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aconteça cada um dos negociantes deve ter exatamente os produtos que o outro deseja. Há pouca compro-vação de que o escambo tenha mesmo sido usado de forma sis-temática em sociedades sem dinheiro ou crédito. Parece mais provável que, quando os seres humanos começaram a negociar produtos com regularidade, logo tenham feito um acordo para manter um registro de produtos trocados, de modo que o ven-dedor de um produto pudesse conservar um “crédito” para uso posterior. O dinheiro e o crédito surgiram por esse motivo. Crédito, em sua forma mais simples, é um registro de quanto uma parte “deve” a outra. Dinheiro é algo que tem um valor geralmente acordado e permite que os créditos sejam transferidos entre as partes. O que im- porta é que os vendedores possam comercializar e pedir um determinado valor em troca de seus produtos, sabendo que podem usar esse valor para comprar produtos diversos. O dinheiro também facilita na hora de armazenar riqueza ou pegá-la emprestado. Quando existia confiança dentro de uma comunidade comercial e não havia necessidade de transportar dinheiro para longas distâncias, um sistema simples de contagem ou fichas sem valor podia ser usado. Mas, quando havia menos confiança ou em negociações a longas distâncias, outras soluções eram necessárias. Um dos primeiros registros de crédito foi o bastão de contagem, um pedaço de madeira com uma escala de medida e quebrado ao meio, cujas metades eram levadas uma pelo credor e a outra pelo devedor (já que não há dois pedaços de madeira que se quebram da mesma maneira, era fácil verificar se havia ou não trapaça). Algumas sociedades também optavam por usar como dinheiro objetos com algum valor intrínseco ou alguma raridade, já que artigos com valor intrínseco poderiam ser usados mesmo que não fossem aceitos como dinheiro, e objetos raros eram mais difíceis de serem falsificados. Podiam ser objetos feitos de metais preciosos, como prata e ouro, mas havia uma variedade
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