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anos atrás), que testemunhou uma “explosão” de novos tipos de animais, incluindo a maioria dos invertebrados conhecidos hoje. Foram sugeridas várias explicações possíveis para essa “explosão” cambriana. O aumento dos organismos fotossintetizantes gerou mais oxigênio na atmosfera. Na época, a camada de ozônio se formou, protegendo a vida na Terra dos raios ultravioleta do Sol. Houve também um aumento repentino de cálcio nos oceanos (um componente essencial das partes duras do corpo, como exoesqueletos) devido à grande atividade vulcânica ao longo das cordilheiras oceânicas. Explicações ecológicas e evolucionistas sugerem que uma acelerada corrida armamentista entre predador e presa, talvez iniciada pelo desenvolvimento dos primeiros olhos primitivos, possa ter permitido que a presa fosse detectada por um predador à distância – e vice-versa. Outro evento importante foi o aparecimento dos primeiros autênticos vertebrados. Vertebrados são criaturas com esqueletos internos, inclusive uma espinha formada de vértebras ligadas que protegem uma medula espinhal, o componente central dos sistemas nervosos mais avançados. Algumas criaturas pouco conhecidas que vivem hoje têm medula espinhal, mas não uma espinha, e acredita-se que seus ancestrais tenham surgido no Cambriano. Porém, os primeiros verdadeiros vertebrados, os peixes sem mandíbula (semelhantes às modernas lampreias), apareceram por volta de 500 milhões de anos atrás. Nesses primeiros peixes, o esqueleto interno era feito de cartilagem, não de osso. Ainda é o caso de muitos peixes atual- mente, como tubarões e arraias, cujos ancestrais foram os primeiros a desenvolver mandíbulas, por volta de 410 milhões de anos atrás. Mandíbulas são, hoje, uma característica de quase todos os grupos vertebrados. PROTÓTIPOS