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ciclo replicativo viral AULA 55


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O envelope vai se fundir com alguma membrana da célula (não precisa ser necessariamente a
membrana citoplasmática) e essa diferença de sítio de penetração vai ser determinada pela
necessidade que o vírus tem de uma variação de pH. 
Etapa em que o vírion fora da célula se aproxima e interage com ela. Etapa caracterizada pelo vírus
retido na superfície da célula. A retenção do vírus sobre a superfície da célula se dá por um processo
intermediado por ligações moleculares; moléculas na superfície do vírus precisam interagir com
moléculas na superfície da célula.
É um processo receptor-ligante, onde o receptor é a molécula na superfície da célula que faz o
reconhecimento físico-químico de uma molécula que está presente na superfície do vírus, que nesse
caso, podemos chamar de ligante.
Quem é o receptor da célula? Varia de vírus para vírus, de célula para célula, mas é sempre uma
estrutura presente na membrana celular voltada para o meio exterior. Normalmente são proteínas
glicosiladas, mas podem ser biomoléculas de outra natureza desempenhando esse mesmo papel.
Quem é o ligante na superfície viral? Precisa ser uma molécula que esteja exposta. Então a natureza do
ligante vai depender da constituição do vírus. Para vírus envelopados, o ligante sempre vai ser uma
espícula. No caso de vírus nus, onde não há envelope, o ligante vai ser uma parte do capsídeo que está
exposto ao ligante externo e dessa maneira pode interagir com o receptor celular.
Existe uma especificidade do receptor ao ligante, portanto existe uma especificidade da célula ao
vírus. Então há a necessidade de uma permissividade celular, ou seja, da presença de um receptor
específico para o vírus. E que função esse receptor tem para a célula? Está lá só para reconhecer um
vírus? Não, esse receptor sempre desempenha alguma outra função importante para a célula, essa é a
razão pela qual esses receptores tem se mantido ao longo da evolução da célula.
C I C L O R E P L I C A T I V O V I R A L
• A u l a 3 •
E T A P A 1 : A D S O R Ç Ã O
São divisões mais ou menos didáticas, isso quer dizer que elas possam não ser completamente
distantes, é possível que antes de uma etapa acabar, a etapa subsequente começe.
E T A P A 2 : P E N E T R A Ç Ã O
Uma vez que eles estão adsorvidos na superfície da célula, precisa-se pensar na entrada do vírus na
célula e essa entrada recebe o nome de penetração. O vírus deve penetrar no citoplasma para se
considerar que ele está dentro da célula.
D
iversidade da segunda etapa
A primeira coisa que tem que considerar sobre a
diversificação de processos de penetração do vírus na
célula é a composição do vírus, pois é diferente o processo
para vírus envelopados para vírus nus, diferente no seu
processo básico. Ainda, a composição do vírus vai
determinar se esse vírus precisa de variação de pH ou não
precisa para entrar na célula.
Para vírus envelopados: 
Ele sempre vai entrar na célula por um processo chamado
fusão de membrana. 
1
Se o vírus não tem necessidade de variação de pH, a fusão ocorre a nível de membrana citoplasmática.
Se ele precisar de variação de pH, ele precisará ser endocitado. Isso é interessante para o vírus, se ele
precisar de variação de pH, porque quando algo é endocitado pela célula ela passa estar no interior de
um vacúolo, podendo chamar de endossomo. A célula acidifica o conteúdo endossomal como uma
parte natural do processo de endocitose. Então, o vírus com essa necessidade precisa ser endocitado
para fazer essa alteração de pH, que é sempre para o ácido.
Para vírus nus:
Os processos são mais diversificados. Para eles, também pode depender da variação de pH. Se ele não
precisa dessa alteração, a penetração ocorre a nível da membrana citoplasmática. Se ele precisar da
variação, ele também vai ser endocitado para que seu processo de penetração seja ativado. Para
simplificar os vírus envelopados, vai ter um mecanismo de injeção de genoma através da membrana
citoplasmática, ou seja, existem vírus nus que o núcleo capsídeo inteiro não penetra na célula,
somente aquilo que está no seu genoma. Existem outros vírus nus que tem mecanismos de escape no
interior do endossomo e o nucleocapsídeo fica livre no citoplasma.
Esse processo começa a partir do momento em que o núcleo capsídeo está dentro da célula, no
citoplasma. Porém, o genoma do vírus não está acessível para a célula ainda, então temos o processo
chamado desnudamento, na qual o núcleocapsídeo se desagrega total ou parcialmente. O fato é que o
genoma do vírus tem que ficar acessível para a célula.
*Vírus nus que penetram por injeção de genoma, não passam por essa etapa.
Quando precisa ocorrer o desnudamento, esse processo pode acontecer tanto no citoplasma quanto
próximo ao núcleo. O que vai definir o local em que vai acontecer esse desnudamento é a natureza
química do ácido nucleico viral. Em geral, quando o genoma do vírus é RNA, o desnudamento ocorre
no citoplasma, e quando o genoma do vírus é DNA, ocorre próximo ao núcleo.
A partir dessa etapa, praticamente não se tem mais o vírus, ele não está ficando mais separado,
fisicamente, da célula hospedeira. Essa é uma característica exclusivamente dos vírus, não tem
nenhum outro ente que parasite uma célula de forma intracelular em que aconteça isso.
E T A P A 3 : D E S N U D A M E N T O
E T A P A 4 : P R O D U Ç Ã O D E R N A M
Na imagem, mostra diferentes
estratégias para que tenha RNAm
dentro do vírus de acordo com o
tipo de genoma que esse vírus
tem. Foram definidos grupos de
vírus caracterizado pela
natureza do genoma, química e
morfológica. Isso tudo para que
o processo de replicação
continue dentro da célula.
*Grupo IV: RNA de fita simples com polaridade (+). Isso define que é o RNAm. Então, existem vírus que
já tem o genoma RNAm, então não precisa ter sua produção já que ele já é RNAm.
*Para todos os outros grupos, precisa ter uma produção de RNAm viral.
2
Tradução das proteínas virais. Essa etapa vai acontecer com a participação dos ribossomos das células
hospedeiras.
Existem mecanismos para reprimir a tradução de proteínas da própria célula, favorecer a produção de
proteínas virais e ainda nesse processo, vai ter a produção de proteínas que vão fazer parte do
capsídeo e proteínas de envelope, de espícula.
Então vamos ter a tradução de proteínas virais em poli ribossomos dispersos no citoplasma e também,
tradução de proteínas virais no retículo endoplasmático no caso de vírus envelopado.
É importante dizer que temos a tradução de proteínas estruturais e também de proteínas virais não
estruturais (proteínas codificadas no genoma do vírus que não vão fazer parte da estrutura do vírion,
mas que tem função importante para permitir ou otimizar esse próprio ciclo de replicação do vírus ou
modulando o metabolismo da célula).
Essa etapa, muitas vezes é subdividida. Nem todas as proteínas virais precisam ser produzidas ao
mesmo tempo num ciclo de replicação do vírus. Quanto mais complexo o vírus for, maior a
necessidade de escalonamento da expressão dos genes virais precisa acontecer. Em função disso, tem
-se a tradução precoce e a tradução tardia, e não precisa produzir todas as proteínas ao mesmo
tempo. As precoces são as mais necessárias e as tardias são aquelas cuja a função biológica possa
acontecer em um outro momento, mais próximo ao seu fim, por exemplo. Quem define isso, é a
expressão desse gene.
E T A P A 5 : T R A D U Ç Ã O
E T A P A 6 : R E P L I C A Ç Ã O D O G E N O M A
Para o vírus de genoma RNA, precisara de uma RNA polimerase RNA dependente (enzima que produz
RNA usando como monde uma RNA pré existente). Essa enzima não tem na célula animal, e sim no
vírus.
Vírus de genoma DNA, a replicação vai acontecer segundo o modelo mais próximo da replicação do
cromossomo da célula hospedeira. Por essa razão que normalmente o desnudamento do genoma DAN
ocorre próximo ao núcleo enquanto os de RNA não precisam dessa proximidade. Como o mecanismo
bioquímico de replicação do genoma RNA independe das enzimas que a célula tem, porque a célulanão tem a enzima necessária, esses vírus no geral se replicam no citoplasma, enquanto o de DNA
podem precisar de proteínas que estejam no núcleo.
Quando tem uma enzima polimerase copiando um ácido nucleico pré existente, ela sempre vai fazer a
produção dessa molécula nova antiparalela em relação a fita molde. Quer dizer que, a partir da
extremidade 3' da fita molde, a polimerase vai produzir a 5' do acido nucleico que esta sendo
sintetizado. Isso faz com que essas células tenham polaridades inversas uma em relação a outra.
E T A P A 7 : M O N T A G E M
Essa célula agora esta cheia de proteínas estruturais do vírus, as proteínas de capsídeo, por exemplo,
acumuladas no citoplasma, proteínas espiculas de envelope localizadas em alguma membrana da
célula, porque a partir da produção das espículas novas no retículo, essas proteínas vão ser
transportadas através de vesículas para diferentes localizações da célula e pode ser a membrana
citoplasmática ou podem ficar em organelas membranosas (reticulo, golgi...). Mas essas proteínas
estão dispersas pela célula. Assim como tem varias copias de genomas produzido na etapa de
replicação que estão ali acumuladas. Essa proximidade de elementos estruturais de vírus faz com que
exista essa sétima etapa
Nessa etapa ocorre a montagem do nucleocapsideo. Essas proteínas começam a se agregar, as copias
de genomas vão sendo posicionados dentro dos capsídeos novos e começa ater uma individualização
dos vírus novos em relação a célula hospedeira.
3
Para o vírus de genoma RNA, precisara de uma RNA polimerase RNA dependente (enzima que produz
RNA usando como monde uma RNA pré existente). Essa enzima não tem na célula animal, e sim no
vírus.
Um vírus nus, o nucleocaspsideo já é o próprio virion. Se for um vírus envelopado, o nucleocapsideo
ainda não é o viriun pronto. Nesse caso o termino de sua produção ocorre na etapa subsequente.
Brotamento: os vírus estão brotando, sendo empurrado contra uma região de membrana da célula,
onde as espiculas pré formadas estão localizadas. Esse processo culmina na liberação do virion
completo. Eventualmente, esse processo é tão lesivo para a célula quanto a lise e esses dois
processos convergem. O brotamento precisa ocorrer com a célula viva, porque é dependente de
energia da célula.
É a saída do vírus da célula, a progene viral, para iniciar o ciclo de infecção em outra célula ou em
outros hospedeiro 
-Em vírus nus: lise da célula hospedeira
-Em vírus envelopados: Os nucleoscapsideo não será virion porque não estão completos. Ele precisa
de um mecanismo de liberação diferente da lise. Esse processo chama-se brotamento, mecanismo em
que o envelope é adquirido
E T A P A 8 : L I B E R A Ç Ã O
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