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4 2 Pórtico de entrada de uma cidade

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Pórtico de entrada de uma cidade
Apresentação
Em arquitetura, um pórtico é o local coberto à entrada de uma rua, um edifício, um templo ou um 
palácio. O pórtico pode ser entendido como uma arquitetura cobrindo um plano horizontal 
composto de uma estrutura de colunas no plano vertical que sustenta um plano horizontal elevado. 
Sua estrutura é formada por barras, verticais e horizontais, que formam quadros entre si. 
Analisando a tipologia do pórtico, é possível considerá-lo como uma arquitetura com elementos 
básicos combinados: planos verticais formados por colunas e/ou paredes laterais que sustentam 
uma plataforma horizontal.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar como surgiram e as características dos pórticos 
das cidades contemporâneas: como eles foram e como eles são utilizados. Também vai analisar 
exemplos dessa tipologia arquitetônica.
 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer características de pórticos de cidades.•
Indicar a utilização de pórticos.•
Analisar exemplos ilustres de utilização de pórticos.•
Desafio
O pórtico é uma arquitetura que sempre assinala um espaço importante. O seu conceito básico é o 
de uma arquitetura definida por planos verticais que sustentam um plano horizontal que dá 
significação a determinado espaço, transformando-o, assim, em lugar.
Você é arquiteto e foi chamado pela Prefeitura da Cidade de Gramado para construir um novo 
pórtico de boas-vindas em uma terceira entrada, que se localiza na estrada via Santa Maria do 
Herval.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
A partir do desenho anterior, como você explicaria o sistema estrutural de um pórtico descrevendo 
os elementos arquitetônicos que formam o sistema para o seu cliente, a fim de lhe explicar como 
ela funciona de maneira simples e clara? 
Infográfico
Apesar de aparentemente simples, o pórtico é uma arquitetura das mais versáteis, pois sua 
estrutura formal assumiu diversas funções ao longo da história da humanidade.
Neste Infográfico, você vai aprender mais sobre essas múltiplas funções e como são e foram 
utilizadas ao longo dos tempos.
Confira.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/d7cd6834-1ed3-4985-a579-759e72f81a8f/ceb0371f-54a7-49a0-b83b-2dbee624b04f.png
Conteúdo do livro
A palavra latina portĭcus converteu-se, no português, em pórtico. Esse conceito menciona o espaço 
levantado com planos verticais e horizontais que podem ser basicamente em colunas e telhados ou 
em arcos. O pórtico costuma constituir-se como uma galeria que se estende na fachada do edifício. 
Quando o pórtico se encontra junto de um templo romano ou da Antiga Grécia, tem o nome de 
pronaos (cuja origem etimológica deriva de um conceito grego que se pode traduzir como “diante 
do templo”). Os pórticos também podem estar no centro de átrios ou na entrada de uma cidade ou 
rua, como um monumento.
 
No capítulo Pórtico de entrada de uma cidade, da obra Maquetes, você vai estudar o conceito de 
pórtico, como surgiram e as características dos pórticos das cidades do passado e contemporâneas: 
como eles foram e como eles são utilizados. Também serão analisados exemplos famosos dessa 
tipologia arquitetônica.
 
Boa leitura.
 
MAQUETES
Celma Paese
Pórtico de entrada 
de uma cidade
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer características de pórticos de cidades.
 � Indicar a utilização de pórticos.
 � Analisar exemplos ilustres de utilização de pórticos.
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar o surgimento e as características dos 
pórticos das cidades contemporâneas. Vai ver como eles foram cons-
truídos e como são utilizados. Além disso, você vai conhecer exemplos 
dessa tipologia arquitetônica.
Conceito de pórtico
Em arquitetura, um pórtico é o local coberto à entrada de uma rua, um edifício, 
um templo ou um palácio. O pórtico é uma arquitetura cobrindo um plano 
horizontal composto de uma estrutura de colunas (no plano vertical) que 
sustenta um plano horizontal elevado. Sua estrutura é composta por barras, 
verticais e horizontais, que formam quadros entre si.
Analisando a tipologia do pórtico, Unwin (2013, p. 40) chama-o de “[...] uma 
arquitetura com elementos básicos combinados”: planos verticais formados 
por colunas e/ou paredes laterais que sustentam uma plataforma horizontal. 
Já no Egito Antigo, o conjunto de elementos era apoiado em um plano-base. 
Ching (2013) também considera o pórtico uma tipologia arquitetônica com-
posta por elementos básicos retilíneos horizontais sustentados por elementos 
retilíneos verticais.
Pórticos: do Neolítico à Idade Média
Os dólmens são pórticos formados por menires. Eles eram construídos para 
demarcar a entrada de templos primitivos, de monumentos tumulares coletivos, 
de observatórios celestes e de altares para sacrifícios humanos (datados do 
fim do milênio V a.C. até o fim do milênio III a.C. na Europa e até o milênio I 
no Extremo Oriente). O nome deriva do bretão: dol significa “mesa” e men, 
“pedra”. Observe a Figura 1, a seguir.
Figura 1. Pórticos do Neolítico.
Fonte: Paulnabrone Dolmen (2018, documento on-line).
Em Roma, os imperadores que alcançavam vitórias importantes eram ho-
menageados por arcos comemorativos de boas-vindas na entrada da cidade. Na 
Figura 2, você pode ver o Arco de Constantino: um arco triunfal construído por 
ordem do Senado Romano para comemorar a vitória do imperador Constantino 
sobre Maxêncio na Batalha da Ponte Mílvia, em 312 d.C. Localizado entre o 
Coliseu e o monte Palatino, o arco foi inaugurado em 315 d.C.
Na Figura 3, você pode ver o pórtico que configura uma das portas de 
entrada da cidade murada de Lucca, na Itália. A muralha foi construída entre 
os séculos XVI e XVII e é uma das principais atrações da cidade.
Pórtico de entrada de uma cidade108
Figura 2. Arco de Constantino, Roma, Itália.
Fonte: Rome, Arch of Constantine. (2011, documento on-line). 
Figura 3. Pórtico da cidade de Lucca, Itália.
Fonte: Lucca Porta Dei Borghi Outside (2016, documento on-line).
109Pórtico de entrada de uma cidade
Um dos mais famosos pórticos gregos é o do Templo das Cariátides, no 
Templo de Erecteion, construído no século V a.C. e localizado na Acrópole 
de Atenas. Veja na Figura 4, a seguir.
Figura 4. Pórtico do Templo das Cariátides, Atenas, Grécia.
Fonte: Piolle (2016, documento on-line).
A utilização dos pórticos
No Ocidente, o pórtico surgiu no Neolítico, com os menires, elementos arqui-
tetônicos considerados a primeira arquitetura simbólica. Quando os menires 
eram dispostos em forma de pórtico, eram chamados de dólmens e demar-
cavam um túmulo coletivo, também chamado dólmen. Quando dispostos em 
conjunto, demarcavam um local sagrado, como um templo: o exemplo mais 
popular é Stonehenge. Os dólmens também eram utilizados como observatórios 
astronômicos e como mesa de sacrifício humano. 
Na Grécia Antiga, os pórticos passaram a configurar a entrada dos templos 
e eram denominados conforme o número de colunas. Na Roma Antiga, os 
pórticos individuais passaram a ser construídos para homenagear os impe-
Pórtico de entrada de uma cidade110
radores por suas conquistas e se chamavam arcos. O pórtico foi evoluindo 
e passou a configurar portas que marcavam a entrada das cidades muradas. 
Essas entradas eram geralmente direcionadas para os quatro pontos cardeais. 
Nos pórticos, ficavam os guardas, acolhendo e controlando o fluxo daqueles 
que chegavam. No Renascimento, os pórticos cobriam grandes extensões de 
calçadas nas cidades italianas, formando as famosas colunatas. 
A cidade de Bolonha, na Itália, é muito famosa por seus pórticos. No total, existem lá 
mais de 45 km de arcadas, 38 deles só no centro da cidade. O pórtico mais comprido 
do mundo é o Portico di San Luca (Figura 5). Com cerca de3,5 km, ele vai dos limites 
da cidade até o Santuário da Madonna de San Luca. O Portico di San Luca teve como 
principal construtor o arquiteto Carlo Francesco Dotti (1670–1759), que o projetou no 
século XVII para facilitar o acesso ao santuário. O pórtico começou a ser construído 
em 1674 e foi finalizado em 1793.
Figura 5. Portico di San Luca, Bolonha, Itália.
Fonte: Mattana (2017, documento on-line). 
Hoje, o pórtico de entrada das cidades perdeu sua função original. Algumas 
cidades possuem pórticos que marcam sua entrada principal de maneira festiva, 
como os pórticos da cidade de Gramado (RS) e de Natal (RN).
111Pórtico de entrada de uma cidade
Construído entre 1823 e 1830 pelo arquiteto Karl Friedrich Von Schinkel, o Altes Mu-
seum, em Berlim, Alemanha, tem a configuração clássica da fachada de um edifício 
público. O edifício neoclássico possui uma fileira de colunas que configura o plano 
vertical do pórtico de entrada, sustentando o entablamento (plano horizontal de 
cobertura do pórtico) e formando uma fachada de colunata. Dessa maneira, a fachada 
oferece alguma proteção contra intempéries e forma, com o conjunto de colunas, um 
“véu” semitransparente que unifica os elementos da edificação (CHING, 2013). Unwin 
(2013) chama a atenção para uma pele de vidro colocada na fachada na sequência das 
colunatas em uma obra de retrofit do início da década de 1990. Na Figura 6, a seguir, 
você pode ver uma imagem do Altes Museum.
Figura 6. Altes Museum, Berlim, Alemanha.
Fonte: Berlin: Altes Museum (Old Museum) (2018, documento on-line).
Exemplos de utilização de pórticos
Pórtico da Praça do Patriarca (São Paulo, SP)
Paulo Mendes da Rocha é um dos mais importantes arquitetos brasileiros 
vivos. Pertencente à geração de arquitetos modernistas, é discípulo direto 
de Vilanova Artigas. Mendes da Rocha assumiu nas últimas décadas uma 
posição de destaque na arquitetura brasileira contemporânea: no ano de 2006, 
foi ganhador do Prêmio Pritzker, o mais importante da arquitetura mundial. 
Em 2016, venceu o prêmio Leão de Ouro, da Bienal de Veneza, Itália, na 
categoria arquitetura, pelo conjunto da obra. No mesmo ano, recebeu o Prêmio 
Imperial do Japão, um dos mais prestigiosos do mundo. É autor de projetos 
Pórtico de entrada de uma cidade112
polêmicos e que constantemente dividem a crítica especializada, como o do 
Museu Brasileiro da Escultura e o do pórtico localizado na Praça do Patriarca, 
ambos em São Paulo. É nesta cidade também que o arquiteto reside. Observe 
a Figura 7, a seguir.
Figura 7. Pórtico da Praça do Patriarca: croqui da cobertura; o perfil da viga lembra um 
escalímetro. No lado mais baixo, uma calha metálica recolhe as águas.
Fonte: Serapião (2002, documento on-line).
Segundo Serapião (2002), o pórtico nasceu do bem-sucedido encontro e 
do desejo comum da Associação Viva o Centro e da prefeitura paulistana de 
reorganizar hierarquicamente o espaço da praça. Assim, ocorreu a revitalização 
de um pulsante pedaço da cidade. Embora pequena, a Praça do Patriarca é um 
local simbólico do Centro de São Paulo. Nas bordas do triângulo histórico da 
cidade, ela é parte da conexão entre o Centro velho e o novo, sua extensão 
natural. A praça tem pouco mais de um século e foi aberta com a demolição 
de um quarteirão. Antes da revitalização, ela havia se transformado em um 
terminal de ônibus, um lugar de passagem. Hoje, com a existência do pórtico, 
a praça resgata a sua função de oferecer espaços de permanência.
O pórtico marca a entrada da galeria subterrânea que leva o nome de seu 
construtor, Prestes Maia (o Haussmann paulistano), autor do plano de avenidas 
(1930) e um dos maiores ordenadores do crescimento de São Paulo. A galeria 
foi construída na década de 1940 e abriga salas de exposição e serviços pú-
blicos, além de ser passagem entre o Centro velho e o Vale do Anhangabaú.
O arquiteto propôs duas construções, mas só a nova cobertura para a 
entrada da Galeria Prestes Maia foi executada. A segunda transformaria o 
Viaduto do Chá em gare para ônibus. Serapião (2002) considera que, como 
em um jogo de xadrez, o importante no retrofit da praça é a qualidade e a 
113Pórtico de entrada de uma cidade
precisão da movimentação das peças. E, apesar de aparentemente simples, o 
projeto tem elementos que revelam a lógica do arquiteto. O primeiro deles é 
o piso de mosaico que delimita a praça. Com a retirada dos ônibus, um amplo 
espaço foi resgatado para os pedestres, que chegam de seis diferentes vias.
Com o auxílio de montagens de fotos antigas, o arabesco de mosaico 
português existente foi reconstituído e cortado em uma das laterais por uma 
baia para veículos (carga e descarga, táxis e ônibus turísticos, entre outros). O 
piso, que assinala o desenho oval da antiga cobertura, revela ainda a delicada 
relação entre o rendilhado de pedra e a esbelteza da estrutura.
A cobertura ocupa, solene, a função de acolhimento da entrada da galeria, 
recebendo os pedestres passantes e os moradores de rua que ali residem. Na 
cobertura, é mais evidente o desenho do arquiteto: um pórtico metálico, que 
vence 40 m de vão e, tal como a porta de uma cidade medieval, é local de rito 
de passagem, do Centro velho para o novo, de dentro para fora da galeria.
Uma peça estrutural porticada sustenta a esbelta cobertura em casca, 
composta por nervuras internas (como se fosse uma asa de avião) recobertas 
por chapas metálicas. Apoiada somente em dois trechos, a casca de composição 
assimétrica e aparente instabilidade é travada por tensores para não pender 
brutalmente. Na parte mais baixa, uma calha capta águas pluviais. Na Figura 
8, a seguir, você pode ver a maquete do Pórtico da Praça do Patriarca.
Figura 8. Maquete do Pórtico da Praça do Patriarca, São Paulo (SP).
Fonte: Serapião (2002, documento on-line).
Pórtico de entrada de uma cidade114
A sinalização vertical é um tipo de sinalização viária estabelecida por meio de comuni-
cação visual. São placas, painéis ou dispositivos auxiliares situados na posição vertical, 
implantados à margem da via ou suspensos em pórticos sobre ela. A sinalização vertical 
deve se posicionar dentro do campo visual do usuário; ter mensagens e símbolos 
legíveis, simples e claros; e ser padronizada. Essa sinalização pode ser feita com placas 
estáticas — quando os dados são fixos — ou dinâmicas — quando informam condições 
climáticas, de tráfego e da rodovia.
Pórtico dos Reis Magos (Natal, RN)
O Pórtico dos Reis Magos é o monumento comemorativo aos 400 anos da 
cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Ele localiza-se em uma das 
entradas da cidade. Foi projetado pelo importante arquiteto potiguar Moacyr 
Gomes da Costa, com a colaboração do arquiteto Eudes Galvão Montenegro, 
em 1999. Moacyr Gomes da Costa é autor de diversos projetos importantes. O 
mais conhecido é o do Complexo Esportivo de Lagoa Nova, em Natal, elaborado 
em 1953. Também são dele os projetos do Estádio João Machado (“Machadão”), 
executado no período de 1967 a 1972, e do Ginásio de Esportes Humberto Nesi, 
executado em 1992. O arquiteto ainda elaborou o Plano Diretor de Organização 
Físico-Territorial de Natal (Lei nº 3.175/84) e o Plano Diretor Físico-Territorial 
de Natal (Lei nº 2.211/74), quando foi secretário de obras do município.
Para Gomes da Costa, o pórtico é o seu melhor projeto. O arquiteto faz tal afir-
mação porque o pórtico simula uma mensagem histórica, inspirada no nascimento 
de Cristo e em sua relação com a data de fundação de Natal: o dia da anunciação 
dos Reis Magos ao mundo por meio de uma estrela cadente. Ao conceber o projeto, 
o arquiteto pensou na poderosa imagem arquitetônica que poderia criar a partir 
da estrela e das ricas figuras bíblicas, com suas vestes e coroas. 
Com o calculista e escultor José Pereira e o arquiteto Eudes Galvão, Gomes 
da Costa desenvolveu, a partir desse conceito, um projeto audacioso, com 
uma estrela abstrata, garatuja meio surrealista, e as figuras clássicas dos Reis 
Magos. No livro O Concreto no Brasil(2002), do professor Augusto Carlos 
de Vasconcelos, o pórtico é listado como um dos maiores monumentos em 
concreto protendido no Brasil. Recentemente, Vasconcelos concluiu que ele é 
o maior balanço de concreto protendido do mundo, fato que tornou o projeto 
famoso entre os arquitetos e engenheiros brasileiros. Na Figura 9, a seguir, 
você pode ver o Pórtico dos Reis Magos (BARBOSA, 2013).
115Pórtico de entrada de uma cidade
Em arquitetura, o pórtico é certamente o sistema estrutural mais utilizado e popular. 
A estrutura formal do pórtico define infinitos lugares e é bem-vinda em diversas 
tipologias arquitetônicas. O pórtico pode ser um monumento em local coberto, indicar 
o início de uma rua, demarcar a entrada de um edifício, celebrar vitórias, além de estar 
presente em casas, túmulos, templos e palácios. 
Figura 9. Pórtico dos Reis Magos, Natal (RN).
Fonte: Monte (2018, documento on-line). 
Em arquitetura, o pórtico é certamente o sistema estrutural mais uti-
lizado e popular. A estrutura formal do pórtico define infinitos lugares 
e é bem-vinda em diversas tipologias arquitetônicas. O pórtico pode ser 
um monumento em local coberto, indicar o início de uma rua, demarcar a 
entrada de um edifício, celebrar vitórias, além de estar presente em casas, 
túmulos, templos e palácios. 
Marble Arch (Londres, Inglaterra)
O Marble Arch é um arco triunfal comemorativo do século XIX com fachada 
de mármore branco. Ele está localizado em Londres, na Inglaterra. A estrutura 
foi projetada por John Nash em 1827 para ser a entrada de honra da corte do 
Pórtico de entrada de uma cidade116
rei no Palácio de Buckingham. Ela ficava perto do local em que hoje é o balcão 
do Palácio, onde a Rainha faz suas aparições.
Em 1851, o arco foi realocado e, após o alargamento de Park Lane, no início 
dos anos 1960, está situado numa grande ilha de tráfego na junção de Oxford 
Street, Park Lane e Edgware Road. Historicamente, somente os membros 
da Família Real, as tropas, a artilharia e a infantaria real podem passar pelo 
arco. Isso acontece apenas em comemorações. Na Figura 10, você pode ver a 
maquete do projeto original.
Figura 10. Maquete de 1821 do projeto original do Marble Arch, executada pelo arquiteto 
John Nash.
Fonte: Marble Arch (2018, documento on-line).
117Pórtico de entrada de uma cidade
BARBOSA, L. C. B. Entrevista com o arquiteto Moacyr Gomes. Entrevista, São Paulo, 
ano 14, maio 2013. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entre-
vista/14.054/4757>. Acesso em: 13 out. 2018.
BERLIN: Altes Museum (Old Museum). Wikimedia Commons, the free media repositor, 
18 set. 2017. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Berlin_-_Al-
tes_Museum1.jpg>. Acesso em: 13 out. 2018.
CHING, F. D. K. Arquitetura: forma, espaço e ordem. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. 
LUCCA Porta Dei Borghi Outside. Wikimedia Commons, the free media repo-
sitor, 17 maio 2016. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:LuccaPortaDeiBorghiOutside.JPG>. Acesso em: 13 out. 2018. 
MARBLE Arch. Wikipedia, The Free Encyclopedia, 24 set. 2018. Disponível em: <https://
en.wikipedia.org/wiki/Marble_Arch>. Acesso em: 13 out. 2018.
MATTANA. Bologna, Santuario della Madonna di San Luca. Wikimedia Commons, the 
free media repositor, 4 jul. 2017. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Bologna,_Santuario_della_Madonna_di_San_Luca_001.JPG>. Acesso em: 13 out. 2018.
MONTE, M. Pórtico dos Reis Magos. Wikimedia Commons, the free media repositor, 28 
jan. 2018. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3b/
P%C3%B3rtico_dos_Reis_Magos.jpg>. Acesso em: 13 out. 2018.
PIOLLE, G. The Caryatid Porch of the Erechtheum, Acropolis of Athens, Greece. Wikime-
dia Commons, the free media repositor, 23 nov. 2016. Disponível em: <https://commons.
wikimedia.org/wiki/File:Erechtheion_-_caryatides_1.jpg>. Acesso em: 13 out. 2018.
POULNABRONE Dolmen. Wikimedia Commons, the free media repositor, 10 jan. 2018. 
Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Paulnabrone.jpg>. Acesso 
em: 13 out. 2018. 
ROME, Arch of Constantine. Wikimedia Commons, the free media repositor, 21 nov. 2011. Dis-
ponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:RomeConstantine%27sArch03.
jpg>. Acesso em: 13 out. 2018. 
SERAPIÃO, F. Paulo Mendes da Rocha: Praça do Patriarca: o último movimento do pa-
triarca. Arco, 27 nov. 2002. Disponível em: <https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/
arquitetura/paulo-mendes-da-rocha-praca-do-27-11-2002>. Acesso em: 13 out. 2018. 
UNWIN, S. A análise da arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2013.
Pórtico de entrada de uma cidade118
Leituras recomendadas
AGUIAR, L. M. M. As construções Nuragues e Dolmens no Período Neolítico. Brasil 
Escola, 2018. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historiag/as-construcoes-
-nuragues-dolmens-no-periodo-neolitico.htm>. Acesso em: 13 out. 2018. 
LINDENBERG NETO, H. Stonehenge. Laboratório de Mecânica Computacional, 2002. 
Disponível em: <http://www.lmc.ep.usp.br/people/hlinde/estruturas/stonehenge.
htm>. Acesso em: 13 out. 2018. 
MARKUN, P. O pórtico da Praça do Patriarca. Arquitetura e Urbanismo para Todos, 18 abr. 
2014. Disponível em: <http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/praca-do-patriarca/>. 
Acesso em: 13 out. 2018. 
MILLS, C. B. Projetando com maquetes: um guia de como fazer e usar maquetes de 
projeto de arquitetura. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.
PINHAL. O que é pórtico? Colégio de Arquitetos, 27 jul. 2009. Disponível em: <http://
www.colegiodearquitetos.com.br/dicionario/2009/07/o-que-e-portico-2/>. Acesso 
em: 13 out. 2018. 
119Pórtico de entrada de uma cidade
Conteúdo:
Dica do professor
Todo mundo já ouviu falar dos monumentos de Paris, a "Cidade Luz". Além da Torre Eiffel, existem 
na capital da França três arcos famosos. O mais popular é o imponente Arco do Triunfo (Arc de 
Triomphe) que fica na avenida mais famosa de Paris, a Champs-Élysées. Porém, o que os arquitetos 
devem saber é que existem outros dois arcos em Paris, o Arco do Triunfo do Carrossel (Arc de 
Triomphe du Carrousel) e o grande Arco de La Défense (Grande Arche de La Défense), e que esses 
três arcos têm algo em comum e que é muito interessante, porém ainda é pouco conhecido.
A grande curiosidade é que esses três arcos estão perfeitamente alinhados em uma mesma reta, 
chamada de Eixo Histórico (Axe Historique), apesar de terem sidos construídos em épocas 
diferentes. O Eixo Histórico, que tem mais 200 anos de história, é uma reta que contempla diversos 
monumentos, começando no Museu do Louvre, passando por toda a Champs-Élysées, cruzando o 
Arco do Triunfo e terminando na parte mais nova e moderna de Paris, a La Défense.
Veja, na Dica do Professor, mais alguns fatos interessantes sobre esses arcos.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/2bc59868d5c3d57fb8f6c910b22667a8
Exercícios
1) "Na cobertura é mais evidente o desenho do arquiteto: um pórtico metálico, que vence 40 
m. Uma peça estrutural porticada sustenta a esbelta cobertura em casca, composta por 
nervuras internas (como se fosse uma asa de avião) recobertas por chapas metálicas. 
Apoiada somente em dois trechos, a casca de composição assimétrica e aparente 
instabilidade é travada por tensores, para não pender brutalmente. Na parte mais baixa, uma 
calha capta águas pluviais". Segundo os exemplos analisados nesta Unidade, qual o pórtico 
que se enquadra nessa descrição e de que arquiteto?
A) Pórtico dos Reis Magos, de Moacyr Gomes da Costa.
B) Pórtico do Hautes Museum, de Von Schinkel.
C) Pórtico dos Reis Magos, de Paulo Mendes da Rocha.
D) Portico di San Luca, de Carlo Francesco Dotti.
E) Pórtico da Praça do Patriota, de Paulo Mendes da Rocha.
 
2) O Marble Arch em Londres e o Arco de Constantino em Roma tem a sua função em comum. 
Qual é essa função?
A) Porta de entrada dacidade.
B) Arco comemorativo.
C) Entrada de templo.
D) Cobrir a calçada para o Rei passar.
E) Pórtico comemorativo da fundação das respectivas cidades.
3) Em arquitetura, um pórtico é o local coberto à entrada de uma rua, um edifício, um templo 
ou um palácio. Analisando a tipologia do pórtico a partir de Unwin (2013) e Ching (2013), 
pode-se considerar que ambos os autores chamam o pórtico de uma arquitetura com quais 
características?
A) Sua estrutura é formada por colunas na vertical e na horizontal.
B) Sua estrutura é formada por planos horizontais sobrepostos.
C) Uma tipologia arquitetônica primária com elementos básicos combinados no plano vertical.
D) Uma tipologia arquitetônica composta por elementos básicos combinados nos planos 
horizontais e verticais.
E) Uma tipologia arquitetônica básica encontrada em todas as civilizações.
•
4) Do Neolítico à Idade Média, os pórticos consagraram-se como uma tipologia arquitetônica 
que acolhe diversas funções, às vezes até ao mesmo tempo. Em um período determinado da 
história, os pórtico demarcavam túmulos coletivos. Quando dispostos em conjunto, 
demarcavam um templo. No mesmo período histórico, também eram observatórios 
astronômicos e mesa de sacrifício humano. Qual era o nome desse tipo de pórtico e em que 
período da história humana eles se encontram?
A) Na Antiga Grécia e eram chamados de Arcos.
B) Na Roma Antiga, quando cobriam as ruas para comemorar as conquistas dos imperadores.
C) No Renascimento e eram chamados de Arcos.
 
D) No Neolítico e se chamavam Dólmens.
E) As portas das muralhas da Idade Média e do Renascimento.
 
5) Algumas cidades têm pórticos que marcam sua entrada principal de maneira festiva, como 
na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte: o Pórtico dos Reis Magos. Qual a principal 
característica desse pórtico e que o tornou famoso entre os arquitetos?
A) Sua estrutura em concreto armado, que compõe com a imagem dos Reis Magos um conjunto 
lúdico.
B) Por ser o Pórtico dos Reis Magos considerado pelo Professor Augusto Carlos de Vasconcelos 
o maior balanço em concreto protendido do continente americano.
C) Pelo arquiteto Gomes da Costa considerá-lo seu melhor projeto.
D) Pelo pórtico simular uma mensagem histórica, inspirada no nascimento de Cristo e sua 
relação com a data de fundação de Natal.
E) Pelo pórtico ser um pórtico de entrada da cidade de Natal.
 
Na prática
No Paleolítico, os menires começaram a demarcar eventos nos caminhos a fim de impor certa 
ordem no entorno e sinalizá-lo. Os menires fizeram com que a humanidade começasse a criar as 
primeiras arquiteturas com espaços simbólicos complexos. Quando os menires eram dispostos em 
grupos bem definidos e ritmados, além de determinar uma direção, delimitavam um lugar onde no 
seu centro, se poderia dançar, rezar ou simplesmente caminhar. 
Veja, neste Na Prática, um exemplo em Stonehenge, que é a prova de que a qualidade da estrutura 
formal é um fator que faz uma arquitetura atravessar e se tornar presente no tempo e na memória 
da humanidade.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Pórticos, letreiros, lareiras Le Corbusier e Robert Venturi, sobre 
simbolismo e velocidade no modernismo
O artigo de Rafael Urano Frajndlich foi publicado na revista de pós-graduação em arquitetura da 
USP. O artigo busca investigar a leitura que o arquiteto Robert Venturi faz de alguns traços da obra 
de Le Corbusier, para conceber suas considerações sobre arquitetura e comunicação.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Bolonha, a cidade dos pórticos
No texto publicado no portal Vitruvius, a arquiteta Jéssica Rossone descreve sua experiência de 
viver e estudar em uma cidade onde a estrutura formal da cidade é a arquitetura porticada.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
http://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/43703/47325
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/10.112/6104

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