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Atividades 3 Bimestre Língua Portuguesa 2 postagem

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Atividades 3º Bimestre Língua Portuguesa (2º postagem) 
 
Data de entrega: 22/09/2020 
3º ano Manhã (3º A e 3º B) 
Professor: PAULO ROGÉRIO EMAIL: antepaul@ig.com.br 
 
Habilidades: Relacionar, como realidade cultural lusófona, as produções, em 
língua portuguesa, na África e no Brasil e Analisar criticamente as relações 
entre poesia da modernidade e a construção do mundo atual. 
Acompanhar as aulas de Língua Portuguesa pelo aplicativo CMSP e pela 
televisão no canal: 2.3 TV Educação. Veja a programação diária em: 
https://centrodemidiasp.educacao.sp.gov.br/programacao/ 
Temas: Literaturas de Língua Portuguesa e Literaturas africanas de 
Língua Portuguesa. 
 Assistir o video abaixo sobre literatura africana de língua portuguesa: 
Vídeo 1 
https://www.youtube.com/watch?v=Bpl9QI9kXpU 
vídeo 2 
https://www.youtube.com/watch?v=y7OPgEG_DG0 
 
 
Após assistir os vídeos sobre literatura africana responda as questões a 
seguir: 
 
1) Faça uma pesquisa e identifique quais são os países africanos que têm 
a Língua Portuguesa como língua oficial. 
 
2) Faça uma pequena biografia sobre os dois autores de literatura africana 
em Língua Portuguesa: Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, 
conhecido pelo pseudónimo de Pepetela e Mia Couto, pseudónimo de 
António Emílio Leite Couto. 
 
3) Faça uma pesquisa sobre a obra “Terra Sonâmbula” de Mia Couto. Qual 
o tema desenvolvido? Do que se trata a obra? Onde passa a história? 
 
mailto:antepaul@ig.com.br
https://centrodemidiasp.educacao.sp.gov.br/programacao/
https://www.youtube.com/watch?v=Bpl9QI9kXpU
https://www.youtube.com/watch?v=y7OPgEG_DG0
Leiam os poemas “ Aspiração” e “Poema para um negro” e 
responda a questão: 
ASPIRAÇÃO 
Ainda o meu canto dolente 
e a minha tristeza 
no Congo na Geórgia no Amazonas 
Ainda 
o meu sonho de batuque em noites de 
luar 
Ainda os meus braços 
ainda os meus olhos 
ainda os meus gritos 
Ainda o dorso vergastado 
o coração abandonado 
a alma entregue à fé 
ainda a dúvida 
E sobre os meus cantos 
os meus sonhos 
os meus olhos 
os meus gritos 
sobre o meu mundo isolado 
o tempo parado 
Ainda o meu espírito 
ainda o quissange 
a marimba 
a viola 
o saxofone 
ainda os meus ritmos de ritual orgíaco 
Ainda a minha vida 
oferecida à Vida 
ainda o meu Desejo 
Ainda o meu sonho 
o meu grito 
o meu braço 
a sustentar o meu Querer 
E nas sanzalas 
nas casas 
nos subúrbios das cidades 
para lá das linhas 
nos recantos escuros das casas ricas 
onde os negros murmuram: ainda 
O meu Desejo 
transformando em Força 
inspirando as consciências 
desesperadas. 
1949 
in "Sagrada Esperança", Agostinho Neto, 
Obra Poética Completa, página 53. 
Agostinho Neto foi poeta e primeiro 
presidente de Angola, participou 
ativamente da luta pela independência. 
 
 
Poema para um negro 
O que me prende é o que te 
prende 
Largo horizonte de outros 
passados, 
Raízes fundas presas no 
chão 
E um mar tão largo. 
 
Palavras soltas num vento 
agreste, 
Caminhos rudes 
determinados, 
Sombras e sonhos sem 
condição 
E um céu tão vasto. 
 
Meus passos breves não 
deixam rasto. 
Teus passos fundos, fundos 
estão. 
Mas entre o mar e o céu e os 
nossos passos, 
a nossa humanidade é o 
mesmo laço 
irmão. 
(Glória de Sant’Ana. 1925-
2009, poeta moçambicana.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) Como Agostinho Neto e 
Gloria de Sant’Ana abordam 
a questão dos negros em 
seus poemas? 
 
Leia o poema “ Negra” da poeta 
moçambicana Noémia de Sousa 
para responder as questões 5 e 6. 
NEGRA 
Gentes estranhas com seus olhos 
cheios doutros mundos 
quiseram cantar teus encantos 
para elas só de mistérios profundos 
de delírios e feitiçarias… 
Teus encantos profundos de África. 
 Mas não puderam. 
Em seus formais e rendilhados cantos, 
ausentes de emoção e sinceridade, 
quedas-te longínqua, inatingível, 
virgem de contactos mais fundos. 
E te mascararam de esfinge de ébano, 
amante sensual, 
jarra etrusca, exotismo tropical, 
demência, atracção, crueldade, 
animalidade, magia… 
e não sabemos quantas outras 
palavras vistosas e vazias. 
 Em seus formais cantos rendilhados 
foste tudo, negra… 
menos tu. 
 E ainda bem. 
Ainda bem que nos deixaram a nós, 
do mesmo sangue, mesmos nervos, 
carne, alma, 
sofrimento, 
a glória única e sentida de te cantar 
com emoção verdadeira e radical, 
a glória comovida de te cantar, toda 
amassada, 
moldada, vazada nesta sílaba imensa e 
luminosa: MÃE 
(Noémia de Sousa. 1926- 2002, poeta 
moçambicana). 
 
 
5) Noémia de Sousa aponta duas 
representações da mulher negra; 
quais são elas? 
 
6) Levando em conta o último 
verso, que interpretações 
podemos dar ao poema “Negra”?

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