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An#virais Luciana B. Lopes ANTIVIRAIS Agentes an)-herpes Aciclovir Valaciclovir Ganciclovir Penciclovir fanciclovir Agentes an)-hepa)te Interferons lamivudina ribavirina sofosbuvir Agentes an)-influenza amantadina rimantadina oseltamivir zanamivir Agentes an/-influenza • Tratamento e prevenção Bloqueadores da proteína M2 Amantadina Rimantadina Inibidores de neuraminidades Zanamivir Oseltamivir Peramivir www.CDC.gov NB Influenza B Ribonucleoproteína- RNP -Internalização: endocitose mediada por receptor -aprisionamento em endossomas desnudamento Rossaman et al., Virology, 2008 Yang, Plos One, 2014 An/-influenza • Tratamento e prevenção Bloqueadores da proteína M2 Inibem desnudamento viral Amantadina Rimantadina Inibidores de neuraminidades Inibem liberação dos vírions das células infectadas Zanamivir Oseltamivir Peramivir 1. Bloqueadores de M2 • Amantadina e rimantadina • Prevenção e tratamento da infecção causada por Influenza A hemaglu#ninas neuraminidases Inibição do desnudamento FARMACOCINÉTICA • Administração oral • é volume distribuição amantadina rimantadina Forma farmacêu#ca Comprimido, cápsula, solução Comprimido, solução Biodisponibilidade (refeições não alteram) 50-90% > 90% Ligação a proteínas 67% 40% Metabolismo hepá#co <10% ~75% Excreção renal (fármaco intacto) 50-90% FG, ST, Reajuste de dose < 25% Excreção renal (metabólitos) ---- > 60% excreção Leite materno t1/2 17h (adulto), 29h (idosos) 24-36 h Queixas do trato GI: • Náuseas • Vômito • Diarréia Queixas do SNC: • Nervosismo • Tontura • Dificuldade de concentração • Insônia EFEITOS ADVERSOS AMANTADINA: NEUROTÓXICA TERATOGÊNICA (ANIMAIS) – CLASSE C 8/18/15 4:49 PMDrugs in Pregnancy - Gynecology and Obstetrics - Merck Manuals Professional Edition Page 1 of 1http://www.merckmanuals.com/professional/gynecology-and-obstetrics/drugs-in-pregnancy/drugs-in-pregnancy PROFESSIONAL VERSION FDA Categories of Drug Safety During Pregnancy Category Description A Controlled human studies show no fetal risks; these drugs are the safest. B Animal studies show no risk to the fetus but no controlled human studies have been conducted, or animal studies show a risk to the fetus but well-controlled human studies do not. C No adequate animal or human studies have been conducted, or adverse fetal effects have been shown in animals but no human data are available. D Evidence of human fetal risk exists, but benefits may outweigh risks in certain situations (eg, life-threatening disorders, serious disorders for which safer drugs cannot be used or are ineffective). X Proven fetal risks outweigh any possible benefit. © 2015 Merck Sharp & Dohme Corp., a subsidiary of Merck & Co., Inc., Kenilworth, NJ., USA RESISTÊNCIA • Rapidamente desenvolvida • >90% resistência em A(H1N1) e A(H3N1) (CDC, 2015) • 1995: 0,4% • 2006: 92% • Não recomendada atualmente para tratamento ou profilaxia nos USA • Nota técnica 228/2013 (atualizada em 04/12/2015) – indica uso na profilaxia e tratamento de Influenza A • Parkinson (discinesia) • Alteração na cadeia de aa da região transmembrana de M2 • Rsistência cruzada entre amantadina e rimantadina 2. Inibidores de neuraminidase • Oseltamivir e zanamivir • Prevenção e tratamento da infecção causada por Influenza A e B • Uso em até 48h após aparecimento dos sintomas Semelhança com resíduos clivados pela neuraminidase (QF) Oseltamivir é um pró-fármaco FARMACOCINÉTICA zanamivir oseltamivir Forma farmacêu#ca Pó inalável Solução intravenosa (em avaliação, ainda não aprovada) Capsula (solução oral infan#l em desuso) Biodisponibilidade oral < 5% ~ 80% Ligação a proteínas < 10% 3% Excreção renal 100% 95% t1/2 2.5-5 h 6-10 h Eficácia depende do uso correto do inalador Fármaco mais recente: peramivir É um fármaco recente e potencialmente promissor para o tratamento de infecções por influenza - Aprovação emergencial pelo FDA em 2009 capacidade an#viral contra Influenza A e B e a possibilidade de administração parenteral (IV) Tem uma forte afinidade pela neuraminidase viral e baixa dissociação: inibição prolongada da neuraminidase e menor frequência de dose Em geral bem tolerados - GI Zanamivir: Relatos de tosse, sibilos e broncoespasmos em pacientes sem doenças respiratórias prévias Zanamivir: Declínio da função pulmonar em pacientes asmá#cos e com doença obstru#va crônica das vias respiratórias (não recomendado nesses pacientes) Categoria C – segurança na gravidez EFEITOS ADVERSOS RESISTÊNCIA • Menor comparado aos bloqueadores de M2 • Alteração na cadeia de aa de neuraminidases • Mutação H275Y – subs#tuição da his#dina por #rosina na posição 275 Recomendações CDC Recomendações Ministério da Saúde Recomendação VACINAÇÃO ANUAL COMO MÉTODO DE ESCOLHA NA PREVENÇÃO NA INFECÇÃO POR INFLUENZA NENHUM FÁRMACO ANTIVIRAL DISPONÍVEL CONSEGUE ERRADICAR O VÍRUS DURANTE SEU PERÍODO DE LATÊNCIA Agentes an#herpé#cos VÍRUS EM REPLICAÇÃO ATIVA Análogos de nucleosídeos Adenina Guanina Citosina Timina Uracila Adenosina Guanosina Citosina Timidina Uridina Monofosfato Difosfato Trifosfato BASE NUCLEOSÍDEO NUCLEOTÍDEO Mecanismo de ação • Inibição da síntese de DNA • São inseridos na cadeia de DNA no lugar de nucleosídios e impedem o alongamento da cadeia • Efeito depende da interação com 2 enzimas virais: #midina quinase e DNA polimerase Compete com a deoxyguanosina trifosfato pela ligação com a DNA polymerase Inserido no lugar de 2- deoxiguanosina ACICLOVIR Elongamento da cadeia deoxiguanosina A#vação preferencial em células infectadas por HSV afinidade do aciclovir pela TK do HSV é 200 x maior do que pela enzima do hospedeiro. aciclovir trifosfato é mais abundante (40 a 100x mais) nas células infectadas Forma trifosfato tem maior afinidade pela DNA polimerase viral Indicações Herpes zoster- varicela Mais ú#l v.o. se iniciado nas primeiras 48h dos sintomas, i.v. casos de pneumonia e encefalite Maiores doses pois HZV é menos suscep~vel Herpes (HSV) Imunossuprimido Infecções recorrentes - maior severidade Imunocompetente Mais úteis em infecções iniciais (maior severidade que recorrentes) Outros usos • citomegalovirus: – Menos suscep~vel – #midina quinase viral não a#va eficientemente o fármaco Aciclovir: formas farmacêu#cas e efeitos adversos • Bem tolerados Em geral • Irritação das mucosas e ardência transitória Tópico (creme) • Náusea, diarréia e cefaléia (pouco frequentes) Oral (raros) Aciclovir e valaciclovir • Insuficiência renal e efeitos centrais • Infusões em taxa constante e por 1h IV Farmacociné#ca – aciclovir e valaciclovir ê biodisponibildiade oral (10-30%) é com valaciclovir (70%) Valaciclovir é rapidamente metabolizado após adm. oral (hepá#ca e intes#nal, hidrólise enzimá#ca) Eliminação renal na forma de aciclovir Ampla distribuição -Leite materno -Placenta -BBB Aciclovir e Gestação • Es#ma-se que ~1% das mulheres suscep~veis infectam-se durante o primeiro trimestre de gestação (NEJM, 1997) • Aciclovir e valaciclovir são considerados categoria B • “In this large na#onwide cohort, exposure to acyclovir or valacyclovir in the first trimester of pregnancy was not associated with an increased risk of major birth defects.” JAMA, 2010 Produção TK viral Afininidade TK viral Alteração DNA polimerase Resistência GANCICLOVIR e VALGANCICLOVIR Timidina quinase do HSV Fosfotransferase CMV [3P-GCV] 3x maior em células infectadas [3P-GCV] 10x maior que 3P-aciclovir em CMV Maior afinidade pela fosfotransferase?? AGENTES ANTI-HEPATITELamivudina Ribavirina Interferons sofosbuvir DNA e RNA – especificidade maior de fármacos LAMIVUDINA É um análogo do nucleosídeo ci#dina Inibe DNA polimerase em HBV e transcriptase reversa (HIV) Comercializado como enan#ômero cis Ci#dina Citosina+ribose Inibição DNA polimerase viral e elongamento da cadeia ê Afinidade humana - sele#vidade deoxici#dina quinase Farmacociné#ca – lamivudina Rápida absorção Boa biodisponibilidade oral (80%) Metabolização: 5% (ina#vo) 70% na forma inalterada Ampla distribuição Efeitos adversos • Um dos an#retrovirais menos tóxicos • cefaléia, anemia, distúrbios no TGI • doses altas podem causar ansiedade Indicações • Hepa#te B • Monoterapia • Tratamento de co-infecções HBV e HIV RIBAVIRINA Análogo da guanosina Indicações terapêu#cas • em associação com interferon alfa para tratamento da hepa/te C crônica (RNA). • Monoterapia não é suficiente • Usada também para infecção respiratória pelo vírus sincicial Farmacociné#ca – ribavirina Oral, iv ou inalatória Biodisponibilidade oral=50% Pode persis#r em compar#mentos periféricos por até 6 meses Ampla distribuição ~30% na forma inalterada ~70% na forma de metabólitos Mecanismo de ação • Pouco conhecido • Diversos sí#os de ação descritos – Ribavirina -1P: interfere com a síntese de GTP – Robavirina-3P: inibe a síntese de RNA • Inibição da RNA polimerase? Não há suporte in vitro INTERFERONS Citocinas que inibem a proliferação viral. α, β: ações an#prolifera#vas e an#viral Mecanismo de ação Imunomodulador • Proliferação de células T de memória • Inibe apoptose das cel T • Es#mula a a#vação de células NK • Inibem síntese proteica viral, entre outros Interferon alfa-2a INTERFERON ALFA Farmacociné)ca • i.m. ou s.c. • Biodisponilidade>80% • t1/2 plasmá#co: 40 min-2 h • Administração: 3x/semana Como os efeitos celulares são de longa duração, é di�icl prever eficácia com base em PK INTERFERON ALFA Efeitos Adversos • síndrome gripal 6h após administração • Efeitos mais graves e dose-limitantes: mielosupressão, desencadeamento de doenças auto-imunes • Contra-indicação nas depressões, psicose e na gravidez INTERFERON ALFA • HBV e HCV: 3 a 18 meses - doses superiores e tratamento mais longo para o tratamento da hepa#te C crônica (até 18 meses) Indicações terapêu)cas INTERFERON ALFA PEGLADO PEG fixado ao interferon por ligação covalente • aumento de sua meia-vida e reduz clearance - concentrações plasmá#cas mais uniformes e prolongadas • PEGinterferon alfa-2a (cadeia ramificada) e PEGinterferon alfa-2B (cadeia linear) PEGAlfa-2B - 12 kDa 54 h Cadeia linear PEG PEGAlfa-2a - 40 kDa 77 h Cadeia ramificada Não pegilado 40 min-2h t1/2 Indicações terapêu)cas • maior eficácia que os não PEGlados contra hepa#te C crônica • menor frequência de administração (1x/semana versus 3x/semana não PEGlado) • Combinação com ribavirina para aumento da eficácia (*redução na carga viral de 2log) • Interferon sozinho: 6-15% • Interferon+ribavirina: 36% • PEG-interferon+ribavirina: 55% Efeitos adversos • Um pouco melhor tolerado que não PEGlados • Menor taxa de descon#nuação • Efeito locais e síndrome gripal semelhante • PEG é atóxico e excretado na urina. Sofosbuvir • Aprovado em 2015 (Brasil) • Associado com ledispavir, simeprevir, ribavirina ou interferon para Hepa/te C • Primeiro tratamento Interferon-free - forma trifosfato produzida por enzimas do hospedeiro - inibibe NS5B, uma RNA polimerase essencial para a síntese de RNA – incorporação na cadeia crescente de RNA no lugar da uridina trifosfato - administração oral, bem tolerada