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Esquizofrenia TRATAMENTO · Envolve o uso de antipsicóticos para controle do quadro agudo e para a prevenção de recaídas · Além disso, são necessárias diversas abordagens psicossociais, cujo objetivo varia conforme a intervenção empregada · Algumas abordagens, como por exemplo a TCC, é indicada para alguns sintomas não responsivos ao tratamento medicamentoso, enquanto outras, como a terapia ocupacional e o treino de habilidades sociais, visam ajudar o paciente em sua reinserção pessoal e social na comunidade TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DO QUADRO AGUDO · Inicia-se o tratamento com uma dose baixa do AP oral em monoterapia, para avaliar sensibilidade do paciente ao medicamento escolhido · A princípio, todos os AP (exceto clozapina, indicada para esquizofrenia resistente ao tto) são considerados igualmente eficazes, de tal modo que a escolha se faz mais em função do perfil de tolerabilidade e efeitos colaterais · A dose pode ser aumentada gradualmente até se chegar à dose efetiva · Deve-se considerar que há uma latência entre o início do tratamento e a resposta terapêutica, que varia em torno de 4 a 6 semanas, embora alguns estudos apontem que uma resposta insatisfatória nas primeiras 2 semanas seria um indicador de resposta insatisfatória ao AP · Se a resposta terapêutica ao primeiro AP não foi satisfatória, este deve ser substituído por um segundo AP, em monoterapia, seguindo a mesma estratégia do primeiro; se após 4 – 6 semanas a resposta for insatisfatória há duas possibilidades: · Tentar um terceiro AP; ou · Considerar o paciente resistente, dando-se então início ao uso da clozapina · Frequentemente, o paciente na fase aguda apresenta-se agitado, ansioso ou insone · Pode-se associar, por prazo limitado, um BZD · Pode ser necessário o uso de AP injetável IM para conter agitação mais intensa ou agressividade TRATAMENTO DE LONGO PRAZO (MANUTENÇÃO) · Após resposta satisfatória ao AP, com alívio do quadro agudo, redução ou remissão dos sintomas psicóticos, inicia-se a manutenção · Se faz com o AP que foi eficaz na fase aguda, podendo-se manter a dose atual ou reduzi-la gradualmente, dependendo da tolerabilidade do paciente · Muitas vezes, a dose usada no quadro agudo se mostra excessiva após a remissão dos sintomas, sendo indicado reduzir a dose para melhorar tolerabilidade · Em geral, considera-se que a dose de manutenção de um AP é cerca de 2/3 da dose máxima usada na fase aguda · A duração do tratamento tem sido discutida, sendo considerado o prazo mínimo de 5 anos para pacientes com múltiplos episódios e 2 anos para paciente após o primeiro episódio · Em pacientes com má adesão ao tratamento farmacológico oral, está indicado o uso de AP injetáveis de longa ação · Tais medicamentos são aplicados por via IM a intervalos que variam de 2 semanas a 3 meses
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