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Farmacognosia prática_2023_Parte1

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO | FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS 
 
 
Aulas práticas de Farmacognosia | 1 
INSTRUÇÕES INICIAIS: 
1. Você é corresponsável pela sua segurança e dos colegas. Tome muito cuidado ao manusear vidrarias e reagentes. 
Esteja sempre atento com os procedimentos e com as pessoas que estão ao seu redor. Jamais faça qualquer tipo de 
brincadeira com qualquer solvente, equipamento ou vidraria. 
Este é o momento de desenvolver suas habilidades no laboratório, portanto: APROVEITE AO MÁXIMO! 
Além disso, é o momento de desenvolver seus hábitos em laboratório. Práticas incorretas que não forem corrigidas 
agora se perpetuarão na sua vida profissional até serem corrigidas por seu chefe ou seus colegas de trabalho. 
Se você estiver grávida, avise o professor. 
 
2. Nunca trabalhe sozinho em laboratório. É necessário ter sempre alguém por perto para auxiliar em qualquer 
problema ou socorrer em casos de emergência. 
 
3. Performe experimentos conforme o roteiro. Não modifique o experimento sem a ciência do instrutor. Não misture 
reagentes se o procedimento não solicitar que o faça. 
 
4. Sobre vestuário: sempre use os equipamentos de proteção individual (EPIs). Shorts, saias, sandálias ou qualquer tipo 
de vestimenta que não cubra suas pernas e seu pé por completo são inapropriados para trabalho em laboratório. 
 
5. Nunca coma no laboratório. Isso inclui goma de mascar e líquidos (beba água fora do laboratório). 
 
6. Nunca prove ou inale diretamente nenhuma substância. Em casos que o odor fizer parte do procedimento, puxe o 
ar com a mão para perto do nariz. 
 
7. Reporte acidentes, cortes ou qualquer condição adversa ao professor. 
 
8. Descarte corretamente os resíduos químicos e os sólidos. Separe os reagentes clorados dos não clorados nos 
descartes específicos. NUNCA descarte solventes na pia ou materiais contaminados e perfurocortantes no lixo comum. 
 
9. Sempre lave a mão. Isso é especialmente crucial se 
você perceber que entrou em contato com algum 
reagente. Se você tem alergia à algum solvente, 
notifique o professor. 
Ao lidar com reagentes tóxicos, utilize luvas. Não deixe, 
porém, que a luva lhe traga uma falsa sensação de estar 
100% protegido. 
 
 
 
 
 
 
 
 Tabela de resistência de luvas à solventes comumente 
utilizados em laboratório. 
 Nitrílica Látex 
Acetona Razoável Boa 
Clorofórmio Baixa Baixa 
Diclorometano Baixa Baixa 
Etanol Boa Boa 
Acetato de etila Baixa Razoável 
Hexano Excelente Baixa 
Metanol Razoável Razoável 
Tolueno Razoável Baixa 
Ác. nítrico Baixa Baixa 
Ác. Sulfúrico Baixa Baixa 
Hidroxido de sódio Boa Excelente 
10. Utilize a capela de exaustão ao lidar com solventes tóxicos ou com grandes quantidades de qualquer solvente. 
Reagentes perigosos devem ser sempre manuseados em capela. 
Mantenha a proteção da capela de exaustão sempre fechada quando não estiver utilizando. Tente trabalhar com a 
proteção mais baixa possível quando estiver manuseando algo em seu interior. 
 
PREVENÇÃO DE CORTES, QUEIMADURAS, FOGO E EXPLOSÕES 
- Muito cuidado ao manusear vidrarias e ao posicioná-las na sua bancada de trabalho; 
- Ao colocar a pera na pipeta, sempre segure a pipeta próxima do ponto de inserção da pera; 
- Não utilize vidrarias quebradas ou com rachaduras; 
- Se quebrar algo, recolha com um pano e não diretamente com as mãos; 
- Não descarte vidros quebrados ou materiais perfurocortantes diretamente no lixo comum; 
- Lembre-se que vidrarias e chapas aquecedoras são iguais quando estão quentes ou frias; 
- Líquidos refrigerantes (como N2 líquido) também causam queimaduras; 
- Lembre-se que os solventes que utilizamos em laboratório são inflamáveis! Eles necessitam de uma fonte de ignição 
para entrar em combustão, como chamas, superfícies quentes, fontes de ar quente e faíscas produzidas por 
equipamentos elétricos; 
- Nunca aqueça um sistema fechado (a menos que seja desenvolvido para tal função); 
- Sempre reporte qualquer acidente ou dúvida de como proceder no laboratório. 
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VIDRARIAS COMUNS DE LABORATÓRIO 
- Conjunto de destilação: balão de destilação e 
condensador (reto, de bolas) 
- Suporte e garras 
- Mufa, argolas 
- Pisseta 
- Béquer 
- Funil (líquidos e sólidos) 
- Erlenmeyer 
- Pipetas (volumétricas e graduadas) 
- Pipetas automáticas (monocanal/multicanal) e 
ponteiras 
- Pipeta Pasteur 
- Tetinas/peras de sucção (pipetador de 3 vias) 
- Alonga de borracha 
- Kitassato e funil de Büchner 
- Gral e pistilo 
- Pinça 
- Balão volumétrico (notar o menisco) 
- Bastão de vidro 
- Espátula 
- Vidro relógio 
- Cuba 
- Balão (fundo chato e fundo redondo; 1/2/3 bocas) 
- Funil de separação 
- Bureta, coluna 
- Termômetro 
- Cadinho de porcelana 
- Pesa filtro 
- Proveta 
- Tubo de ensaio 
- Estantes 
- Lâmina e lamínula 
- Placa de toque 
 
 
EQUIPAMENTOS 
 
- Bomba de vácuo 
- Mufla 
- Rotaevaporador 
- Capela 
- Estufa 
- Geladeiras/freezers 
- Câmara de UV 
- Purificador de água 
- Microscópio 
- Lupa 
- Manta aquecedora 
- Chapa aquecedora 
- Bico de Bunsen 
 
PESAGEM E TRANSFERÊNCIA DE REAGENTES 
 
- Se atente com o erro das balanças. 
Balança semi-analítica 2 casas decimais. (Ex: 2,03 g) 
Balança analítica 4 casas decimais (Ex: 2,0369 g) 
Carga mínima: menor valor que pode ser medido com a balança; 
Carga máxima: maior valor medido pela balança; 
Erro da balança: variação/imprecisão da medida. 
 
➔ Segure corretamente a espátula e pese em recipiente ou em papel manteiga dobrado. Mantenha a balança 
sempre limpa. 
➔ Identifique a amostra antes. Se atente para o peso da etiqueta. 
 
 
 
 
 
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AULA PRÁTICA 1 
• Testes simples com drogas vegetais e 
derivados, e identificação genérica de 
classes 
 
❖ Saponinas (quilaia) 
Saponina, palavra proveniente da palavra sapo, sabão, são glicosídeos 
de esteroides ou de terpenos policíclicos que possuem uma parte de 
sua molécula com característica lipofílica (triterpeno ou esteroide) e 
outra parte com característica hidrofílica (açúcares). Esta característica 
é a principal responsável por suas características físico-químicas e por 
sua ampla utilização dentro da indústria química e farmacêutica. Dessa 
maneira, ao apresentar esta característica anfifílica, as saponinas 
promovem a redução da tensão superficial e promovendo ação 
detergente e emulsificante. 
 
 
 
A. Teste Simples 
- Adicionar uma pequena amostra da droga vegetal em um tubo de ensaio; 
- Adicionar 1-2 ml de H2O destilada; 
- Agitar VIGOROSAMENTE por 15 segundos; 
- Observar espuma persistente após 15 minutos. 
 
 
B. Índice de espuma (afrogênico): determinação da diluição em que 1 grama de droga vegetal é capaz de formar 1 cm 
de espuma. É um número inteiro, sem unidade. 
- Adicionar 0,2 g para quilaia em 100 ml de H2O destilada; 
* Outras drogas: 0,2g de polígala, 0,4 g para salsaparrilha e 1,0 g para ginseng nacional 
- Esperar levantar fervura e desligar (evite projeções). Manter na chapa por 15 min. 
- Filtrar a quente COM ALGODÃO e completar o volume em 100 ml em balão volumétrico; 
- Distribuir os tubos (mesmo diâmetro) da seguinte forma: 
 
Tubos (ml) I II III IV V VI VII VIII IX X 
Solução Droga 
Vegetal 
 
1 
 
2 
 
3 
 
4 
 
5 
 
6 
 
7 
 
8 
 
9 
 
10 
H2O Destilada 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 
 
- Agitar vigorosamente cada tubo por 15 segundos; 
- Deixar em repouso por 15 minutos; 
- Medir a altura de espuma. 
• Se, em qualquer um dos tubos entre III e X, a altura da espuma medida for 1 cm, a diluição do material 
vegetal nesse tubo (A) é o índice observado. 
• Se o tubo com 1 cm de espuma for o I ou II, é necessário fazer uma diluição para se obter um resultado mais 
preciso. 
- Seuma quantidade diferente de 1g foi utilizada, lembrar de corrigir o valor para 1 g de droga. 
Ex: Tubo IV 
0,2 g de droga-----------100mL 
X--------------------------4 mL X= 0,008 g de droga 
0,008 g de droga.....10mL 
1g de droga........Y Y= Índice afrosimétrico (I.A.) = 1250
PROCEDIMENTO PRÁTICO 
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C. Teste de Liebermann-Burchard 
- Em um tubo de ensaio colocar uma PEQUENA ALÍQUOTA da droga vegetal 
- Adicionar 1 ml de anidrido acético 
- Adicionar 1 ml de ácido sulfúrico concentrado suavemente pelas laterais do tubo. NÃO AGITAR! 
- Observar anel na interface 
 
Resultados: 
Vermelho: Saponinas triterpênicas 
Verde a azul: Saponinas Esteroidais 
 
 
PERGUNTAS 
1. Observe o mecanismo abaixo e responda: qual diferença estrutural entre as saponinas esteroidais e triterpênicas que 
possibilitam a diferenciação pela reação de Liebermann-Burchard? 
 
 
Fonte: https://doi.org/10.1155/2019/9045938 
 
 
2. Por que as saponinas formam espuma? 
 
 
 
https://doi.org/10.1155/2019/9045938
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❖ Identificação genérica de antraquinonas (Cascara Sagrada) 
 
As quinonas são compostos orgânicos, produtos de oxidação de substâncias 
fenólicas. São coloridas e importantes corantes na indústria alimentícia e de 
cosméticos. Apresentam atividade laxante bem acentuada e sua principal 
característica química é a presença de dois grupos carbonílicos que formam um 
sistema conjugado com pelo menos duas ligações duplas C - C. 
 
 
 
A. Reação de Bornträger direta: indução formação de 
fenolatos em drogas que possuem antraquinonas LIVRES 
- Colocar uma pequena alíquota do pó da droga em um tubo 
de ensaio 
- Adicionar 1 ml de solução de NH4OH 10%. 
Reação Positiva → coloração rósea ou avermelhada. 
 
 
PERGUNTA: Por que com a adição de base visualizamos a 
coloração vermelha? 
 
 
B. Microssublimação 
- Colocar em lâmina de microscopia um anel de metal; 
- Preencher com o pó da droga o interior do anel; 
- Colocar sobre o anel outra lâmina e aquecer sobre tela de amianto em chapa aquecedora; 
- Obter resíduo amarelo na lâmina superior. Remover a lâmina com cuidado! 
- Adicionar gotas de solução de NH4OH 10%. 
- Resultado → Devem ser observadas manchas amareladas, que tratados com base (NH4OH) coram-se em vermelho 
(reação de Bornträger). 
PROCEDIMENTO PRÁTICO 
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❖ Identificação genérica de cumarinas 
As cumarinas constituem uma classe de metabólitos secundários, amplamente distribuídos 
no reino vegetal, podendo também ser encontrados em fungos e bactérias. Podem ser 
encontradas sozinhas ou combinadas com açúcares. Estruturalmente são lactonas do ácido 
o-hidróxi-cinâmico (2H-1-benzopiran-2-onas). A palavra cumarina tem origem da palavra 
cumaru, nome popular de Dipteryx odorata (Aubl.) Willd., Fabaceae, também é conhecida 
por fava-tonka. É encontrada no norte do Brasil e suas sementes contém grande quantidade de cumarina (1 a 3%). 
Também é utilizada na culinária, como substituta da baunilha. As cumarinas possuem um espectro de ultravioleta (UV) 
característico, o qual é fortemente influenciado pela natureza e posição dos grupos substituintes. Desse modo, elas são 
facilmente visualizadas por cromatografia em camada delgada. As manchas do cromatograma, sob ação da luz UV, 
aparecem em cores diversas, como azul, amarela e roxa, as quais podem ser realçadas após a exposição ao vapor de 
amônia. 
 
 
 
Caracterização das cumarinas – Microssublimação 
(Drogas: Mamacadela, Laranja amarga) 
 
- Aquecer em chapa-quente, durante cerca de 10 min, o pó da droga vegetal em uma câmara de microssublimação (o 
sublimado apresenta-se sob a forma de gotas incolores ou cristais aciculares). 
- Dissolver o sublimado obtido com 0,5 ml de etanol. 
- Proceder a identificação simples. 
Identificação simples 
- Lançar cinco gotas, concentrando-se num único ponto, de modo a obter duas manchas em uma folha de papel filtro e 
seque-a; 
- Junte depois de seco, uma gota de solução alcoólica de hidróxido de potássio ou sódio 10% em uma das duas manchas 
e secá-la. 
- Observar fluorescência em lâmpada UV com λ de 365 nm). 
 
PROCEDIMENTO PRÁTICO 
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❖ Identificação genérica de flavonoides (Camomila, calêndula, arnica, maracujá) 
 O grupo dos flavonoides está dentro de um grande grupo químico amplamente 
distribuído na natureza – os compostos fenólicos. Uma substância fenólica ou polifenólica 
é caracterizada por possuir um ou mais núcleos aromáticos substituídos com hidroxilas 
e/ou seus derivados, tais como ésteres, éteres e outras. São conhecidos historicamente 
por sua característica marcante de promover cor às plantas que os produzem e possuem 
diversas atividades biológicas caracterizadas na literatura científica como antioxidante, 
antitumoral, antimicrobiano, dentre tantas outras. Ecologicamente estão relacionados 
com a atração de agentes para fazer a polinização, uma vez que conferem uma intensa 
coloração às plantas que os produzem. 
 
 
 
Extração: 
 
- Pesar 1,0g da droga pulverizada; 
- Adicionar 10 ml de etanol 70%; 
- Manter em banho-Maria por 5 minutos; 
- Remover, esperar esfriar e filtrar com algodão; 
- Lavar a droga residual com mais 5 ml de etanol. 
 
 
A. Reação com tricloreto de alumínio (AlCl3) e NP/PEG 
- Sobre um pedaço de papel de filtro demarcar 5 áreas → UTILIZAR LÁPIS! 
- Depositar 2 gotas do extrato preparado (marcações 1; 4 e 5) e secar; 
- Pingue 1 gota de AlCl3 (solução 5% p/v em EtOH) nas marcas 2 e 4 e seque; 
- Pingue 1 gota de NP/PEG nas marcas 3 e 5, e seque. 
- Observe sob luz UV. 
Positivo: intensificação de fluorescência com mudança da cor 
 
 
 
B. Reação de Shinoda 
Colocar 2 mL do extrato etanólico obtido anteriormente em tubo de ensaio; 
- Adicionar 6 fragmentos de Mg+2 metálico e 10 gotas de HCl conc. (EM CAPELA. CUIDADO COM EFERVESCÊNCIA); 
- Observar, após desprendimento do gás hidrogênio e mudança de coloração 
Positivo: aparecimento de coloração com tonalidade avermelhada (laranja, rosa, vermelho) 
 
Explicação: O teste de Shinoda é semelhante à redução de Clemmensen, em que um grupo carbonila é reduzido. Devido 
à estabilidade (conjugação estendida) do produto antocianidina formado, em vez da redução ir até o composto de 
metileno correspondente (-CH2-), o intermediário tipo hidroxila sofre eliminação para criar a antocianidina estável. O teste 
Shinoda é um teste para a presença de 
flavonas. Se estiverem presentes na 
amostra de teste, então são reduzidos a 
antocianidinas sob as condições de 
reação de Shinoda. A conjugação em 
flavonoides produz uma cor amarela, 
enquanto a conjugação estendida na 
antocianidina resultante desloca a cor 
ainda mais para a região vermelha do 
espectro visível. 
 
 
PROCEDIMENTO PRÁTICO 
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C. Caracterização da mudança de coloração de antocianinas 
 
- Colocar 100 g de repolho roxo, bem lavado e cortado em pedaços pequenos, em 
um béquer; 
- Adicionar 300 ml de água; 
- Extrair o pigmento por infusão. Deixar esfriar; 
- Filtrar; 
- Preparar 6 tubos de ensaio contendo 2 ml da solução de repolho roxo em cada 
um dos tubos; 
- Alterar o pH das soluções conforme tabela abaixo; 
- Anote a coloração 
 
 
Tubo pH HCl 10% KOH (1N) Coloração 
1 2 1 gota -- 
2 6 -- -- 
3 8 1 gota 3 gotas 
4 9 -- 1 gotas 
5 11 -- 3 gotas 
6 13 -- 20 gotas 
 
PERGUNTA: Por que as antocianinas mudaram de coloração? 
 
 
 
 
REFERÊNCIASDaniela Brotto Lopes Terci e Adriana Vitorino Rossi. INDICADORES NATURAIS DE pH: USAR PAPEL OU SOLUÇÃO? Quim. Nova, Vol. 
25, No. 4, 684-688, 2002. 
João Augusto de Mello Gouveia-Matos. Mudança nas cores nos extratos de flores e do repolho roxo. Química Nova na Escola Mudanças 
de Cores e Indicadores N° 10, NOVEMBRO 1999. 
 
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❖ Identificação genérica de taninos (goiaba) 
 Os taninos são uma classe de metabólitos secundários de estrutura complexa, 
constituídos de polifenóis, geralmente entre 500 e 3000 daltons, originados da 
polimerização de fenóis simples. São solúveis em água possuem a habilidade de se 
complexar com proteínas, gelatinas e alcaloides. São precipitados por sais de metais 
pesados. Tais compostos são responsáveis pela adstringência de muitos frutos e 
produtos vegetais, devido à precipitação de glicoproteínas salivares, o que ocasiona 
a perda do poder lubrificante. Podem ser do tipo condensado ou hidrolisável. 
 
 
 
 
 
 
Extração 
 - Pesar 1,0g da droga vegetal; 
 - Adicionar 50ml da solução Acetona:Água:Etanol (1:1:1); 
 - Ferver durante 5 minutos; 
 - Filtrar em algodão. 
 
Testes gerais para taninos 
Em 5 tubos de ensaio, adicione 1ml de extrato em cada tubo. Em seguida pingue 2 gotas dos reagentes gerais para 
taninos: 
- FeCl3 (Observar coloração: Azul – taninos hidrolisáveis Verde – taninos condensados) 
- Acetato de chumbo 5% (Formação de precipitado na presença de taninos) 
- Acetato de cobre 5% (Formação de precipitado na presença de taninos) 
- Gelatina 2,5% (p/v): (Formação de precipitado na presença de taninos) 
 
Reação de flobafeno 
- Pipetar 10 ml do extrato; 
- Adicionar 1ml de HCl concentrado; 
- 2ml de formol; 
- Levar a banho maria até levantar fervura (chapa à 150 ºC). 
 
Formação de um precipitado vermelho indica presença de taninos condensados. 
 
 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTO PRÁTICO

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