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Queimaduras Oculares e Precauções no Manejo de Distúrbios Oculares

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Queimaduras Oculares e Precauções no Manejo de 
Distúrbios Oculares 
1. Ceratite Ultravioleta (Ceratite Actínica) 
• Queimaduras ultravioletas na córnea geralmente resultam de exposição a 
fontes de luz intensa sem proteção ocular, como lâmpadas solares, soldagem 
por arco elétrico ou exposição ao sol ao esquiar. 
• Sintomas: Dor intensa e fotofobia cerca de 6-12 horas após a exposição. 
• Exame e Diagnóstico: O exame com lâmpada de fenda após instilação de 
fluoresceína estéril mostra coloração puntiforme difusa em ambas as córneas. 
• Tratamento: Oclusão binocular e instilação de ciclopentolato 1% para aliviar o 
desconforto. O paciente se recupera em 24-48 horas sem complicações. 
• Precauções: Anestésicos locais não devem ser prescritos devido ao risco de 
retardar a cura epitelial. 
2. Conjuntivite e Ceratite Química 
• Queimaduras químicas resultam da exposição a agentes químicos agressivos, 
como álcalis ou ácidos. 
• Tratamento Imediato: Irrigação abundante dos olhos com água, soro fisiológico 
ou solução tampão, sem usar substâncias que possam causar reação 
exotérmica. 
• Lesões por Álcalis: Necessitam de irrigação prolongada, pois são mais graves do 
que as causadas por ácidos. 
• Medidas Adicionais: Remoção de partículas retidas, dilatação pupilar com 
ciclopentolato 1%, antibióticos profiláticos, corticosteroides tópicos para lesões 
moderadas a graves, e vitamina C tópica e sistêmica. 
• Complicações Potenciais: Deficiência de muco, cicatrizes na córnea e 
conjuntiva, simbléfaro, obstrução do ducto lacrimal e infecções secundárias. 
• Quando Encaminhar: Em casos graves, é essencial a avaliação por 
oftalmologista para determinar a extensão das lesões e evitar complicações a 
longo prazo. 
3. Precauções no Manejo de Distúrbios Oculares 
• Uso de Anestésicos Locais: A autoadministração é perigosa, pois pode 
mascarar danos adicionais e interferir no processo natural de cura. 
• Dilatação Pupilar: Deve ser realizada com cautela para evitar o risco de 
glaucoma agudo em pacientes com ângulos da câmara anterior estreitos. 
• A dilatação pode precipitar glaucoma agudo se não for realizada 
corretamente, por isso é importante usar midriáticos de ação curta e 
instruir o paciente a procurar ajuda imediatamente se sentir 
desconforto ou vermelhidão ocular. 
• Uso de Corticosteroides: O uso repetido pode causar complicações graves, 
como ceratite por herpes simples, infecções fúngicas, glaucoma de ângulo 
aberto e catarata. 
• Corticosteroides sistêmicos também podem ter efeitos adversos, 
incluindo hipertensão, diabetes, gastrite e osteoporose. 
• Medicações Oculares Contaminadas: As soluções oftálmicas devem ser 
manuseadas com cuidado para evitar contaminação. As soluções sem 
conservantes têm maior risco de contaminação e devem ser usadas em curto 
prazo e refrigeradas. 
• A contaminação por bactérias como Pseudomonas aeruginosa é um 
risco grave e deve ser evitada. 
• Reações Tóxicas e Hipersensibilidade a Terapias Tópicas: Uso prolongado de 
medicamentos oftálmicos pode causar reações tóxicas ou hipersensibilidade 
devido ao agente ativo ou aos conservantes. 
• Reações alérgicas, incluindo anafilaxia, podem ocorrer após 
administração de certos medicamentos ou uso de soluções 
contaminadas. 
• Efeitos Sistêmicos de Fármacos Oculares: Alguns medicamentos oftálmicos 
podem causar efeitos sistêmicos adversos se absorvidos em excesso, como 
timolol, que pode afetar a frequência cardíaca e agravar a asma. 
• A fenilefrina pode aumentar a pressão arterial, causando crises 
hipertensivas. 
• Recomenda-se uso mínimo de colírios e oclusão nasolacrimal para 
minimizar absorção sistêmica. 
REFERÊNCIA:CURRENT MEDICINA - 
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

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