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TICs 17 - Síndrome do Desconforto Respiratório no RN

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TICS 17 – Síndrome do Desconforto respiratório no RN
Nesta semana, trabalharemos as situações de devemos suspeitar da Síndrome do Desconforto Respiratório do Recém Nascido! Quando devemos suspeitar?
Os sinais e sintomas da SDR incluem respiração rápida, difícil e ruidosa, que surge imediatamente ou poucas horas após o parto, acompanhados de retrações supra e subesternal e batimentos das aletas nasais. À medida que a atelectasia e a insuficiência respiratória progridem, os sintomas pioram, com surgimento de cianose, letargia, respiração irregular e apneia; por fim, esses sintomas levam à insuficiência cardíaca se não for estabelecida expansão, ventilação e oxigenação pulmonar. Os neonatos com peso < 1.000 g podem ter pulmões tão rígidos que eles se tornam incapazes de iniciar e/ou manter respirações na sala de parto. Ao exame, os sons respiratórios estão diminuídos, e é possível ouvir crepitações. Para o diagnóstico é necessário avaliar:
· Avaliação clínica
· Gasometria (hipoxemia e hipercapnia)
· Radiografia de tórax
· Culturas de sangue, líquido cerebrospinal e aspirado traqueal
O diagnóstico da SDR depende da apresentação clínica, incluindo o reconhecimento dos fatores de risco; gasometria revelando hipoxemia e hipercapnia; e radiografia de tórax. A radiografia de tórax mostra atelectasias difusas, classicamente descrita como tendo um aspecto de vidro fosco com broncogramas aéreos visíveis e baixa expansão pulmonar; a aparência se correlaciona vagamente com a gravidade clínica. Os recém-nascidos tipicamente necessitam de hemoculturas. Culturas do LCS não são feitas rotineiramente após o nascimento porque há uma baixa incidência de meningite associada à sepse de início precoce, mas elas podem ser feitas em certos casos (p. ex., hemoculturas positivas para bacilos Gram-negativos, preocupação em relação à sepse de início tardio) (1). O diagnóstico clínico de pneumonia por estreptococos do grupo B é muito difícil de distinguir da SDR, portanto, os antibióticos devem ser iniciados enquanto são aguardados os resultados das culturas.
Triagem
O diagnóstico da SDR pode ser feito no período pré-natal utilizando-se testes de maturidade pulmonar fetal, que são feitos no líquido amniótico por amniocentese ou coletado da vagina (se as membranas estiverem rotas), o que pode ajudar na avaliação do momento ideal para o parto. Eles são indicados para partos escolhidos antes das 39 semanas, quando o tônus cardíaco fetal, os níveis da gonadotrofina coriônica humana e a ultrassonografia não podem confirmar a idade gestacional, e para os partos não escolhidos entre 34 e 36 semanas. Testes do líquido amniótico incluem:
· Proporação de lecitina/esfingomielina
· Teste de índice de estabilidade com espuma (quanto maior o nível de surfactante no líquido amniótico, melhor a estabilidade da espuma que se forma quando o líquido é combinado com etanol e agitado)
· Proporção surfactante/albumina
· O risco de SDR é baixo quando a proporção lecitina/esfingomielina é > 2, fosfatidil glicerol está presente, índice de estabilidade espumosa = 47 ou proporção surfactante/albumina é > 55 mg/g.
REFERÊNCIA:
Srinivasan L, Harris MC, Shah SS: Lumbar puncture in the neonate: Challenges in decision making and interpretation. Semin Perinatol 36(6):445–453, 2012. doi: 10.1053/j.semperi.2012.06.007

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