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IMOBILIDADE, QUEDAS E DISTÚRBIOS DA MARCHA EM IDOSOS

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IMOBILIDADE, QUEDAS E DISTÚRBIOS DA MARCHA 
EM IDOSOS 
Imobilidade em Idosos: 
• A mobilidade reduzida, embora comum em idosos, não deve ser 
considerada normal e pode ser tratada se suas causas forem 
identificadas. 
• O repouso no leito é uma causa significativa de declínio funcional em 
idosos hospitalizados, com cerca de 10% experimentando declínio das 
funções, em grande parte devido a reduções evitáveis da mobilidade. 
Riscos e Consequências da Imobilidade: 
• Para os idosos, os riscos associados à restrição ao leito são graves e 
incluem descondicionamento cardiovascular, perda de força muscular, 
úlceras por pressão, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, 
hipotensão postural, quedas e lesões de pele. 
• Os efeitos do confinamento ao leito podem se instalar rapidamente e 
levar a uma recuperação lenta, com consequências que podem persistir 
por semanas ou meses. 
 
Prevenção e Tratamento: 
• Quando a imobilização não pode ser evitada, várias medidas podem ser 
tomadas para minimizar suas consequências. 
• Inspeção diária da pele, mudança de posição a cada 2 horas, 
posicionamento próximo à posição ereta, exercícios de fortalecimento e 
alongamento, e envolvimento ativo do paciente nas mudanças de 
posição são importantes para prevenir complicações. 
• Evitar contenções e suspender o uso de dispositivos invasivos como 
cateteres intravenosos e urinários pode aumentar a perspectiva de 
mobilização precoce. 
• A deambulação progressiva deve ser iniciada o mais cedo possível, e a 
consulta a um fisioterapeuta antes e após a alta hospitalar pode ser 
benéfica para recomendar exercícios apropriados e dispositivos 
auxiliares, além de fornecer orientações para a segurança do idoso e 
exercícios de manutenção. 
 
Quedas e Distúrbios da Marcha em Idosos: 
Estatísticas e Consequências: 
• A cada ano, cerca de 33% dos indivíduos com mais de 65 anos sofrem 
quedas, com a frequência aumentando com a idade. 
• Cerca de 10% das quedas resultam em lesões graves, como fraturas, 
lesões de partes moles e lesões cerebrais traumáticas, sendo as fraturas 
de quadril precursoras frequentes de comprometimento funcional e 
morte. 
• Complicações de quedas representam a principal causa de morte por 
lesões em pessoas com mais de 65 anos. 
 
Avaliação Clínica: 
• Todos os idosos devem ser questionados sobre quedas, pois muitos não 
relatam espontaneamente. 
• A avaliação dos pacientes que sofreram quedas deve incluir pressão 
arterial, pulso posturais, exame cardíaco completo, avaliação de força, 
arco de movimentos, cognição e propriocepção, além de exame dos pés 
e calçados. 
• A marcha pode ser avaliada rapidamente com o "teste de levantar e 
andar" (Up and Go Test). 
Causas e Contribuintes de Quedas: 
• Quedas são frequentemente resultado da interação entre déficits 
intrínsecos do paciente, atividade sendo realizada no momento da 
queda e fatores ambientais. 
• Medicamentos representam uma das causas mais comuns, significativas 
e reversíveis de quedas em idosos, com agentes sedativos/hipnóticos, 
antidepressivos e benzodiazepínicos associados a maior probabilidade 
de quedas. 
• Outros fatores contribuintes incluem hipotensão ortostática, insônia, 
uso de lentes multifocais e urgência urinária. 
 
 
 
Complicações das Quedas: 
• Fraturas comuns incluem punho, quadril e vértebras, com uma taxa de 
mortalidade de cerca de 20% em um ano entre mulheres idosas com 
fratura de quadril. 
• O medo de futuras quedas pode levar à perda de confiança e 
independência nos idosos. 
• Complicações adicionais incluem hematoma subdural crônico, 
desidratação, desequilíbrio eletrolítico, úlcera de pressão, rabdomiólise 
e hipotermia. 
 
Prevenção e Tratamento: 
• A redução do risco de quedas e suas consequências pode ser alcançada 
através da modificação de fatores de risco, tratamento de condições 
clínicas contribuintes, redução de ameaças ambientais e suspensão de 
medicamentos associados a risco de queda. 
• Dispositivos de assistência à marcha, como bengalas e andadores, 
podem ser úteis se usados corretamente e ajustados adequadamente. 
• A cirurgia precoce para catarata pode reduzir quedas, mas o uso de 
lentes corretivas pode aumentar o risco de queda, especialmente 
inicialmente. 
• Pacientes com história de quedas devem ser encaminhados para 
fisioterapia, exame oftalmológico e avaliação da segurança domiciliar. 
• A internação pode ser considerada em casos de quedas inexplicadas, 
especialmente se houver alterações no exame físico. 
 
 
 
 
REFERÊNCIA: CURRENT MEDICINA - 
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
 
	Imobilidade em Idosos:
	Quedas e Distúrbios da Marcha em Idosos:

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