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IanCrofton-OPequenoLivroDaGrandeHistoriaMundo-141-230-píginas-61


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RENASCIMENTO	E	REFORMA
Entre	os	séculos	14	e	16,	a	Europa	sofreu	uma	revolução	cultural.	Na	filosofia	e
nas	artes,	o	Renascimento	refletiu	um	despertar	de	interesse	nas	realizações	dos
pensadores,	 artistas	 e	 autores	 clássicos,	 pré-cristãos.	 Na	 religião,	 a	 Reforma
Protestante	questionou	a	autoridade	da	Igreja	Católica	Romana	e	sua	alegação	de
ter	domínio	exclusivo	sobre	a	alma	das	pessoas.
Durante	séculos,	o	ensino	e	a	aprendizagem	na	cristandade	ocidental	ficaram
restritos	aos	mosteiros	e	 tinham	como	foco	principal	as	questões	 teológicas.	A
maior	parte	do	esforço	intelectual	centrava-se	em	questões	de	doutrina	religiosa,
e	a	pintura	e	a	arquitetura	também	estavam	em	grande	parte	a	serviço	da	Igreja,
um	dos	patrocinadores	mais	ricos.
Os	 textos	 dos	 antigos	 cientistas	 e	 filósofos	 gregos	 ficaram	 perdidos	 no
Ocidente	até	o	século	12,	quando	Gerard	de	Cremona	começou	a	traduzir	para	o
latim	versões	em	árabe	de	textos	gregos.	Em	seguida,	escritores	como	Tomás	de
Aquino	tentaram	integrar	a	filosofia	aristotélica	à	 teologia	cristã,	que	ainda	era
considerada	o	auge	da	realização	intelectual	humana.
A	partir	do	século	14,	um	grupo	de	eruditos	 italianos,	 inspirados	pelo	poeta
Petrarca,	propôs	um	novo	programa	educacional	baseado	na	 literatura	clássica,
que	eles	chamaram	de	studia	humanitatis.	Esse	programa	era	composto	de	cinco
temas	 principais	 –	 retórica,	 poesia,	 gramática,	 história	 e	 filosofia	moral	 –,	 e	 a
teologia	não	fazia	parte	dele,	embora	os	humanistas	(como	ficaram	conhecidos
esses	 estudiosos)	 não	 chegassem	 a	 rejeitar	 a	 doutrina	 cristã.	 Em	 vez	 disso,
mudaram	a	ênfase:	o	debate	 sobre	como	uma	pessoa	deveria	 servir	 a	Deus	 foi
substituído	pelo	debate	de	como	o	homem	virtuoso	deveria	agir.