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DISTÚRBIOS DERMATOLÓGICOS BOLHOSOS PÊNFIGO • Caracterizado por grupos de bolhas recidivantes. • Geralmente precedido por bolhas, erosões e ulcerações nas mucosas. • Presença variável de descolamento superficial da pele após pressão ou trauma (sinal de Nikolsky). • Acantólise evidente na biópsia. • Confirmação diagnóstica através de exames de imunofluorescência. Considerações Gerais • Doença bolhosa intraepidérmica rara afetando pele e mucosas. • Causada por autoanticorpos contra moléculas de adesão. • Variante paraneoplásica associada a várias neoplasias. • Formas: vulgar, vegetante, foliácea, e eritematosa. Achados Clínicos Sinais e Sintomas: • Início insidioso com bolhas flácidas, crostas e erosões agrupadas. • Lesões frequentemente iniciam nas mucosas orais. • Sensibilidade e dor quando as bolhas se rompem. • Sinal de Nikolsky: separação fácil da epiderme com atrito. Achados Laboratoriais • Diagnóstico por microscopia óptica e imunofluorescência. • Autoanticorpos detectados por Elisa em substituição à imunofluorescência. Diagnóstico Diferencial • Eritema multiforme, erupções medicamentosas, impetigo bolhoso, entre outras devem ser diferenciadas. • Pênfigo paraneoplásico apresenta características distintas e baixa taxa de sobrevida devido à neoplasia subjacente. Complicações • Infecção secundária comum, causa significativa de morbidade e mortalidade. • Distúrbios hidreletrolíticos e nutricionais podem ocorrer devido a úlceras orais dolorosas. Tratamento Medidas Gerais: • Hospitalização em casos graves com repouso no leito, antibióticos e alimentação intravenosa quando necessário. Medidas Sistêmicas: • Terapia inicial com corticosteroides sistêmicos, geralmente associados a poupadores de esteroides como azatioprina ou micofenolato de mofetila. • Rituximabe pode ser utilizado em casos refratários. Medidas Locais: • Corticosteroides tópicos para lesões cutâneas e mucosas em pacientes com doença limitada. • Antibióticos sistêmicos e locais quando ocorre infecção. Prognóstico • Evolução crônica na maioria dos pacientes, com remissão em cerca de um terço dos casos. • Infecção, especialmente por S. aureus, é a principal causa de mortalidade. PENFIGOIDE BOLHOSO • Doença pruriginosa benigna caracterizada por bolhas tensas localizadas nas regiões flexurais. • Evolução ao longo de cinco ou seis anos, com períodos de exacerbação e remissão. • Maioria dos afetados tem mais de 60 anos, com prevalência maior em homens. • Ocorrência de lesões urticariformes ou edemaciadas antes do aparecimento das bolhas. • Lesões orais presentes em cerca de um terço dos casos. • Pode se manifestar de diversas formas, incluindo localizada, vesiculosa, vegetante, eritematosa, eritrodérmica e nodular. Diagnóstico • Realizado através de biópsia e exame de imunofluorescência direta. • Microscopia óptica revela bolha subepidérmica. • Imunofluorescência direta evidencia IgG e C3 na junção dermoepidérmica. Tratamento Casos Leves: • Corticosteroides ultrapotentes podem ser suficientes. Casos Mais Disseminados: • Prednisona em dose de 0,75 mg/kg diários para controle rápido da doença. • Alternativamente, tetraciclina ou eritromicina, 500 mg três vezes ao dia, isoladamente ou com nicotinamida até 1,5 g/dia. Para Pacientes Intolerantes a Corticosteroides: • Dapsona, especialmente eficaz no penfigoide de mucosa. • Agentes Poupadores de Esteroides: • Metotrexato, 5-25 mg por semana. • Azatioprina, 50 mg, 1-3 vezes ao dia. • Micofenolato de mofetil, 1 g, duas vezes ao dia. REFERÊNCIA: CURRENT MEDICINA - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Considerações Gerais Achados Clínicos Achados Laboratoriais Diagnóstico Diferencial Complicações Tratamento Prognóstico Diagnóstico Tratamento
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