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Serotonina a substância que torna sua vida mais positiva

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Serotonina: a substância que torna sua vida mais positiva
7 minutos para ler
As pessoas têm falado cada vez mais sobre a neuroquímica do prazer, da motivação, do amor e da
felicidade. Mas você sabe qual parte do seu corpo é responsável por isso? Um dos principais
neurotransmissores chamado serotonina.
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Os neurotransmissores são produzidos pelos neurônios e têm a função de enviar informações para
outras células do corpo. Quer aprender mais sobre cada um dos neurotransmissores que auxilia sua
vida a ser mais prazerosa? Este texto explica um pouco sobre eles, com foco nas informações sobre a
serotonina e sua relação com seu bem-estar físico e mental.
Manter a serotonina em níveis adequados é essencial para que uma pessoa se sinta com energia e
animada. Com bons hábitos, especialmente relacionados a alimentação e atividade física, é possível
equilibrá-la. Saiba mais abaixo.
O que é serotonina? Como ela atua no organismo?
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/neurotransmiss%C3%A3o/neurotransmiss%C3%A3o
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Ao contrário do que muitos pensam, a serotonina não é um hormônio. Ela é um neurotransmissor capaz
de alterar várias áreas cerebrais. Isso significa que é uma mensageira que transporta, estimula e
equilibra sinais entre as células nervosas e outras células do corpo. A serotonina, em específico, tem um
trabalho relacionado aos sentimentos de satisfação e bem-estar.
Suas principais funções incluem a regulação de: humor, sono, libido, ansiedade, apetite, temperatura
corporal, ritmo cardíaco e sensibilidade. Ainda, é essencial para o bom funcionamento das funções
cognitivas, ou seja, todo o processo de informação, que engloba: percepção, aprendizagem, memória,
atenção, raciocínio, solução de problema, entre outros.
Logo, se os níveis de serotonina estiverem adequados, a pessoa tem muito mais chances de estar:
bem-humorada;
dormindo bem;
com desejos de uma alimentação saudável;
experimentando níveis positivos de ansiedade;
com suas funções cognitivas em ordem.
No entanto, é preciso compreender que a serotonina não é a única responsável por essas situações. Por
dependerem também de outros fatores, a pessoa pode estar com seu nível de serotonina adequado,
sem experimentar essas sensações.
Efeitos da serotonina em níveis baixos
Os níveis normais de serotonina são os mais adequados, mas pode haver alterações nesse índice.
Sendo assim, em níveis baixos, a serotonina pode estar relacionada a:
mau humor;
dificuldade para dormir;
aumento de sensações ruins, como tristeza;
desejo de se isolar das pessoas;
perda de interesse e dificuldade de sentir satisfação e prazer;
maior tendência a problemas emocionais, principalmente ansiedade e depressão.
Aliás, a maioria das pessoas depressivas costuma apresentar níveis baixos de serotonina ou do receptor
ao qual se liga a serotonina (conhecido como 5HT). Geralmente, essa baixa está relacionada à
alimentação desbalanceada e ao estresse.
No entanto, é importante pontuar que o desenvolvimento da depressão e da ansiedade não tem relação
exclusiva com a falta ou excesso de serotonina no organismo. Esses transtornos mentais aparecem,
principalmente, por causa de desequilíbrios na comunicação entre as células nervosas, que é
influenciada pela liberação de mais ou menos serotonina.
Efeitos dos níveis altos de serotonina
É importante pontuar que, em níveis altos, a serotonina também pode ser prejudicial. Algumas
consequências são:
https://vidasaudavel.einstein.br/qual-o-efeito-da-ansiedade-no-ser-humano/
https://vidasaudavel.einstein.br/saude-mental-na-pre-adolescencia-depressao-e-seus-impactos/
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ansiedade elevada;
inquietação;
taquicardia;
febre;
rigidez ou contração espontânea de músculos;
espasmos oculares;
tremores.
Algumas causas da serotonina alta podem ser: doses elevadas de antidepressivos, ingestão de
alimentos estragados ou irritantes (levando a diarreia e até vômitos) e medicamentos para tratamento de
câncer.
Além de controlar emoções, a serotonina também influencia nas habilidades motoras, no processo
digestivo e no fluxo sanguíneo. Outras de suas funções são: diminuir a possibilidade de náuseas, ajudar
na coagulação, na cicatrização e regular a saúde óssea.
Como a serotonina é produzida?
A serotonina é produzida nas plaquetas sanguíneas, no cérebro e no sistema digestivo. O principal
precursor dessa produção é o aminoácido essencial triptofano, presente em alimentos como banana,
ovo, leite, queijo e chocolate amargo.
80 a 90% da serotonina é produzida no trato gastrointestinal. Por isso, estados emocionais negativos,
como ansiedade e tristeza, costumam estar associados a transtornos digestivos. Uma pessoa cuja
alimentação priorize:
alimentos naturais;
fibras;
vegetais;
poucas gorduras e açúcares.
Tem mais chances de ter um intestino saudável. Consequentemente, melhores níveis de serotonina
cerebral e de bem-estar. Uma vez produzida no organismo, a serotonina pode ser liberada — ou “entrar
em ação” — após sentimento de valorização e atividades geradoras de prazer, como:
relação sexual;
dar risada com amigos;
saborear um prato preferido.
Como produzir mais serotonina?
A prática regular de atividades físicas é o principal estímulo para otimizar a produção e a liberação desse
neurotransmissor no organismo. Outras possibilidades são:
Consumir frutas, verduras, legumes, cereais integrais, sementes, castanhas, peixes, ovos e
feijões, ricos em nutrientes como magnésio, zinco, cromo, vitamina D, vitaminas do complexo B,
triptofano e ômega 3;
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Hidratar-se bem (geralmente, recomenda-se a ingestão de 2 litros de líquidos por dia);
Tomar luz solar de 15 a 30 minutos por dia;
Ter contato com a natureza;
Priorizar o descanso físico e mental;
Utilizar exercícios de pensamento (normalmente direcionados em psicoterapia), que consistem em
treinar a identificar e modificar padrões de pensamentos negativos ou crenças disfuncionais;
Ingerir probióticos, que regulam a flora intestinal, presentes em alimentos como iogurte natural,
leite fermentado, kombucha, chucrute e outros fermentados;
Ingerir adaptogênicos, que ajudam a regular o estresse, contidos, por exemplo, na cúrcuma, no
açaí, na carqueja, no manjerição, na babosa (aloe vera), entre outros;
Fazer exercícios de relaxamento e respiração;
Praticar meditação e ioga.
Mas, não confunda
Existem outros hormônios e neurotransmissores que impactam no bem-estar, mas não agem da mesma
forma que a serotonina. Veja a diferença:
Hormônio Função Quando é liberado
Serotonina (também
chamada de “hormônio
da felicidade”, apesar de
não ser um hormônio de
fato, pois se trata de um
neurotransmissor
Auxilia na regulação do humor,
do sono, da capacidade de
atenção, e proporciona
sensação de bem-estar
Liberado após
sentimentos de
valorização e atividades
geradoras de prazer,
como relação sexual.
Dopamina (Hormônio” do
prazer e da motivação,
mas, de fato não é um
hormônio, mas sim um
neurotransmissor
Responsável por funções como
recompensa, memória, atenção
e regulação dos movimentos
corporais.
Liberado quando desejo
ou meta são alcançados,
e atividades que
proporcionem prazer,
como: exercícios físicos,
leitura, dança e música.
Ocitocina (“Hormônio” do
amor)
 
Ajuda a reduzir a pressão
arterial e os níveis de cortisol
(estresse). Também aumenta a
resistência à dor, reduz a
ansiedade e influencia a
interação social.
Liberado principalmente
por situações de alegria,
amor, afetividade e
contato sexual.
Endorfina (“Hormônio”
do prazer) Funciona como um analgésico
interno e promove a sensação
Liberado, geralmente,
com a prática de
atividades físicas.
https://www.youtube.com/watch?v=j5ZEna0VnHk&t=1s
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de bem-estar físico e mental.
Age diretamente no humor e,
com isso, ameniza estresse,
ansiedade e depressão.
Auxílio especializado
Para saber mais sobre as funções dos “hormônios” do bem-estar e como eles interferem nas suas
funções físicas e mentais, consulte um médico. Ele poderá lheajudar a compreender suas necessidades
e fazer as recomendações mais adequadas.
Revisão técnica por: Dr. Cândido Moreira, psiquiatra do Einstein.
Atlas Mental é um projeto que esclarece dúvidas, explica conceitos e curiosidades relacionadas à saúde
mental, abordando suas consequências físicas, psíquicas e comportamentais. Você pode acompanhar
novas postagens e conteúdos nas redes sociais do Einstein ou acessar: www.einstein.br/atlasmental –
as publicações acontecem ao longo de janeiro de 2023.
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