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DISTÚRBIOS OFTALMOLÓGICOS_ EDEMA, PARALISIAS, CELULITE, TIREOIDE



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DISTÚRBIOS OFTALMOLÓGICOS: EDEMA, 
PARALISIAS, CELULITE, TIREOIDE 
Edema de Disco Óptico 
• Fundamentos: O edema de disco óptico pode ser causado por patologias 
intraoculares, lesões orbitais e do nervo óptico, hipertensão ou aumento da 
pressão intracraniana. Necessita de exames de imagem para identificar sua 
causa. 
• Causas: Entre as causas intraoculares estão oclusão da veia central da retina, 
uveíte posterior, e esclerite posterior. Lesões do nervo óptico incluem 
neuropatia óptica isquêmica anterior, neurite óptica, drusas do disco óptico, 
entre outras. O papiledema, causado por pressão intracraniana aumentada, é 
uma causa comum de edema de disco óptico. 
• Características clínicas: O papiledema é bilateral e produz um aumento da 
mancha cega sem perda de acuidade visual significativa. Pode ser crônico ou 
agudo e grave, associado a perda de campo visual e possível perda profunda de 
acuidade. 
• Diagnóstico Diferencial: Drusas do disco óptico e discos ópticos 
congenitamente cheios podem ser confundidos com edema, mas são condições 
diferentes. A ultrassonografia e a tomografia computadorizada (TC) podem 
ajudar no diagnóstico. 
• Encaminhamento e Internação: Pacientes com edema de disco óptico devido a 
pressão intracraniana devem ser encaminhados para avaliação urgente. Para 
casos graves, pode ser necessário monitoramento rigoroso e intervenção 
cirúrgica. 
Paralisias Oculomotoras 
• Tipos de Paralisias: 
• Paralisia do terceiro nervo: Caracterizada por ptose, divergência do 
olho, movimentos extraoculares limitados, e pode envolver a pupila. 
• Paralisia do quarto nervo: Causa desvio superior do olho, com diplopia 
vertical e torcional. 
• Paralisia do sexto nervo: Estrabismo convergente e ausência de 
abdução do olho afetado, associado ao aumento da pressão 
intracraniana. 
• Causas: Trauma, neoplasias, lesões do tronco cerebral, entre outras causas 
clínicas, como diabetes e hipertensão. Lesões compressivas do terceiro nervo 
podem ser causadas por aneurismas ou outras massas intracranianas. 
• Encaminhamento e Internação: Pacientes com paralisia do terceiro nervo com 
envolvimento pupilar ou dor devem ser encaminhados imediatamente para 
avaliação neurológica e exames de imagem. Para visão dupla de início recente, 
é necessário encaminhamento urgente para oftalmologista ou neurologista. 
Oftalmopatia Distireoidiana 
• Descrição: A oftalmopatia distireoidiana é uma síndrome causada por 
deposição de mucopolissacarídeos e infiltração dos tecidos orbitais por células 
inflamatórias. Está frequentemente associada ao hipertireoidismo autoimune, 
mas pode ocorrer sem evidências clínicas de disfunção da tireoide. 
• Características clínicas: Os principais sinais incluem proptose, retração 
palpebral, "lid lag", quemose conjuntival, inflamação episcleral e disfunção dos 
músculos extraoculares. Sintomas como diplopia, irritação da superfície ocular 
e complicações como exposição da córnea e compressão do nervo óptico 
podem ocorrer. 
• Tratamento: Corticosteroides intravenosos, prednisolona oral, radioterapia e 
cirurgia são as opções para casos mais graves. O manejo ótimo para casos 
moderadamente graves é controverso, com tratamentos como corticosteróides 
sistêmicos e radioterapia sendo considerados. O tratamento da disfunção 
tireoidiana é importante para todos os pacientes. 
• Encaminhamento: Todos os pacientes com oftalmopatia distireoidiana devem 
ser encaminhados ao oftalmologista, especialmente se houver redução de 
visão. 
Celulite Orbital 
• Fundamentos: A celulite orbital é uma infecção caracterizada por febre, 
proptose, restrição dos movimentos extraoculares, e edema palpebral. A causa 
mais comum é a infecção dos seios paranasais, mas outras causas como trauma 
e infecções bacterianas também são possíveis. 
• Tratamento: O tratamento imediato com antibióticos intravenosos é 
necessário para evitar complicações graves, como dano ao nervo óptico e 
disseminação para áreas cerebrais. Pode ser necessária cirurgia para drenar 
abcessos ou seios paranasais. 
• Encaminhamento e Internação: Pacientes com suspeita de celulite orbital 
devem ser encaminhados com emergência ao oftalmologista para tratamento 
imediato. A hospitalização pode ser necessária para casos graves ou com risco 
de disseminação da infecção. 
REFERÊNCIA:CURRENT MEDICINA - 
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
	Edema de Disco Óptico
	Paralisias Oculomotoras
	Oftalmopatia Distireoidiana
	Celulite Orbital