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Farmacologia - Formas farmacêuticas

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1 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Formas farmacêuticas – Aula 4 
Objetivos 
▪ Conhecer as principais F.farmacêuticas disponíveis; 
▪ Compreender as características físico-químicas de 
diferentes formas farmacêuticas; 
▪ Correlacionar as formas farmacêuticas com as 
diferenças de biodisponibilidade dos princípios 
ativos. 
 
• Medicamento disposto para seu uso imediato, e 
resultante da mistura de substâncias adequadas e 
convenientes para determinada finalidade 
terapêutica. 
• Constituído de substâncias ativas + substâncias que 
não têm atividade farmacológicas, mas são 
necessárias para determinado tipo de finalidade 
terapêutica. 
• É o estado final que as substâncias medicinais 
(substâncias com efeitos farmacológicos, princípios 
ativos) apresentam depois de submetidos a uma ou 
mais operações farmacêuticas executadas com a 
finalidade de facilitar a administração e visando um 
melhor efeito terapêutico. Ex: mistura, partição, 
solubilização, compactação, tamização → operações 
farmacêuticas (etapas pelos quais os fármacos 
precisam passar para dar origem a formulação). 
Ex. Comprimido de dipirona 500mg e 1g. A forma 
farmacêutica é a mesma (COMPRIMIDO), porém a 
apresentação é comprimido de 500mg e comp. de 1g. 
Obs: O termo ¨finalidade terapêutica¨ é sempre 
evidenciado na definição. O anestésico local é uma 
importante forma farmacêutica a ser dada como 
exemplo: solução, spray oral, pastilha, pomada, 
solução injetável. Diferentes formas farmacêuticas 
para a mesma classe → Otimização do tratamento – 
melhor efeito terapêutico. 
Ex. se eu desejo um efeito anestésico nas amígdalas 
por uma inflamação ... Se só existisse anestésico local 
na forma injetável, eu teria que aplicar uma injeção na 
região para provocar o bloqueio dos estímulos dolorosos. 
Na forma de pastilha ou spray, é possível ter essa 
anestesia de forma muito mais fácil para o paciente. 
Outro exemplo é o uso da pomada, onde não 
necessariamente precisa de uma administração 
subcutânea. É importante existir diferentes formas 
farmacêuticas de um mesmo ativo para o médio poder 
variar acerca do efeito terapêutico desejado. 
Nem sempre é possível ter formas farmacêuticas em 
solução, suspensão, pomada, creme, por 
incompatibilidades físicos-químicas. 
• Os princípios ativos (substância que vai exercer o 
efeito farmacológico) são administrados como parte 
de uma formulação, ao lado de uma ou mais 
substâncias (adjuvantes – coadjuvantes – atividade 
não farmacológica; veículo ou excipiente – 
fornecem volume à forma farmacêutica) que 
desempenha várias funções farmacêuticas. 
Os adjuvantes farmacêuticos têm por finalidade: 
solubilizar; suspender; espessar; diluir; emulsionar; 
estabilizar; preservar; colorir; melhorar o sabor da 
mistura final. Objetivo: Fornecer uma forma 
farmacêutica agradável e eficiente. Ex. proteger um 
comprimido do PH ácido estomacal. Eles não têm uma 
atividade farmacológica, mas tem uma atividade 
físico-química na formulação. 
Podem existir várias formas farmacêuticas em um 
único princípio ativo. 
Objetivos: 
▪ Facilitar a ingestão da substância ativa; 
▪ Facilitar a administração; 
▪ Garantir a precisão da dose; 
▪ Garantir a presença no local de ação; 
▪ Proteger a substância durante o percurso pelo 
organismo. 
Formas farmacêuticas 
 
2 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Formas farmacêuticas – Aula 4 
Componentes 
 
• Substância ativa: Base terapêutica + adjuvante 
terapêutica. Quando estamos falando de uma 
associação medicamentosa, ou seja, dois ativos em 
uma única formulação, nós temos um ativo que é a 
base terapêutica (efeito principal) e um adjuvante 
terapêutico. 
Ex. Comprimido de neozaldina (dipirona + cafeína + 
isometepteno). O efeito analgésico é provocado pela 
dipirona; a cafeína e o isometepteno são 
vasoconstrictores, auxiliando na dor de cabeça provada 
por vasodilatação. A base terapêutica da neuzadina é a 
dipirona; os adjuvantes terapêuticos são cafeína e 
isometepteno. 
• Adjuvantes técnicos – funções físico-químicas: 
Estabilizantes; edulcorantes; corantes. É 
diferente de adjuvante terapêutico. 
• Veículo ou Excipiente: Torna possível a forma 
farmacêutica. Dá volume a formulação. 
Ex. A forma líquida, na grande maioria das vezes, é a 
água. A forma sólida (ex. comprimido, cápsula), 
normalmente, é o talco (?). 
Substância ativa + Veículo ou excipiente + Adjuvantes 
técnicos → Forma farmacêutica. 
Tipos 
É a descrição quantitativa e qualitativa dos 
componentes que fazem parte da forma farmacêutica. 
Ex. 500mg de dipirona, 30mg de cafeína e 10 mg de 
isometepteno → misturados com 500mg de talco, 50 mg 
de silicato. 
• Fórmulas Oficinais: Fórmula e técnica se encontram 
inscritas e descritas na farmacopeia ou em 
formulários; Farmacopeia → livro das formulações 
(composição – o que cada um deles precisa ter + 
preparação – como fazer). Similar a um livro de 
receita. Cada país tem a sua farmacopeia. 
• Fórmulas Magistrais: Fórmula é da autoria do 
clínico, e que o farmacêutico prepara seguindo 
essas prescrições; Ex. xmg de cloroquina, ymg de 
dexametasona ... 
• Fórmulas Especializadas: Se encontram já 
preparadas e embaladas (especialidade 
farmacêutica), e que se apresentam sob um nome de 
fantasia, nome genérico ou sob uma denominação 
(comum ou científica) da substância ativa que entra 
na sua composição. Nem o paciente nem o clínico 
tem nenhum controle sobre. Tem relação com a 
indústria farmacêutica. 
Substância ativa: Representa o componente da 
formulação responsável pelas ações farmacológicas. No 
caso de haver mais de uma substância ativa, teremos 
uma associação medicamentosa (Um dos fármacos é a 
base terapêutica e o outro fármaco é o adjuvante). 
Base terapêutica: É a substância ativa com maior 
atividade farmacológica, que pela sua potência, quer 
pelo seu volume. 
Adjuvante (Coadjuvante) terapêutico: 
• Outra(s) substância (s) ativa (s) que complementam 
a ação das bases. 
• Têm por função auxiliar o efeito farmacológico do 
princípio ativo. 
Sinergismo: 
▪ Ação de uma droga na promoção ou no aumento da 
efetividade de uma outra droga. 
▪ Ex: cafeína + AINES: Capaz de aumentar em até 
40\% o efeito analgésico de substâncias associadas. 
❖ Capaz de aumentar em até 40% o efeito 
analgésico de substâncias associadas. 
• Ex 2: anestésico local + vasoconstrictor → lidocaína 
+ adrenalina → misturados em uma única solução 
injetável. Provocação de uma vasoconstrição e uma 
diminuição do tempo de absorção (diminui a chance 
de cair na corrente sanguínea e aumenta o efeito 
local). Obs. Quando utilizado em extremidades 
(ponta de dedo, nariz, orelha) não é muito 
recomendado. 
Adjuvante técnico 
• Substâncias que suas propriedades visam 
estabilizar, conservar, espessar o meio e 
favorecer a dissolução. 
 
3 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Formas farmacêuticas – Aula 4 
• Obter propriedade farmacotécnica da formulação. 
❖ Visa também corrigir o produto final em suas 
propriedades organolépticas: 
Ex. solução com sabor/odor muito ruim → é possível 
adicionar edulcorantes, aromatizantes e corantes. 
❖ Edulcorantes: Conferem sabor doce à preparação; 
❖ Aromatizantes e flavorizantes: conferem sabor 
agradável à percepção; 
❖ Corantes: conferem cor as formas farmacêuticas. 
Veículo ou excipiente 
Todo componente de uma formulação que serve para 
dissolver, suspender ou misturar-se homogeneamente 
com outros ingredientes para facilitar sua 
administração ou tornar possível sua confecção. 
• Veículo: Diz respeito a parte líquida da formulação 
na qual estão dissolvidos os demais componentes; 
• Excipientes: Ingrediente inerte, SÓLIDO, que 
misturado ao princípio ativo, servem para dar 
volume e peso ao medicamento. Não tem atividade 
físico-química e nem farmacológica. 
Formas farmacêuticas sólidas 
 
Comprimidos 
São as principais formas sólidasdisponíveis no mercado. 
Preferidas dos pacientes e da indústria. 
• Formas farmacêuticas sólidas contendo princípios 
ativos normalmente preparados com auxílio de 
adjuvantes farmacêuticos adequado (excipientes); 
• Formas farmacêuticas por compressão da mistura 
de pós, contendo fármaco, adjuvante e excipiente; 
• Os comprimidos podem variar em tamanho, forma, 
peso, dureza, espessura, características de 
desintegração e em outros aspectos, dependendo 
do uso a que se destinam e do método de 
fabricação; Algumas variações são puramente 
variações técnicas. 
Ex. Puran T4 - comprimido para reposição hormonal em 
pacientes com deficiência dos hormônios tireoidianos. 
Normalmente, a quantidade do ativo é muito pequena 
(5mg, 7,5mg, 10mg). Imagine o tamanho desse 
comprimido se ele tivesse apenas princípio ativo na sua 
mistura. 
Anos atrás, a quantidade máxima de dipirona possível em 
um comprimido era de 500mg (acima disso, nas condições 
de mistura, o comprimido ficava muito grande). De uns 
anos pra cá, a farmacotécnica (estudo das formulações) 
desenvolveu o método para que se tenha 1g de dipirona. 
Então, foi retirado o máximo de excipientes a serem 
utilizados, sendo possível a confecção de um comprimido 
com tamanho possível de ser consumido, com uma dureza 
interessante pra resistir ao transporte e com 
características de desintegração interessante. 
Ex. Comprimido do lote A → dureza baixa. Comprimido 
do lote B → dureza alta. O comprimido com dureza alta 
demora mais na liberação do princípio ativo. A dureza 
está relacionada com as características de 
desintegração. 
• A maioria dos comprimidos é administrada pela via 
oral, mas também existem alguns destinados à 
administração sublingual, bucal ou vaginal 
(substituídos pelos óvulos – formulações diferentes 
de comprimidos, semelhantes a supositórios, que se 
desintegram à temperatura corpórea). 
A maioria dos medicamentos está disponível sob a 
forma de comprimidos. 
VANTAG ENS 
• Elegância na apresentação, fácil uso, portáveis 
(aparência, forma, cor); MARKETING. 
• Podem apresentar vincos e gravações - logomarca; 
• Dosagem correta e alto grau de precisão; 
• Maior estabilidade em relação as outras formas; 
Lembrar que: Formas que possuem água são as 
menos estáveis, pois quanto maior a presença de 
água, maior a chance de proliferação de 
microrganismos. Os comprimidos são secos, sólidos, 
sem muita água. 
• Maior facilidade em administrar fármacos 
insolúveis em água, o que é impossível em solução. 
 
4 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Formas farmacêuticas – Aula 4 
• Menor sensação de sabores e odores 
desagradáveis, quando comparados com as formas 
líquidas. 
• Permitem utilizar revestimentos externos; 
• Permite o controle na liberação do fármaco; 
• Resistente a choques e abrasão. 
DESVANTAGENS 
• Menor absorção comparados as soluções ou 
suspensões (formas líquidas); 
• Podem provocar irritação na mucosa gástrica (o 
comprimido pode ficar aderido a mucosa gástrica e 
sofrer uma lesão direta através do ativo); 
• Favorece a formação de complexos com os 
alimentos. 
Ex. Coristina D → 3 camadas: Tira a dor, desentope e 
revigora. Cada camada tem um ativo. 
Tipos de comprimidos 
NÃO REVESTIDOS – PRIMEIRO A SER DESENVOL VIDO 
Possuem camada única, ou múltiplas 
camadas dispostas concentricamente 
ou paralelamente. Os primeiros 
resultam de uma única compressão e 
os segundos de compressões sucessivas efetuadas com 
partículas de diferentes composições; 
Por que fazer um crompimido de 3 camadas no lugar de 
colocar os 3 princípis ativos em 1 camada só? Marketing! 
Ex. Na coristina D, a mistura dos 3 ativos não torna 
possível a compactação deses pós em 1 única camada de 
comprimido. Imcompatibilidade físio química. Não é 
possével misturar os 3. É feito uma mistura, depois outra 
e depois outra, formando as 3 camadas. 
REVESTIDOS 
É produto de uma compactação de pós, que possui na sua 
última camada uma substância (resina, goma ...) 
São recobertos por uma ou mais 
camadas constituídas por misturas de 
substâncias diversas, como resinas 
naturais ou sintéticas, gomas, 
açucares, plastificantes, ceras, 
matérias corantes e, por vezes, aromatizantes. As 
substâncias utilizadas para o revestimento são 
geralmente aplicados sob a forma de solução ou de 
suspensão em condições que favoreçam a evaporação 
do veículo. 
▪ Revestimento gastro-solúvel: Dissolve /Solubiliza 
/Desintegra no estômago. Papel do revestimento 
puramente estético. 
▪ Revestimento gastro-resistente (ou entérico): 
Quando as moléculas de ácido entram em contato 
com o comprimido, ele permanece íntegro. O ativo 
não sofre o ataque nucleofílico – ácido. Desintegra 
no intestino. 
Quando o comprimido é revestido de açúcar, ele é 
chamado de ¨Drágea¨. 
DRÁGEAS 
Forma farmacêutica sólida cujo o núcleo é um 
comprimido que passou por um processo de 
revestimento com açúcar e corante (drageamento). 
COMPRIMIDOS DE L IBERAÇÃO CONTROLADA OU MODIFICADA 
• São formas farmacêuticas que não 
liberam imediatamente todo o 
fármaco, fazendo-o de forma 
gradual e continua em diferentes 
tempos e locais; Ex. pode 
acontecer do princípio ativo 
começar a ser liberado no estômago 
e, posteriormente, no intestino. 
Imagem: Compactação dos pós → comprimido normal. 
Revestimento polimérico, que permite a entrada de água, 
que solubiliza o ativo e sai carreando o ativo para fora 
do comprimido. É possível controlar a liberação do 
ativo sem que o comprimido desintegre totalmente. A 
camada de proteção polimérica engrossa, pois o núcleo 
foi diminuído e a camada continuou intacta. 
• São formulados para uma liberação lenta e 
gradual, controlando a velocidade de absorção 
durante um determinado período de tempo; 
• São preparados com adjuvantes especiais (ex. 
polímeros) ou por processos particulares, ou 
recorrendo a dois meios, simultaneamente, de modo 
a modificar a velocidade ou o local de liberação do 
ou dos princípios ativos. 
 
5 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Formas farmacêuticas – Aula 4 
LIB ERAÇÃO SUSTENTADA 
Manter constante a concentração plasmática do 
fármaco por um período, geralmente, de 8 a 12 horas, 
intervalo de tempo maior que a forma convencional. 
RETARDADA (REVESTIMENTO ENTÉRRICO) 
As formas de liberação retardada prolongam o período 
de latência, ou seja, o intervalo de tempo entre a 
administração e a detecção do fármaco na corrente 
sanguínea. Ex. Em vez de demora 1 hora para ter o início 
da ação, vai demorar 2 horas. 
1. Proteger a mucosa gástrica da ação irritante dos 
fármacos; 
2. Proteger o fármaco da destruição pelo suco 
gástrico; 
3. Proteger fármacos melhor absorvidos em regiões 
definidas do intestino. 
LIB ERAÇÃO REPETIDA 
Ocorre a liberação de uma dose 
individual logo após a sua 
administração, que se apresenta na camada mais 
externa do comprimido, e uma segunda ou terceira 
doses liberadas de 4 a 6 horas após a ingestão. 
PROLONGADA 
São disponibilizadas duas doses do fármaco, a primeira, 
chamada de dose inicial de liberação imediata, 
necessária para produzir o efeito farmacológico 
desejado sem causar danos ao organismo. A segunda, 
chamada dose de manutenção, é liberada de modo 
gradual, com a finalidade de prolongar a extensão da 
resposta farmacológica. 
Gráfico: Concentração 
plasmática X Tempo: Um 
fármaco de liberação 
repetida (laranja) atua nas 
primeiras horas e depois de 4 a 6 horas. Um fármaco de 
liberação prolongada (verde) tem o primeiro pico normal 
e depois a liberação vai acontecendo de forma 
prolongada e gradual. 
 
TAMPONADO – MAIS INCOMUM DE TODOS 
Comprimido revestido por uma película protetora de 
hidróxido de alumínio ou hidróxido de magnésio 
(bases). Reagem com o H+ do estômago e diminuem a 
agressão do suco gástrico ao ativo. 
EFERVESCENTES 
Comprimidos não revestidos em cuja composição existegeralmente um ácido e um carbonato ou bicarbonato 
capaz de reagir rapidamente em presença de água 
libertando gás carbônico. Destina-se a ser dissolvido ou 
disperso em água antes da administração. 
Ex. Vitamina C 
MASTIG ÁVEL, SUBLINGU AL, ORODISPERSÍVEL 
Desintegram suavemente na boca com ou sem 
mastigação, sendo preparados por granulação úmida e 
compressão, utilizando-se graus mínimos de dureza. 
São altamente higroscópicos (afinidade muito grande 
por água). 
CÁPSULAS 
• Constituídas por um invólucro duro ou mole, de 
forma e capacidade variáveis, que contêm uma 
quantidade de princípio ativo que normalmente se 
usa de uma só vez. 
• Geralmente o invólucro é feito de gelatina (cápsula 
dura) ou de gelatina adicionada de emolientes como 
glicerina e sorbitol (cápsula mole ou elástica). 
• Normalmente dentro da cápsula, podemos ter o 
líquido ou o pó (sem processo de crompressão). 
VANTAG ENS 
▪ Administração de substâncias nauseosas; 
▪ Liberam rapidamente os princípios ativos depois da 
ingestão; 
▪ Mais fácil deglutição do que os comprimidos, pois 
possuem um invólucro gelatinoso. A gelatina em 
contato com o líquido (ex. saliva) rapidamente torna-
se escorregadia. 
DESVANTAGENS 
▪ Fácil abertura; 
 
6 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Formas farmacêuticas – Aula 4 
▪ Possibilidade de aderência no esôfago. 
Assim como a gelatina, uma vez umidificada, fica 
escorregadia, em um segundo momento, torna-se 
grudenta. Ex. se administrar uma cápsula apenas com a 
saliva, a chance de ficar aderida ao esôfago é muito 
grande. Se a cápsula abrir, pode levar a uma esofagite, 
exacerbação dos sintomas de refluxo... 
Gráfica: Concentração plasmática X 
Tempo: O vermelho (cápsula) apresenta 
uma concentração maior do que o verde e 
uma liberação mais rápida. O princípio 
ativo da cápsula vai estar em pó, que uma vez aberta, 
o ativo já está todo em pó, sendo mais fácil a absorção 
quando comparado com o comprimido (necessita da 
desintegração, que acontece aos poucos, tornando a 
liberação do ativo mais lenta). 
Tipos de cápsulas 
CÁPSULAS DU RAS – MAIS COMUNS 
• São constituídas por duas partes 
cilíndricas, arredondadas nos 
extremos, apresentando diâmetros 
e comprimentos diferentes; 
• Tem uma porção maior e uma menor 
(só a capa). 
• As cápsulas gelatinosas são consideradas, uma das 
melhores formas para acondicionar substância 
medicamentosas. 
❖ Protegem contra a ação da luz, do ar e da 
umidade; 
❖ Facilmente administradas; 
❖ Possibilitam em alguns casos a associação de 
substâncias normalmente incompatíveis; Por eu ter 
dois pós, eu não preciso que esses pós juntos 
formem o comprimido, o que às vezes é incompatível 
físico-quimicamente. 
❖ Impedem que se notam o sabor e o odor 
desagradável dos fármacos; 
❖ Sua apresentação é atraente. 
Obs: É comum a empatia do paciente com a cápsula que 
ele está tomando, tanto que quando muda de cor, muitas 
vezes, eles não tomam por acharem que está errado. 
 
CÁPSULAS MOLES 
• O invólucro (único) é mais espesso que o das 
cápsulas duras. É constituído por uma só parte que 
pode apresentar variadas formas. 
❖ Pode ser incluído no invólucro, uma substância ativa; 
❖ Líquidos podem ser incluídos diretamente, sólidos 
são normalmente dissolvidos ou dispersos em 
veículos apropriados. 
❖ Não tem a desvantagem de poder ser aberta 
facilmente. 
Gráfico: Levar em conta que os 
invólucros vão se dissolver ao mesmo 
tempo. Uma vez que os invólucros se 
dissolubilizaram, a forma física do 
princípio ativo na cápsula dura é o pó e a forma física 
do princípio ativo na cápsula mole é o líquido. Dessa 
forma, a cápsula mole (líquida) vai ser solubilizada mais 
rápido. 
Vermelho (cápsula mole) X Azul (cápsula dura). 
Supositórios 
• São formas farmacêuticas 
destinadas à inserção em 
orifícios corporais nos quais, 
amolecem, se dissolvem e exercem efeitos 
sistêmicos ou localizados; 
• O ideal é manter o supositório em refrigeração e 
retirar quando for fazer uso. 
• São preparações farmacêuticas sólidas com formato 
adequado para introdução no reto, devendo fundir 
à temperatura do organismo ou dispersar em meio 
aquoso; 
• A via de administração é retal. 
Usos: 
• Efeito local: Anti-hemorroidas, lexativos, 
anestésicos, anti-inflamatórios; 
• Efeito sistêmico: Anti-reumáticos; antiasmáticos; 
expectorantes; antieméticos; antigripais. 
Há diversos princípios ativos que são melhor 
absorvidos por via retal do que por via oral: Sais de 
cálcio, vitamina D, meticilina. 
Óvulos 
• São preparações de forma ovóide com consistência 
sólida, destinadas à serem introduzidos na vagina, 
 
7 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Formas farmacêuticas – Aula 4 
devendo dispersar ou fundir à temperatura do 
organismo; 
• São obtidos por incorporação de 
princípios medicamentosos em 
excipientes hidrodispersíveis, como a 
glicerina gelatinada, e menos vezes em lipofílicos; 
 
❖ Usos: 
▪ Efeito local 
➢ Fármacos adstringentes e anti-infecciosos, 
anti-fúngicos. 
❖ Desvantagens: 
▪ Pode ocorrer irritação na mucosa vaginal; 
▪ Pode ocorrer absorção de substâncias que 
deveriam agir apenas no local de aplicação e 
ao mesmo tempo passa a agir 
sistematicamente. 
A especialidade médica que mais utiliza óvulos é a 
ginecologia! 
Formas farmacêuticas semissólidas 
Pomadas 
• São preparações de consistência semissólida, de 
aspecto homogêneo, destinadas a serem aplicadas 
na pele ou em certas mucosas, com a finalidade de 
exercerem uma ação local ou de promoverem a 
penetração percutânea dos princípios 
medicamentosos; Ex. anti-inflamatório em forma de 
pomada para tratar uma torção ligamentar – aplica 
na pele e o efeito é no ligamento. 
• Tem ação emoliente ou protetora; 
• As pomadas mantêm-se fixas no local de aplicação, 
devido a sua adesividade, são agentes hidratantes 
muito eficazes e possibilitam a máxima ação 
terapêutica do fármaco incorporado, se adaptam 
as cavidades mucosas e a superfície da pele; 
• As pomadas obstruem poros originando a diminuição 
da transpiração, favorecendo os edemas. 
É contraindicada em lesões agudas (Ex. queimaduras, 
feridas abertas) porque determinam uma oclusão da 
pele e acabam diminuindo as trocas gasosas cutâneas, 
acentuando o processo inflamatório. 
 
 
Cremes 
• São emulsões contendo substância medicamentosa, 
dissolvida ou suspensa na fase aquosa ou oleosa. A 
maioria dos cremes são emulsões de óleo em água, 
embora se preparem numerosos cremes de água em 
óleo. 
• Na preparação de um creme (água/óleo ou 
óleo/água) a escolha do emulgente é extremamente 
importante, pois o equilíbrio hidrófilo-lipófilo (EHL) 
é uma propriedade aditiva, podendo eleger dois ou 
mais emulsivos de sinal contrário, desde que a 
mistura proporcione o EHL adequado. 
• Não há separação das fases!!! 
 
Emulsão é uma mistura de duas fases da substância. 
• Os cremes óleo/água de emulgente de ânion ativo, 
apresentam geralmente elevado poder de 
penetração na pele; tem propriedades umectantes 
que lhe permitem atravessar a barreia lipídica 
cutânea que emulsionam. Já os emulgentes 
tensoativos não iônicos possuem uma penetração 
mais difícil e fraco poder umectante. 
• Os cremes óleo/água são de fácil remoção da pele 
e da roupa por simples lavagem. 
• Os cremes água/óleo são menos penetrantes, 
possuem ação endodérmica ou epidérmica usados 
como protetores cutâneos (Ex. protetor solar, 
antissépticos, parasiticidas), e com o seu alto teor 
de água não são desidratantes e espalham-se 
facilmente na pele, não são bem tolerados pela 
epiderme, são emolientes, muito utilizados como 
veículos para fármacos antissépticos e 
parasiticidas. 
Os cremes sempre são emulsões!!! A principal 
diferença pra se formar as duas é o volume (o quanto 
eu tenho de água em óleo ou o quanto eu tenho de óleo 
em água). 
 
8 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia– Formas farmacêuticas – Aula 4 
No óleo em água, eu tenho a minha substância ativa 
localizada na porção oleosa (fármaco lipossolúvel. Na 
água em óleo, a minha substância ativa está na porção 
aquosa. 
Formas farmacêuticas líquidas 
Soluções X Suspensões: Suspensão é uma mistura de 
substâncias em que uma dela não se solubiliza – então 
eu tenho o meio líquido e o meio sólido. Na solução, as 
substâncias conversam quimicamente entre si e ocorre 
a solubilização (alteração do estado físico do sólido 
para o líquido). Diluição é alteração da razão da 
quantidade entre as moléculas. 
Soluções 
• São misturas homogêneas de duas ou 
mais substâncias (soluto + solvente), 
resultando em um produto final com 
uma única fase, de aspecto límpido. 
Quando o aspecto não tá limpo, eu tenho materiais 
que não foram solubilizados. 
❖ Solvente → Maior quantidade 
❖ Soluto → Menor quantidade 
• Contém uma ou mais substâncias ativas dissolvidas 
em água ou em um sistema água-co-solvente. 
Podem conter adjuvantes farmacotécnicos para 
prover maior estabilidade (antioxidantes, 
conservantes) e ou palatabilidade (edulcorantes, 
flavorizantes). 
VANTAG ENS 
▪ Rapidez de absorção no trato gastrointestinal (em 
relação às cápsulas e comprimidos); 
Facilidade de deglutição (adequado para idosos e 
crianças); 
▪ Homogeneidade na dose (melhor que suspensão, 
independe de agitação); 
▪ Flexibilidade de doses. 
DESVANTAGEM 
▪ Dificuldade de acondicionamento e transporte; 
▪ Apresentam menor estabilidade físico-química e 
microbiológica, do que as formas sólidas; 
▪ A solubilização realça o sabor do fármaco, para 
princípios ativos com sabor desagradável; 
▪ Difícil acesso ao sistema de medida de volume 
uniforme. 
Suspensões 
• Forma farmacêutica líquida que contém partículas 
sólidas dispersas em um veículo líquido, na qual as 
partículas não são solúveis; 
• As suspensões são muito utilizadas via oral e 
também suspensões para administração parenteral; 
O processo de produção microbiológico é 
completamente diferente entre ativos de 
administração parenteral e oral. 
• Apresentam-se geralmente prontas para o uso; Ex 
– alguns medicamentos são fornecidos em pós e o 
paciente acrescenta o líquido. 
• Aumenta ou prolonga a ação de medicamentos em 
comparação com as soluções; 
• Além das suspensões líquidas prontas, existem 
granulados ou pós, apresentados em sachês, 
possibilitando a obtenção fácil da suspensão. 
AGITE ANTES DE USAR! – Se o indivíduo não agitar, 
ele vai fazer o uso de drogas não homogêneas. 
Solução (azul) – ativo já na forma 
líquida → absorção mais rápida. 
Suspensão (vermelho) – ação por 
mais tempo. 
VANTAG ENS 
▪ Melhoram a estabilidade de fármacos instáveis na 
forma de solução, mas estáveis na forma de 
suspensão (sal solúvel X forma livre) partículas 
insolúveis: menor contato do fármaco com 
solvente) (antibióticos) 
Ex. 5g Cefalexina em pó. É pedido ao usuário pra 
adicionar 100ml de água para ter uma concentração 
final do ativo de 250 mg/5ml. Se o usuário adicionar 
50 ml de água, quando ele tomar 5 ml do medicamento, 
ele vai consumir 500mg de cefalexina (mais 
concentrado). Se o recomendado for 5 ml de 6/6horas, 
o adequado seria 250mg que está contido em 5 ml. A 
definição de ¨mais concentrado¨ é mais matéria em 
uma mesma quantidade de água. 
Ex. ENO é oferecido em sachê! Neste caso, a quantidade 
de água não vai interferir em nada. Se você solubilizar o 
 
9 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Formas farmacêuticas – Aula 4 
eno em 50ml de água ou em 2l, você vai consumir a mesma 
quantidade de matéria. 
Toda matéria que consegue ser solubilizada em um 
veículo (água – principal), chega um ponto que esse soluto 
atinge um ponto de solubilização, onde não é possível 
solubilizar mais. Para ativos que eu necessite de uma alta 
concentração de água, é mais fácil assumir que eu não 
vou conseguir uma solubilidade na forma de solução e 
transformá-la logo em uma suspensão. 
• Mascara sabor e odor desagradável; 
▪ Partículas insolúveis; 
▪ Exemplo: cloranfenicol solução é amargo; palmitato 
de cloranfenicol suspensão é insípido. 
▪ Forma farmacêutica líquida de fácil deglutição e 
indicada para crianças e idosos que têm dificuldade 
de deglutir cápsulas e comprimidos; 
▪ Permite a administração de altas doses do 
fármaco. 
Ex. Solução de um fármaco A 10mg/10ml. Acima disso, 
ele fica instável físico-quimicamente, não ficando em 
forma de solução. Se eu preciso que o indivíduo consuma 
1.000mg significa que ele vai precisar tomar 100ml, ou 
seja, um frasco inteiro, o que é inviável. Em suspensão, 
como eu não preciso solubilizar o ativo, eu posso fazer 
uma suspensão de 250mg/ml e, ao necessitar de 1.000 
mg, ele vai precisar tomar 4ml. 
▪ Permite ajuste de dose pelo volume a ser 
administrado, assim como a solução (relação dose X 
peso corporal). É interessante para crianças. 
▪ Possibilidade de injeções intramusculares para 
liberação lenta e ação prolongada, onde o veículo 
da suspensão vai interagir com o meio intramuscular: 
Metiprednisolona suspensão injetável – ação por 14 
dias 
▪ Possibilidade de adição de edulcorantes, 
flavorizantes e corantes que melhoram a 
palatabilidade e os aspectos visuais das 
suspensões. 
Na solução, o ativo está na forma líquida. Na suspensão, 
o ativo está na forma sólido, mascarando melhor o sabor. 
DESVANTAGENS 
• Sistema instável: Partículas sofrem sedimentação 
(força da gravidade), exigindo agitação para 
uniformização das partículas antes do uso. 
Sacaróleos líquidos – xarope 
• Preparações farmacêuticas aquosas e 
límpidas que contêm um açúcar, como a 
sacarose em concentrações próximas 
da saturação (- 85%), formando uma 
solução hipertônica. Ex. Em cada 100ml 
de xarope, eu tenho aproximadamente 
85g de açucares. 
• O xarope é um tipo de solução, porém 
é uma solução supersaturada (hipertônica) de 
açúcar. 
• Forma farmacêutica líquida resultante da mistura 
de água e açúcar, podendo conter também 
flavorizantes/aromatizantes (morango, framboesa). 
• Preparação aquosa contendo açucares que lhe dá uma 
consistência própria, assegura a sua conservação e 
mascara as características organolépticas 
desagradáveis de eventuais princípios ativos nelas 
contido. 
VANTAG ENS 
• Possibilidade de correção de sabor (efeito 
edulcorantes); 
• Boa conservação (formulação auto-preservante). 
• Em solução supersaturada de açúcar, o crescimento 
microbiológico é, por si só, reduzido. 
DESVANTAGENS 
• Restrição de uso em diabéticos. 
Antigamente, era uma forma primitiva de se preservar o 
medicamento.

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