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Estomatologia Doenças imunologicamente mediadas Introdução: • Resposta imune resposta inata; resposta adaptativa. → Inata: primeira linha de defesa com rápida resposta à agressão; → Adaptativa: linha de defesa específica adquira após contato com patógenos. • Junção epitélio → conjuntivo: por não apresentarem características parecidas, é feita através da membrana basal (lâmina lúcida + lâmina densa). Essa junção não se mantém se houver ataque de anticorpos ou celular contra as proteínas. • Junção entre células epiteliais → ligação célula- célula. Essa junção é feita pela desmogleína 1, desmogleína 3, desmocolina que se ligam à desmoplaquina → citoqueratina. Se a placoglobina ou citoqueratina forem destruídas não será possível realizar a adesão. Doenças imunologicamente mediadas: • São doenças associadas a alterações do sistema imunológico: - Pênfigo; - Penfigoide cicatricial; - Eritema migratório; - Líquen plano; - DECH; - Lúpus; - Eritema multiforme; - Doenças associadas à disfunção imunológica; - Psoríase; - Epidermólise bolhosa. → Doença autoimune é uma subclassificação das doenças imunologicamente mediadas. • As doenças imunologicamente mediadas são agrupadas a partir do alvo que atingem (desmogleína 1, desmogleína 2, desmogleína 3, desmoplaquina): → Desmogleína 1: camada supra basal da pele; → Desmogleína 2: todos os epitélios e coração. → Desmogleína 3: camadas da epiderme e epitélio estratificado escamoso (mucosa bucal e conjuntiva). → Desmoplaquina: - DP1: todos os desmossomos; - DP2: tecidos estratificados (ausente no coração). Exames complementares úteis: • Imunofluorescência direta: um anticorpo + agente fluorescente → mostra a presença de antígeno e sua localização no tecido; • Imunofluorescência indireta: dois anticorpos + agente fluorescente → mostra a presença e o tipo de anticorpo produzido no soro do paciente contra determinado antígeno → anticorpos na corrente sanguínea. • Elisa.: coloração específica; permite quantificar → mostra a presença e o tipo de anticorpo produzido contra determinado antígeno. Teste de Nikolsky: • Teste frequentemente mencionado na literatura. • pressionar região próxima à ulceração, friccionando a mucosa íntegra: - Formação de bolha: sinal de Nikolsky positivo; - Não há formação de bolha: sinal de Nikolsky negativo. → Trata-se de um exame altamente inespecífico; → Teste doloroso ao paciente; → Pode gerar descamação em algumas doenças. Pênfigo Representando um grupo de doenças autoimunes. Autoanticorpo ↓ Pênfigo foliáceo → Desmogleína 1 Pênfigo vulgar → Desmogleína 3 Variante vegetante → Desmogleína 3 Pênfigo IgA → Desmogleína 2 Pênfigo paraneoplásico → Desmoplaquina Estudos sugerem algum fator associado à genética e hereditariedade. Pênfigo vulgar e variante acometem a mucosa bucal. Duas teorias tentam explicar os mecanismos patológicos do pênfigo: 1) a ligação às moléculas Dsg faz com que ocorram as bolhas; 2) a presença de apenas uma molécula é suficiente para manter o epitélio unido. Pênfigo vulgar Mucosa dominante (IgG) Mucocutâneo (IgG) Pênfigo vulgar Primeira manifestação da doença na boca. Muitas lesões bucais presentes (Dsg 3). → Difícil manejo e tratamento: Se não tratado, paciente pode vir a óbito; 50% dos pacientes que tratam evoluem a óbito em função do tratamento. Etiologia: → PV mucosa dominante: Autoanticorpos contra desmossomos (desmogleína 3). → PV mucocutâneo: Autoanticorpos contra desmossosmos (desmogleína 1 e 3). Características clínicas: - NÃO é considerada hereditária; - 4ª a 6ª década de vida; - vesículas, erosões e ulcerações em pontos de boca e pele; - sinal de Nikolsky positivo. Características histológicas: - Células da camada espinhosa (parte inferior) apresentam-se separadas (acantólise). Estas células tendem a assumir forma arredondada (células de Tzanck); - Presença de fenda infraepitelial. → Imunofluorescência direta: positiva entre as células; → Imunofluorescência positiva entre as células. Exames necessários para diagnóstico: - Dados clínicos; - Biópsia perilesional HE; - Imunofluorescência direta e indireta; - Elisa. Pênfigo paraneoplásico É uma doença vesicobolhosa rara que afeta pacientes portadores de uma neoplasma, geralmente linfoma ou leucemia linfócita crônica. Etiologia: Autoanticorpos contra desmossomos (desmoplaquina 1 e 2, desmogleína 1 e 3). Características clínicas: - NÃO é considerada hereditária; - 6ª a 7ª década de vida; - Vesículas, erosões e ulcerações em pontos da boca e pele; - Lábios apresentam frequentemente crostas hemorrágicas; - Teste de Nikolsy positivo. Características histológicas: - Presença de fenda intraepitelial. Exames necessários para diagnóstico: - Dados clínicos; - Biópsia perilesional; - Imunofluorescência direta e indireta; - Elisa. Imunofluorescência direta → positiva para IgG e complemento entre as células ou na membrana basal. Imunofluorescência indireta → anticorpos detectados contra IIF; imunoprecipitação; anticorpos detectados contra desmoplaquina 1 e 2. Penfigoide cicatricial Representa um grupo de doenças bolhosas autoimunes crônicas nas quais os anticorpos são direcionados contra a membrana basal. Características clínicas: - H2:M1; - lesões bucais na maioria dos pacientes; - pode-se observar bolhas que ainda não se romperam; - úlceras dolorosas persistentes por semanas ou meses; - pode ser limitado a determinada região da boca; - “gengivite derramativa”; - 25% dos pacientes com lesões bucais podem desenvolver lesões oculares; - a mucosa genital também pode ser envolvida em mulheres. Características histológicas: - Bolha subepitelial com discreto infiltrado inflamatório crônico na submucosa superficial. Imunofluorescência direta → imunorreação em banda linear de contínua reação na camada basal; os depósitos são principalmente de IgG e C3. IgM e IgA também podem ser identificados Exames necessários para diagnóstico: - Dados clínicos; - Biópsia perilesional HE; - Imunofluorescência direta. → NÃO apresentam informações relevantes: imunofluorescência indireta; Elisa. Diagnósticos diferenciais histopatológicos: - Doença linear de IgA1 ; - Angina bolhosa hemorrágica1 ; - Epidermólise bolhosa adquirida; Doença linear de IgA e angina bolhosa hemorrágica necessitam de mais exames complementares. • Doença linear de IgA: - Lesões bucais podem ser vistas em 50% dos pacientes; - Presença de IgA, alguns casos IgG e C3; - 60 a 70% dos casos são soropositivos na imunofluorescência indireta (NÃO acontece no penfigoide cicatricial). • Angina bolhosa hemorrágica: - NÃO detectadas anomalias hematológicas ou imunológicas; - Causa desconhecida; - Difícil diagnóstico. • Epidermólise bolhosa adquirida: - Anticorpos contra colágeno tipo VII; - Lesões bucais em 50% dos pacientes; - Amostra de tecido quando em solução salina apresenta uma bolsa induzida artificialmente; - Deposição de IgG no fundo da bolsa. Penfigoide bolhoso É a mais comum das doenças bolhosas autoimunes crônicas nas quais os anticorpos são direcionados contra a membrana basal. Autores diferenciam do penfigoide cicatricial por causa de seu curso clínico autolimitado. Características histológicas: - Bolha subepitelial com discreto infiltrado inflamatório agudo e crônico na submucosa superficial. Penfigoide cicatricial ≠ Penfigoide bolhoso ↓ Proteínas BP180 e BP230 Exames necessáriospara diagnóstico: - Dados clínicos; - Biópsia perilesional HE; - Imunofluorescência direta/indireta. Exames complementares para diagnóstico: - Imunofluorescência direta (90 a 100%) e indireta (40 a 70%) → apresentam marcação semelhantes para IgG e C3. Eritema migratório Condição benigna comum que afeta principalmente a língua., também ocorrendo em regiões de mucosa Apesar de descrito há muito tempo, sua etiologia ainda é desconhecida. Eritema migratório = língua geográfica ↓ Termo antigo Variações que promovem maior promoção de IL-1β estão associadas com o eritema migratório. Características clínicas: - Lesões migratórias características; - Paciente pode apresentar língua fissurada; - Condição muda de lugar → é a principal característica. Exames necessários para diagnóstico: - Dados clínicos. Líquen Plano Características clínicas: - Adultos de meia idade; - Sexo feminino (3:2). • Líquen plano reticular → Apresenta estrias de Wickham; • Líquen plano eritematoso (atrófico) → também apresenta estrias, porém com áreas maiores de atrofia; • Líquen plano erosivo → tecido apresenta erosão. → É muito comum que o líquen plano acometa gengiva; → Máculas, sendo comum manifestações extrabucais (principalmente punhos e cotovelos). Características histológicas: → Infiltrado epitelial em banda. Exames necessário para diagnóstico: - Dados clínicos; - Biópsia HE. Diagnósticos diferenciais: - Reação liquenoide → muito comum na presença de amálgama, sumindo com a substituição da restauração (em outro material). Atentar-se à possibilidade de reação por alergia. • Manter acompanhamento mínimo anual, pois alguns estudos sugerem malignidade – não há confirmação e nem descarte da possibilidade. Doença do enxerto contra o hospedeiro Consiste na reação que células transplantadas do doador tem contra o receptor/hospedeiro. → transplante de células-tronco hematopoiéticas (= transplante de medula óssea). → Estadiamento para avaliar se tinha DECH nas glândulas salivares → maioria dos pacientes apresenta algum grau. • Agudo: - 50% dos pacientes; - Envolvimento de fígado (primeiro órgão), de trato gastrointestinal; - Boca: 35% a 75%. • Crônico: - 35% dos pacientes; - Normalmente após 100 dias. Grau Condição Ausente < 30 células Leve 31 – 140 células Moderado 141 – 250 células Agressivo > 250 células Lúpus É uma doença inflamatória e autoimune que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos. • Lúpus eritematoso sistêmico: - Difícil diagnóstico nos estágios iniciais; - Febre, perda de peso, artrite; - Lesões tipo asa de borboleta (butterfly rash); - Lesões bucais em 5 a 25% (palato, mucosa jugal e gengiva); pode acometer lábios. • Lúpus eritematose cutâneo crônico: - placas eritematosas aumentam com exposição solar; - manifestações clínicas iguais ao líquen plano erosivo (na maioria das vezes apresenta lesões na pele). • Lúpus eritematoso cutâneo subagudo: - lesões de pele são mais comuns; - geralmente apresentam artrite ou problemas muscoesqueléticos. Características histopatológicas: - degeneração de células da camada basal com hiperceratose na camada de células espinhosas; - infiltrado inflamatório perivascular (mais profundo). Exames necessários para diagnóstico: - Dados clínicos; - Biópsia perilesional HE; - Imunofluorescência direta. Eritema multiforme Condição muco-cutânea de patogênese incerta. Características clínicas: - Início abrupto; - Pacientes adultos jovens (20 a 30 anos); - Sinais prodrômicos: febre, mal-estar, cefaleia, lesões em alvo; - Acometimento dos lábios; Características histopatológicas: - Vesículas intraepiteliais e subepiteliais; - Degeneração da camada basal. → Síndrome de Steven-Johnson = eritema multiforme maior. Envolvimento da mucosa ocular. → Diagnóstico clínico baseado em exclusão. Testes imunológicos inespecíficos. Disfunções imunológicas • Estomatite ulcerativa recorrente: - Afta: ulceração recorrente de origem incerta → ulceração, recorrência, dor, remissão. Associação com outras doenças/outra condição: - Sensibilidade à alimentação; - Deficiência nutricionais (ferro, complexo B, ácido fólico); - Imunodeficiências; - Granulomatose orofacial; - Infecções (vírus/bactérias). → Afeta 20% da população; → Prevalência: 2%. → Síndrome de Behçet. Condições ulcerativas. ↓ Etiologia: “Coisas diferentes em pessoas diferentes” - Disfunção imunitária.; Estresse, neutropenia, trauma, diminuição na barreira da mucosa; - Aumento da exposição a antígenos: Alergia, dieta. Base imunológica: Resposta celular Resposta humoral CD4+ CD8+ TH2 TH1 → Destruição de células epiteliais → Existe aumento para resposta TH1 em lesões de afta. → Na afta há aumento IL-1, IL13, IL-17, IL-18, INF-γ . → Associação da afta com alguns polimorfismos da → IL-1β, IL-6 e TNF. História natural: - agente etiológico/desencadeante desconhecido. - prómodo: ardência/prurido Mácula eritematosa; Ulceração; Exsudato fibrinoide; Regenaração/cicatrização. • Diágnóstico diferencial: - Infecção recorrente de herpes I → mucosa aderida; - Afta → mucosa mole → três tipos: afta menor, afta maior, herpitiforme. Afta menor Tamanho 5-10 mm Recorrência + Remissão 1-2 semanas Número de lesões 1-5 Início Infância/Adolescência Cicatriz - Dor ++ Localização Mucosa livre Afta maior Tamanho 10-30 mm Recorrência + Remissão 2-6 semanas Número de lesões Até 100 Início Adolescência Cicatriz + Dor ++ Localização Mucosa Herpitiforme Tamanho 1-3 mm Recorrência ++ Remissão 1-2 semanas Número de lesões Até 100 Início Adulto Cicatriz - Dor ++ Localização Língua, assoalho Exames solicitados na primeira consulta: - Transferrina/Ferritina; - Capacidade de ligação do Fe; - Vitamina B12; - Ácido fólico. Realizar teste de hipersensibilidade a partir de resposta obtida durante anamnese. • Síndrome de Behçet: Etiopatogênese: - Ainda não está clara, embora a base imunogenética seja a mais aceita; - Mais comum no Oriente Médio e Japão; - Mais comum em homens; - Faixa etária: 20 a 39 anos. - O envolvimento oral é um componente importante da síndrome de Behçet e representa a primeira manifestação em 25 a 75% dos casos. Requer a presença de úlceras orais e mais duas características entre as seguintes: - Úlcera genitais; - Lesões cutâneas típicas; - Teste de patergia positivo; - Envolvimento ocular. Teste de patergia → realizar de 4 a 5 perfurações com agulha em paciente e observar resposta. Teste de patergia é positivo se houver aparecimento de pápula ou pústula no local de punção. ✓ Ausência de consenso; ✓ Pele deve ser limpa ou desinfectada antes; ✓ Usar agulha hipodérmica 21; ✓ Fazer 4 perfurações (inclinação de 30°); ✓ Observação de 24 - 48 horas por profissional capacitado; ✓ Fazer foto no momento de perfuração e novamente após 48 horas; ✓ Resultado: - Só a marca de agulha = (-) - Só uma pápula = (+) - Pústula = (++) Psoríase É uma doença inflamatória cuja manifestação mais comum são as pápulas ou placas eritematosas bem delimitadas, recobertas por escamas prateadas. - Aumento na atividade proliferativa dos queratinócitos cutâneos; - Lesões melhoram durante o verão e pioram durante o inverno; - Lesões são distribuídas simetricamente (couro cabeludo, cotovelos e joelhos); - 11% desses pacientes tem artrite psoriática (pode envolver a ATM); - Lesões bucais paralelas às lesões cutâneas. Epidermólise bolhosa Descreve um grupo heterogêneo de desordens mucocutâneas bolhosas hereditárias. Fases: - Simples; - Juncional; - Distrófico; - Síndrome de KindlerCaracterísticas clínicas e defeitos: muitas alterações por tratar-se de um grupo de doenças. - Diagnóstico difícil; - Dificuldade em manter higiene oral; - Tratamento difícil → pode ocasionar mais lesões. - Relação com colágeno. Histologia: - Epitélio solto; → Prognóstico ruim → sobrevida baixa. Tratamentos Uma vez que na maioria das vezes não há ainda como remover os fatores etiológicos, o tratamento das doenças imunologicamente mediadas se baseia na utilização de corticosteroides (de uso local ou sistêmico). → Tratamentos baseados em sintomas! • Uso de corticosteroides locais: → Parâmetros de avaliação: - Dor; - Tipo, tamanho e localização da lesão; - Qualidade de vida (capacidade de alimentação); - Higiene bucal. → Causas de falha: - Diagnóstico incorreto; - Fármaco errado; - Baixa adesão do paciente (não usa ou usa de maneira inadequada). → Complicações locais: - Candidose. → Complicações sistêmicas: - Síndrome de Cushing (principalmente clobetasol 0,05% = NÃO deve ser utilizado por mais de 45 dias, apesar de sua eficiência). • Uso de corticosteroides sistêmicos: → O cortisol inibe IL-1, IL-6, IL-2, TNF e isso faz com que sejam reduzidas as formações de linfócitos, migrações de neutrófilos → ação anti-inflamatória. → Complicações: - Aumento da PA; - Retenção de sódio; - Alterações no metabolismo de carboidratos (sendo a principal: deposição de glicogênio). Corticosteroides podem ser de curta duração, efeito intermediário e longa duração. → Protocolo de monitoramento (3 primeiros meses): ✓ Diariamente: - Dieta com baixo consumo de sódio e carboidratos; - Determinação da pressão arterial; - Registro da sintomatologia. ✓ Semanalmente: - Exame clínico da boca; - Determinação do peso corporal; - Registro da sintomatologia. ✓ Mensalmente: - Títulos de anticorpos séricos antiepiteliais; - Exame hematológico no primeiro mês, depois quinzenal. • Pênfigo vulgar: - Corticosteroide sistêmico: prednisona 60mg/dia (encaminhar para médico com experiência em pneumologia, gastroenterologista). Observação: corticosteroide tópico pode ser usado em conjunto para lesões bucal: - Propionato de clobetasol 0,05% (3mL), 2 – 3 vezes/dia por 30 dias. • Pênfigo paraneoplásico: - Corticosteroide sistêmico: encaminhar para médico com experiência; - Tratamento de neoplasia → difícil tratamento! • Líquen plano: Quando sintomático: - Corticosteroide tópico pode ser usado em conjunto para as lesões bucais: - Propionato de clobetasol 0,05% (3mL), 2 – 3 vezes/dia por 30 dias. Apenas em gengiva: pode fazer moldeira e usar gel. • Doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH): - Corticosteroide sistêmico: prednisona. Observação: corticosteroide tópico pode ser usado em conjunto para as lesões bucais: - Propionato de clobetasol 0,05% (3mL), 2 – 3 vezes/dia por 30 dias.
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