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como propriedade de seu dono, assim como seus filhos. Essa era uma versão extrema do controle do trabalhador, enquanto os proprietários de escravos não tinham nenhuma obrigação – ou tinham pouquíssimas. A escravidão era comum no mundo antigo (por exemplo, no Egito, na Grécia, em Roma e na China), no mundo islâmico e também entre as civilizações pré--colombianas no México e na América do Sul. Sem considerar a servidão, a escravidão na Europa já tinha praticamente se extinguido no segundo milênio da nossa era. No entanto, assim que os europeus começaram a se estabelecer nas Américas a partir do século 16, eles criaram extensas plantações para o cultivo, por exemplo, de açúcar, tabaco e algodão. Para trabalhar nessas plantações, importaram milhões de escravos da África, transportados em condições terríveis nos navios que atravessavam o Atlântico. Muitos europeus enriqueceram tanto com o tráfico de escravos quanto com as fazendas escravagistas, e seus lucros contribuíram para o capital que impulsionou a Revolução Industrial (veja a p. 186). O FIM DA ESCRAVIDÃO? Foi somente no século 18 que algumas pessoas na Europa e na América do Norte começaram a fazer campanha contra a escravidão, em parte inspiradas por sua fé religiosa. A instituição foi gradualmente abolida nos estados do norte dos Estados Unidos, enquanto em 1807 a Grã-Bretanha proibiu o comércio de escravos em seu império, e a escravidão, em 1833. Porém, nos Estados Unidos como um todo, a escravidão só foi abolida em 1865, no final da Guerra Civil entre o Sul escravocrata e o Norte livre de escravos. Durou muito mais em outras regiões e, embora hoje seja criminalizada em todos os países, a escravidão persiste nas sombras: o tráfico de seres humanos através das fronteiras para serem usados forçosamente como profissionais do sexo, empregados domésticos ou trabalhadores agrícolas é uma atividade criminosa mundial.
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