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IanCrofton-OPequenoLivroDaGrandeHistoriaMundo-1-70-píginas-36


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anos	 atrás),	 que	 testemunhou	 uma	 “explosão”	 de	 novos	 tipos	 de	 animais,
incluindo	a	maioria	dos	 invertebrados	conhecidos	hoje.	Foram	sugeridas	várias
explicações	 possíveis	 para	 essa	 “explosão”	 cambriana.	 O	 aumento	 dos
organismos	 fotossintetizantes	 gerou	 mais	 oxigênio	 na	 atmosfera.	 Na	 época,	 a
camada	de	ozônio	se	formou,	protegendo	a	vida	na	Terra	dos	raios	ultravioleta
do	 Sol.	 Houve	 também	 um	 aumento	 repentino	 de	 cálcio	 nos	 oceanos	 (um
componente	essencial	das	partes	duras	do	corpo,	como	exoesqueletos)	devido	à
grande	 atividade	 vulcânica	 ao	 longo	 das	 cordilheiras	 oceânicas.	 Explicações
ecológicas	 e	 evolucionistas	 sugerem	 que	 uma	 acelerada	 corrida	 armamentista
entre	predador	e	presa,	talvez	iniciada	pelo	desenvolvimento	dos	primeiros	olhos
primitivos,	 possa	 ter	 permitido	que	 a	 presa	 fosse	detectada	por	 um	predador	 à
distância	–	e	vice-versa.
Outro	 evento	 importante	 foi	 o	 aparecimento	 dos	 primeiros	 autênticos
vertebrados.	 Vertebrados	 são	 criaturas	 com	 esqueletos	 internos,	 inclusive	 uma
espinha	 formada	 de	 vértebras	 ligadas	 que	 protegem	 uma	 medula	 espinhal,	 o
componente	 central	 dos	 sistemas	 nervosos	mais	 avançados.	Algumas	 criaturas
pouco	conhecidas	que	vivem	hoje	têm	medula	espinhal,	mas	não	uma	espinha,	e
acredita-se	 que	 seus	 ancestrais	 tenham	 surgido	 no	 Cambriano.	 Porém,	 os
primeiros	 verdadeiros	 vertebrados,	 os	 peixes	 sem	 mandíbula	 (semelhantes	 às
modernas	lampreias),	apareceram	por	volta	de	500	milhões	de	anos	atrás.
Nesses	primeiros	peixes,	o	esqueleto	 interno	era	 feito	de	cartilagem,	não	de
osso.	Ainda	 é	 o	 caso	 de	muitos	 peixes	 atual-	mente,	 como	 tubarões	 e	 arraias,
cujos	ancestrais	foram	os	primeiros	a	desenvolver	mandíbulas,	por	volta	de	410
milhões	de	anos	atrás.	Mandíbulas	são,	hoje,	uma	característica	de	quase	todos
os	grupos	vertebrados.
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