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A avaliação fisioterapêutica da Síndrome de Guillain barre 9

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A avaliação fisioterapêutica da Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é essencial para determinar o nível de comprometimento neuromuscular do paciente e planejar o tratamento adequado. A SGB é uma doença neurológica autoimune que afeta os nervos periféricos, resultando em fraqueza muscular e, em casos graves, paralisia.
A avaliação fisioterapêutica da SGB geralmente inclui as seguintes etapas:
1. **História Clínica:** O fisioterapeuta começará entrevistando o paciente para entender os sintomas iniciais, progressão da fraqueza muscular, tratamentos anteriores e quaisquer outros problemas médicos relevantes.
2. **Exame Físico:**
 - **Força Muscular:** Avaliação da força muscular em diferentes grupos musculares usando a escala de graduação de força muscular (por exemplo, Escala de Força Muscular de MRC - Medical Research Council).
 - **Tônus Muscular:** Avaliação do tônus muscular para identificar espasticidade (aumento do tônus) ou flacidez (diminuição do tônus) muscular.
 - **Reflexos:** Verificação dos reflexos tendinosos profundos (como reflexo patelar) para avaliar o funcionamento dos nervos periféricos.
 - **Sensibilidade:** Avaliação da sensibilidade tátil, térmica e dolorosa para verificar se há alterações sensoriais.
3. **Capacidade Funcional:**
 - Avaliação da capacidade de realizar atividades funcionais básicas, como sentar, ficar de pé, andar e manipular objetos.
 - Observação da respiração e da função cardiovascular, especialmente em casos graves de SGB que podem afetar a respiração diafragmática.
4. **Medidas Complementares:**
 - Em alguns casos, podem ser realizados exames complementares, como eletroneuromiografia (ENMG) para avaliar a condução nervosa e a atividade muscular.
5. **Planejamento do Tratamento:**
 - Com base na avaliação, o fisioterapeuta elaborará um plano de tratamento individualizado. Isso pode incluir exercícios específicos para fortalecimento muscular, alongamento, treino de equilíbrio e coordenação, técnicas para prevenir contraturas e orientações sobre adaptações para atividades da vida diária.
6. **Acompanhamento:**
 - A evolução do paciente será monitorada ao longo do tratamento, ajustando as intervenções de acordo com a resposta do paciente e o progresso clínico.
É importante destacar que a abordagem terapêutica deve ser adaptada às necessidades e capacidades individuais de cada paciente com SGB, podendo variar de acordo com a fase da doença e a gravidade dos sintomas. Além da intervenção fisioterapêutica, outros profissionais de saúde, como médicos neurologistas, podem estar envolvidos no manejo clínico abrangente da SGB.

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