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Instituto dos Concursos Públicos

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	CENTRO PAULA SOUZA 
ETEC DRª MARIA AUGUSTA SARAIVA
Técnico em Serviços Jurídicos 
Carolina Aparecida Carvalho dos Santos
Ingrid Ramos Cantagesso
Juliana de Lima Silva
Larissa Ribeiro Guerreiro
Rafael Novais de Santana
Renê Vitório dos Santos
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
CONCURSOS PÚBLICOS 
São Paulo
2015
Carolina Aparecida Carvalho dos Santos
Ingrid Ramos Cantagesso
Juliana de Lima Silva
Larissa Ribeiro Guerreiro
Rafael Novais de Santana
Renê Vitório dos Santos
CONCURSOS PÚBLICOS
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de técnico em Serviços Jurídicos da Etec Doutora Maria Augusta Saraiva orientado pelo professor Alexandre Odilon como requisito parcial para obtenção de técnico em Serviços Jurídicos.
São Paulo
2015
 RESUMO
O presente projeto visa estudar, de um ponto de vista processual administrativo, o instituto dos concursos públicos no Brasil. Inicialmente, realizou-se uma abordagem histórica do tema, com vistas a enumerar os instrumentos de seleção de mão-de-obra empregada pelas Administrações ao longo dos séculos, com enfoque nos diversos sistemas constitucionais brasileiros. Ao longo do trabalho, foi possível concluir que os concursos públicos apresentam natureza jurídica de processo administrativo, sendo-lhes, portanto, aplicável a legislação correlata; no entanto, isto não é suficiente para garantir a devida regulamentação do assunto, de modo que a ausência de uma lei nacional dos concursos públicos, conforme demonstram diversas situações fáticas, representa causa de insegurança jurídica para os candidatos, de desobediência aos princípios constitucionais e violação do objetivo precípuo de sua realização, que é a seleção dos candidatos mais capacitados para o exercício da função pública. 
	
Palavras-chave: Concurso público. Processo administrativo. Regulamentação
ABSTRACT
This work intends to study, in an administrative procedural point of view, Brazilian public selection institute. Initially, a historical approach of the theme was performed, in order to enumerate the manpower selection instruments employed by Administration along the centuries, focusing on the various Brazilian constitutional systems. Along the work it was possible to conclude that public selections present judicial nature of a administrative process, thus being applicable the respective law; however, this is not enough to ensure the necessary regulation of the subject, so that the absence of a national law of public selections, as demonstrated by diverse situations, is cause of judicial insecurity for candidates, disobedience to constitutional principles and violation of the main objective of its execution, that is, the selection of the best trained candidates for the exercise of public service. 
Keywords: Public selection. Administrative process. Regulation
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO.........................................................................................................7
2.CONCEITO...............................................................................................................7
2.1.Origem...................................................................................................................8
2.2.Constituição de Império e a Constituição de 1891...........................................9
2.3.Constituição de 1932..........................................................................................10
3.PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS.........................................................................12
3.1.Princípio da legalidade......................................................................................12
3.2.Princípio da Isonomia........................................................................................13
3.3.Princípio da Imparcialidade...............................................................................13
3.4.Princípio da publicidade....................................................................................13
3.5.Princípio da moralidade ou probidade administrativa....................................14
3.6.Princípio razoabilidade......................................................................................14
3.7.Princípio da eficiência........................................................................................14
3.8.Princípio da obrigatoriedade.............................................................................15
3.9.Princípio da vinculação ao edital......................................................................15
3.10.Princípio proibitivo da quebra da ordem de classificação...........................15
3.11.Princípio da seletividade.................................................................................16
3.12.Princípio do duplo grau de jurisdição............................................................16
4.LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO ...............................................16
5.O PROCEDIMENTO DO CONCURSO PÚBLICO E SUAS FORMALIDADES.....17
5.1.Execuções direta e indireta do concurso público...........................................18
5.2.Portarias de Autorização...................................................................................18
5.3.Acesso ao processo relativo à autorização de concurso público.................19
6.LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL...............................................................................19
6.1.Previsão orçamentária.......................................................................................20
7.BANCA EXAMINADORA.......................................................................................20
7.1.Publicidades dos atos constitutivos e do rol de membros da banca examinadora.............................................................................................................21
7.2.Imparcialidade da banca examinadora: impedimento e suspeição de seus membros...................................................................................................................21
8.Edital do Concurso Público.................................................................................22
8.1.INSCRIÇÃO.........................................................................................................22
8.2.Cotas em concursos públicos federais............................................................23
9.REALIZAÇÃO DAS PROVAS................................................................................24
9.1.Objetivas.............................................................................................................24
9.2.Discursivas.........................................................................................................24
9.3.Provas Práticas...................................................................................................24
9.4.Provas Físicas....................................................................................................24
9.5.Classificação dos candidatos...........................................................................24
9.6.Homologação do concurso público.................................................................25
10.SERVIDOR PÚBLICO...........................................................................................25
10.1.Empregado público..........................................................................................27
10.2.Diferença entre Servidor Público e Empregado público..............................28
11.ESTATÍSTICAS.....................................................................................................29
12.ESTUDO DE CASO..............................................................................................32 
13.CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................35
14. REFERÊNCIAS....................................................................................................36
1. Introdução
Diante das dificuldades do atualmercado de trabalho, dos crescentes índices de desemprego e da ausência de estabilidade na iniciativa privada é cada vez maior a busca por uma vaga no serviço público, que além dos salários mais atrativos, oferecem também aos candidatos a tão sonhada estabilidade. 
 A Constituição Federal estabeleceu o concurso público como meio de ingresso no Poder Público, buscando com isso a preservação do princípio democrático do direito, garantindo a todos, o igual direito de acesso ao serviço público, sem privilegiar um ou outro candidato.
 O acesso a cargos públicos, conforme previsto no artigo 37, II da Constituição Federal, dá-se mediante aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, em forma prevista em lei.
Sendo assim, como regra geral, que comporta algumas exceções, só é lícita a investidura em cargos públicos oferecidos pela administração através da realização de concurso público para ingresso. 
Porém, as controvérsias surgem no momento em que a Administração realiza o concurso público e impõe as exigências que limitam as oportunidades aos candidatos. 
O objetivo que norteia a realização deste trabalho é identificar as limitações existentes nos editais dos concursos públicos e, com base no entendimento dos tribunais brasileiros, analisar sua constitucionalidade. 
Para alcançar tal objetivo, realizou-se pesquisa bibliográfica sobre origem e evolução do concurso público, elementos conceituais e etapas deste procedimento, bem como os princípios que norteiam sua realização.
 2. CONCEITO 
 Concurso público é o procedimento administrativo que seleciona os melhores candidatos a cargos e funções públicas. 
O Estado verifica a capacidade intelectual, física e psíquica de interessados a essas funções e no aspecto seletivo são escolhidos aqueles que ultrapassam as barreiras opostas no procedimento.
O concurso público é um meio técnico posto para a disposição da Administração dos princípios da isonomia, moralidade e eficiência administrativa.
2.1. Origem
 Ao longo da história, diversos foram os meios aplicados para recrutar os agentes públicos até chegarmos ao modelo atual. A Administração Pública, já na antiguidade, buscava encontrar processos eficientes para escolher os cidadãos que trabalhariam no serviço público. Como sorteio, compra e venda herança, arrendamento, nomeação, eleição e concurso.
O sorteio, tido como processo de inspiração divina, teve seu uso restrito ao preenchimento de cargos de natureza política, sendo que foi bastante utilizado na Antiguidade clássica, e destacando-se pela maneira com que era escolhido quem ocuparia cargos de grande importância. O sorteio poderia ser simples ou condicionado. No primeiro, era aplicado de forma indistinta a qualquer grupo de pessoas; no segundo, aplicava-se apenas àqueles que, entre os escolhidos, apresentassem determinadas características. 
 A compra e venda de cargos públicos originou-se na França, no início do século XIX e final do século XX, sendo muito utilizada como fonte de receita. Transformou o cargo público em objeto comerciável.
O Sistema de Transmissão de Cargos Públicos por herança demonstrou-se inoportuno para a Administração, visto que tal transmissão dava-se por meio da sucessão hereditária, o que causava certo transtorno, uma vez que os herdeiros que recebiam o cargo, muitas vezes não se encontravam devidamente preparados para assumi-lo, fato este que levava muitos herdeiros a delegarem o cargo e suas funções a terceiros.
Em outro momento da história, os cargos da Administração Pública eram cedidos a particulares pelo Estado, mediante o pagamento de uma contraprestação. Era o chamado arrendamento, onde o Estado, na verdade, alugava seus cargos públicos.
Posteriormente, no processo evolutivo do concurso público foi criado o sistema de livre nomeação, que poderia ser absoluta ou relativa. Nesta, a indicação de quem ocuparia o cargo público deveria ser submetida a outro poder, enquanto naquela, não existia a interferência de qualquer outro Poder, sendo a designação do ocupante pelo cargo, realizada de forma exclusiva pela autoridade da Administração. 
A eleição era utilizada para a escolha de cargos públicos administrativos e dava ao povo a possibilidade de escolher, direta ou indiretamente, aqueles que viriam a ser os servidores do Estado. Tal sistema ainda é empregado na composição do quadro efetivo de alguns cargos em determinados países, como os cargos para juízes e promotores de justiça nos Estados Unidos, por exemplo.
O modelo atual de seleção de pessoal para trabalhar no serviço público desenvolveu-se na França, após inúmeras lutas travadas com aqueles favorecidos pela aplicação de outros sistemas. 
2.2. Constituição do Império e a Constituição de 1891
 No Brasil Império, as funções públicas eram desempenhadas por cidadãos escolhidos pelo Imperador. Neste período não existia a previsão legal de um processo seletivo para escolha e admissão de funcionários públicos. A discricionariedade do Imperador era “processo seletivo” aplicado na época, pois neste período histórico, a vontade pessoal do Imperador era soberana e aceita como se fosse a vontade do Estado. Entretanto, a Constituição Política do Império do Brasil, em seu artigo 179, XIV, assegurava que qualquer cidadão poderia ser admitido pela Administração para preencher um cargo público, estabelecendo que a única distinção se daria pelos talentos de cada um.
Na vigência de tal regulamento foram editadas outras normas, buscando a imparcialidade na admissão de servidores públicos. Como o Decreto Imperial nº 25, de 12 de Agosto de 1833, e o Decreto nº 440, de 10 de dezembro de 1845.
O Decreto 25/1833 dispunha sobre as provas para o grau de Doutor e acesso ao cargo de professor nos cursos jurídicos de Olinda e São Paulo, que se daria pela forma de concurso, enquanto o Decreto 440/1845 dispunha sobre o modo dos concursos para professores da corte Imperial.
 A primeira Constituição promulgada após a proclamação da República, em 1891, manteve a discricionariedade na contratação de agentes para os cargos públicos, segundo a qual tais cargos estariam disponíveis ao preenchimento por todos os brasileiros, porém previa a observância de “capacidade especial” prevista em lei. Em seu artigo 73 determinava que os cargos públicos, civis ou militares, estariam acessíveis a todos os brasileiros, sendo observadas as condições de capacidade especial instituídas em lei, sendo vedadas as acumulações remuneradas.
2.3. Constituição 1932
Com a Revolução Constitucional de 1932, Getúlio Vargas, dissolveu o golpe do estado novo e o parlamento, convocou Assembleia Nacional Constituinte que votou e promulgou, em 1934, a então Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil que, em seu art. 170, 2º, abaixo, estabeleceu a utilização de um mecanismo imparcial para o provimento de cargos públicos, pois desde então o estado começou a se utilizar da sua imparcialidade Para o ingresso na carreira pública.
“Art. 170. O Poder Legislativo votará o Estatuto dos Funcionários Públicos,obedecendo ás seguintes normas, desde já em vigor: 2º, a primeira investidura nos postos de carreira das repartições administrativas, e nos demais que a lei determinar, efetuar-se-á depois de exame de sanidade e concurso de provas ou títulos. ’’
Com a Evolução da sociedade o poder legislativo queria construir uma política imparcial, pois na época monarca os cargos de confiança em suas respectivas funções administrativa eram escolhidos pelo imperador. Com o passar do tempo e a evolução da sociedade era necessário que a política de ingresso na carreira pública fosse imparcial foi então que o legislador estabeleceu a exigência de concurso público para cargos públicos, ele fez uma ressalva em caso de cargos organizados em carreira, ele fez por reconhecer que a hierarquia administrativa exige pirâmide das funções para aprimoramento do serviço e estímulo aos servidores públicos, tendo sido por isto mantido o instituto da promoção como forma de estabilidade para cargos de carreira, resguardando-se o inicial,a ser realizado sempre por meio de concurso público. Em 1937, quando da promulgação da nova Constituição, foi mantido, pelo art. 156, abaixo, o instituto do concurso público em relação a cargos de carreira, o que também ocorreu em relação à Constituição Brasileira, promulgada em 1946, por meio de seu art. 186, abaixo: 
“Art. 156. O Poder Legislativo organizará o Estatuto dos Funcionários Públicos, obedecendo aos seguintes preceitos desde já em vigor: b) a primeira investidura nos cargos de carreira far-se-á mediante concurso de provas ou de títulos; ”
“Art. 186. A primeira investidura em cargo de carreira e em outros que a lei determinar efetuar-se-á mediante concurso, precedendo inspeção de saúde”.
Podemos observar que artigos acima mencionados o legislador manteve a imparcialidade do estado ao ingresso na carreira pública. O estado implantou e hoje podemos dizer que é um dos pilares principais da Administração Pública. Observes que nos art. 186, o legislador faz uma ressalva que para ingresso a carreira pública é necessária gozar de uma boa saúde passando por uma inspeção médica. Podemos notar que o legislador faz questão deixar bem claro, pois Estado principal agente tem que se precaver de futuras baixas no seu quadro de funcionários e também é um meio de zelar por um ótimo funcionamento da máquina que faz o país crescer.
Com o passar do tempo e a evolução do país houve se a necessidade de atualizar e modificar a Constituição atualmente usamos a Constituição de 1988. E em seus Artigos 37 e 70 nos deixa claro quanto a responsabilidade do estado em relação aos concursos públicos.
“Artigo 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)(grifo nosso)
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvada as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.”. (grifo nosso)
“Artigo 70 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.”
Parágrafo único - Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).(grifo nosso)
3. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AOS CONCURSOS PÚBLICOS 
A Administração Pública deve atentar-se à observância obrigatória e permanente de algumas regras na realização dos atos administrativos. Tais regras constituem os fundamentos da ação administrativa, que deve zelar e guardar os interesses sociais. Por ser o concurso público um ato administrativo, consequentemente, estará, também, subordinado aos princípios gerais da Administração, tais como os princípios da isonomia, razoabilidade, motivação, bem como aos princípios próprios do procedimento concorrencial, como o princípio da competitividade, da seletividade, vinculação ao edital, entre outros, que serão desenvolvidos a seguir. 
3.1. Princípio da Legalidade
O princípio da legalidade uma das maiores conquistas já realizado pelo homem, visto que os conflitos e divergências oriundas da vida em sociedade passaram a ser dirimidos pela vigência de leis e não mais pela imposição da força.
Está no fato de a Administração Pública estar vinculada ao estabelecido por lei, não podendo afastar-se destes regulamentos, pois, caso contrário, o ato praticado será considerado inválido e seu autor responsabilizado.
O princípio da legalidade atua em respeito à finalidade estabelecida pela lei, com o intuito de preservar a ordem pública, modernamente, o princípio da legalidade vem sendo conceituado como o dever que a Administração Pública possui em realizar suas ações sempre pautadas no direito e, em sua visão formal, não meramente na lei.
3.2. Princípio da Isonomia
A garantia de acesso igualitário a todos os interessados nos cargos públicos oferecidos pela Administração Pública é direito de qualquer cidadão, que possui fortes raízes constitucionais “a partir do art.1º da Constituição Federal, que consagra o princípio republicano, que não admite casta ou classes de cidadãos.”.
A Constituição Federal estabelece no caput do art. 5º, que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...”15, e consiste na expressa previsão do princípio da igualdade.
3.3. Princípio da Impessoalidade
O princípio da impessoalidade é entendido como a obrigação de manter no Poder Público uma relação neutra com os seus administrados, impondo-se apenas discriminações que sejam justificadas em razão do interesse público, sendo vedadas as discriminações reveladas gratuitas.
Também é chamado de princípio da finalidade, este princípio, firma-se novamente a ideia de que ao administrador cabe apenas executar os atos administrativos, realizados pela vontade estatal e não pela vontade particular.
3.4. Princípio da Publicidade
Pode o princípio da publicidade, ser entendido como o dever de transparência de todos os atos praticados pela Administração, em razão da natureza dos interesses tutelados pelo Poder Público que visam, precipuamente, o bem da coletividade, constitui um também “pressuposto lógico para a eficácia e a efetividade dos demais princípios e regras jurídicas”.
Previsto no art. 5º da CF, XIV e XXXIII, tem-se como injustificável qualquer tentativa do Poder Público de manter o sigilo dos atos e decisões realizados no decorrer do concurso público. Sendo assim, é inadmissível a realização de qualquer etapa do concurso de forma sigilosa. 
3.5. Princípio da Moralidade ou Probidade Administrativa
O princípio da moralidade decorre da moralidade jurídica e não da moralidade comum, este princípio, não bastará ao administrador o estrito cumprimento da legalidade, devendo ele no exercício de sua função pública, respeitar aos princípios éticos de razoabilidade e justiça.
Constitui a moralidade administrativa a condição para a validade dos atos praticados pela administração pública.
3.6. Princípio Razoabilidade 
O princípio da razoabilidade pode ser traduzido como exigência que possui Administração Pública em basear todos os seus atos em critérios racionais.
É também chamado como o princípio da proibição em excesso, segundo o qual tem por objetivo “aferir a compatibilidade entre os meios e os fins, de modo a evitar restrições desnecessárias ou abusivas por parte da Administração Pública, com lesão a direitos fundamentais.”.
Por meio deste princípio, o Judiciário tem licitude para reavaliar os atos administrativos, visando verificar se tais atos encontram-se de acordo com os objetivos a serem alcançados, primando-se pelo interesse público. 
 O princípio da razoabilidade possui íntima relação com outros princípios que também estão vinculados os atos administrativos.
3.7. Princípio da Eficiência
A Emenda Constitucional nº 19/98 acrescentou ao rol de princípios constitucionais da Administração Pública o princípio da eficiência.
 Para Hely Lopes Meirelles, o “princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional.”.
O legislador ao incluir tal princípiono caput do art. 37 da CF, pretendeu assegurar melhoria da qualidade da atividade pública e da prestação de serviços por parte de administração aos seus administrados.
Os atos da administração precisam ser motivados, devendo suas razões serem mencionadas a fim de justificar sua realização, sendo a motivação necessária para todo e qualquer ato administrativo e devendo a motivação ser realizada de forma explícita e clara.
3.8. Princípio da Obrigatoriedade
A obrigatoriedade de concurso público é aplicada a todos os casos de investidura em cargo, função ou emprego público, visto que a Constituição assim prevê em seu artigo 37, II. Somente os casos de investidura por promoção, onde se exige o concurso interno para assegurar o princípio da isonomia, constitui exceção a esta regra.
 O conteúdo da regra estabelecida no art 37, II da CF é exigível para o provimento originário em cargo ou emprego público específico, caracterizando-se a nomeação.
3.9. Princípio da Vinculação ao Edital
A administração Pública é dotada de certa discricionariedade para elaborar o edital de um concurso público e estabelecer todo o seu conteúdo, bem como escolher os critérios que serão utilizados na avaliação, a forma de aplicação das provas, o peso das disciplinas assim como outras normas que deverão reger o procedimento concorrencial.
Depois de estabelecidas, aperfeiçoadas e publicadas, as regras editalícias que regerão o concurso público possuem força obrigatória tanto para o Poder Público quanto para seus administrados.
Porém, para que as normas estipuladas nos editais gerem obrigações e direitos, torna-se indispensável sua coerência com a legislação em vigor. Caso o edital viole a lei ou os princípios constitucionais estará, pois, sujeito à nulidade.
3.10. Princípio Proibitivo da Quebra da Ordem de Classificação
Em razão das características de competitividade e seletividade que possui o concurso público já estudado em tópico específico, ao final de todas as etapas do concurso público será elaborada uma lista com a relação final dos candidatos aprovados. Neste momento surge o princípio proibitivo da quebra da ordem de classificação.
Este princípio é contemplado pela Constituição Federal que o expressa no texto do artigo 93, I e 129, § 3º e que devem ser estendidos a todos os concursos.
Para regrar tal princípio, o Supremo Tribunal Federal editou a Súmula 15: “Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da ordem de classificação”.
 3.11. Princípio da Seletividade 
O concurso público, conforme já citado em passagem anterior, tem por objetivo selecionar as pessoas que possuam a qualificação necessária para exercerem as atividades do serviço público. Entretanto, para alcançar este objetivo, faz-se necessária a presença de muitos elementos e de certo critério de discriminação, estipulados previamente.
3.12. Princípio do Duplo Grau de Jurisdição
O princípio do duplo grau de jurisdição está vinculado à garantia de recurso 
administrativo em matéria de concursos, o direito de recorrer administrativamente não pode vir a ser recusado, tendo em vista estar este inerente ao princípio da ampla defesa, assegurado no art, 5º, LV, da CF, que assegura que “aos litigantes de processo judicial ou administrativo e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.”
Conhecido o concurso público e suas formalidades e identificados os princípios aplicáveis a este procedimento da Administração, que visa selecionar os agentes públicos, passa-se então à análise da constitucionalidade das limitações dos editais de concursos públicos. 
4. LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
Segundo nossa Constituição Federal os Estados têm autonomia sobre si, respeitando acima de tudo a Constituição Federal. Com essa autonomia cada Estados tem a sua própria política de administração dando a esse órgão o nome TCE (Tribunal de contas do Estado), cabe ao TCE administrar os cargos públicos exercido no Estado. Em seu art. 107, 108 da lei orgânica do Estado de São Paulo:
 
“Art.107 Os concursos públicos de ingresso de servidores serão realizados por entidades dissociadas da administração e, para a composição das comissões organizadoras, deverão ser previamente ouvidas as entidades de classe do funcionalismo.” 
“Art. 108 - As contratações por tempo determinado a serem efetuadas na forma da lei para atender a necessidades temporárias, de excepcional interesse público, não serão superiores a 12 (doze) meses, e obedecerão, obrigatoriamente, a processo seletivo prévio. (Alterado pela Emenda 04/91 e posteriormente pela Emenda 22/01)”
O TCE tem o seu próprio estatuto, mas a ressalva do legislador é obedecer a Constituição Federal, no artigo 107 notemos a ressalva do legislador “Os concursos públicos de ingresso de servidores serão realizados por entidades dissociadas da administração”.
Cabe a Administração Pública do estado supervisionar os cargos e a necessidade de aberturas de editais para cargos públicos a fiscalização e pagamento da remuneração dos servidores.
5. O PROCEDIMENTO DO CONCURSO PÚBLICO E SUAS FORMALIDADES
A falta de regras claras e objetivas sobre todas as etapas dos concursos tem gerado diversos transtornos, o que faz surgir a necessidade da imposição de normas gerais para regular os concursos públicos, já que a omissão do Estado dá aos editais o status de regulamento autônomo, pois embora não seja o edital uma lei, traz ele requisitos não previstos em lei, ou contrários à ela, aceitos como se lei fosse por aqueles que desconhecem seu verdadeiro direito.
A Constituição Federal não estabelece a forma de realização dos concursos públicos, porém, como é conveniente, eles devem ser “precedidos de uma regulamentação legal ou administrativa, amplamente divulgada, para que os candidatos se inteirem de suas bases e matérias exigidas. ”
A obrigatoriedade de concurso público para provimento de vagas da Administração Pública tem origem no artigo 37, II da Constituição Federal de 1988. 
Buscando garantir a obrigatoriedade de realização do concurso público, a Constituição Federal de 1988 prescreveu o desrespeito aos incisos II e III de seu artigo 37 como causa de nulidade absoluta do ato de provimento, tendo como consequência a responsabilização do agente público, seja da Administração direta ou indireta.
5.1. Execuções direta e indireta do concurso público
A Administração poderá optar entre ela mesma realizar o concurso público, de forma direta ou de forma indireta, utilizando seus próprios recursos para realizar o certame ou delegando tal execução ao outro órgão ou entidade.
Na execução do concurso de forma indireta, deverá a Administração contratar a empresa que será responsável pela execução do concurso público por meio de licitação, observados os requisitos do artigo 24, VIII, da Lei 8666/93. Tal modo executório permite à Administração estabelecer as diretrizes que irão reger o concurso a ser criado. Além disso, garante maior imparcialidade na execução do certame e “não retira da Administração pública o poder de estabelecer as condições gerais do certame e as exigências mínimas para o adequado exercício do cargo ou emprego público, objeto de locação”.
5.2. Portarias de Autorização 
Por delegação do Presidente da República, compete ao Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão autorizar a realização de concursos públicos nos órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional e decidir sobre o provimento de cargos e empregos públicos. 
Para efeito de ingresso nas carreiras de Advogado da União, de Procurador da Fazenda Nacional e de Procurador Federal, a delegação foi conferida ao Advogado-Geral da União; na carreira de Defensor Público da União, ao Defensor Público-Geral; e na carreira de Diplomata, ao Ministro de Estado das Relações Exteriores. 
Também as Universidades Federais e os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia detêm certa autonomia parao provimento de cargos de docentes e para a contratação de professor substituto, de acordo com limites estabelecidos na legislação. As autorizações são concedidas com a publicação de portarias no Diário Oficial da União. Concedida a autorização, cabe ao órgão ou entidade que a recebeu (ministério, órgão da Presidência da República, autarquia ou fundação) adotar todos os procedimentos necessários à realização do concurso.
5.3. Acesso ao Processo Relativo à Autorização de Concurso Público 
A Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, que regula o acesso a informações previsto na Constituição Federal, dispõe que “o direito de acesso aos documentos ou às informações neles contidas utilizados como fundamento da tomada de decisão e do ato administrativo será assegurado com a edição do ato decisório respectivo”. Dessa forma, os eventuais interessados terão acesso garantido aos processos de autorização de concursos públicos após a publicação do ato correspondente no Diário Oficial da União, mediante a formulação de pedido específico que pode ser feito com fundamento na Lei de Acesso a Informação, conforme orientações da seção. 
6. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL 
O governo define as prioridades contidas no PPA e as metas que deverão ser atingidas naquele ano. A LOA disciplina todas as ações do Governo Federal. Nenhuma despesa pública pode ser executada fora do Orçamento, mas nem tudo é feito pelo Governo Federal. As ações dos governos estaduais e municipais devem estar registradas nas leis orçamentárias dos Estados e Municípios.
No Congresso, deputados e senadores discutem, na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), a proposta enviada pelo Executivo, fazem as modificações que julgam necessárias por meio das emendas e votam o projeto. Depois de aprovado, o projeto é sancionado pelo Presidente da República e se transforma em Lei.
6.1. Previsão Orçamentária
 A razão de ser do concurso público é a existência de vagas ociosas de cargos e empregos nos órgãos estatais e a necessidade de provimento destas vagas com o fito de atender os objetivos da Administração Pública.
 Sendo assim, para abertura de um concurso público, primeiramente é preciso a existência de vagas a ser preenchidas. Em segundo momento, deve ser analisada a necessidade do preenchimento de tais vagas. Somente assim, poderá a Administração justificar a abertura de tal processo seletivo. A Administração precisa, portanto, de motivação para dar início a um concurso público.
A instauração de concurso público constitui ato discricionário da administração, visto que poderá esta analisar a conveniência e oportunidade e adequá-lo à sua situação orçamentária para poder ajustar-se às normas da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Porém, deve a lei estabelecer objetividade nos critérios que regem a abertura dos concursos, para que a discricionariedade da Administração não venha a prejudicar a coletividade, desviando a finalidade do certame, bem como desrespeitando o princípio da obrigatoriedade do concurso público, como, por exemplo, as contratações de funcionários por prazo determinado.
 A exigência de previsão orçamentária como requisito para a abertura do procedimento para realização do concurso público tem amparo legal no art. 169 da Constituição Federal, segundo o qual a admissão ou contratação de pessoal pela Administração Pública poderá ser feita somente se houver dotação e autorização orçamentárias.
7. BANCA EXAMINADORA
Para assegurar o cumprimento dos princípios que regem o concurso público, que serão abordados em capítulo específico, e visando alcançar a finalidade do concurso público, garantindo sua liberdade técnica e científica, é preciso a criação de órgãos colegiados para a execução das atividades necessárias para a realização do concurso público. Tais órgãos possuem autonomia administrativa e sofrem interferência política dos órgãos interessados diretamente no concurso.
 No entendimento do doutrinador Hely Lopes Meirelles, por ser o concurso um ato administrativo, deve “ser realizado através de bancas ou comissões examinadoras legalmente constituídas com elementos capazes e inidôneos do quadro do funcionalismo ou não...”
 Ainda sobre as bancas examinadoras, o renomado autor entende que: é conveniente, ainda, que as bancas ou comissões examinadoras, se constituídas por servidores, o sejam somente com os efetivos, para se assegurar a independência no julgamento e afastar as influências estranhas.
Neste entendimento, constata-se que para assegurar a independência e imparcialidade da banca examinadora, os integrantes desta se forem servidores, deverão ser efetivos.
7.1. Publicidade dos Atos Constitutivos e do Rol de Membros da Banca Examinadora
Após escolhidos, os membros da banca examinadora devem ser designados pela autoridade competente por meio de portaria ou ato administrativo.
 O concurso público, por ter caráter competitivo e resultar no julgamento de provas, expõe os participantes-administrados a censura pública, tendo em vista que a divulgação dos resultados possibilitará o exame social do desempenho individual dos candidatos e, como ato de transparência, deve a Administração levar previamente ao conhecimento dos candidatos a uma vaga no serviço público o nome daqueles que irão compor sua banca examinadora, da mesma forma com que divulga o resultado obtido pelos candidatos a todos os interessados.
7.2. Imparcialidade da Banca Examinadora: Impedimento e Suspeição de Seus Membros
O dever de imparcialidade constitui condição necessária para a realização do concurso público, sendo que o não cumprimento de tal dever implicaria em flagrância aos princípios da isonomia, impessoalidade e moralidade. 
Por tamanha importância, a violação do dever de imparcialidade constitui ato de improbidade administrativa, segundo o artigo 11 da Lei 8.429/92: “Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições [...]. ”
No edital, devem constar as causas de impedimento e suspeição dos integrantes das bancas examinadoras ou comissões e, ainda, os meios para seu efetivo exercício. Torna-se imprescindível a nomeação de suplentes para a banca examinadora, para que em caso de impedimento ou suspeição de alguns integrantes, não sejam os trabalhos deste órgão frustrados ou interrompidos.
8. EDITAL DO CONCURSO PÚBLICO
Constitui requisito essencial para a realização de concurso público a existência do edital. Através dele, a Administração torna público a abertura do concurso público e, estabelece todas as condições para sua realização
O edital pode ser visto como a lei interna vigente durante o concurso público e compõem-se de três partes: o preâmbulo, o texto e o encerramento. A primeira constitui a parte de abertura do certame, onde se encontram disposições quanto à identificação do concurso e entidade responsável, tipo de provas (provas ou provas e título), legislação, os cargos e número de vagas oferecidas, bem como local e horário onde possam ser obtidas informações acerca do processo seletivo. 
A segunda parte constitui-se pelo texto que estabelece as condições gerais do certame, onde será indicada a banca examinadora e estipuladas todas as regras referentes à inscrição dos candidatos, disciplina das provas, bem como os critérios utilizados para avaliação, disposições sobre a realização de exames psicotécnicos, capacidade física e mental dos aprovados, vagas destinadas a portadores de necessidades especiais e, ainda, normas relativas à validade, homologação e prorrogação do certame. Já na terceira parte, o encerramento, refere-se às disposições referentes à divulgação, data e assinatura da autoridade competente. Em razão dos princípios da publicidade e competitividade, a Administração deverá assegurar a ampla divulgação do conteúdo do edital do concurso público, sendo estabelecido pelo artigo 21, §2º, I, da Lei 8.666/93 o prazo mínimo de 45 dias entre a publicação do edital ea realização das provas do certame.
8.1. Inscrição
Para participar do processo seletivo promovido pela Administração, o interessado deverá, voluntariamente, manifestar sua intenção, por meio da inscrição, que estará sujeita ao crivo da autoridade administrativa, que deverá homologar a inscrição se preenchidos os requisitos exigidos.
A fase de inscrição tem início com a publicação do instrumento convocatório do concurso público, onde os interessados deverão manifestar-se de acordo com as datas e horários e nos prazos fixados no edital, devendo as inscrições serem recebidas e processadas em locais que respeitem a natureza do cargo oferecido e de fácil acesso, sendo sempre respeitado o prazo de 45 dias entre a publicação do edital e realização das provas.
A Administração Pública cobra dos candidatos um valor a fim de custear a execução do procedimento, o que é chamado de taxa de inscrição. Diversos questionamentos surgiram sobre a legalidade da cobrança da taxa de inscrição, fato este que ensejou o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça, segundo o qual a cobrança da taxa de inscrição não é ilegal, pois tem por finalidade apenas fazer frente às despesas com o concurso.
Os Tribunais vêm decidindo que os candidatos hipossuficientes economicamente sempre farão jus à isenção da taxa de inscrição dos concursos públicos
8.2. Cotas em concursos públicos federais
Iniciativa do Poder Executivo, o Projeto de Lei 6.738/2013 foi assinado pela presidenta Dilma na III Conferência Nacional da Promoção da Igualdade Racial (Conapir) em novembro de 2013. A proposta foi encaminhada ao Congresso Nacional em Regime de Urgência Constitucional, e, em sete meses foi aprovado pelo Senado Federal.
A regra valerá até dez anos para órgãos da administração pública federal, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pela União. A adoção das cotas raciais deverá acontecer sempre que o número de vagas oferecidas no concurso público for igual ou superior a três e os candidatos negros e pardos aprovados nas vagas gerais não serão computados como cotistas, dando espaço para um novo candidato preencher a vaga, no Brasil, quatro unidades da Federação fazem uso de cotas raciais em concursos públicos: Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Outros 44 municípios já têm aprovadas leis correlatas.
9. REALIZAÇÃO DAS PROVAS
9.1. Objetivas
As provas objetivas normalmente são de duas maneiras: certo ou errado, e múltipla certa, portanto para preencher o item é preciso ter muita certeza, para não ser escolha. O candidato avalia os itens, julga-os como certo ou errado, ou então entre algumas opções escolhe a que acha ser verdadeira. Algumas provas utilizam a regra de uma errada anula prejudicado em outras questões. Caso deixe em branco não ganha nem perde pontos. Algumas questões precisam de prática, que é conseguida através da leitura e da interpretação de textos.
9.2. Discursivas
Normalmente as provas discursivas são formadas por redações de um tema relacionado com fatos da atualidade, e que só é revelado ao candidato na hora da prova. Mas o tipo de texto que deverá ser redigido, e os critérios de avaliação, dependendo do concurso, podem constar no próprio edital.
O que se avalia, principalmente, é a capacidade de expressão, o uso da Língua Portuguesa, e a coerência e coesão.
9.3. Provas Práticas
As provas práticas só existem para determinados cargos, e são de acordo com a função que o candidato terá que exercer se for aprovado. Por exemplo, a aplicação de provas práticas de direção, ou digitação.
9.4. Provas Físicas
Alguns concursos públicos exigem preparação física do candidato, por isso a prova tem o objetivo de avaliar a capacidade de suportar fisicamente as exigências da prática do cargo, como exemplo as carreiras da Polícia Federal. Portanto, são avaliações de caráter eliminatório para considerar o candidato como apto ou inapto. 
9.5. Classificação dos Candidatos
Após a aplicação e correção da prova, a comissão ou banca examinadora do concurso realizará a divulgação provisória dos candidatos classificados. O número de relações provisórias de resultados dependerá da quantidade de fases previstas no edital do certame.
Efetuada a aplicação e correção de todas as provas do concurso e divulgadas as decisões de recursos, eventualmente interpostos contra o processo seletivo, é finalmente divulgada a relação definitiva dos candidatos classificados no concurso público sendo, portanto, aprovados aqueles que estiverem classificados dentro do número das vagas ofertadas no edital ou dentro do número de vagas que por ventura forem criadas no curso do prazo de validade do concurso público.
9.6. Homologação do Concurso Público
Nesta fase, a autoridade competente realiza a análise de todo o procedimento, verificando a legalidade e o mérito do certame que, se ocorreu conforme a legislação e as normas previstas no edital e se ainda existe interesse na contratação dos novos servidores pela administração, deverá ser homologado. Após analisada a obrigatoriedade da realização de concurso público, como regra geral para o provimento inicial nos cargos da Administração Pública em caráter definitivo, o passo seguinte consiste em estabelecer os princípios constitucionais a que estão vinculados os concursos públicos.
10. Servidor Público
Servidor Público pessoa que exerce a função Administrativa Pública podendo ser direta, indireta, autárquica e fundacional, sendo âmbito federal, estadual ou municipal, de caráter público. Podem ser eles Estatutários (Funcionários Públicos) possuem cargos, Empregados Públicos (celetistas) possuem empregos, Servidores Temporários possuem função, ocupantes de cargos públicos providos por concurso público, de acordo com o art. 37, II, da constituição federal, sua remuneração sendo paga pelos cofres públicos.
A sua aposentadoria somente vira aos servidores titulares de cargo efetivo que contribuíram com critério do tempo de contribuição. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas Autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência em caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, o tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para o efeito de disponibilidade” (art. 40, §9º da CF).
 Estágio Probatório é classificado como um dever do servidor tem como sustentação a avaliação, para o desempenho do cargo, dos seguintes fatores: assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade, diante do próprio serviço público e da coletividade. Tem, portanto, caráter subjetivo. A duração é de 24 (vinte e quatro) meses.
Estabilidade possui características objetivas. É um direito, uma garantia constitucional de permanência no serviço público, no exercício das atribuições do cargo público. Só entra no período de estabilidade, após o período de estágio probatório. O servidor só adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 3 (dois) anos de efetivo exercício.
 Sua responsabilidade encontra-se prevista na Constituição bem como nos respectivos regimes jurídicos (estatutos) dos servidores públicos civis de cada pessoa política: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. No caso da União o assunto é previsto pela lei nº 8.112/90, em seus arts. 121 a 126, sendo assim servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular das suas atribuições (art. 121, caput).
 A sua Eficiência, e o modo como a atividade será desempenhada, estando, portanto, diretamente atrelada à conduta do agente público. Eficácia, por sua vez, tem relação com os instrumentos empregados pelo agente público, tendo em vista que a eficiência não tem conceito definido, há margem para interpretações diversas. E, por fim, efetividade é voltada para os resultados obtidos pelo exercício da função administrativa.
A sua Ineficiência pode ser encaixada em diferentesilícitos trazidos pela legislação, a depender do caso concreto, entre eles ele pode ser encaixado no art. 127 da Lei 8.12/90 determina que as sanções passíveis de serem utilizadas são advertência, suspensão (que pode ser convertida em multa, de acordo com o art. 130, §2º, demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão ou de função comissionada. Nesse caso ou em outros, ao impor a sanção, deve-se observar o prejuízo causado pela conduta ineficiente do funcionário público. Crimes contra a Administração Pública são crimes praticados por servidor público ou empregados público contra a administração em geral direta, indireta e empresas privadas prestadoras de serviços públicos, contratadas ou conveniadas será vítima primária e constante, podendo, secundariamente, figurar no polo passivo eventual administrado prejudicado.
Assédio moral no serviço público na Constituição Federal regula a matéria no art. 37, §6º,o texto constitucional Considera à responsabilidade ostenta duas relações jurídicas diversas – uma que liga o lesado ao Estado e outra que o vincula o Estado ao seu agente, sendo a primeira objetiva e a segunda subjetiva, respectivamente. Esta última relação é que consubstancia o direito de regresso do Estado, estando prevista na parte final do §6º do art. 37 da Constituição Federal e significando que a Administração Pública poderá exercer seu direito de regresso contra o agente responsável pelo assédio moral no montante com que indenizou a vítima, desde comprovada a atuação culposa daquele.
10.1. Empregado Público
Empregado público e a pessoa que exerce a relação de emprego com a Administrativa Pública (Funcionário das empresas públicas ou de empresas mistas) o seu exercício da função pública e por meio de um contrato de trabalho regido pela CLT. Para ser promovido empregado público só após de concursos públicos e sua remuneração sendo paga pelos cofres públicos.
Os empregados públicos não têm estatuto próprio, sendo regulados por lei específica, tal como a Lei N.º 9.962/2000, que disciplinou o emprego público no âmbito da administração federal. Podem trabalhar em empresas públicas como, por exemplo, a Caixa Econômica Federal e a Infraero ou em empresas de economia mista como, por exemplo, a Petrobrás e o Banco do Brasil.
Enquanto no regime estatutário há uma rigidez maior, por se tratar de uma imposição imutável, o contrato de trabalho, regido pela CLT, é um ajuste de vontades entre a Administração Pública Indireta e o empregado. Sendo assim, o empregado público participa do Regime Geral de Previdência Social contribui à previdência, sendo o INSS quem arcará com os proventos futuros de aposentadoria.
 Sua estabilidade e disposta no artigo 41 da nossa Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 19/98, a estabilidade nada mais é do que uma garantia concedida aos servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público, após o decurso de três anos de efetivo exercício.
10.2. Diferenças entre Servidor Público e Empregado público
 A diferença entre eles está nos regimes que um é regime estatutário: servidor estatutário (servidor público) é aquele que adquire estabilidade após três anos de efetivo exercício. Seus direitos e deveres são previstos em lei municipal, estadual ou federal. Entre outras vantagens estão: aposentadoria com valor integral do salário (mediante complementação de aposentadoria), férias, gratificações, licenças e adicionais variáveis de acordo com a legislação específica. O outro é regime celetista: no regime celetista, o empregado público é regido pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Assim como um empregado da iniciativa privada, tem carteira de trabalho e direito ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Esta modalidade de contratação não contempla a estabilidade no cargo, mas as demissões são raras e devem ser justificadas. O regime celetista é obrigatório em algumas empresas públicas como bancos e Correios.
Além do conceito, a característica do salário apresenta definições diferentes no âmbito do direito laboral a ideia de remuneração vem prescrita no Art. 457 da CLT, pelo qual: "Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. ”. Sendo assim, para o empregado, sua remuneração deverá corresponder a soma do salário devido e pago pelo empregador, como contraprestação dos serviços prestados.
Já para o servidor público estatutário o conceito de remuneração é outro. De acordo com o Art. 41 da Lei 8.112/90: “Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei”.
11. ESTATÍSTICAS
	
Os concursos mais concorridos no Brasil
	
Câmara dos Deputados e Senado Federal
	
157.939 candidatos para preencher apenas 246 vagas disponíveis. 
	
Receita Federal
	
158.005 pessoas inscritas para 700 vagas.
	
Tribunal de Contas de União
	
Últimas edições 11.000 pessoas se inscreveram para 29 vagas disponíveis. 
	
Ministério Público da União
	
754.791 inscritos para concorrer a 590 vagas disponíveis 
	
Polícia Federal
	
119.005 candidatos para 600 vagas disponíveis
	
Banco Central
	
Na última edição, o concurso ofereceu 600 vagas, compreendendo todos os campos.
	
Controladoria Geral da União
	
O órgão ofereceu no ultimo edital 250 vagas para mais de 10.000 candidatos 
 Fonte: site 7mais. com.br
	
		Média de tempo dedicado aos estudos
	
30 minutos
Votos: 85 >>>>>>>>>>>>> 8.9%
	
1 Hora
Votos: 120 >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 12.6%
	
2 Horas
Votos: 163 >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 17.1%
	
3 Horas
Votos 95 >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 10%
	
4 Horas
Votos: 91 >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 9.6%
	
Mais de 4 horas por dia.
Votos: 153 >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 16.1%
	
Não consigo estudar todos os dias.
Votos: 244 >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 25,7%
	
Números de votos: 951
Iniciada: 10/07/2009
Finalizada: 14/07/2009
 
Fonte: Site esjus.com.br 
	
	
	
Principais Instituições Organizadoras de concurso Público
	CESPE
	Centro de Seleção e de Promoção de Eventos Universidade de Brasília
	IADES
	
Instituto Americano de Desenvolvimento
	FCC 
	 
Fundação Carlos Chagas
	
IBFC
	
Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação
	
FGV
	Fundação Getúlio Vargas
	VUNESP
	
Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP
	
FUNCAB
	
Fundação Professor Carlos Antônio Bittencourt
	
CESGRANRIO
	Fundação Cesgranrio
	
EXATUS- PR
	
Promotores de Eventos e Consultoria
	
CONSULPLAN
	
CONSULPLAN
	
FUMARC
	
Fundação Mariana Resende Costa
	
Fonte: Site esjus.com.br
 
12. ESTUDO DE CASO 
Renê Vitório dos Santos, 20 anos, morador e natural da região Central de São Paulo desde a infância cultivou o sonho de ser policial. Após tirar a carta de motorista, item obrigatório para o desempenho da função, logo se inscreveu no concurso para Soldado de segunda classe da Policial Militar do Estado de São Paulo. O candidato conversou com nossa equipe e nos disse mais detalhes. "Desde a infância sempre quis ser policial. Foi um sonho que só floresceu junto com minha vida." Renê também disse: "creio que atualmente as pessoas não têm a pretensão de serem policiais por dinheiro ou qualquer forma de prestígio, pelo contrário. O policial, especialmente o militar é visto com um vilão. Quem segue a carreira é por vocação.” E com esse pensamento ele seguiu até hoje, mesmo contra o gosto da família e dos amigos mais próximos. "Todos tem medo acontecer algo ruimcomigo. A cidade anda muito violenta. A qualquer momento podem atentar o contra um policial em serviço ou não.". Os familiares e amigos compartilham da aflição antecipada de Renê, porém, de modo diferente: "tenho medo de tentarem fazer algo com meus entes queridos. Eles são muito mais vulneráveis. Não andam armados, não tem treinamento, não tem nenhum tipo de proteção. Eles que podem sofrer”.
Mesmo contra os mais próximos, Renê embarcou no concurso de edital Nº DP. 1/321/15 aplicado em Julho de 2016. Ele disse que não fez cursinho preparatório, mas dedicou cerca de dois meses aos estudos para as provas objetivas. Questionado sobre qual seria a maior dificuldade encontrada por ele, comenta: "a maior dificuldade que encontrei foi a de me preparar para as diversas fases do concurso. Além da prova objetiva, que compreende questões de português, matemática, conhecimentos Gerais, informática e direito constitucional, tenho de me preparar para o teste físico, médico e psicológico."
Como dica, o futuro soldado diz: "os candidatos a concursos públicos, não apenas na policia, devem seguir a risca o que o edital normativo pede. Muitas pessoas direcionam seus treinos e estudos para algo errado. Há quem seja desclassificado apenas por não lerem o edital e não seguirem o que é pedido." E completa: "deixo a todos a mensagem de que os concursos são uma boa opção para em tempos de crise e desemprego. Todos são capazes, depende única e exclusivamente de nós mesmos e nosso esforço. Se não passar de primeira, não desista, siga com os estudos, se empenhe que garanto que alcançará o seu objetivo.”.
Organizado pela Fundação Vunesp, o concurso que Renê fez teve aproximadamente 60 mil inscritos para 2 mil vagas. Entre os estudos e o trabalho, o candidato treina diariamente e espera pelo teste físico que acontecerá no dia 14 de Janeiro de 2016.
13. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a feitura deste trabalho foi possível concluir que os concursos públicos são muito procurados, em especial pelo povo brasileiro, que vive uma grande crise econômica e social. Com o intuito de manter a igualdade, a imparcialidade e selecionar os melhores candidatos, os certames são amparados pela Constituição. Sendo a principal forma de se ingressar na carreira pública, é comum ver centenas de pessoas concorrendo por um número limitado de vagas.
Com sua origem na França, os concursos públicos são presentes na maioria dos países, sendo utilizados em diversas culturas. No Brasil, o grande início dos concursos se deu na Década de 1932, com o governo Vargas, onde o mesmo procurava um mecanismo imparcial para o provimento de cargos públicos. Cercado de princípios, os concursos são amparados e assistidos pela Constituição brasileira de 1988 e os pilares do Direito Administrativo.
Mesmo sendo soberana, a constituição assegura que o Estado tem autonomia sobre si, cabendo ao Tribunal de Contas do Estado fazer a gestão dos cargos públicos dentro de seu território. 
Mesmo com o assunto sendo constantemente abordado pelo povo brasileiro, ainda assim muitas vezes é tratado com obscuridade, motivo pelo qual escolhemos abordar esse assunto. 
Seguindo na aplicação dos concursos, para que seja assegurado o cumprimento dos princípios constitucionais do concurso público, são eleitas bancas responsáveis por sua elaboração e aplicação. Com o regimento do edital normativo, os candidatos tendem a seguir um mesmo rumo, ficando assim cientes de seus deveres e cobranças relacionadas à disputa.
Mesmo com o princípio da imparcialidade, os concursos federais, após a iniciativa do poder Executivo, adotaram o sistema de cotas para negros. Essa regra não se tornou geral, uma vez que cada estado possui uma lei correlata sobre o assunto. Este tema é muito questionado pela população, a qual defende a tese de se tratar de uma lei inconstitucional, ferindo o princípio da igualdade. 
Diversos são os modos de avaliação dos concursos. Eles vão desde apenas provas discursivas, até á provas práticas na área de atuação futura do candidato, passando por testes físicos e psicológicos, dependendo da função que será desempenhada.
Almejamos que ao concluir esse trabalho tenhamos sanado grande parte das dúvidas decorrentes do assunto abordado.
14. REFERÊNCIAS
Constituição da República Federativa do Brasil. PINTO, Antonio Luiz de Toledo; WINDT, Márcia Cristina Vaz dos Santos; CÉSPEDES, Lívia. (Org.) Vade Mecum. 4. ed. atual e amp. São Paulo: Saraiva. 2014.
CRETELLA JÚNIOR, José. Curso de direito administrativo. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002. p. 352. 2 MAIA, Márcio Barbosa; QUEIROZ, Ronaldo Pinheiro de. O regime Jurídico do concurso público e o seu controle jurisdicional. São Paulo: Saraiva, 2011. p. 3.
BRASIL. Constituição (1824). Constituição política do Império do Brasil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao24.htm. Acesso em 09 nov. 2015
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. In: MAIA; QUEIROZ, 2007, p. 79.
MEIRELLES, 1999, p. 388.
ZANCANER. Weida. O concurso público e os princípios da razoabilidade e proporcionalidade. In. MOTTA, 2007, p. 165.
DEIREITO. Breves conceitos sobre o instituto do Concurso Público no Direito Brasileiro. Disponível em ehttp://www.ambitojuridico.com.br/site/index. php?n_link=revista artigo_id=4092.
Acesso em 13 nov. 2015

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