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“Depois que a escuridão se dissipar, nossos netos poderão caminhar de volta ao brilho puro do passado.” Petrarca, poeta italiano do século 14, olha para as glórias do mundo clássico. Foi ele quem cunhou o termo equivocado “Idade das Trevas” para os séculos entre a queda de Roma e o que ficou conhecido como Renascença A ideia de colocar os humanos no centro do palco, ao invés de Deus, ecoou nas artes visuais. Agora, os ricos patronos seculares queriam que os arquitetos construíssem palácios e os enchessem de esculturas e pinturas baseadas mais na mitologia clássica do que em cenas da Bíblia. No entanto, algumas das mais magníficas artes renascentistas ainda eram religiosas. A Igreja Católica Romana continuou sendo um dos maiores mecenas das artes, como se vê nos afrescos da Basílica de São Pedro, em Roma, e nos afrescos de Michelangelo na Capela Sistina. A Igreja era extremamente rica e possuía vastos terrenos dos quais extraía receitas imensas. Ganhava dinheiro também vendendo perdão aos pecadores, uma prática chamada de simonia. Alguns cristãos sentiram que o papa e a enorme hierarquia da Igreja haviam se tornado mundanos demais e clamavam por um retorno à simplicidade da Igreja em seus primórdios. Condenavam sobretudo a prática da simonia. Em 1517, o monge alemão Martinho Lutero lançou um ataque à simonia diante da porta da igreja do castelo em Wittenberg, um passo fundamental para a primeira revolta bem-sucedida contra a autoridade da Igreja: a Reforma. Lutero e seus seguidores não atacavam apenas a corrupção. Acreditavam que não era certo que os sacerdotes e toda a hierarquia da Igreja agissem como mediadores entre o indivíduo e Deus. Até agora, a Bíblia estava disponível apenas em latim, e a Igreja afirmava ser a única autoridade que poderia interpretá-la ao povo. Os luteranos insistiam que a Bíblia deveria ser traduzida às
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