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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO SÃO LUÍS
Caio Cardoso Baêta de Oliveira
FICHAMENTO
São Luís
2021
Caio Cardoso Baêta de Oliveira
Atividade Avaliativa
Atividade avaliativa apresentada à disciplina Fundamentos da Educação do Curso de Educação Física, do Centro Universitário Estácio São Luís como parte dos requisitos necessários para obtenção de nota. 
Professor(a): Grace Kelly Silva Sobral Souza
São Luís
2021
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia: Geral e Brasil. 1. ed. São Paulo: Moderna Ltda, 2012. 684 p. ISBN 978-85-16-07664-1.
Idade Média: a educação mediada pela fé
“A Idade Média abarca um período de mil anos, desde a queda do Império Romano (476) até a tomada de Constantinopla pelos turcos (1453). Esse longo tempo torna difícil descrever suas principais características sem incorrer no risco da simplificação.” (p.154)
“(...) a cultura medieval é um amálgama de elementos greco-romanos, germânicos e cristãos, sem nos esquecermos das civilizações de Bizâncio e do Islã, que fecundaram de forma brilhante a primeira fase da Idade Média. Enquanto no Ocidente os bárbaros dividiram o antigo império em diversos reinos, entrando em um período de retração econômica, social e cultural, aqueles povos do Oriente mantiveram uma cultura viva e efervescente.” (p.1514)
1. O Império Bizantino
“Enquanto o antigo Império Romano do Ocidente se fragmentou em inúmeros reinos bárbaros, o Império Romano do Oriente, ou Bizantino, conseguiu manter uma estrutura relativamente duradoura até o século XV, quando sua capital, Constantinopla, foi tomada pelos turcos.” (p.156)
“No século VI o imperador Justiniano foi responsável pela grande revisão e sistematização do Direito Romano, levadas a efeito pelos seus juristas na elaboração do Corpus Juris Civilis, cuja influência é sentida até hoje nos códigos jurídicos de grande parte da Europa e da América.” (p.156)
“(...)Durante o governo desse imperador, o Império Bizantino alcançou sua máxima extensão, abrangendo Grécia, Ásia Menor, Oriente Médio, algumas regiões da Itália, norte da África e sul da Espanha. Por volta do século XV, o Império fora reduzido a pequenos territórios na Grécia, além da cidade de Constantinopla.” (p.156 – 157)
2. O Islã
“(...) No século VII, o profeta Maomé fundou a religião islâmica, ou muçulmana. Trata-se de uma religião monoteísta, e seu livro sagrado, o Alcorão, traz a palavra de Alá, que orienta a conduta moral e religiosa dos fiéis. Maomé conseguiu unificar as tribos árabes por meio de pregação, mas sem desprezar a ação guerreira. Instaurou um governo teocrático, isto é, sem separar religião e Estado.” (p.157)
“A civilização islâmica, além da cultura árabe original, assimilou a dos povos vencidos, tornando muito rica a sua influência nos locais onde se instalou. Desse modo, os árabes conheciam a filosofia, a ciência e a literatura dos gregos antigos, traduziram inúmeras obras clássicas, algumas delas conhecidas posteriormente pelos latinos justamente por essa via: por exemplo, os cristãos da Escolástica tiveram o primeiro contato com o pensamento de Aristóteles por meio dos árabes.” (p.157 – 158)
3. A Europa cristã
“(...) no Ocidente europeu, o primeiro período, conhecido como Alta Idade Média, caracterizou-se pelas invasões bárbaras e a formação dos primeiros reinos germânicos. A desagregação da antiga ordem e a insegurança dos novos tempos forçaram o despovoamento das cidades, que perderam sua importância, provocando um processo acentuado de ruralização que se estendeu até o século X. Na virada do Ano Mil teve início a Baixa Idade Média, caracterizada pelo renascimento das cidades e do comércio, bem como pelo ressurgimento das artes e das lutas sociais e religiosas.” (p.158)
“O sistema escravista foi desaparecendo, surgindo em seu lugar o trabalho dos servos, que, embora livres, dependiam dos seus senhores. Aos poucos, configurava-se o feudalismo, instituição que não apresentou práticas uniformes nem se desenvolveu ao mesmo tempo e do mesmo modo em todos os lugares.” (p.158 – 159)
“A sociedade feudal, essencialmente aristocrática, estabeleceu se sob os laços de suserania e vassalagem que entremeavam as relações entre os senhores de terras. No alto da pirâmide estavam a nobreza e o clero.” (p.159)
“No contexto de fragmentação do Império Romano, a religião surgiu como elemento agregador. A influência da Igreja, além de espiritual, tornou-se efetivamente política, e para contar com ela os chefes dos reinos bárbaros convertiam-se ao cristianismo.” (p.159) 
“No período final da Idade Média, o embate entre os reis e o papa evidenciava o ideal de secularização do poder em oposição à política da Igreja, e anunciava os esforços no intuito da formação das monarquias nacionais.” (p.160)
Educação
1. A educação bizantina
“No Império Bizantino, como no Ocidente, dava-se ênfase à vida religiosa e havia preocupação com as heresias. Porém, segundo Marrou, a civilização bizantina, embora “tão profundamente cristã, que dá tanta importância às questões propriamente religiosas e especialmente à teologia, continuou obstinadamente fiel às tradições do humanismo antigo”. (p.161)
“Há pouca documentação a respeito do ensino primário e secundário, mas é certo que não havia o predomínio do ensino religioso nas escolas, e os clássicos pagãos eram estudados sem restrição, característica que distingue suas escolas daquelas do Ocidente, como veremos. A meta da educação continuava a mesma da estabelecida na Antiguidade, ou seja, a formação humanista e a preparação de funcionários capacitados para a administração do Estado.” (p.161)
“Sobre as escolas superiores existem informações mais detalhadas, com destaque para a Universidade de Constantinopla, importante centro cultural de 425 a 1453. Embora tivesse sofrido altos e baixos nesse longo período, aquela universidade acolheu as obras antigas e orientou estudos fecundos de filosofia e ciências, bem como preservou o Direito Romano, sistematizado na época de Justiniano.” (p.161”
2. A educação islâmica
“Havia um nítido interesse pela pesquisa e experimentação, em oposição às restrições que a Igreja cristã ocidental fazia a essa orientação intelectual. Assim, os árabes destacaram-se nas áreas de matemática — difundindo os algarismos, a álgebra, os logaritmos etc. —, medicina, geografia, astronomia e cartografia. Na filosofia, Avicena e Averróis, como veremos no tópico Pedagogia, foram importantes divulgadores da obra de Aristóteles.” (p.162)
“Por volta do século X, os árabes criaram inúmeras escolas primárias para ensinar a leitura e a escrita. Aprendia-se o Alcorão de cor, a fim de conhecer a palavra de Alá e, por meio dela, ser educado moralmente.” (p.162)
“Também havia preceptores particulares. Durante a influência árabe, as cidades de Córdova, Toledo, Granada e Sevilha, na Espanha, tornaram-se grandes centros irradiadores de cultura.” (p.162)
3. A paideia cristianizada
As escolas monacais
“O monaquismo é um movimento religioso que começou lentamente com a vida solitária dos monges, mas com o tempo exerceu considerável influência na cultura da Alta Idade Média.” (p.163) 
“(...) Etimologicamente, as palavras mosteiro (monasterion) e monge (monachós) são formadas pelo mesmo radical grego monos, que significa “só, solitário”. Portanto, monge é o religioso que procura a perfeição na solidão e no afastamento da vida mundana.” (p.163)
“Criar escolas não era a finalidade principal dos mosteiros, mas a atividade pedagógica tornou-se inevitável à medida que era preciso instruir os novos irmãos. Surgiram então as escolas monacais (nos mosteiros), em que se aprendiam o latim e as humanidades. Os melhores alunos coroavam a aprendizagem com o estudo da filosofia e da teologia.” (p.164)
“Os mosteiros assumiram o monópolio da ciência, tornando-se o principal reduto da cultura medieval. Guardavam nas bibliotecas os tesouros da cultura greco-latina, traduziam obras para o latim, adaptavam algumas e reinterpretavam outras à luz do cristianismo. Monges copistas, pacientemente,multiplicavam os textos clássicos.” (p.164 – 165)
Renascimento carolíngio
“No final do século VIII e começo do IX, teve início o chamado renascimento carolíngio. Carlos Magno — antes rei dos francos e depois imperador de um vasto território —, trouxe para sua corte em Aix-la-Chapelle (atual cidade de Aachem, na Alemanha) vários intelectuais proeminentes, entre os quais o anglo-saxão Alcuíno. O objetivo do imperador era reformar a vida eclesiástica e, consequentemente, o sistema de ensino.” (p.165)
“A escola palatina (assim chamada porque funcionava ao lado do palácio) tornou-se sede de um novo movimento de difusão dos estudos que visava à reestruturação e fundação de escolas monacais, de escolas catedrais (ao lado das igrejas, nas cidades) e de escolas paroquiais, de nível elementar.” (p.165)
“O conteúdo do ensino era o estudo clássico das sete artes liberais — as artes do indivíduo livre, distintas das artes mecânicas do servo —, cujas disciplinas começaram a ser delimitadas desde os tempos dos sofistas gregos, na Antiguidade. Na Idade Média elas constituíram o trivium e o quadrivium.” (p.165)
“No trivium (três vias), constavam as disciplinas de gramática, retórica e dialética, que correspondiam ao ensino médio. O quadrivium (quatro vias), formado por geometria, aritmética, astronomia e música, destinava-se ao ensino superior, a que tinha acesso um número menor de pessoas.” (p.166)
Renascimento das cidades: as escolas seculares
“A palavra burgo inicialmente significava “castelo, casa nobre, fortaleza ou mosteiro”, incluindo as cercanias. Com o tempo os burgos transformaram-se em cidades, cujos arredores abrigavam os servos libertos que se dedicavam ao comércio e passaram a ser chamados de burgueses.” (p.167)
“(...) As cidades cresceram graças ao comércio florescente. Como resultado das lutas contra o poder dos senhores feudais, as vilas se libertaram aos poucos, transformando-se em comunas ou cidades livres.” (p.167)
“(...) Eram três os polos da atividade medieval: o castelo, o mosteiro e a cidade; e três os seus agentes: o nobre, o padre e o burguês.” (p.167)
“As modificações exigidas no sistema de educação fizeram surgir as escolas seculares. Secular significa “do século, do mundo”, e, portanto, adjetiva qualquer atividade não religiosa. Até então, a educação era privilégio dos clérigos, ou, no caso da formação de leigos, as escolas monacais e catedrais restringiam-se à instrução religiosa.” (p.167)
“Por volta do século XII surgiram pequenas escolas nas cidades mais importantes, com professores leigos nomeados pela autoridade municipal. O latim foi substituído pela língua nacional, e em vez dos tradicionais trivium e quadrivium foram enfatizadas as noções de história, geografia e ciências naturais, que constituíam de fato as artes reais.” (p.167 – 168)”
As universidades
“As universidades surgidas na Idade Média representaram um modelo novo e original de educação superior, que exerceu — e ainda exerce — importante papel no desenvolvimento da cultura. A palavra universidade (universitas) não significava, inicialmente, um estabelecimento de ensino, mas designava qualquer assembleia corporativa, seja de marceneiros, seja de curtidores, seja de sapateiros” (p.171)
“A universidade mais antiga de que se tem notícia talvez seja a de Salerno, na Itália, que oferecia o curso de medicina, desde o século X. No final do século XI (em 1088) foram criadas a Universidade de Bolonha, na Itália, especializada em direito, e, no século seguinte, a de teologia, em Paris.” (p.172)
“Na Inglaterra destacam-se a de Cambridge e a de Oxford, com predominante interesse pelos estudos científicos como matemática, física e astronomia”. (p.172)
“A atividade docente na universidade era desenvolvida conforme o método da Escolástica, baseado na lectio (leitura) e na disputatio (discussão), pelas quais os estudantes exercitavam as artes da dialética, discutindo as proposições controvertidas.” (p.172)
“A universidade tornou-se centro de fermentação intelectual.” (p.172)
A educação das mulheres
“Na Idade Média, as mulheres não tinham acesso à educação formal. A mulher pobre trabalhava duramente ao lado do marido e, como ele, permanecia analfabeta. As meninas nobres só aprendiam alguma coisa quando recebiam aulas em seu próprio castelo. Nesse caso, estudavam música, religião e rudimentos das artes liberais, além de aprender os trabalhos manuais femininos.” (p.173)
“(...) Embora alguns teóricos fossem hostis à educação feminina, outros a estimulavam, por acharem que a mulher era a depositária dos valores da vida doméstica.” (p.173)
“Situação diferente ocorria nos mosteiros. Desde o século VI recebiam meninas de 6 ou 7 anos a fim de serem educadas e 173/685 consagradas a Deus. Aprendiam a ler, a escrever, ocupavam-se com as artes da miniatura e às vezes com a cópia de manuscritos. Algumas chegaram a se distinguir no estudo de latim, grego, filosofia e teologia.” (p.173 – 174)
Pedagogia 
1. Paganismo e cristianismo
“(...) o cristianismo tornou-se elemento de unidade na Europa fragmentada em inúmeros reinos bárbaros. Por ser os únicos letrados, os clérigos se apropriaram do tesouro cultural greco latino. A produção intelectual da Antiguidade, no entanto, apresenta diferenças profundas do pensar cristão: de maneira geral, ao intelectualismo e ao naturalismo gregos contrapõe-se o espiritualismo cristão.” (p.175)
“(...) Nas reflexões a respeito da moral, os gregos não exigiam os rigores do culto nem indagavam sobre a vida eterna. Os cristãos, ao contrário, subordinavam os valores mundanos aos supremos valores espirituais, tendo em vista a vida após a morte, e por isso as noções de mal e de pecado tornaram-se centrais.” (p.175)
“(...) Estudiosos começaram a adaptar o pensamento grego ao novo modelo de humanidade adequado à concepção de vida cristã. O ponto de partida era sempre a verdade revelada por Deus, a autoridade indiscutível do texto sagrado a que se adere pela graça da fé.” (p.176)
“(...) Na luta contra os pagãos e no trabalho de conversão, fazia-se necessário demonstrar que a fé não contrariava a razão. Embora a fé fosse considerada mais importante, e a razão apenas seu instrumento, impôs-se uma sistematização, conhecida como filosofia cristã, que se estendeu por dois grandes períodos.” (p.176)
2. A Patrística
“A filosofia dos Padres da Igreja teve início no período decadente do Império Romano, no século II. Por questões didáticas, optamos por estudá-la neste capítulo devido à sua importância para a compreensão do pensamento medieval.” (p.176)
“A Patrística caracteriza-se pela intenção apologética, isto é, de defesa da fé e conversão dos não cristãos. A exposição da doutrina religiosa tentava harmonizar a fé e a razão, a fim de compreender a natureza de Deus e da alma e os valores da vida moral.” (p.177)
“Os primeiros teólogos, ao retomar a filosofia platônica, deram destaque a alguns temas, adaptando-os à ótica cristã de valorização do suprassensível, a fim de fundamentar uma moral rigorosa, que defendia a abdicação do mundo e o controle racional das paixões.” (p.177)
“Por influência platônica, Agostinho distingue dois tipos de conhecimento: o que advém dos sentidos é imperfeito, mutável; e o outro, que é o perfeito conhecimento das essências imutáveis, de onde provém?” (p.177)
3. Os enciclopedistas
“Na primeira metade da Idade Média foi grande a influência das obras dos Padres da Igreja. Vários pensadores de saber enciclopédico retomam a cultura antiga, continuando o trabalho de sua adequação às verdades teológicas. Leem as obras clássicas, conhecem o programa geral das sete artes liberais, consultam manuais de estudo. Copiam, traduzem e selecionam textos para adaptá-los à fé cristã e desse modo difundem a crença e estabelecem parâmetros de interpretação.” (p.178)
4. A Escolástica
“A Escolástica é a mais alta expressão da filosofia cristã medieval. Desenvolveu-se desde o século IX, alcançou o apogeu no século XIII e começo do XIV, quando seguiu em decadência até o Renascimento. Chama-se Escolástica porser a filosofia ensinada nas escolas.” (p.179)
“Os parâmetros da educação na Idade Média fundam-se na concepção do ser humano como criatura divina, de passagem pela Terra e que deve cuidar, em primeiro lugar, da salvação da alma e da vida eterna.” (p.179)
“Após o trabalho enciclopédico dos sábios da primeira parte da Idade Média, a Escolástica iniciou a sistematização da doutrina, recorrendo cada vez mais ao concurso da razão. As universidades serão o foco, por excelência, dessa fermentação intelectual.” (p.180)
5. Fase de transição
“O distanciamento do vivido e o abuso da lógica nas disputas metafísicas provocaram o excessivo formalismo do pensamento medieval e a tendência ao verbalismo oco, típicos do período de decadência da Escolástica. Além disso, o raciocínio dedutivo foi valorizado pelo seu rigor, desprezando-se a indução, que, no entanto, favorece a descoberta e a invenção.” (p.184)
“O exagero na aceitação do princípio da autoridade como critério para avaliar a verdade (da revelação divina das Santas 184/685 Escrituras, de Platão e Aristóteles, dos Padres da Igreja) enfraqueceu o espírito crítico e a autonomia de pensamento no final da Idade Média.” (p.184 -185)
“Paralelamente, no entanto, o século XIV gestava os novos tempos de crítica à visão de mundo cristão-medieval, na direção de um humanismo com valores laicos, mundanos, mais voltados para o indivíduo e para a política.” (p.185)

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