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OS PRIMEIROS AGRICULTORES Quando os seres humanos começaram a cultivar alimentos, deram início a uma revolução em relação à forma como vivemos. Antes da agricultura, os humanos eram caçadores-coletores nômades. Com o advento do cultivo, as pessoas começaram a fixar residência permanente em um lugar – como a maioria faz nos dias de hoje. Com a agricultura, as pessoas puderam não só estocar comida para o inverno e outros períodos de escassez, mas também comercializar o excedente alimentício. A troca desses recursos extras por matérias-primas, produtos manufaturados e trabalho forma a base de uma série de atividades até então sequer sonhadas, desde a construção de templos até a declaração de guerras. O excedente de alimentos também possibilitou que parte da população vivesse em cidades e que algumas dessas pessoas praticassem ofícios e atividades com maior especialização. Nos trópicos, alguns grupos já vinham praticando a “jardinagem florestal” havia milênios (veja a p. 75-76), e, em outros lugares, os caçadores-coletores tinham começado a coletar e armazenar alimentos não perecíveis, como grãos de cereais. O próximo passo foi perceber que, se semeassem esses grãos no solo, poderiam colher muito mais do que tinham plantado. Isso parece ter acontecido entre 10000 e 8000 a.C., nas condições climáticas mais quentes que se seguiram à última era do gelo. Naquela época, na região do Oriente Médio chamada de Crescente Fértil, localizada nos vales dos rios Tigre e Eufrates, as pessoas começaram a plantar trigo e cevada e, mais tarde, centeio e vagens – o começo da agricultura arável. Nos vários milhares de anos seguintes,
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