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Leis sobre nudes no Brasil
No Brasil, existem leis específicas que regulamentam a produção e o 
compartilhamento não autorizado de nudes. A Lei nº 12.737/2012, 
conhecida como "Lei Carolina Dieckmann", criminaliza a invasão de 
dispositivos informáticos alheios para obter, adulterar ou destruir dados 
ou informações sem autorização do titular. Isso inclui o acesso não 
autorizado a fotos e vídeos íntimos, mesmo que a pessoa tenha 
consentido previamente com a sua produção.
Além disso, o Código Penal Brasileiro, em seu artigo 216-B, prevê a 
punição de quem compartilhar, sem autorização, imagens e vídeos de 
conteúdo sexual de outra pessoa. Essa prática é conhecida como 
"revenge porn" e pode resultar em pena de detenção, de 6 meses a 1 
ano, e multa. Em casos envolvendo menores de idade, a pena é ainda 
mais rigorosa, podendo chegar a 5 anos de prisão.
Mais recentemente, a Lei nº 13.718/2018 entrou em vigor, ampliando a 
proteção contra a divulgação não autorizada de conteúdo íntimo. Essa lei 
considera crime a "divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro 
de vulnerável, de imagem ou de cena de sexo, de nudez ou de 
pornografia" sem o consentimento da vítima.
Punições para 
compartilhamento não 
autorizado
No Brasil, o compartilhamento não autorizado de conteúdo íntimo, 
conhecido como "revenge porn", é considerado um crime severo e pode 
acarretar em punições severas tanto para quem divulga as imagens 
quanto para quem as recebe e as compartilha novamente.
De acordo com a Lei nº 13.718/2018, o ato de expor, utilizar ou divulgar, 
sem o consentimento da vítima, a sua imagem ou gravação contendo 
cena de nudez ou ato sexual de caráter íntimo pode ser enquadrado no 
crime de "divulgação de cena de estupro, de cena de estupro de 
vulnerável, de cena de sexo ou de nudez". A pena prevista é de reclusão 
de 1 (um) a 5 (cinco) anos, além de multa.
Além disso, a vítima também pode acionar a justiça civil para obter 
indenização por danos morais e materiais. Nestes casos, o culpado pode 
ser condenado a pagar altas quantias, que podem chegar a centenas de 
milhares de reais, dependendo dos danos causados à vítima.
É importante ressaltar que mesmo que a pessoa tenha tirado a foto ou o 
vídeo de si mesma, o compartilhamento não autorizado ainda é 
considerado crime, pois viola o direito à privacidade e intimidade da 
pessoa retratada.

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