (ex.: metoclopramida,
bromoprida  antieméticos)
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas
ABSORÇÃO E SUAS INTERAÇÕES
Enxaqueca estase gástrica absorção
Fármacos: Metoclopramida absorção analgésicos 
Ligação ou quelação de outros fármacos
• Fármacos contendo Ca+2 (antiácidos, reposição de
Ca+2) reduz a absorção de tetraciclinas, levotiroxina.
• Ferro: reduz a absorção de tiroxina, metildopa,
ciprofloxacino e tetraciclinas
ABSORÇÃO E SUAS INTERAÇÕES
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas
ELIMINAÇÃO E SUAS INTERAÇÕES
URINA ALCALINA
Barbitúricos, Fenilbutazona, 
Ácido Nalidixíco, Ácido 
Salicílico, entre outros.
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas
URINA ÁCIDA
Amitriptilina , Anfetamina, 
Imipramina, Cloroquina, entre 
outros.
• Acidificantes:
– Dietas ricas em 
proteína
– Ác. Ascórbico
 Alcalinizantes:
 Bicarbonato de sódio
 Acetazolamida
ALTERAÇÃO DO pH URINÁRIO
ELIMINAÇÃO E SUAS INTERAÇÕES
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas
COMPETIÇÃO TUBULAR
Probenecida x Penicilina 
(prolonga meia vida)
AAS x Espironolactona
(reduz diurese)
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas
ELIMINAÇÃO E SUAS INTERAÇÕES
INIBIÇÃO DA GLICOPROTEÍNA-P
responsável pela excreção ativa
de fármacos nos túbulos renais;
Exemplo:
A digoxina é secretada pelos rins –
alguns fármacos inibem a secreção
renal da digoxina: quinidina,
verapamil, espironolactona,
ciclosporina.
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas
ELIMINAÇÃO E SUAS INTERAÇÕES
Fármacos podem interferir na distribuição de outros quando:
COMPETEM PELA LIGAÇÃO COM AS PROTEÍNAS
PLASMÁTICAS
• Fármacos que se ligam fortemente (> 90 %) às proteínas
plasmáticas:
– Ex.: anticoagulantes orais, fenitoína, estrógenos,
glicocorticóides, diazepam, AINEs.
Se um fármaco se liga 99% as proteínas plasmáticas, seu efeito se
dá pelo 1% de fármaco livre.
Caso um outro fármaco desloque apenas 1% desse fármaco, seu
efeito aumentará 100%.
Intensificação da resposta farmacológica e/ou tóxica
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas
DISTRIBUIÇÃO E SUAS INTERAÇÕES
Indução ou inibição enzimática.
Citocromo P-450, 
Monoaminoxidase, álcool 
desidrogenase, entre outras.
INDUTORES
Barbitúricos
Fenitoína
Carbamazepina
Rifampicina
Tabaco
Etanol
Fluoxetina
Cimetidina
Ritonavir
Cetoconazol
Omeprazol
INIBIDORES
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas
METABOLISMO E SUAS INTERAÇÕES
BDZ
• Metabolismo de um fármaco estimulado através da
terapia concomitante:
- indução enzimática: A indução enzimática não
ocorre imediatamente após a tomada do fármaco –
são necessários alguns dias para apresentar efeito
indutor máximo
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas
METABOLISMO E SUAS INTERAÇÕES
• Barbitúricos (fenobarbital e primidona):
- beta-bloqueadores, bloqueadores dos canais de Ca+2, 
- corticoides, estrogênios, 
- antifúngicos azólicos, 
- anticoagulantes orais, 
- antidepressivos tricíclicos
• Carbamazepina:
- estrogênios, corticóides, 
- anticoagulantes orais, 
- antidepressivos tricíclicos, bloqueadores dos canais de Ca+2
• Fenitoína:
- estrogênios, corticoides;
- bloqueadores dos canais de Ca+2, anticoagulantes orais;
METABOLISMO E SUAS INTERAÇÕES
INDUTORES (aceleram o metabolismo de fármacos)
- Inibição enzimática: inibição de isoenzimas do
citocromo P-450 no fígado responsáveis pelo
metabolismo de fármacos
A AÇÃO INIBITÓRIA DAS ENZIMAS HEPÁTICAS
OCORRE LOGO APÓS A EXPOSIÇÃO AO
FÁRMACO
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas
METABOLISMO E SUAS INTERAÇÕES
• Antifúngicos azólicos:
- bloqueadores dos canais de Ca+2, 
- carbamazepina, fenitoína, 
- estatinas (sinvastatina, lovastatina)
• Cimetidina (antagonista H2):
- alguns benzodiazepínicos (diazepam, alprazolam), 
- fenitoína, carbamazepina, antidepressivos tricíclicos,
- anticoagulantes orais, 
- bloqueadores beta-adrenérgicos, bloqueadores dos canais de Ca+2, 
• Claritromicina (antibiótico macrolídeo):
- estatinas (sinvastatina, lovastatina), teofilina, anticoagulantes orais, 
carbamazepina, fenitoína, digoxina 
METABOLISMO E SUAS INTERAÇÕES
INIBIDORES (diminuem metabolismo de fármacos)
CONSEQUÊNCIASDA 
INDUÇÃO ENZIMÁTICA
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas
METABOLISMO E SUAS INTERAÇÕES
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas METABOLISMO E SUAS INTERAÇÕES
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas METABOLISMO E SUAS INTERAÇÕES
NÁUSEAS, VÔMITOS E CEFALÉIADissulfiram
(Antabuse)
acetaldeído
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas METABOLISMO E SUAS INTERAÇÕES
Inibidor da MAO e da COMT: 
preserva monoaminas e 
dopamina
Interações medicamentosas
Farmacocinéticas METABOLISMO E SUAS INTERAÇÕES
Várias furanocumarinas presentes na fruta foram identificadas 
como inibidoras das enzimas do CYP3A.
Precauções em relação as interações 
medicamentosas
• Observar os fármacos que possuem janela terapêutica estreita ou
quando é necessário manter níveis sanguíneos adequados, ex.
anticoagulantes, anticonvulsivantes, antineoplásicos, digitálicos,
hipoglicemiantes, imunossupressores, lítio;
• Lembrar dos indutores enzimáticos, ex.: fenitoína, barbitúricos,
rifampicina, carmamazepina, e inibidores enzimáticos, ex.:
cimetidina e antifúngicos azóis;
• Refletir sobre o uso concomitante de fármacos que causam os
seguintes efeitos adversos: depressão do SNC, anticoagulação,
nefrotoxicidade, hepatotoxicidade;
• Idosos são mais susceptíveis a interações medicamentosas devido
a redução das funções hepática e renal, das quais depende o
clearance das drogas
• A cinética e dinâmica podem ser alteradas, devendo alguns serem
evitados ou sofrerem ajuste de dose para obter o efeito clínico
desejado sem riscos.
• Critérios de Beers para Uso Potencialmente Inadequado de
Fármacos por Adultos Idosos: Fármacos que:
– Devem ser evitados em idosos;
– Devem ser evitados ou utilizados em doses menores nos pacientes com
função renal reduzida;
– Interações especificas entre dois ou mais fármacos e entre as doenças;
– Que são reconhecidamente perigosos nos idosos.
Fatores que modificam as ações dos fármacos
ED
1- Como são classificadas as interações medicamentosas?
2- Quais os motivos que levam ao uso da associação de medicamentos
mesmo existindo a possibilidade de interação?
3- Quais os pacientes mais propensos a evidenciar interações adversas?
4- Cite e explique um exemplo de cada de interações entre fármacos que
envolvam:
a. Absorção b. Distribuição c. Excreção
5- Porque o metabolismo de fármacos, mais precisamente as enzimas que
compõem o citocromo P450, são as responsáveis pelas maiores taxas
de interações medicamentosas?
6- Qual a diferença entre a indução e a inibição das enzimas do C-P450?
7- EXPLIQUE duas interações medicamentosas envolvendo as enzimas
do metabolismo de fármacos citados nesta aula.

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