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1 7 EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAUDE

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EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAUDE 
 
 
 
 
 
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Faculdade de Minas 
Sumário 
APOSTILA- EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAUDE ........................ 1 
CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA, PRINCIPIOS, METODOS E 
PROCEDIMENTOS BASICOS DE INVESTIGAÇAO. ............................................... 3 
INVESTIGAÇÃO DE SURTOS ....................................................................... 6 
QUANDO INVESTIGAR UM SURTO, QUAIS PROCEDIMENTOS USAR ..... 8 
PLANEJAMENTOS E AÇÕES USADOS NA SAÚDE PARA EPIDEMIOLOGIA
 ............................................................................................................................... 12 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO ........................................................................ 18 
TECNOLOGIA DE EDUCAÇÃO EM SERVIÇO NA VIGILÂNCIA EM SAÚDE
 ............................................................................................................................... 20 
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 25 
REFERÊNCIAS: ........................................................................................... 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACUMINAS 
file:///C:/Users/sandr/Downloads/APOSTILA-EPIDEMIOLOGIA,%20VIGILÂNCIA%20E%20EDUCAÇÃO%20EM%20SAÚDE.docx%23_Toc39676520
 
 
 
 
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Faculdade de Minas 
 
A história do Instituto Facuminas, inicia com a realização do sonho de um 
grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Facuminas, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A Facuminas tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos 
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, 
de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA, PRINCIPIOS, METODOS E 
PROCEDIMENTOS BASICOS DE INVESTIGAÇAO. 
 
 
 
 
 
 
 
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Faculdade de Minas 
 
 
“Epidemiologia é o estudo da frequência, da distribuição e dos 
determinantes dos problemas de saúde em populações humanas, bem como a 
aplicação desses estudos no controle dos eventos relacionados com saúde. É a 
principal ciência de informação de saúde, sendo a ciência básica para a saúde 
coletiva.” 
A epidemiologia descritiva estuda o comportamento das doenças em uma 
comunidade, em função de variáveis ligadas ao tempo (quando), ao espaço físico 
ou lugar (onde) e à pessoa (quem). 
O seu objetivo é responder onde, quando e sobre quem ocorre determinado 
problema de saúde, fornecendo elementos importantes para se decidir quais 
medidas de prevenção e controle são mais indicadas, além de avaliar se as 
estratégias utilizadas diminuíram ou controlaram a ocorrência de determinada 
doença. 
O objetivo geral da epidemiologia é reduzir os problemas de saúde na 
população. Na prática, ela estuda principalmente a ausência de saúde sob as 
formas de doenças e agravos. 
 
 
 
 
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1. E a segurança das ações isoladas dos programas de 
serviço de saúde. O objetivo geral da epidemiologia 
é reduzir os problemas de saúde na população. Na 
prática, ela estuda principalmente a ausência de saúde 
sob as formas de doenças e agravos. Aplicações da 
Epidemiologia 
2. Informar a situação de saúde da população: Determinar as frequências, o estudo 
da distribuição dos eventos e o diagnóstico consequente dos principais problemas 
de saúde verificados, identificando também as partes da população que foram 
afetadas, em maior ou menor proporção; 
3. Investigar os fatores determinantes da situação de saúde: Realizar estudo 
científico das determinantes do aparecimento e manutenção dos danos à saúde na 
população; 
4) Avaliar o impacto das ações para alterar a situação encontrada: Determinar a 
utilidade. 
Quanto aos estudos de campo pode ser definida como a aplicação dos princípios e 
métodos da pesquisa epidemiológica para o estudo de problemas de saúde 
inesperados, para os quais é demandada uma resposta imediata e uma intervenção 
oportuna na população. 
 A demanda por uma resposta imediata significa que o estudo opera no 
terreno onde ocorre o problema; o imperativo pela intervenção oportuna significa 
que essa investigação tem duração e extensão limitadas no tempo. 
A investigação epidemiológica de campo utiliza uma variedade de princípios, 
métodos e aplicações das ciências básicas, clínicas, sociais, estatísticas e 
epidemiológicas. 
Entre estas últimas, a investigação de campo, incluindo a investigação de 
surtos, costuma aplicar um desenho descritivo (estudo de caso e série de casos, 
 
 
 
 
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estudo de prevalência, ou ambos), seguido de um desenho analítico (em geral um 
estudo caso-controle), habitualmente de caráter exploratório. 
Portanto a investigação epidemiológica de campo, pelo seu procedimento 
ágil, rigoroso, eficaz e tecnicamente simples, está estruturada para oferecer 
respostas urgentes que são requeridas pelos tomadores de decisão, especialmente 
os de nível local, perante situações de surto ou epidemia. 
INVESTIGAÇÃO DE SURTOS 
 
 
 
A investigação de surtos e epidemias é o exemplo típico e mais frequente de 
uma pesquisa epidemiológica de campo. A investigação de um surto em curso é, 
em geral, um trabalho que demanda uma atuação rápida e uma resposta correta da 
equipe local de saúde, a fim de mitigar e suprimir oportunamente os efeitos do 
mesmo sobre a população. 
 
 
 
 
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A capacidade local de atuar perante um surto, incluindo a investigação do 
mesmo está relacionada diretamente a dois aspectos gerais da equipe local de 
saúde, que compõe se: 
 Sua capacidade de identificar um alerta epidemiológico, em função do 
nível de desenvolvimento do sistema local de vigilância em saúde 
pública (quando investigar?) 
 Sua capacidade de resposta epidemiológica, em função do nível de 
organização da equipe local para aplicar uma abordagem sistemática 
do problema (como investigar?) 
O exemplo desse Módulo revisa com detalhe os elementos básicos 
requeridos para responder apropriadamente às perguntas de quando e como 
investigar, no contexto dos serviços locais de saúde. 
É importante ter em mente que qualquer suspeita surgida no nível local sobre 
a possível ocorrência de um surto na comunidade deveria ser comunicada sem 
atraso ao nível sanitário imediatamente superior, seja esse o nível local de vigilância 
em saúde pública ou o próprio nível intermediário do sistema de saúde. 
Tal precaução justifica-se diante do risco para a saúde da comunidade. Mais 
concretamente, a comunicação de toda suspeita de surto é importante, dado que: 
 O possível surto diante do qual nos encontramos poderia ser a 
primeira manifestação de uma epidemia de amplas dimensões que 
supere o nível local. 
 O possível surto diante do qual nos encontramos poderia ser a 
primeira manifestação em nossa comunidade de um surto que está 
efetivamente ocorrendo em outro lugar. 
 É possível que as medidas de controle já estejam disponíveis e já 
tenham sido tomadas por um nível superior ao local e seja necessária 
sua implementação na nossa comunidade. 
 É possível receber assessoramentoepidemiológico dos níveis 
superiores incluindo recursos para a investigação epidemiológica de 
campo. 
 
 
 
 
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 Sua simplicidade técnica não implica que a mesma seja simplória; pelo 
contrário. O cumprimento sistemático de suas diferentes etapas requer a aplicação 
racional dos princípios de epidemiologia para o controle de doenças. 
 A investigação de surtos representa uma das atividades básicas do trabalho 
epidemiológico de campo em qualquer sistema local de saúde e trata-se de um 
excelente modelo para estimular e exercitar o desempenho das equipes locais de 
saúde. 
 
 
QUANDO INVESTIGAR UM SURTO, QUAIS PROCEDIMENTOS 
USAR 
 
 
 
Na ocorrência de um surto ante a situação epidêmica limitada a um espaço 
localizado, torna se o um aumento não esperado na incidência de uma doença. 
Como situação limitada, um surto implica a ocorrência num espaço especificamente 
 
 
 
 
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localizado e geograficamente restrito, como por exemplo, uma comunidade, um 
povoado, um barco, uma instituição fechada (escola, hospital, quartel, mosteiro). 
 Um surto baseia-se em evidência sistematicamente coletada, em geral, a 
partir dos dados de vigilância em saúde pública e eventualmente seguida de uma 
investigação epidemiológica que sugere uma relação causal comum entre os casos. 
 Em teoria, um surto seria a expressão inicial de uma epidemia e, portanto, a 
identificação oportuna de um surto seria a maneira mais precoce de prevenir uma 
epidemia subsequente. 
Colocando em prática, a identificação de surtos é uma atividade básica dos 
sistemas de vigilância e a investigação de surtos, um requisito importante para a 
implementação de medidas de prevenção e controle oportunas e efetivas no nível 
local. Um surto é uma situação epidêmica limitada a um espaço localizado. 
 Concluindo a situação epidêmica, porem, um surto é o aparecimento súbito e 
representa um aumento não esperado na incidência de uma doença. Como situação 
limitada, um surto implica a ocorrência num espaço especificamente localizado e 
geograficamente restrito, como por exemplo, uma comunidade, um povoado, um 
barco, uma instituição fechada (escola, hospital, quartel, mosteiro). 
 Portanto um surto baseia-se em evidência sistematicamente coletada, em 
geral, a partir dos dados de vigilância em saúde pública e eventualmente seguida de 
uma investigação epidemiológica que sugere uma relação causal comum entre os 
casos. 
 Em teoria, um surto seria a 
expressão inicial de uma epidemia e, 
portanto, a identificação oportuna de 
um surto seria a maneira mais 
precoce de prevenir uma epidemia 
subsequente. 
Na prática, a identificação de 
surtos é uma atividade básica dos 
sistemas de vigilância e a investigação de surtos, um requisito importante para a 
 
 
 
 
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implementação de medidas de prevenção e controle oportunas e efetivas no nível 
local. 
Geralmente a capacidade de identificar potenciais situações que requerem 
investigação de surtos, depende do nível de desenvolvimento do sistema local de 
vigilância em saúde pública, ou seja, da capacidade local de alerta epidemiológico. 
É importante identificar as circunstâncias gerais nas quais se recomenda 
realizar uma investigação epidemiológica de campo, especialmente, porque essa 
decisão acarreta o investimento de recursos e a dedicação da equipe local de 
saúde. 
Citando uma lista quando as condições recomendam realizar a investigação: 
 Quando a doença é prioritária. 
 Quando a doença excede sua ocorrência usual. 
 Quando a doença parece ter uma fonte comum. 
 Quando a doença parece ter uma severidade maior do que a usual. 
 Quando a doença é nova, emergente ou “desconhecida” na área. 
 Quando a doença é de interesse público. 
 Quando a doença está relacionada a emergências em situações de 
desastre. 
 
Um dos elementos fundamentais da vigilância da saúde é a intersetorialidade, 
pois busca uma unidade do fazer, e está associada à vinculação, reciprocidade e 
complementaridade na ação humana, pois a ação completa não ocorre num setor 
singular, mas exige a solidariedade de distintos setores 
A confirmação da ocorrência de um surto se faz com fundamento na 
comparação dos dados atuais de incidência de uma doença em questão com 
aqueles registrados nas semanas ou meses anteriores, ou mesmo, se disponível, 
com a incidência relativa ao período correspondente, nos anos anteriores, na 
população exposta ao risco. 
 
 
 
 
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A investigação 
implica no exame do doente 
e de seus contatos, com 
detalhamento da história 
clínica e de dados 
epidemiológicos, coleta de 
amostras para laboratório, 
busca de casos adicionais, 
identificação do(s) agente(s) 
infeccioso(s), determinação 
de seu modo de 
transmissão, busca de locais contaminados e o reconhecimento de fatores que 
tenham contribuído para a ocorrência do(s) casos(s). 
 O desenvolvimento de uma investigação de surto de determinada doença 
infecciosa implica no cumprimento das seguintes etapas (Goodman et al 1990; 
Kelsey et al 1996): 
1) Confirmar a existência de uma epidemia. 
 2) Verificar o diagnóstico. 
 3) Definir, identificar e contar os casos. 
4) Analisar os dados disponíveis. 
 5) Desenvolver hipóteses. 
 6) Testar hipóteses. 
 7) Avaliar medidas de prevenção e/ou controle. 
 8) Comunicar os resultados a todos os interessados. 
 Até que seja possível cumprir integralmente as etapas acima, a investigação 
epidemiológica de campo implica na repetição da seguinte sequência de 
procedimentos: 
 
 
 
 
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 1) Consolidação e organização das informações disponíveis de forma que 
possam ser analisadas. 
2) Análises preliminares a respeito dessas informações. 
3) Apresentação das análises preliminares e formulação de hipóteses. 
 4) Identificação das informações específicas necessárias à comprovação da 
hipótese. 
5) Obtenção das informações necessárias ao teste da(s) hipótese(s), 
retornando ao procedimento no, sempre que necessário. 
O exame cuidadoso do caso e de seus comunicantes é fundamental, pois, 
dependendo da moléstia, podemos encontrar pessoas com quadro inicial da doença 
e instituir rapidamente o tratamento com maior probabilidade de sucesso, ou 
proceder ao isolamento do paciente, evitando a progressão da doença entre os 
contatos. Concluídos todos os procedimentos de análise dos dados levantados 
durante a investigação, o próximo passo é a formulação de hipóteses. Estas devem 
estar voltadas a identificação da fonte de infecção, modos de transmissão e tipos de 
exposição associadas ao risco de adoecer. 
 
PLANEJAMENTOS E AÇÕES USADOS NA SAÚDE 
PARA EPIDEMIOLOGIA 
 
 
 
 
 
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No decorrer da trajetória da evolução histórica do planejamento de saúde, 
desde o método Cendes-OPS (OPS, 1965), até o mais recente debate no âmbito do 
chamado "pensamento estratégico", a epidemiologia comparece como uma 
disciplina subsidiária, basicamente instrumental. 
Isto é, era utilizada na elaboração dos diagnósticos de saúde ao lado de 
outras disciplinas como a economia, a administração e as ciências políticas, bem 
como na formulação dos objetivos e metas, expressos em forma de redução de 
taxas e coeficientes de morbimortalidade, na programação de ações e nas 
propostas de acompanhamento e avaliação. 
 No Brasil, a utilização da epidemiologia no processo de formulação de 
políticas e estratégias no plano de "macro-sistemas" vem, recentemente, se 
expressando no debate sobre a utilização de critérios epidemiológicos para 
repartição de recursos federais no âmbito do SUS (Ugá,1994). 
 No plano operacional, o desenvolvimento de experiências de reorganização 
de serviços e implantação de distritos sanitários vem contribuindo para uma reflexão 
críticaacerca dos "Modelos Assistenciais" do SUS (Gonçalves, 1986, Schraiber, 
1990, Mendes,1993, Paim,1994) colocando-se a possibilidade de construção de 
uma nova prática sanitária entendida como uma forma de organização e 
operacionalização do sistema que enfatize as ações intersetoriais de promoção da 
saúde e as ações e serviços de prevenção de riscos e agravos junto a grupos 
populacionais priorizados. 
Nesse perspectiva, vários avanços metodológicos e instrumentais vêm sendo 
propostos e aperfeiçoados, notadamente no que se refere aos Sistemas de 
Informação em Saúde (Tasca, 1993; Morais, 1994) aos processos de análise da 
situação (Castellanos,1991, 1991b, 1994) ao planejamento de ações da chamada 
vigilância da saúde (Teixeira, 1994; Sá & Artmann, 1994). 
 Portanto a reorientação da gestão, do financiamento, da organização e, em 
última análise, do "modelo assistencial" do sistema são processos que não podem 
prescindir da epidemiologia, enquanto saber científico e prática instrumental que 
 
 
 
 
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confere especificidade aos objetos de conhecimento e de intervenção no âmbito da 
saúde em sua dimensão populacional, ou seja, coletiva. 
 Se este pressuposto é válido para países que já atravessaram a chamada 
"transição epidemiológica" e enfrentam uma situação de saúde em que 
prevalecem problemas derivados das modernas condições de vida típicas das 
sociedades urbano-industriais. 
É ainda mais pertinente em países como o Brasil, em que a situação de 
saúde reflete as extremas desigualdades sociais diante das condições de vida, 
definindo padrões heterogêneos no adoecer e morrer. 
 É colocada no âmbito deste trabalho como uma hipótese geral, a ser testada 
pelo confronto com o debate científico e com a prática social e histórica que vem 
sendo desenvolvida, principalmente no período mais recente, no qual, enquanto a 
implementação do SUS caminha para um cenário em que predominam as propostas 
basicamente racionalizadoras. 
Em consonância com os processos de "reforma da reforma" (Almeida, 1995) 
que se desenvolveram nos países centrais nos anos 80, a epidemiologia apresenta, 
enquanto campo de saber e práticas, um grande dinamismo, expresso no 
crescimento da produção científica na área (Teixeira, 1996). 
De acordo a perspectiva, a redefinição das funções e competências das três 
esferas de governo do SUS ganha transcendência, constituindo-se um espaço de 
reflexão e experimentação política-organizacional em torno da nova "missão" do 
Ministério da Saúde, das SES e das SMS, por referência ao processo de 
descentralização e reorientação dos modelos assistenciais. 
 A nova missão das instâncias de governo do SUS deveria como assinala 
Mendes (1996), contemplar o desenvolvimento da capacidade de análise da 
situação de saúde e da intervenção sobre problemas e grupos populacionais 
prioritários, em uma perspectiva territorializada. 
 
 
 
 
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Ou seja, com ênfase 
na montagem de sistemas 
de vigilância da saúde 
cujas ações fossem 
operacionalizadas a partir 
do "mapeamento 
inteligente" de danos e 
riscos que afetam a 
população ao nível local, 
em regiões, municípios e 
distritos sanitários 
delimitados. 
Pode-se considerar, 
todavia, a possibilidade de articulação das distintas contribuições a um processo de 
recomposição política e operacional da prática de P&G no âmbito do SUS, que 
contemple, tanto os aspectos políticos quanto técnicos, voltados à construção de 
novas bases na definição do sujeito, do objeto, dos métodos, técnicas e 
instrumentos de planejamento, programação, organização e gestão, em todos os 
níveis do sistema de saúde. 
 A epidemiologia, nessa perspectiva, é um campo de saber e práticas 
necessário ao processo de formulação de políticas, definição de prioridades, 
organização de serviços e avaliação de ações, tanto ao nível de "macro-sistemas" 
quanto e principalmente, ao nível "micro", nos sistemas locais, especialmente no 
que diz respeito à redefinição dos "modelos assistenciais" do SUS e reorganização 
dos processos de trabalho em saúde. 
 
 
 
 
 
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Considerando o nível "macro", o grande desafio, sem dúvida, é a formulação e 
implementação de políticas de financiamento e gestão do SUS que tenham como 
propósito a promoção da equidade, isto é, a redução das desigualdades sociais 
expressas em termos de indicadores epidemiológicos e sócio-sanitários. 
Do ponto de vista político-institucional este seria um movimento "contra 
hegemônico", na medida em que iria de encontro às tendências predominantes na 
atual política de saúde, que privilegia a reprodução de um sistema em que a 
distribuição territorial da infraestrutura de recursos reforça as desigualdades no 
acesso aos serviços e na quantidade e qualidade da atenção recebida pela 
população. 
Conforme perspectiva, algumas propostas já vêm sendo elaboradas e 
discutidas, embora sem alcançarem grande repercussão a ponto de influenciar as 
decisões políticas dos gestores do sistema. 
Com relação à utilização de critérios epidemiológicos para repartição de 
recursos no SUS, por exemplo, chegou a ser realizada uma Oficina de Trabalho 
durante o Congresso da Abrasco, em julho de 1994, e outra semelhante durante o 
terceiro Congresso de Epidemiologia, sem que, entretanto, tivesse sido formulada 
uma proposta consensual entre os participantes. 
 Recentemente, com a implementação da Norma Operacional Básica 
001/96, foi estabelecido o PAB - Piso Assistencial Básico, calculado a partir de 
 
 
 
 
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um valor mínimo definido por habitante e transferido aos municípios que ingressam 
no processo de municipalização, que, entretanto, privilegia o aspecto demográfico. 
Lembrando que, a formação de epidemiologistas privilegia tendencialmente, a 
qualificação de "epidemiologistas do singular", especializados no campo da 
investigação causal ou na vigilância epidemiológica e controle de problemas 
singulares. 
Uma nova formação e capacitação, que implicasse em um outro perfil dos 
epidemiologistas, ao tempo em que enfatizaria o conteúdo da prática epidemiológica 
na formação de todo e qualquer profissional de saúde, implica em mudanças no 
processo formal de ensino universitário, técnico e, principalmente, no curto prazo, 
nos programas de educação continuada ou permanente dos profissionais e 
trabalhadores de saúde. 
Em relação à redefinição das funções e competências de cada esfera de 
governo do SUS, algumas Secretarias de Estado, a exemplo da do Paraná, Minas 
Gerais, Ceará e outras, vem avançando na reorientação de sua estrutura político-
organizacional e da sua missão estratégica. 
Enquanto isso, o próprio MS não se reatualizou, pelo contrário, fortaleceu um 
processo de centralização das decisões de caráter financeiro na atual Secretaria de 
Assistência à Saúde, responsável pelos pagamentos dos serviços prestados através 
do sistema SIA-SUS e AIH. 
Sendo assim, consolidou a utilização de uma lógica de mercado ao interior do 
próprio sistema público, que passou a se reger pelas mesmas regras da relação do 
SUS com o setor privado contratado e conveniado, reproduzindo o modelo médico 
assistencial de alto custo e baixa eficácia, no qual aproximadamente 70% dos 
recursos são gastos com atenção hospitalar (Buss, 1995). 
Relatando a relação à redefinição das funções e competências de cada 
esfera de governo do SUS, algumas Secretarias de Estado, a exemplo da do 
Paraná, Minas Gerais, Ceará e outras, vem avançando na reorientação de sua 
estrutura político-organizacional e da sua missão estratégica. 
 
 
 
 
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 Enquanto isso, o próprio MS não se reatualizou, pelo contrário, fortaleceu um 
processo de centralização das decisões de caráter financeiro na atual Secretaria de 
Assistência à Saúde, responsável pelospagamentos dos serviços prestados através 
do sistema SIA-SUS e AIH. 
Ou seja, consolidou a utilização de uma lógica de mercado ao interior do 
próprio sistema público, que passou a se reger pelas mesmas regras da relação do 
SUS com o setor privado contratado e conveniado, reproduzindo o modelo médico 
assistencial de alto custo e baixa eficácia, no qual aproximadamente 70% dos 
recursos são gastos com atenção hospitalar (Buss, 1995). 
À medida que ocorra a expansão e consolidação de um processo com estas 
características pode vir a acontecer a redefinição das práticas de vigilância 
epidemiológica e sanitária, numa perspectiva renovada. 
 Isto pressupõe a ampliação e capacitação das equipes profissionais e a 
reorganização do processo de trabalho em si, com o desenvolvimento de métodos e 
técnicas adequados à especificidade dos problemas e dos grupos populacionais 
sobre os quais se exercerá o trabalho de vigilância. 
 Necessária também seria a institucionalização da prática de avaliação de 
tecnologias, programas e serviços, tanto visando a melhoria da qualidade da 
atenção médica assistencial ambulatorial e hospitalar, quanto e principalmente 
como subsídios ao aperfeiçoamento permanente das ações de vigilância da saúde 
sobre problemas e grupos populacionais prioritários. 
 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO 
 
 
 
 
 
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À luz dos princípios da epidemiologia revisados nos módulos anteriores, é 
importante distinguir os enfoques estratégicos básicos para a prevenção e o 
controle de doenças: o enfoque de nível individual e o enfoque de nível 
populacional. 
 Essa distinção fundamental em saúde pública, originalmente proposta por 
Rose (1981), ganha importância sob o modelo de determinantes da saúde, no qual, 
como vimos, a doença na população é um produto de uma complexa interação de 
fatores proximais e distais ao indivíduo, em interdependência com seu contexto 
biológico, físico, social, econômico, ambiental e histórico. 
Como o próprio nome indica, o enfoque individual enfatiza a prevenção e o 
controle das causas da doença nas pessoas, em particular, naquelas com alto risco 
de adoecer, enquanto o enfoque populacional enfatiza as causas das doenças na 
população. 
 Isso implica em reconhecer que um fator que seja causa importante de 
doença nas pessoas, não é necessariamente o mesmo fator que determina 
primariamente a taxa de doença na população. 
 Rose fez a distinção entre as “”causas dos casos e as “causas da 
incidência” de uma doença na população. 
 
 
 
 
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No enfoque individual, a intervenção de controle está voltada a esse grupo de 
alto risco e seu sucesso total envolve o truncamento da distribuição de risco em seu 
extremo, conforme ilustrado esquematicamente . 
 A frequência de exposição e o risco de adoecer do resto da população, que é 
a grande maioria, não se modificam. Por outro lado, no enfoque populacional, a 
intervenção de controle está voltada a toda a população e seu sucesso total envolve 
o deslocamento para a esquerda da distribuição em conjunto, frequência de 
exposição e o risco de adoecer do resto da população diminuem coletivamente. 
De saúde da população, capazes de subsidiar o planejamento em saúde e o 
desenvolvimento de políticas públicas de saúde. 
Esse momento é, também, quando se dá o empoderamento da população 
sobre os determinantes e condicionantes socioambientais de sua saúde, com o 
controle de alguns fatores por parte dela, modificando, por sua vez, os indicadores 
de saúde. 
 Essa nova tecnologia permite o desenvolvimento das ações de vigilância 
integradas no território, entendendo que os problemas de saúde se apresentam de 
forma integral e que os fatores condicionantes deles não estão dissociados, e que a 
atuação em vigilância em saúde deve pautar-se num conhecimento abrangente com 
perspectiva do desencadeamento de ações interdisciplinares e intersetoriais, 
inclusive em um foco de promoção à saúde. 
 
 
TECNOLOGIA DE EDUCAÇÃO EM SERVIÇO NA 
VIGILÂNCIA EM SAÚDE 
 
 
 
 
 
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O desafio de operacionalizar o projeto PET-Saúde/VS propiciou o surgimento 
de uma nova ‘tecnologia’ pedagógica representada, que se denominou de 
tecnologia de educação em serviço na vigilância em saúde, apoiando-se no conceito 
de tecnologia leve de Merhy (2002). 
 Trata-se de cinco momentos pedagógicos que obedecem a um fluxo e que 
se retroalimentam, além de se intercomunicarem com as ações de vigilância em 
saúde e com as ações da atenção básica, tendo a pesquisa científica presente de 
modo transversal durante todo o processo. 
 Os estudantes iniciam a atividade fazendo a análise situacional por meio do 
estudo dos bancos de dados dos sistemas de informação, de relatórios da vigilância 
epidemiológica do município e de investigação direta de campo, com o objetivo de 
conhecer e analisar o comportamento epidemiológico das condições de saúde do 
município, buscando sempre fazer comparações nos âmbitos regional e nacional. 
 
 
 
 
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 O segundo momento pedagógico consta da busca de referencial teórico – 
manuais documentos ou normas técnicas – que permita um embasamento teórico 
para a operacionalização da vigilância do território de abrangência das unidades de 
saúde selecionadas, uma vez que a análise situacional não contempla só doenças, 
agravos e mortes, mas também as necessidades de saúde da população 
(Castellanos, 1997). 
Em seguida, os estudantes vivenciam a realidade das ações de vigilância em 
saúde no município, desde investigações e inquéritos epidemiológicos até o 
processamento de dados. 
Porém, é fundamental que esse momento não seja estritamente técnico, mas 
que seja acompanhado de uma análise crítica das ações de vigilância do município, 
com base no referencial teórico já estudado. 
O quarto momento pedagógico é a elaboração de um projeto de intervenção 
local mediante as análises realizadas nos momentos anteriores – voltado para 
diferentes atores do processo de vigilância compreendidos desde a atenção básica 
até o setor de vigilância em saúde – ou um projeto de intervenção voltado para a 
população de forma a empoderá-la das informações de saúde e dos principais 
agravos e riscos a sua saúde. 
O quinto e último momento consta da operacionalização do projeto de 
intervenção que visa à transformação da realidade local. 
 Uma vez que se reorienta o processo de trabalho dos atores envolvidos, 
ocorre melhora na qualidade das ações de vigilância em saúde; com isso, obtêm-
se indicadores de saúde mais confiáveis que realmente expressem a realidade das 
condições de saúde da população, capazes de subsidiar o planejamento em saúde 
e o desenvolvimento de políticas públicas de saúde. 
Esse momento é, também, quando se dá o empoderamento da população 
sobre os determinantes e condicionantes socioambientais de sua saúde, com o 
controle de alguns fatores por parte dela, modificando, por sua vez, os indicadores 
de saúde. 
 
 
 
 
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 O processo de trabalho desempenhado no PET-Saúde/VS de Sobral visa à 
integração entre as universidades e o serviço com uma carga horária de oito horas 
semanais, compreendendo três eixos estruturantes que se intercomunicam, 
constando: vivências teórico-conceituais, vivências no serviço e vivências de 
pesquisa. 
 As vivências teórico-conceituais dizem respeito à formação e à qualificação 
teórica entre estudantes de graduação, preceptores e tutores no que tange aos 
conceitos, práticas e ações da vigilância em saúde. 
Considera-se também o conteúdo didático dos módulos/disciplinas dos 
cursos de medicina, enfermagem e odontologia, o qual se articula com as vigilâncias 
(Epidemiológica, Sanitária, Ambiental, Nutricional, dos Fatores Biológicos de Risco, 
Saúde do Trabalhador), análise de situação em saúde epromoção da saúde. 
 As atividades teórico-conceituais ocorrem de forma processual orientada 
com base nas demandas do serviço e nas necessidades dos integrantes do PET-
Saúde/VS, já que estes trazem consigo um conhecimento prévio sobre vigilância 
em saúde que será ressignificado com as vivências proporcionadas pelo projeto. 
 As vivências no serviço compreendem todas as ações de vigilância em 
saúde realizadas pelos acadêmicos em conjunto com os preceptores nos serviços 
de saúde e no seu território de abrangência. 
 Essas práticas foram distribuídas de acordo com a estruturação física e com 
cenários das práticas da vigilância em saúde do Sistema Municipal de Saúde de 
Sobral, abrangendo prioritariamente a vigilância epidemiológica e a vigilância dos 
fatores biológicos de risco. 
 Essa nova tecnologia permite o desenvolvimento das ações de vigilância 
integradas no território, entendendo que os problemas de saúde se apresentam de 
forma integral e que os fatores condicionantes deles não estão dissociados, e que a 
atuação em vigilância em saúde deve pautar-se num conhecimento abrangente com 
perspectiva do desencadeamento de ações interdisciplinares e intersetoriais, 
inclusive em um foco de promoção à saúde. 
 
 
 
 
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Os trabalhos produzidos também foram publicados em periódicos com 
classificação no Qualis Capes. As vivências proporcionaram uma reflexão sobre as 
práticas em serviço dos integrantes do PET-Saúde/VS, possibilitando uma 
avaliação de tecnologias desenvolvidas, além da divulgação no meio científico das 
ações de vigilância em saúde realizadas. 
 Nesse processo de ensino-aprendizagem, tutores, preceptores e estudantes 
desempenharam papéis importantes para o êxito do Programa PET/VS em Sobral. 
As vivências do PET/VS têm sido desenvolvidas considerando uma tecnologia leve 
de educação descrita a seguir. 
Para Mendes (1996), quando a vigilância à saúde é focada no território, ela 
representa a possibilidade de se organizar o trabalho da equipe de saúde da família 
para enfrentar os problemas em diferentes períodos do processo saúde-doença. 
Círculo tecnológico de educação em serviço na Vigilância em Saúde 
 
 
 
 
 
 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
No processo de implantação do programa, percebe o interesse e a facilidade 
dos estudantes na apropriação sobre o funcionamento dos sistemas de informações 
em saúde e sua utilização como fonte de recursos para a obtenção de informações 
em saúde para a tomada de decisão. 
Eles identificaram as fontes e os instrumentos de coletas para os bancos de 
dados dos sistemas de informações, bem como fluxogramas e protocolos utilizados 
na vigilância em saúde. 
 É notória a compreensão dos estudantes sobre os conceitos utilizados na 
prática diária da epidemiologia e o reconhecimento da importância do 
monitoramento e da avaliação de indicadores pelos serviços de vigilância em saúde 
de forma integrada com a atenção básica. 
A perspectiva do PET-Saúde/VS é a de promover a ampliação do 
entendimento das ações de vigilância em saúde nos serviços da atenção básica do 
SUS. 
Isso poderá implicar mudanças na forma de pensar e agir dos trabalhadores 
da saúde, uma vez que a organização das práticas ocorre na ‘ponta’ do sistema de 
saúde, isto é, no espaço onde eles interagem com a população e procuram atender 
às suas necessidades de saúde de forma integral. 
 Evidenciou também que o processo de trabalho da vigilância, quando 
destacadas as peculiaridades em territórios específicos, conduz um planejamento 
racional e efetivo num território determinado, especialmente em microáreas da 
Estratégia Saúde da Família. 
 Com o desenvolvimento desse projeto, espera-se estimular o raciocínio e a 
sensibilidade dos alunos que participam do PET-Saúde/VS, de modo a utilizarem o 
conjunto de ferramentas e ações disponibilizadas pela vigilância em saúde em suas 
rotinas, principalmente de atenção à saúde coletiva (Pinto, 2008). 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS: 
Buss P, Labra E 1995. Sistemas de Saúde: Continuidades e Mudanças. 
Hucitec/Fiocruz, São Paulo, Rio de Janeiro. 
CASTELLANOS, Pedro L. Epidemiologia, saúde pública, situação de saúde e 
condições de vida: considerações conceituais. In: BARATA, Rita B. (Org.). 
Condições de vida e situações de saúde. Rio de Janeiro: Abrasco, 1997. p. 31-75. 
- Centers for Disease Control and Prevention. Principles of epidemiology. An 
introduction to applied epidemiology and biostatistics (self-study programme). 2 nd 
edition,1992 
 Goodman RA, Buehler JW, Koplan JP. The epidemiologic field investigation: 
science and judgement in public health practice. American Journal of Epidemiology 
1990;132(1):9-16. 
MENDES, Eugênio V. Uma agenda para a saúde. São Paulo: Hucitec, 1996. 
MERHY, Emerson E. Saúde: a cartografia do trabalho vivo. São Paulo: Hucitec, 
2002. 
PINTO, Vicente P. T. et al. Análise do Processo de educação permanente para 
profissionais do SUS: a experiência de Sobral-CE. Sanare: Revista de Políticas 
Públicas, Sobral, v. 7, n. 2, p. 62-70, 2008. 
Rose G. Individuos enfermos y poblaciones enfermas. En: El Desafío de la 
Epidemiología. Problemas y lecturas seleccionadas. Organización Panamericana de 
la Salud; Washington DC, 1988