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FARMACOTECNICA

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Farmacotécnica II
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Rosana Maria Zanoli
Revisão Textual:
� ais Tardivo Stringaci
Formas Farmacêuticas Sólidas de Liberação Modifi cada 
e Supositórios e Óvulos
Formas Farmacêuticas Sólidas de Liberação 
Modificada e Supositórios e Óvulos
 
• Desenvolver a habilidade técnica para a produção de diferentes formas farmacêuticas apli-
cáveis para manipulação.
OBJETIVO DE APRENDIZADO 
• Formas Farmacêuticas Sólidas de Liberação Modificada;
• Supositórios e Óvulos.
UNIDADE Formas Farmacêuticas Sólidas de Liberação 
Modificada e Supositórios e Óvulos
Formas Farmacêuticas Sólidas 
de Liberação Modificada
As formas farmacêuticas sólidas de liberação modificada são sistemas desenvolvidos 
para promover melhoria na distribuição do fármaco pelo organismo, mantendo o nível 
estável em sua concentração plasmática, fator que permite melhora na biodisponibilidade.
Liberação prolongada: É o tipo de liberação modificada de formas farmacêuticas que pos-
sibilita pelo menos uma redução na frequência de dose quando comparada com o medica-
mento apresentado na forma de liberação convencional. É obtida por meio de um desenho 
de formulação especial e/ou método de fabricação.
Liberação retardada: É o tipo de liberação modificada de formas farmacêuticas que apre-
senta uma liberação retardada do princípio ativo. A liberação retardada é obtida por meio 
de um desenho de formulação especial e/ou método de fabricação. As preparações gastror-
resistentes são consideradas formas de liberação retardada, pois são destinadas a resistir ao 
fluido gástrico e liberar o princípio ativo no fluido intestinal (BRASIL, 2019).
Para entender como esses sistemas influenciam na farmacocinética de um fármaco, 
suponhamos, por exemplo, um comprimido na forma farmacêutica convencional – libe-
ração imediata – de uso consagrado na clínica médica e de uso contínuo – para doenças 
crônicas –, portanto, possui seu perfil farmacocinético conhecido, que possua t ½ curto, 
sendo necessárias várias administrações ao dia (Figura 1), que prejudicam a adesão do 
paciente ao tratamento. Esse mesmo fármaco, ao ser veiculado em sistemas de liberação 
modificada, terão alterados:
• A velocidade de liberação do fármaco;
• A disponibilidade do fármaco no local de ação;
• O período de tempo em que o fármaco é liberado – duração da ação do fármaco.
Allen Jr., Popovich e Ansel (2013) descrevem as cápsulas de fenitoína sódica de 
liberação imediata, United States Pharmacopeia (USP), com velocidade de dissolução 
de não menos que 85% em 30 minutos, e a administração de 3 a 4 doses diárias e as 
de fenitoína sódica de liberação prolongada, USP, a qual possui velocidade de dissolução 
mais lenta, por exemplo, 15 a 35% em 30 minutos, permitindo a administração de um 
número menor de doses aos pacientes.
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Figura 1
Fonte: ALLEN JR. et al., 2013
Curvas hipotéticas de níveis plasmáticos de fármaco versus tempo para uma forma far-
macêutica solida convencional e uma de liberação controlada. Concentração mínima 
tóxica (CMT). Concentração mínima eficaz (CME) .
Ao observamos o gráfico ilustrado na Figura 1, observamos que o medicamento de 
liberação prolongada possui liberação imediata de determinada quantidade do fármaco, 
produzindo o efeito terapêutico. Após, ocorre a liberação gradual de quantidades adicio-
nais, mantendo níveis plasmáticos sustentados. 
Os sistemas de liberação modificada podem modular a liberação do fármaco que estão 
veiculando, podendo ser classificados em:
• Liberação retardada: A liberação do fármaco ocorre geralmente no intestino, 
em um tempo diferente daquele imediatamente após a administração. O atraso 
pode ser determinado pelo tempo ou pela influência das condições do meio, 
como o pH gastrintestinal;
• Liberação prolongada: A liberação do fármaco de modo controlado, para 
alcançar e manter os níveis sanguíneos terapêuticos ótimos, por um período 
de tempo mais prolongado após a administração (Figura 2), reduzindo, assim, 
a frequência de administração.
Figura 2
Fonte: ALLEN JR. et al., 2013
Curvas hipotéticas de níveis plasmáticos de fármaco versus tempo para uma forma 
farmacêutica solida convencional e um medicamento de diversas doses. Concentração 
mínima tóxica (CMT). Concentração mínima eficaz (CME) .
9
UNIDADE Formas Farmacêuticas Sólidas de Liberação 
Modificada e Supositórios e Óvulos
De acordo com Allen Jr., Popovich e Ansel (2013), muitos produtos de liberação retar-
dada são comprimidos ou cápsulas com revestimento entérico – desenvolvidos para passar 
intactos pelo estômago e liberar o fármaco no intestino. 
Você Sabia?
Abreviações de termos utilizados para o sistema de liberação prolongado devem ser 
examinadas com cautela ao pensar em intercambialidade, pois medicamentos desen-
volvidos por fabricantes diferentes podem possuir desempenho diferente.
Exemplos de siglas utilizadas:
• Liberação sustentada (SR);
• Ação sustentada (SA);
• Ação prolongada (PA);
• Liberação controlada (CR);
• Liberação prolongada (ER);
• Liberação determinada (TR);
• Ação longa (LA).
Veja a Orientação Técnica do CRF-RS a respeito de siglas utilizadas na descrição de medica-
mentos. Disponível em: https://bit.ly/3yRST0Q
Liberação Retardada
O revestimento entérico de cápsulas e comprimidos, segundo Allen Jr., Popovich 
e Ansel (2013), pode ter como adjuvantes os ácidos graxos, as ceras, a goma-laca e o 
acetoftalato de celulose, podendo ser:
• pH-dependente, desintegrado no meio menos ácido do intestino;
• tempo-dependente, sofre erosão pela umectação durante o trânsito gastrintestinal; 
• enzima-dependente, que é degradado como resultado da ação catalítica das 
enzimas intestinais.
Liberação Prolongada
A ação prolongada do fármaco é alcançada ao afetar a velocidade na qual ele é libe-
rado a partir da forma farmacêutica. Existem diferentes tecnologias utilizadas, baseadas 
nos seguintes fatores, apontados por Allen Jr., Popovich e Ansel (2013):
• Uso de revestimentos em cápsulas ou comprimidos: modificação da velocidade 
de dissolução do fármaco pelo controle do acesso dos fluidos biológicos.
Sistema baseado na tecnologia de microgrânulos ou pellets, com uso de revestimento 
de partículas ou grânulos que permitem uma dissolução controlada do fármaco.
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Podem ser utilizadas várias camadas diferentes de material lipídico em grânulos e 
pellets, formando diferentes espessuras, sendo liberados em tempo diferente, como:
» Cera de abelha;
» Cera de carnaúba;
» Monoestearato de glicerila.
• Forma farmacêutica: no controle da velocidade de difusão do fármaco.
Sistemas matriciais, geralmente utilizados em comprimidos, utilizam matrizes hidro-
fílicas (derivados da celulose), lipofílicas (ceras) ou plásticas (PVC, PEG). A liberação 
do fármaco se dá por erosão ou difusão.
A tecnologia de Sistemas Matriciais Hidrofílicos, que utiliza polímeros celulósicos 
hidrofílicos como HPMC (hidroxipropilmetilcelulose), é combinada ao fármaco em 
sistemas matriciais na forma de comprimidos, ocorrendo processos sucessivos de 
hidratação do polímero e formação de uma camada de gel sobre a superfície, ha-
vendo erosão do comprimido e liberação contínua do fármaco. O núcleo é pro-
tegido pela viscosidade do gel, reduzindo, dessa forma, a velocidade de difusão e 
liberação do fármaco;
• Na reação química ou interação física entre a substância ativa ou adjuvante e os 
fluidos biológicos em um sítio específico.
Na tecnologia de microencapsulação, a dose de um fármaco é subdividida em 
pequenas unidades distribuídas sobre uma grande área do trato gastrintestinal, po-
dendo aumentar a absorção pela redução de sua concentração em determinado local.
Supositórios e Óvulos
A Farmacopeia Brasileira (BRASIL, 2019) define supositório como a forma farma-
cêutica sólida de vários tamanhos e formatos adaptados para introdução no orifício retal, 
vaginal ou uretral do corpo humano, contendo um ou mais princípios ativos dissolvidos 
numa base adequada. Eles usualmente sefundem, derretem ou dissolvem na tempera-
tura do corpo.
O supositório pode agir como protetor ou paliativo dos tecidos locais ou como trans-
portador de substâncias terapêuticas para obtenção de uma ação sistêmica ou local.
Os supositórios que possuem a finalidade de exercer ação local são usados nos se-
guintes casos:
• Aliviar constipação ou dor;
• Irritação, prurido e inflamação associados a hemorroidas ou outras condições 
anorretais;
• Higiene feminina e infecções causadas por fungos e protozoários, por exemplo, óvulos.
Os supositórios anti-hemorroidais podem conter fármacos de diferente classificação 
terapêutica, conforme cita Allen Jr., Popovich e Ansel (2013), incluindo:
• Anestésicos locais;
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UNIDADE Formas Farmacêuticas Sólidas de Liberação 
Modificada e Supositórios e Óvulos
• Vasoconstritores;
• Analgésicos;
• Emolientes;
• Agentes protetores;
• Laxante (os supositórios de glicerina agem por meio da irritação local das mucosas, 
provavelmente por um efeito desidratante sobre elas);
• Antissépticos, antibióticos e antifúngicos, utilizados no combate à invasão de agen-
tes patogênicos no meio vaginal (óvulos).
A base do supositório exerce influência na liberação dos constituintes ativos devido 
aos seus fatores físico-químicos, como:
• A capacidade de se fundir, amolecer ou se dissolver na temperatura corporal;
• A capacidade de liberar a substância ativa;
• O caráter hidrofílico ou hidrofóbico.
Vejamos algumas bases para supositórios:
• Manteiga de cacau: Base oleosa que se funde à temperatura corporal, liberando o 
fármaco, sendo suave e não irritante aos tecidos sensíveis.
Thompson e Davidow (2015) descrevem sua composição como sendo uma mistura 
de triglicerídeos e de ácidos graxos insaturados e saturados, principalmente ácido 
esteárico, palmítico, oleico, láurico e linoleico.
Allen Jr., Popovich e Ansel (2013) mencionam que a manteiga de cacau conduz à 
liberação lenta de fármacos lipossolúveis, mesmo que dissolva rapidamente na tem-
peratura corporal, e isso se deve à sua imiscibilidade nos fluidos biológicos.
É sólida em temperatura ambiente, embora os supositórios preparados com man-
teiga de cacau devam ser armazenados em temperatura ambiente controlada – até 
25 ºC – ou no refrigerador.
Como desvantagem, não contém agentes emulsificantes, portanto, absorve baixa 
quantidade de água. Thompson e Davidow (2015) sugerem adição do agente tensoa-
tivo Tween 61, entre 5 e 10%, para aumentar as propriedades de absorção de água.
A estabilidade durante o armazenamento de supositórios preparados com essa base 
e adição de alguns pode ser baixa, portanto, como já vimos em outras unidades de 
Farmacotécnica, o pré-estudo da formulação deve ser realizado visando, inclusive, 
a estabilidade do produto.
A redução do seu ponto de fusão com a adição de alguns fármacos pode ser contor-
nada pela adição de 4 a 6% de cera branca ou 18 a 28% de cera de ésteres cetílicos, 
sendo necessários estudos e testes para determinar as concentrações adequadas 
para que o supositório possua uma temperatura de fusão adequada;
• Gelatina glicerinada: absorve a água e se dissolve liberando o fármaco. Thomp-
son e Davidow (2015) a descrevem com composição em 70 partes de glicerina, 20 
partes de gelatina e 10 partes de água.
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Pouco utilizada, pois o preparo é mais delicado, tem base com consistência elástica. 
Devido a essa característica, é adequada a administração vaginal (óvulo), não sendo 
consistente e firme o suficiente para uso retal.
Devido à natureza higroscópica da glicerina, os supositórios devem ser protegidos 
da umidade atmosférica para manter sua forma e consistência. Allen Jr., Popovich 
e Ansel (2013) acentua ainda que, devido à higroscopicidade da glicerina, o suposi-
tório pode exercer um efeito desidratante e irritar os tecidos após a inserção, sendo 
interessante umedecê-los com água antes de introduzi-lo na vagina.
Essas bases não se fundem, mas se dissolvem lentamente nas secreções das muco-
sas da vagina, sendo, por isso, úteis na liberação sustentada de agentes antimicro-
bianos locais, como ácido bórico.
São susceptíveis ao crescimento de bactérias e fungos, portanto, devem ser arma-
zenadas sob refrigeração e/ou conter um conservante (por exemplo, metilparabeno 
0,18%, propilparabeno 0,02%) (THOMPSON; DAVIDOW, 2015);
• Base de polietilenoglicol (PEG): de acordo com Thompson e Davidow (2015), é 
constituída por misturas de polímeros de polietilenoglicó is de várias massas mole-
culares, solúveis ou miscíveis em água, ou agentes surfactantes.
As bases de PEG não se fundem à temperatura corporal, mas se dissolvem nos 
fluidos corporais.
Vantagens:
» Supositórios facilmente preparados por fusão;
» Quando formulados com uma mistura apropriada de PEGs, e desde que haja se-
creções aquosas suficientes, dissolvem-se e liberam o fármaco, tanto hidrofílico 
como lipofílico;
» Não requerem temperaturas de armazenamento cuidadosamente monitoradas, pois 
seu ponto de fusão é facilmente controlado por misturas apropriadas dos polímeros;
» Utilizadas para via retal e vaginal.
Desvantagens:
» Causam irritação nos tecidos das cavidades corporais – menor adesão do paciente 
em comparação às bases preparadas com óleos e ceras;
» São incompatíveis com uma extensa lista de fármacos, especialmente os propensos 
à oxidação;
» Interagem com o poliestireno, o plástico frequentemente usado nos recipientes de 
dispensação do medicamento.
• Outros ácidos graxos: Como o estearato de sódio é composto pela saponificação do 
ácido esteárico – ácido graxo saturado, podendo ter origem animal e vegetal –, sendo 
um sal de sódio, é utilizado na farmacotécnica como agente emulsificante e espessante.
O supositório de glicerina (glicerol) é um laxante indicado no tratamento ou preven-
ção de prisão de ventre, composto por estearato de sódio.
Lembre-se que a glicerina é higroscópica, portanto, possui efeito laxante pela cap-
tura de água do intestino e por sua ação irritante na mucosa.
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UNIDADE Formas Farmacêuticas Sólidas de Liberação 
Modificada e Supositórios e Óvulos
O estearato de sódio é um detergente, sendo um agente solidificante e também 
contribuindo para a ação laxativa.
O armazenamento deve ser em recipientes fechados, de preferência em temperatu-
ras abaixo de 25º C, de acordo com Allen Jr., Popovich e Ansel (2013).
 
Figura 3 – Supositório Glicerinado 
Fonte: ANVISA 
Finalizando sobre a seleção de base, Allen Jr., Popovich e Ansel (2013) descrevem 
que, para a ação sistêmica de fármacos tendo como base a manteiga de cacau, a forma 
ionizada (sal) do fármaco é preferível para ser incorporada em relação à forma não ioni-
zada (base), a fim de maximizar sua biodisponibilidade.
Os fármacos não ionizados são liberados com mais facilidade a partir de bases mis-
cíveis em água, como a de gelatina glicerinada e polietilenoglicol (PEG), porém, essas 
bases se dissolvem mais lentamente, retardando a liberação do fármaco.
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Método de preparo
A preparação por moldagem é utilizada na farmácia de manipulação, envolvendo as 
seguintes etapas:
a) Fusão da base;
b) Incorporação de substâncias ativas;
c) Verter a base + fármaco no molde;
d) Resfriamento da base e solidifi cação do supositório; 
e) Remoção do supositório do molde.
Determinação de peso
O item 9.1, “Controle de Qualidade das Preparações Magistrais e Oficinais”, da RDC 
nº 67/2007 (BRASIL, 2007), determina que sejam realizados, no mínimo, os seguintes 
ensaios, de acordo com a Farmacopeia Brasileira (BRASIL, 20119) ou outro compêndio 
oficial reconhecido pela Anvisa, em todas as preparações magistrais e oficinais para 
preparações sólidas:
• Descrição;
• Aspecto;
• Caracteres organolépticos;
• Peso médio.
Os resultados dos ensaios devem ser registrados na ordem de manipulação, junto 
com as demais informações da preparação manipulada. O farmacêutico deve avaliar os 
resultados, aprovando ou não a preparação para dispensação.
Em “Métodos Gerais”, aplicadosàs formas farmacêuticas supositórios e óvulos, da 
Farmacopeia Brasileira (BRASIL, 2019), o método para determinação de peso é:
• Pesar, individualmente, 20 supositórios ou óvulos e determinar o peso médio;
• Pode-se tolerar, no máximo, duas unidades fora dos limites especificados, em rela-
ção ao peso médio, porém, nenhuma poderá estar acima ou abaixo do dobro das 
porcentagens indicadas.
Em Sintese
Ao selecionar uma base para supositórios e óvulos, devemos pensar nos seguintes fatores:
• O efeito do fármaco deverá ser local ou sistêmico?
• A via de administração será retal ou vaginal?
• Os componentes da formulação são compatíveis?
• Adesão do paciente à forma farmacêutica (conforto e efeitos irritantes).
A Anfarmag (2014) sugere as seguintes bases para supositório e óvulos:
• Massa para supositórios e óvulos com polietilenoglicóis (PEG):
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UNIDADE Formas Farmacêuticas Sólidas de Liberação 
Modificada e Supositórios e Óvulos
PEG 1500__________ 70%
PEG 4000__________ 10%
PEG 400___________ 20%
• Base de gelatina glicerinada – hidrófila (hidrossolúvel):
Gelatina + glicerina + água (para preparo de óvulos):
Gelatina___________ 20 g
Água destilada_______ 10 g
Glicerina__________ 69,9 g
Metilparabeno_______ 0,1 g
Propilparabeno_______ 0,030 g
Allen Jr., Popovich e Ansel (2013) sugerem a manteiga de cacau com base nas prescrições 
contendo progesterona pó micronizado entre 25-600 mg por óvulo, usados no trata-
mento de disfunção da fase lútea, síndrome pré-menstrual, spotting (sangramento leve) 
da fase lútea e na preparação do endométrio para implantação:
Progesterona__________ 25-600 mg
Manteiga de cacau_______ 100%
Critérios de avaliação da determinação de peso para formas farmacêuticas sólidas 
em dose unitária (independentemente do peso médio ± 5,0%).
Fatores para o uso da via retal e vaginal
• Uso local;
• Desconforto e/ou incapacidade para deglutir cápsulas e comprimidos;
• Incapacidade do paciente, por fatores relacionados à idade – crianças e idosos – ou 
condições do paciente, como em pós-operatório;
• Fármacos ácidos lábeis – sensíveis aos meios com baixo pH, como o meio gástrico;
• Reações adversas provocadas pelo fármaco no trato gastrointestinal;
• Efeito de primeira passagem menor, pois o metabolismo de primeira passagem 
é parcialmente evitado, devido ao aspecto de irrigação local, pois as veias retais, 
inferior e média drenam a parte inferior do reto, evitando a primeira passagem he-
pática. Entretanto, a veia cava superior, que drena a parte superior do reto, leva à 
circulação portal, portanto, cerca de 50% do fármaco é sujeita ao metabolismo de 
primeira passagem no fígado.
16
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Dissolução de Fármacos
https://youtu.be/Zm-WOA9oCYg
Manipulando Supositórios
https://youtu.be/eXD7O3DKFrw
 Leitura
Como inovar na manipulação de supositórios e óvulos
https://bit.ly/3BPKehG
Estudos de bioequivalência para formas de liberação modificada
https://bit.ly/3tnAacD
17
UNIDADE Formas Farmacêuticas Sólidas de Liberação 
Modificada e Supositórios e Óvulos
Referências
ALLEN JR., L. V.; POPOVICH, N. G.; ANSEL, H. C. Formas farmacêuticas e sis-
temas de liberação de fármacos. 9. ed. Porto Alegre; Artmed, 2013. Disponível em: 
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788565852852/pageid/1>. 
Acesso em: 28/10/2020. (e-book)
ANFARMAG. Quais excipientes usar na manipulação de óvulos e supositórios?. 
03/12/2014. Disponível em: <https://www.anfarmag.org.br/ler-comunicado/quais-
-excipientes-usar-na-manipulacao-de-ovulos-e-supositorios>. Acesso em: 04/02/2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário 
Nacional da Farmacopeia Brasileira. 2. ed. 2. rev. Brasília: Anvisa, 2012. Disponí-
vel em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/formulario-nacional/
arquivos/8065json-file-1>. Acesso em: 26/01/2021.
________. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de 
Diretoria Colegiada nº 67, de 8 de outubro de 2007. Dispõe sobre Boas Práticas de Ma-
nipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias. Diário 
Oficial da União, Brasília, DF, 9 out. 2007. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.
br/bvs/saudelegis/anvisa/2007/rdc0067_08_10_2007.html>. Acesso em: 26/01/2021.
________. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira. 6. ed. Brasília: 
Anvisa, 2019. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/
farmacopeia-brasileira/arquivos/7985json-file-1>. Acesso em: 09/02/2021. v. 1.
THOMPSON, J. E.; DAVIDOW, L. W. A Prática Farmacêutica na Manipulação de 
Medicamentos. Porto Alegre: Artmed, 2015. Disponível em: <https://integrada.minha-
biblioteca.com.br/reader/books/9788565852180/pageid/0>. Acesso em: 22/01/2021.
18

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