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Cardiopatia e Gravidez Complicações Cardiovasculares Durante a Gravidez Gravidez pode ser um período desafiador para pacientes com doença cardíaca devido ao aumento das demandas cardíacas e mudanças hemodinâmicas. Algumas condições cardíacas, como hipertensão pulmonar, estenose valvar grave, cianose e insuficiência cardíaca, apresentam risco maior durante a gravidez. Miocardiopatia Periparto • Definição: Uma miocardiopatia dilatada que ocorre no último mês da gravidez ou nos primeiros seis meses após o parto. Estima-se que aconteça em um a cada 3.000 a 4.000 nascidos vivos. • Causas: A etiologia é incerta, mas existem hipóteses envolvendo causas imunes e virais. Há evidências sugerindo que o produto de clivagem da prolactina pela catepsina-D está associado ao desenvolvimento desta condição. • Riscos: Maior incidência em mulheres acima de 30 anos, principalmente na primeira ou segunda gravidez, e associada a hipertensão gestacional e medicamentos para interrupção das contrações uterinas. • Sintomas e Prognóstico: A evolução varia; muitos casos melhoram ao longo de meses, mas outros evoluem para insuficiência cardíaca refratária. Cerca de 60% das pacientes apresentam recuperação total. Os sintomas incluem sinais de insuficiência cardíaca, como dispneia e edema periférico. • Tratamento: Betabloqueadores têm sido usados com sucesso, além de imunoglobulina intravenosa e pentoxifilina. O tratamento anticoagulante pode ser indicado devido ao risco de eventos trombóticos. Em casos graves, a ECMO pode ser usada temporariamente. O uso de bromocriptina, um bloqueador da prolactina, é um potencial tratamento. • Recorrência: A recorrência em gestações subsequentes é comum, especialmente se a função cardíaca não tiver se recuperado completamente. Alterações nas Artérias Coronárias e Outras Anormalidades Vasculares Durante a Gravidez • Infarto do Miocárdio (IM): Relatos de IM durante a gravidez, com causas como dissecção da aorta ou outras artérias, doenças vasculares do tecido conectivo (Marfan, Ehlers-Danlos, Loeys-Dietz), embolia coronariana, entre outras. • Dissecção Coronariana: Raramente causada por dissecção, a maioria dos IMs é causada por doença arterial coronariana aterosclerótica ou êmbolos coronarianos. O tratamento pode ser conservador ou invasivo, dependendo da situação. • Riscos de Gestação para Síndromes do Tecido Conectivo: Pacientes com síndrome de Marfan e diâmetro aórtico maior que 4,5 cm devem ser desencorajadas de engravidar devido ao risco de expansão adicional da aorta durante a gestação. Profilaxia da Endocardite Infecciosa Durante a Gravidez e o Parto • Recomendações: Segundo a ACC/AHA Task Force 2007, a profilaxia com antibióticos deve ser considerada para pacientes com risco elevado de endocardite infecciosa antes do parto vaginal, especialmente em casos de ruptura de membranas. • Pacientes com Risco Elevado: Inclui pacientes com prótese valvar cardíaca, cardiopatia congênita cianótica paliada e não reparada, entre outras condições. Condução do Trabalho de Parto • Parto Vaginal: Geralmente bem tolerado, exceto em pacientes com instabilidade significativa. Nas pacientes com alto risco de ruptura da aorta (por exemplo, síndrome de Marfan), o parto vaginal deve ser evitado. • Cesariana: Indicada para pacientes instáveis ou em situações de risco elevado. REFERÊNCIA: CURRENT MEDICINA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Cardiopatia e Gravidez Complicações Cardiovasculares Durante a Gravidez Miocardiopatia Periparto Alterações nas Artérias Coronárias e Outras Anormalidades Vasculares Durante a Gravidez Profilaxia da Endocardite Infecciosa Durante a Gravidez e o Parto Condução do Trabalho de Parto
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