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Unidade I
ESCOLÁSTICA CRISTÃ 
Profa. Bettina Brasil
Apresentação
 Trabalharemos nessa disciplina correntes filosóficas como 
a Patrística e a Escolástica Cristã. 
 Para isso é necessário situar essas correntes filosóficas 
no contexto político-cultural da Idade Média.
 É necessário reconhecer também as influências das ideias 
gregas em cada corrente filosófica.
 Na Patrística iremos entender a presença das ideias de Platão 
nas obras de Agostinho.
 Na Escolástica Cristã iremos perceber a introdução 
de elementos da obra de Aristóteles feita por Tomás 
de Aquino.
Apresentação
 É importante ressaltar também que a questão-chave deste 
período (Idade Média) é a harmonização das duas esferas: 
a fé e a razão.
 O pensamento de Agostinho é conservador e defende uma 
subordinação maior da razão em relação à fé.
 No final do período medieval, Tomás de Aquino defendeu 
uma autonomia da razão na obtenção de respostas, muito 
influenciado pelo aristotelismo. Mesmo assim, Tomás de 
Aquino não nega a subordinação da razão à fé.
Introdução
 Antes de começarmos a abordar as correntes filosóficas 
desta unidade, é importante retomarmos as características 
do período histórico que é palco destes pensamentos.
 A Idade Média abrange o período da história de cerca 
de mil anos entre o século III e o século XII da era cristã.
 A Filosofia Medieval e a Escolástica Cristã são correntes 
filosóficas situadas entre a Filosofia Grega (século VI a.C. 
ao século II d.C.) e o Renascimento (século XV e XVI d.C.).
 A exata data de início e fim da Idade Média pode variar 
de um a outro historiador em razão dos marcos de transição 
escolhidos por cada um.
Introdução
 Por outro lado, já é um consenso entre os autores 
de periodização quanto à ênfase dada aos objetos 
de investigação de cada período.
 Na Antiguidade, que corresponde à Filosofia Clássica, a 
atenção dos filósofos gregos estava centrada na Natureza.
 Neste período as discussões sobre a organização do mundo 
versavam sobre os primeiros elementos, dos arquétipos 
(arché). A visão do mundo neste período ficou conhecida 
como cosmocêntrica (cosmos = ordem).
 No início da filosofia ocidental os pensadores tentavam 
entender o mundo sem a influência mística.
Introdução
 A Filosofia Medieval (na Idade Média) apresenta enfoque 
depreciativo para os valores da Natureza e se volta para os 
valores transcendentais, mais especificamente associados 
ao Deus Criador.
 Neste período a visão de mundo se distingue por ser 
exclusivamente teocêntrica (theos = deus).
 A Filosofia Moderna é antecedida pelo Renascimento. Este 
período foi um momento importante de retomada de temas 
greco-romanos por movimentos artísticos-culturais.
 Estes movimentos trouxeram para o próximo período 
valores mais humanos como visão de mundo.
Introdução
 Entre esses valores mais humanos, destaca-se a “razão”, 
que passa a ser instrumento e objeto da reflexão filosófica. 
 A atenção dos filósofos se volta para o próprio homem 
no exercício da reflexão. 
 Desta forma, a Filosofia Moderna é caracterizada pelo 
antropocentrismo. 
 Na Filosofia Contemporânea prevalece como fundamento 
o enfoque na existência humana. Novas dimensões para essa 
existência se tornam presentes na discussão filosófica, como 
a dimensão social, econômica, política, psicológica, religiosa 
entre outras.
Introdução
 Essa mini linha do tempo, que caracteriza de forma genérica 
cada um dos grandes períodos da filosofia ocidental, é 
importante para se ter uma visão panorâmica das diversas 
correntes na História da Filosofia. 
 É importante ter claros os focos temáticos de cada um desses 
períodos e as tendências de cada sistema filosófico.
 Com essa visão panorâmica consegue-se perceber como 
uma corrente influencia a seguinte em termos de conteúdo 
e de métodos de reflexão.
Quadro sinótico
Período Filosofia Séculos Foco temático
Idade Antiga ou 
Antiguidade
Clássica ou grega
VI a.C. a II d.C.
Cosmocêntrico
Idade Média ou 
Medievo
Medieval III d.C a XIV d.C Teocêntrico
Renascimento Humanista
XV e XVI d.C
Antropocêntrico
Idade Moderna Moderna
XVII e XVIII
Antropocêntrico
Idade 
Contemporânea
Contemporânea XIX até nossos dias Múltiplos enfoques
A Filosofia Medieval
 A Filosofia Medieval abrange as filosofias desenvolvidas 
na Idade Média (ou Medievo) entre o helenismo e 
o Renascimento.
 Historiadores denominaram este período com a expressão 
Dark Ages “séculos obscuros”. 
 Com essa denominação quiseram mostrar que o período 
foi caracterizado pelo obscurantismo e pobreza intelectual, 
por ignorâncias e superstições, pelo atraso econômico 
do feudalismo.
A Filosofia Medieval
 Mas pretende-se mostrar um olhar mais atento sobre a Idade 
Média e as filosofias deste período como contribuintes 
importantes para a especulação dos princípios da Metafísica 
e para a sistematização dos métodos de raciocínio lógico.
 O desenvolvimento intelectual de Agostinho e Tomás 
de Aquino nos mostra como esses historiadores estavam 
equivocados.
 Na Idade Média surgem duas correntes filosóficas, 
a Patrística e a Escolástica.
A Filosofia Medieval
 A Patrística desenvolve-se nos primeiros séculos da Idade 
Média (séculos III a V) pelos pensadores da Igreja Católica, 
mais especificamente os padres, derivando daí a expressão 
Patrística e a denominação Padres da Igreja para caracterizar 
os filósofos da época.
 A Escolástica não é um nome exclusivo da corrente de 
filósofos cristãos. Há outras filosofias que são qualificadas 
de Escolásticas, como a muçulmana e a hebraica. 
 Este período está concentrado no final da Idade Média e 
corresponde ao ensino da filosofia ministrado nos conventos, 
mosteiros e escolas episcopais.
A Filosofia Medieval
 A Escolástica Cristã representou um pequeno renascimento 
dentro do período medieval, uma renovação do pensamento 
filosófico à luz das obras de Aristóteles.
 O contato com as obras de Aristóteles estimulou nos 
filósofos preocupações empíricas. Essas preocupações 
se transformaram em tendências científicas da mentalidade, 
que vieram a se desenvolver nos séculos do Renascimento, 
consolidando o paradigma racional da Filosofia Moderna.
A Filosofia Medieval
 As correntes Patrísticas e a Escolástica Cristã não se diferem 
quanto às formas de abordagem reflexiva dos problemas 
que estudam.
 Buscam fundamentos nas fontes metafísicas do pensamento 
grego.
 Tanto a Patrística como a Escolástica Cristã constroem 
exegeses sobre modelos lógicos dos filósofos gregos para 
auxiliar na explicação e interpretação das Escrituras.
 Estão a serviço da Teologia, que é fonte temática e foco 
das investigações dos filósofos deste período.
Interatividade
A Filosofia Medieval é caracterizada por duas grandes 
correntes, a Patrística e a Escolástica Cristã. É característica 
dessas correntes:
a) Terem recebido influência do conhecimento árabe 
(Avicena e Averrois).
b) Apesar de terem sua base no Catolicismo, 
se distanciaram dele.
c) Receberam influência dos filósofos gregos 
Platão e Aristóteles.
d) Deixaram de lado as escrituras para explicar 
o comportamento humano.
e) Utilizaram a metafísica platônica para explicar 
os dogmas religiosos.
Resposta
A Filosofia Medieval é caracterizada por duas grandes 
correntes, a Patrística e a Escolástica Cristã. É característica 
dessas correntes:
a) Terem recebido influência do conhecimento árabe 
(Avicena e Averrois).
b) Apesar de terem sua base no Catolicismo, 
se distanciaram dele.
c) Receberam influência dos filósofos gregos 
Platão e Aristóteles.
d) Deixaram de lado as escrituras para explicar 
o comportamento humano.
e) Utilizaram a metafísica platônica para explicar 
os dogmas religiosos.
O Helenismo no contexto do cristianismo
 O Helenismo é o conjunto de ideias culturais e princípios 
da civilização grega que se expandiu fora da Grécia.
 Influencioutodo o império conquistado pelos gregos –
A Magna Grécia e outras civilizações com as quais entraram 
em contato.
 As influências gregas vão da conquista de Alexandre, no 
século IV a.C., até o final do Império Romano, com a queda 
de Constantinopla e o domínio dos turcos, em 1453.
O Helenismo no contexto do cristianismo
 O cristianismo é a religião derivada da tradição judaica 
e dos ensinamentos de Jesus Cristo, compilados no Novo 
Testamento ou Evangelho. 
 Desde o início do cristianismo os pregadores levaram 
as mensagens evangélicas para o mundo grego.
 Paulo, funcionário romano, foi convertido ao cristianismo e 
passou a difundir a religião cristã em viagens pelo império.
O Helenismo no contexto do cristianismo
 Após a morte de Paulo, as viagens dos pregadores se 
intensificaram pelo Oriente Médio e depois pelos territórios 
helenizados, atingindo seu auge de aceitação com o Édito 
de Milão no ano 313 da era cristã.
 À medida em que o cristianismo se espalhava pelo mundo 
medieval aumentava o número de adeptos do pensamento 
helênico de índole pagã em resistência à nova religião.
O Helenismo no contexto do cristianismo
 Diante da grande miséria econômica e cultural dos povos do 
Império Romano, as mensagens cristãs começaram a ser mais 
aceitas pelos povos.
 As mensagens correspondiam aos anseios de esperança de 
uma legião de desprotegidos e desamparados pelas normas 
do Império.
 Do ponto de vista social, a ideia de participar de uma 
comunidade fraterna que se ajudava mutuamente 
era atraente.
O Helenismo no contexto do cristianismo
 Do ponto de vista social, a ideia de participar de uma 
comunidade fraterna que se ajudava mutuamente era atraente.
 Do ponto de vista ético, os valores morais do paganismo, 
ainda que sob a forma de virtudes estoicas, não tinham 
conseguido entravar a corrupção da sociedade permissiva 
da época.
O Helenismo no contexto do cristianismo
 No fim do Helenismo, O Imperador Constantino I publicou o 
Édito de Milão, que garantia a todos os habitantes do Império 
a liberdade de culto de qualquer religião.
 Com essa liberação aconteceu a permissão para a divulgação 
do cristianismo.
 Os padres pregadores, formados nos mosteiros e abadias, 
onde era ensinada a filosofia, perceberam a necessidade de 
aperfeiçoar o raciocínio lógico para terem argumentos não 
contraditórios e convincentes nas concorridas discussões 
públicas.
O Helenismo no contexto do cristianismo
 O projeto intelectual não era a construção de teorias, mas a 
interpretação das verdades religiosas para fundamentação 
dos dogmas de doutrinas.
 Como a maioria ainda era de adeptos do paganismo 
e pontuavam as polêmicas públicas, isso pressionava 
os filósofos a responder aos pensadores pagãos.
A herança grega e a revelação bíblica
 O cristianismo enfrentou a reação dos pensadores gregos, 
principalmente dos adeptos das correntes filosóficas trazidas 
do epicurismo e do estoicismo.
 O epicurista procurava o prazer, não imediato, mas duradouro, 
que lhe resultasse em uma espécie de ascetismo revertido 
em felicidade.
 O estoico assume uma atitude quase heroica de resiste à dor, 
negar o mal e aceitar a virtude como única felicidade.
A herança grega e a revelação bíblica
 As duas doutrinas apoiavam-se em um sistema prescritivo 
de comportamentos éticos individuais.
 Após o Édito de Milão, o imperador Constantino I também 
se converte ao cristianismo e decreta que as verdades 
evangélicas devem ser comunicadas a todos os seus súditos.
 O cristianismo passa a ser a religião oficial do Império.
A herança grega e a revelação bíblica
 Mesmo assim, ainda havia debates com a filosofia pagã 
de herança grega.
 Enquanto os epicuristas valorizavam os prazeres como 
caminho para a felicidade individual, os cristãos propunham 
uma vida mais ascética na ordem física e moral, junto às 
comunidades fraternas.
Interatividade
(Adaptado de UFPB, 2008) Alexandre, O Imperador, constituiu 
um grande império. Foi educado pelo filósofo Aristóteles e seu 
registro memorável deve-se à difusão da cultura grega nas 
regiões do Oriente por ele conquistadas. Esse processo histórico 
cultural conhecido como Helenismo caracterizou-se pela:
a) Formação de uma nova cultura, sem elementos culturais 
gregos.
b) Desaparecimento da cultura oriental diante da cultura grega.
c) Conflito cultural entre a cultura grega e a oriental.
d) Desaparecimento da cultura grega.
e) Constituição de uma cultura diferenciada, com elementos 
gregos e orientais.
Resposta
(Adaptado de UFPB, 2008) Alexandre, O Imperador, constituiu 
um grande império. Foi educado pelo filósofo Aristóteles e seu 
registro memorável deve-se à difusão da cultura grega nas 
regiões do Oriente por ele conquistadas. Esse processo histórico 
cultural conhecido como Helenismo caracterizou-se pela:
a) Formação de uma nova cultura, sem elementos culturais 
gregos.
b) Desaparecimento da cultura oriental diante da cultura grega.
c) Conflito cultural entre a cultura grega e a oriental.
d) Desaparecimento da cultura grega.
e) Constituição de uma cultura diferenciada, com elementos 
gregos e orientais.
O Neoplatonismo
 Em meados do século III da Era Cristã surge um movimento, 
o Neoplatonismo, que ganha espaço em todo o Império 
Romano.
 Foi fundado por Amônio Sacas, em Alexandria, e divulgado 
por seguidores como Plotino.
 Foi a última das grandes escolas da Filosofia clássica pagã.
 É uma escola filosófica alexandrina que interpreta 
o platonismo de forma mística e espiritualizada.
O Neoplatonismo
 É caracterizado pelo ecletismo e por uma forte tendência 
religiosa e pragmática.
 Agostinho sofreu grande influência do pensamento grego, 
sobretudo da tradição platônica, através da escola de 
Alexandria e do Neoplatonismo, com sua interpretação 
espiritualizada de Platão.
 Supõem a transcendência de um Deus que, por emanação, 
cria a realidade profana.
O Neoplatonismo
 Cria também a possibilidade do ser humano, em movimento 
de interiorização contemplativa e de retorno às suas origens, 
restabelecer a união com a divindade. 
 O cenário político do helenismo possibilitou a convivência 
e a aproximação entre a tradição judaica e a filosofia grega.
 Nos primeiros séculos do cristianismo, este se diferenciou 
do judaísmo e seus pensadores cristãos pendiam para as 
ideias de Platão.
 Plotino foi um pensador helenizado, educou-se em Alexandria 
e por volta dos 20 anos foi estudar o Neoplatonismo.
O Neoplatonismo
 Viajou à Síria e à Pérsia e retornou a Roma, permanecendo 
lá definitivamente.
 Trazendo seu conhecimento sobre Platão e sua experiência 
na Síria e na Pérsia, funda uma escola e escreve uma série 
de seis grupos de nove tratados filosóficos.
 A obra é conhecida como Enéadas e faz uma compilação 
do que há de essencial na filosofia helenística.
 Faz também uma síntese renovada do Platonismo.
 Plotino desenvolve sua teoria do emanacionismo, com 
a revelação da cosmogênese da bíblia judaica.
O Neoplatonismo
 Tudo o que existe, espiritual e materialmente, procede 
e emana em estágios decorrentes de um Ser Supremo.
 A teoria plotiniana mostra que Deus abrange tudo o que existe 
e se manifesta, por emanação, em graus de ontologicidade 
decrescente: Uno, Nous, Alma e matéria.
 O Uno, Deus ou o Bem é a origem de todos os seres 
e transcende todas as essências e conhecimentos. É a 
perfeição, o absoluto, o eterno e imutável.
 O Nous, o Espírito, é a primeira emanação da inteligibilidade 
reflexiva do Uno. É a inteligência ou o pensamento estável.
O Neoplatonismo
 O Nous tem conhecimento de si, em si mesmo, conhecimento 
de todas as coisas.
 É no Nous que se encontram as ideias, os arquétipos 
inteligíveis do universo.
 A Alma é a segunda emanação. É proveniente do Nous, é 
encarregada de exercer duas atividades: 
 contemplativa: perceber o Nous; 
 plástica:morfar as coisas do universo em consonância 
com as ideias que a alma adquire ao contemplar o Nous.
O Neoplatonismo
 Provém do Nous, do qual intui as Ideias que se convertem 
em Modelos.
 Através dos Modelos, a Alma plasma e dá vida à matéria, 
último estágio degradante da emanação.
 O Universo material deriva do Uno, matéria que é 
potencialidade, mas também origem de todo o mal 
físico, moral e metafísico.
O Neoplatonismo
 A influência exercida por Plotino no cristianismo é enorme.
 É possível identificar similaridades entre a teoria 
emanacionista e a concepção da Trindade (Pai, Filho e 
Espírito Santo) da doutrina cristã.
 É possível também identificar a interpretação da criação 
do mundo descrita no Gênesis.
O Neoplatonismo
 As ideias de Plotino vão repercutir em Agostinho, na 
fase inicial da Idade Média e até em Tomás de Aquino, 
na Escolástica.
 Os neoplatônicos consideravam-se simplesmente platônicos. 
 A distinção em relação ao Neoplatonismo é moderna devido 
à percepção de que sua filosofia continha interpretações 
suficientemente originais de Platão para torná-la 
substancialmente diferente do que Platão escreveu.
O Neoplatonismo
Os neoplatônicos e os Pais da Igreja oriental repetem 
as determinações neoplatônicas:
 a imaterialidade
 e a Unidade da Alma.
 Essas são as características fundamentais desse pensamento.
 Agostinho recolhe a herança do Neoplatonismo e a transmite 
ao mundo cristão com o reconhecimento da interioridade 
espiritual como via de acesso privilegiada à realidade própria 
da alma.
Interatividade
Em relação ao Neoplatonismo, podemos afirmar que:
a) É leitura pura de Platão pela escola de Alexandria, fundada 
por Amônio Saca.
b) É a utilização da filosofia de Platão para explicar 
as Escrituras.
c) Foi utilizado no início da era cristã, mas a teologia se afastou 
da obra de Platão para se concentrar nas verdades reveladas.
d) Plotino dissemina na sua obra que a Alma é a presença 
de Deus nas pessoas.
e) O Uno é a origem de todas as coisas perfeitas, como o mundo 
das ideias de Platão.
Resposta
Em relação ao Neoplatonismo, podemos afirmar que:
a) É leitura pura de Platão pela escola de Alexandria, fundada 
por Amônio Saca.
b) É a utilização da filosofia de Platão para explicar 
as Escrituras.
c) Foi utilizado no início da era cristã, mas a teologia se afastou 
da obra de Platão para se concentrar nas verdades reveladas.
d) Plotino dissemina na sua obra que a Alma é a presença 
de Deus nas pessoas.
e) O Uno é a origem de todas as coisas perfeitas, como o mundo 
das ideias de Platão.
A Patrística e os Padres da Igreja
 A Patrística é a corrente filosófica que representa os 
pensamentos dos pais do cristianismo, mais conhecidos 
como Padres da Igreja.
 São os mestres da doutrina cristã e construtores da Teologia 
de vertente católica.
 Viveram no período do Helenismo, na época do Império 
Romano.
 Muitos autores tomam a figura de Agostinho como ícone 
divisório desse período.
A Patrística e os Padres da Igreja
 É a filosofia cristã dos primeiros séculos e consiste 
na elaboração doutrinária das crenças religiosas do 
cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos 
pagãos e contra as heresias.
 A Patrística caracteriza-se pela indistinção entre religião 
e filosofia. 
 Para os Padres da Igreja, a religião cristã é a expressão 
íntegra e definitiva da verdade que a filosofia grega atingira 
imperfeita e parcialmente.
A Patrística e os Padres da Igreja
A Patrística é dividida em três períodos:
 Pré-agostiniano;
 Agostiniano;
 Pós-agostiniano.
 No primeiro período encontram-se os padres apologistas 
e os alexandrinos.
 No segundo período encontra-se Agostinho como grande 
sistematizador da Patrística.
 No último período encontram-se autores menores que 
coincidem com o declínio do Império Romano.
A Patrística e os Padres da Igreja
 Os Padres da Igreja não dispunham de nenhum arcabouço 
filosófico para sistematizar as doutrinas do Antigo e do Novo 
Testamento.
 Não tinham argumentos especulativos para construir 
uma filosofia em bases teológicas.
 Recorreram às ideias filosóficas dos gregos (Platão) 
para explicar as escrituras.
Os padres apologistas
 Entre os Padres da Igreja que merecem destaque estão os 
apologistas, incumbidos de dirigir súplicas aos imperadores 
reivindicando o direito de praticar livremente ritos religiosos 
na cidade.
 Justino é um representante deste grupo.
 Justino era judeu, nascido na Jordânia e morto em Roma, 
como mártir, em torno de 165 d.C.
 É considerado o primeiro filósofo cristão, autor de duas 
Apologias da Religião Cristã.
Os padres apologistas
 Clemente de Alexandria, outro Padre da Igreja, nasceu e viveu 
em Alexandria, no contexto cultural helênico.
 Foi frequentador da biblioteca de Alexandria e teve acesso 
a inúmeras obras que desapareceram com o incêndio dessa 
biblioteca.
 Como fez referência a inúmeras obras hoje desaparecidas, 
deixou como legado as referências bibliográficas que servem 
até hoje para os estudiosos.
Os padres apologistas
 Clemente defendia a função pedagógica da Filosofia como 
preparação do entendimento para interpretar as verdades 
reveladas. 
 No campo linguístico, por ter traduzido do grego para o latim 
as obras a que tinha acesso, multiplicou termos filosóficos 
gregos para exprimir conceitos cristãos, tais como “gnose” 
(ciência superior) e “gnóstico” (conhecedor iluminado).
Os padres apologistas
 Orígenes, também representante da Patrística, discípulo de 
Clemente, também dispõe de vasta cultura grega e recursos 
filosóficos para explicar as Escrituras.
 Seguiu a direção do Didaskaleion, escola de catequese 
na qual se estudava a filosofia grega para auxiliar 
a interpretação da doutrina cristã.
 Produziu vasta literatura sobre conceitos do platonismo 
em sobreposição ao cristianismo, mas não teve muita 
notoriedade. Destaca-se unicamente a obra Sobre os 
Princípios que faz a síntese da doutrina da Igreja Cristã 
da época.
Os padres apologistas
 Neste período já começa a aparecer uma discordância 
entre os Padres da Igreja.
 De um lado existiam aqueles que defendiam a proximidade do 
cristianismo ao helenismo e o uso do recurso metodológico 
do helenismo para interpretar os dogmas católicos.
 De outro havia os que repudiavam os métodos e discussões 
da filosofia grega, por ser pagã e impermeável aos princípios 
cristãos.
Os Luminares de Capadócia
 No século IV os filósofos Basílio e Gregório de Nissa 
e Gregório Nazianzeno são denominados os Luminares 
de Capadócia.
 Capadócia era o nome que se dava à antiga região da Ásia 
Menor, hoje Armênia, onde ficavam as cidades de Nissa 
e Nazianza. 
 O termo Luminares (de luminar, ilustre, sábio) funcionou 
como título de honra atribuído a eles.
 Eram considerados filósofos competentes por sua sólida 
formação clássica, cursada na tradicional escola de Atenas.
Os Luminares de Capadócia
 Os Luminares da Capadócia eram bispos consagrados e 
participaram do II Concílio Ecumênico de Constantinopla 
em 381 d.C.
 Foram os responsáveis pela sistematização da Teologia 
a partir da lógica aristotélica enquanto instrumento 
metodológico para a defesa dos dogmas contra as 
heresias da época.
Interatividade
Em relação à Patrística é incorreto afirmar que:
a) Foi um período caracterizado pelo esforço dos Padres da 
Igreja para conciliar religião e pensamento filosófico.
b) Tomou como tarefa a defesa da fé cristã frente às diversas 
críticas advindas de valores teóricos e morais dos “antigos”.
c) Teve como seu mais famoso intelectual Agostinho, que 
resgatou a filosofia platônica para justificar a existência 
de Deus e os preceitos cristãos.
d) Agostinho seguiu rigorosamente Platão quanto à imortalidade 
da alma e a superioridade do mundo das ideias.
e) Durante este período, os Padres da Igreja tiveram uma 
discordânciana utilização plena dos textos filosóficos gregos 
e da cultura helênica na interpretação das Escrituras. 
Resposta
Em relação à Patrística é incorreto afirmar que:
a) Foi um período caracterizado pelo esforço dos Padres da 
Igreja para conciliar religião e pensamento filosófico.
b) Tomou como tarefa a defesa da fé cristã frente às diversas 
críticas advindas de valores teóricos e morais dos “antigos”.
c) Teve como seu mais famoso intelectual Agostinho, que 
resgatou a filosofia platônica para justificar a existência 
de Deus e os preceitos cristãos.
d) Agostinho seguiu rigorosamente Platão quanto à imortalidade 
da alma e a superioridade do mundo das ideias.
e) Durante este período, os Padres da Igreja tiveram uma 
discordância na utilização plena dos textos filosóficos gregos 
e da cultura helênica na interpretação das Escrituras. 
ATÉ A PRÓXIMA!