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seu poderoso descendente Aurangzeb transformou o Império Mogol em um Estado mais exclusivamente muçulmano, reprimindo a maioria hindu e travando guerras contra os siques, cujo nono guru ele executou. Assim, prejudicou o senso de unidade imperial construído por Akbar e, um século após sua morte, em 1707, o poder mogol foi fatalmente arruinado, permitindo que os europeus alcançassem uma posição favorável no subcontinente. “A corte do imperador tornou-se o lar dos inquiridores das sete regiões, e um local de encontro dos sábios de todas as religiões e seitas.” Abul Fazl, A história de Akbar (c. 1590), apontando os benefícios da tolerância religiosa do imperador mogol Na Espanha, os governantes muçulmanos haviam demonstrado tolerância em relação a judeus e cristãos, permitindo-lhes praticar suas religiões, desde que estivessem dispostos a pagar impostos mais altos. O califado de Córdoba (929- 1031) testemunhou algo como uma era de ouro, quando a cultura floresceu e o comércio se expandiu. Mas a tolerância diminuiu com a dinastia almôade, nos séculos 12-13, e desapareceu depois que os cristãos espanhóis completaram sua Reconquista da Península Ibérica, ao tomarem Granada em 1492. Judeus e muçulmanos foram forçados a escolher entre se converter ao cristianismo ou enfrentarem a expulsão, o que fez com que muitos dos mais inteligentes e habilidosos habitantes deixassem o local – exatamente como quando Luís XIV se voltou contra os protestantes franceses em 1685, e quando os nazistas perseguiram os judeus alemães na década de 1930. A Reforma iniciada nos primeiros anos do século 16 colocou os protestantes contra os católicos, e, nos dois séculos seguintes, a Europa sofreu uma onda insana de perseguições e conflitos. A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) matou
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