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Hipertensão Arterial Sistêmica 1. Prevalência e Classificação da Hipertensão • Cerca de 66 milhões de norte-americanos têm pressão arterial elevada (sistólica ≥ 140 mmHg ou diastólica ≥ 90 mmHg). • 72% foram diagnosticados, mas apenas 61% estão sendo tratados. • Apenas 35% têm a pressão controlada considerando-se 140/90 mmHg como critério limiar. • Classificação da hipertensão: • Estágio 1: 140-159/90-99 mmHg. • Estágio 2: > 160/100 mmHg. • A prevalência de hipertensão arterial aumenta com a idade, sendo mais comum entre a população negra em comparação com a branca. • As taxas de mortalidade para acidente vascular encefálico (AVE) e doença arterial coronariana (DAC), complicações da hipertensão arterial, foram reduzidas em 50-60% nas últimas três décadas. • Recentemente, essas taxas atingiram um patamar. • O número de pacientes com doença renal em estágio terminal e insuficiência cardíaca, condições relacionadas à hipertensão, continua a aumentar. • Morbidade e mortalidade cardiovasculares aumentam com pressões sistólica ou diastólica elevadas. • Em indivíduos com mais de 50 anos, a pressão sistólica e a pressão de pulso são melhores preditores de complicações do que a pressão diastólica. 2. Medição da Pressão Arterial e Diagnóstico de Hipertensão • A pressão arterial deve ser medida com um esfigmomanômetro bem calibrado. • O manguito deve cobrir no mínimo 80% da circunferência do braço. • As leituras devem ser feitas após o paciente ter permanecido sentado ou deitado em repouso por pelo menos cinco minutos. • Não se deve medir a pressão pelo menos 30 minutos após fumar ou consumir café. • Avaliações mais integradas da pressão arterial em domicílio e ao longo de 24 horas podem ser melhores do que as medidas no consultório. • Elas têm maior custo e são menos acessíveis. • Aparelhos disponíveis em consultórios que permitem múltiplas medidas automatizadas após um período de repouso programado podem ser usados para evitar o efeito do avental branco. • Diagnóstico de hipertensão é feito quando a pressão arterial sistólica está consistentemente acima de 140 mmHg ou a diastólica acima de 90 mmHg. • Uma única leitura elevada não é suficiente para o diagnóstico. • Exceções: pacientes com evidências de lesão potencialmente letal de órgão-alvo ou em casos de emergência hipertensiva (pressão arterial acima de 220/125 mmHg). • O diagnóstico depende de medidas sequenciais da pressão arterial, pois as leituras podem variar e tendem a convergir para a média ao longo do tempo. • Em pacientes de alto risco, a postergação do tratamento por três meses aumenta duas vezes o risco de morbidade e mortalidade cardiovascular. 3. Recomendações para Diagnóstico • Diretrizes do Canadian Hypertension Education Program fornecem um algoritmo para agilizar o diagnóstico de hipertensão arterial. • Recomendações incluem intervalos menores entre consultas iniciais e identificação precoce de lesão em órgão-alvo ou diabetes. • O National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE) sugere que um risco cardiovascular > 20% em 10 anos também é motivo para início do tratamento. • Esquemas anti-hipertensivos devem trazer suavemente a pressão arterial aos níveis-alvo em casos não complicados, especialmente em idosos. • Monitoramento ambulatorial e domiciliar é complementado por avaliações feitas em consultório. • O diagnóstico de hipertensão é firmado com valores inferiores quando as medições são feitas fora do ambiente do consultório. 4. Variações na Pressão Arterial • A pressão arterial normalmente é mais baixa à noite; ausência desta queda noturna está associada a maior risco cardiovascular, especialmente risco de AVE trombótico. • Acentuação da elevação matinal fisiológica da pressão arterial está associada a maior probabilidade de hemorragia cerebral. • Variabilidade da pressão arterial sistólica prediz eventos cardiovasculares independentemente da pressão arterial sistólica média. • No diagnóstico e monitoramento da hipertensão, deve-se enfatizar uma visão mais integrada, baseada em medidas repetidas e em ambiente mais "real", em vez de medidas isoladas feitas em consultório. 5. Pré-Hipertensão • Dados da coorte de Framington indicam uma relação linear entre pressão arterial e risco cardiovascular até uma pressão sistólica de 115 mmHg. • Indivíduos com pressão arterial entre 120 e 139/80 e 89 mmHg são classificados como portadores de pré-hipertensão. • 50% dos indivíduos com pré-hipertensão evoluem para hipertensão em quatro anos. • Pacientes de baixo risco com pré-hipertensão devem ser acompanhados anualmente. REFERÊNCIA: CURRENT MEDICINA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
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