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LEIS As leis, originalmente impostas por líderes familiares e comunitários na forma de tabus e obrigações, foram se tornando mais complexas à medida que as sociedades se desenvolviam. Como um sistema formal, elas estavam relacionadas à expansão dos governos e da escrita. Não há como determinar em que medida os conceitos de certo e errado são inatos, evolucionários ou criados dentro da sociedade. Alguns defendem que eles se desenvolveram como parte da prática religiosa, outros que eles antecedem a religião. Mas é claro que, na época em que as primeiras leis foram escritas, elas serviam, em parte, para registrar o que uma sociedade julgava permissível ou não, e isso variava de acordo com as suas necessidades e valores. As leis eram também uma codificação de valores que os líderes ou governantes queriam impor a seus súditos, mas, com o tempo, também passaram a ser uma restrição ao poder absoluto do governo. Na Atenas antiga, por exemplo, a constituição draconiana, ou código de Drácon, foi criada em resposta à modificação injusta e arbitrária das leis orais da aristocracia no século 7o a.C. A Magna Carta (1215) marcou um momento análogo na história inglesa porque impôs limites ao poder real. Os códigos jurídicos variavam quanto a considerar que um ato criminoso era uma ofensa contra o indivíduo ou a comunidade, ou, ainda, contra o Estado. Isso está relacionado à distinção entre justiça retributiva (quando a lei define de que forma um infrator deve ser punido) e justiça restaurativa (quando os infratores devem reparar o dano que causaram). Muitos códigos jurídicos antigos incorporavam uma forte tendência retributiva. Por exemplo, o código do rei
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