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Conteudista: Prof. Me. Júlio Jorge Costa Revisão Textual: Esp. Jéssica Dante Objetivo da Unidade: Abordar os diferentes tipos de lentes, suas variações e funções. Material Teórico Material Complementar Referências Lentes Introdução 1 / 3 Material Teórico Importante Uma das classificações mais utilizadas em lentes é em função da quantidade de focos que elas possuem: lentes monofocais: são lentes responsáveis pela correção de apenas uma ametropia, pois possuem apenas um foco; lentes bifocais: possuem dois focos, utilizadas para a correção de duas distâncias de visão; lentes trifocais: confeccionadas com três focos distintos, têm por objetivo corrigir três campos visuais; lentes progressivas: como o próprio nome diz, possuem focos progressivos, destinados à correção de várias distâncias de visão. Lentes Monofocais As lentes monofocais são destinadas a corrigir uma única distância para o campo visual, ou seja, para longe, para perto ou intermediário, podendo, ainda, serem esféricas ou asféricas. Essas lentes também são conhecidas como lentes de visão simples. E para a correção do astigmatismo podemos usar essas mesmas lentes monofocais, mas tóricas, onde temos diferença entre as forças dióptricas nos seus meridianos principais. Lentes Bifocais As lentes bifocais se caracterizam por possuírem duas forças dióptricas distintas na mesma lente, ou seja, corrigem dois campos de visão. Antigamente, eram utilizadas apenas para as pessoas com problemas de presbiopia (vista cansada), uma vez que essas pessoas tinham que carregar dois pares de óculos – com correção para perto e para longe. Aproximadamente, no ano de 1784, Benjamin Franklin, um inventor e estadista norte- americano, decidiu pegar as lentes de dois óculos, sendo um com correção para perto e outro com correção para longe e cortá-las ao meio. Ele colou as duas peças e as introduziu em uma armação, produzindo um óculos com duas correções, que recebeu o nome de bifocal. A linha que atravessava toda a extensão da lente separava as correções dióptricas. Os bifocais Franklin ficaram conhecidos mais tarde como Executive. Com a evolução da tecnologia e dos processos de fundição, já no século XIX, começaram a aparecer lentes com bifocais com segmentos de correção para perto, fundidos na própria lente. A diferença principal das lentes bifocais para as lentes monofocais é a presença de uma linha invisível entre os focos ou forças dióptricas para corrigir duas diferentes distâncias de visão para as quais a lente é utilizada. O grande problema ao utilizarmos esse tipo de lente é o incômodo gerado, justamente, por essa linha invisível, que evidencia uma transição brusca entre os campos de visão. Essas lentes surgiram, inicialmente, com a intenção de evitar a constante troca de óculos ao mudarmos a distância de observação. Isso acarretava a utilização de duas armações, uma para cada distância em específico, característica fundamental de “vista cansada”. Alguns tipos de lentes bifocais ainda são muito utilizados no mercado: Bifocal Ultex A lente bifocal Ultex apresenta, entre todas as lentes bifocais, o maior “salto de imagem”. Podemos entender o salto de imagem como sendo a diferença entre as imagens geradas por cada uma das duas áreas de correção dióptrica da lente. Isso acontece com maior amplitude na lente Ultex por apresentar a maior distância entre os centros ópticos de longe e de perto, em função de sua base prismática. A lente Ultex possui base prismática inferior, utilizada para corrigir os campos visuais de longe e de perto. Esse tipo de lente é usado somente para dioptrias esféricas positivas para longe, que sejam maiores que a adição. Como exemplo, podemos utilizá-lo na receita de uma lente de 3,50 di, com uma adição de 2,25 di. Figura 1 – Lente bifocal Ultex Fonte: Reprodução #ParaTodosVerem. A representação de uma lente, por meio da ilustração de um círculo, com seu diâmetro demarcado pelo valor de 71 mm. No centro exato do círculo há uma cruz e, logo abaixo desta marcação, à uma distância delimitada pelo valor de 3 mm, fica a parte superior de um semicírculo, inserido neste círculo e, limitado inferiormente, pela borda do círculo maior. Esse semicírculo possui diâmetro especificado em seu interior com o valor de 48 mm e abaixo desta inscrição a palavra Ultex. Fim da descrição. Bifocal Flat Top, Topo reto, Biovis, Panoptik. O bifocal Flat Top, como o próprio nome diz, é um bifocal onde a película de visão para perto apresenta um desenho com o topo reto. É uma lente indicada para míopes, ou seja, dioptrias negativas, mas com o grau de longe menor que a adição para perto. Esse tipo de bifocal apresenta base prismática superior, ou seja, o centro óptico da lente é deslocado para cima de seu ponto focal, causando menor salto das imagens. Como exemplo, podemos citar uma lente de 1,50 di, com uma adição de 2,50 di. Figura 2 – Lente bifocal Flat Top Fonte: Reprodução #ParaTodosVerem. A representação de uma lente, por meio da ilustração de um círculo, com duas linhas centrais pontilhadas, uma horizontal e outra vertical, onde se encontram no centro do círculo. Uma, também horizontal, paralela a essa, e 5 mm abaixo, temos um semicírculo, onde seu topo está cortado paralelamente a linha central e de altura 19 mm até sua base inferior. O centro deste semicírculo também está deslocado para a esquerda, a partir da linha central vertical, com uma distância de 5 mm e seu diâmetro horizontal é de 28 mm, definido por duas retas verticais, na parte de fora do desenho. Fim da descrição. Bifocal Kriptok Esteticamente, o bifocal Kriptok apresenta uma vantagem, que é a película redonda. Um outro ponto importante a ser frisado é a sua versatilidade em poder ser usada para dioptrias negativas e positivas. O bifocal Kriptok apresenta base prismática central e é indicado para os casos em que o grau de longe é igual à adição para perto. Como exemplo, podemos citar uma lente de + 2,00 di com adição de 2,00 di. Figura 3 – Lente bifocal Kriptok Fonte: Reprodução #ParaTodosVerem. A representação de uma lente, por meio da ilustração de um círculo, com um ponto central. Exatamente abaixo desse ponto e a uma distância de 5 mm, temos a borda superior de um outro círculo menor, que está totalmente inserido neste. Na mesma linha vertical aparece um outro ponto, representando o centro desse círculo menor, a uma distância de 14 mm (raio). E fora desses dois temos a representação do diâmetro do círculo menor, que é de 28 mm. Fim da descrição. Bifocal Executive O bifocal Executive, como foi dito no início, é o precursor das lentes bifocais, ou seja, o mais antigo. Sua principal característica é a linha divisória entre as correções, que se estende por toda a extensão da lente. Esse tipo de bifocal apresenta base prismática superior e é indicado para os casos em que o grau positivo de longe é maior que a adição. São inúmeras as utilizações do bifocal Franklin. Ele é indicado e recomendado para: Pessoas que necessitam de um maior campo de visão, como é o caso de arquitetos, por exemplo; Receitas que apresentam altas dioptrias; Oftalmopediatria, principalmente, em casos de estrabismos em crianças; Pacientes que passaram por cirurgia de catarata, fazendo a vez do cristalino, como lente de correção; Crianças com catarata congênita, por não poderem utilizar lentes intraoculares, pois estão em processo de desenvolvimento; Pessoas que retiraram o cristalino, e assim a lente, com proteção UV, irá funcionar como filtro protetor da retina. Figura 4 – Lente bifocal Executive Fonte: Tudo sobre a visão #ParaTodosVerem. Ilustração da metade esquerda de uma armação de óculos, na cor prata, onde a lente está dividida, na proporção de 3/5 e 2/5, por uma linha branca horizontal. Na parte superior, onde temos 3/5 da lente, a coloração é azul e há a indicação “Longe”, fazendo referência a correção dióptrica para longe. E na parte inferior, menor, e preenchida com a cor verde, há a indicação “Perto”, fazendo referência a correção dióptrica para distâncias próximas. Fim da descrição. Lentes Multifocais Nos dias atuais, temos inúmeras tecnologias aplicadas à área de recuperação visual, em termos de lentes oftálmicas. O mercado apresenta variados tipos de lentes, que estão associadas às mais diferentes recomendações e necessidades das pessoas. Um ponto importante a ser discutido é a diferença entre lentes multifocais e lentes progressivas (que veremos mais adiante). Ambas têm o propósito de abranger a correção dos três focos de visão: perto, intermediário e longe. Ao avaliarmos, literalmente, o significado de cada uma delas, iremos nos deparar com as suas diferenças. Começando pela lente multifocal, como o próprio nome já diz, que possui mais de um foco. Assim sendo, as lentes bifocais, trifocais e, até mesmo, as lentes progressivas são lentes multifocais, por possuírem mais de um foco (monofocal) de visão. Já, por outro lado, as lentes progressivas, como o próprio nome também diz, são todas as lentes que apresentam curvatura progressiva, em termos de evolução da dioptria, sem “degraus dióptricos”. Chamamos de degraus, as diferenças entre as áreas onde as lentes apresentam diferentes forças dióptricas, como se fosse uma lente colada na outra. Por exemplo, uma lente trifocal apresenta três focos distintos em uma mesma lente, mas com degraus, visíveis não só na estética da lente como nas imagens recebidas pelo usuário, em função das três “lentes” juntas. As lentes trifocais são as mais utilizadas e conhecidas quando se trata de lentes multifocais. Elas são recomendadas para as pessoas que necessitam da visão intermediária seguidamente e com maior amplitude. Normalmente indicadas para pacientes com presbiopia, ou seja, a ametropia popularmente conhecida como “vista cansada”. Figura 5 – Lente trifocal Fonte: Reprodução #ParaTodosVerem. A representação de uma lente, por meio da ilustração de um círculo. Um pouco abaixo da linha horizontal central do círculo temos um retângulo de bordas arredondadas, cujas bordas acompanham a curvatura de um semicírculo acoplado logo abaixo dele. Ambos estão localizados um pouco para a direita do eixo vertical central do círculo e dentro dele. A altura do retângulo está determinada na figura como sendo de 7 mm. E a altura total, da borda superior do retângulo até a base do semicírculo é de 23 mm. Há ainda, na figura, a representação da largura do semicírculo, que é de 28 mm. Fim da descrição. Lentes Progressivas A evolução das lentes foi naturalmente progredindo até o surgimento das lentes progressivas. Vimos que era primordial corrigir diferentes erros refrativos em uma mesma lente. O que originou inúmeras criações: bifocais, trifocais etc. Mas como a presbiopia (vista cansada) exigia a correção para várias distâncias, a ideia de se ter em uma mesma lente a correção para múltiplas distâncias se tornou uma busca constante. Com o desenvolvimento da tecnologia de surfaçagem das lentes, permitiu-se a utilização de múltiplos focos em uma mesma lente. As lentes progressivas começaram a ser produzidas, com qualidade óptica, na década de 1950, por Bernard Maitenaz, engenheiro óptico francês. Sua invenção consistia em uma lente multifocal progressiva com um meridiano principal ao longo de parte da curvatura da lente, variando tal curvatura continuamente. A lente possui, a partir de seu centro óptico, determinada dioptria inicial (visão para longe) e seguindo pelo meridiano principal, sua curvatura vai variando conforme aumenta seu poder dióptrico. Essa evolução é contínua e gradativa até atingir a dioptria necessária à correção para a visão para perto. Em relação ao plano vertical, ao mesmo tempo que a dioptria aumenta, o meridiano principal é esfericamente deslocado em direção ao nariz, na parte inferior da lente, respeitando a convergência de cada olho. Figura 6 – Lente multifocal – Marcações Fonte: Reprodução #ParaTodosVerem. A representação de uma lente, por meio da ilustração de um círculo. No seu centro temos uma linha horizontal pontilhada (descrita como linha de montagem), que é cortada por outra vertical e perpendicular à essa, exatamente onde é o centro do círculo (descrito como o centro óptico – onde se mede o prisma da lente). Acima desse centro temos uma cruz de marcação que é descrita como a posição do centro da pupila do usuário. E, ainda, acima desta cruz temos um círculo (descrito como dioptria de longe), um pouco maior que a cruz, que não se fecha por estar muito próximo da mesma. Se dividirmos a linha horizontal ao meio, a partir de seu centro, podemos dividir ainda cada metade em três partes. E de cada lado, nos pontos localizados na divisão dos últimos terços temos duas marcações. Do lado esquerdo (descrito como lado nasal) temos a marcação do fabricante da lente, e do lado direito (descrito como lado temporal) está marcado o valor da adição da lente. Acompanhando a linha central vertical, na parte inferior, em um ponto próximo à metade da distância até a borda inferior do círculo, temos outro pequeno círculo, colado a essa reta, que representa a dioptria de perto, conforme está descrito na figura. Fim da descrição. O desenho de uma lente progressiva consiste na variação da dioptria ao longo do meridiano principal. O problema é que, ao alterarmos progressivamente a curvatura da lente, essa mesma alteração da dioptria provoca, nas bordas da lente, um fenômeno chamado astigmatismo induzido. São popularmente conhecidos como aberrações laterais (zona de distorção ou zona de astigmatismo marginal). Figura 7 – Lente multifocal – Aberrações/astigmatismo marginal Fonte: Reprodução #ParaTodosVerem. A representação de uma lente, por meio da ilustração de um círculo. No seu centro temos uma linha horizontal pontilhada, onde há três pequenos círculos bem pequenos. O menor deles localizado bem no centro da linha. Se dividirmos a linha horizontal ao meio, a partir de seu centro, podemos dividir ainda cada metade em três partes. E de cada lado, nos pontos localizados na divisão dos últimos terços temos duas marcações, que são dois círculos um pouco maiores que o central, mas ainda sim bem pequenos. Acima do centro temos uma cruz. E ainda, acima dessa cruz, temos um círculo, um pouco maior que a cruz, que não se fecha por estar muito próximo da mesma. Na parte inferior, em um ponto próximo à metade da distância até a borda inferior do círculo, temos outro pequeno círculo, levemente deslocado para a esquerda. Nas duas laterais do círculo (lente) há duas manchas cinzas, de formato próximo ao de triângulos, onde suas bases estão nos limites do círculo e seus ápices abaixo da linha pontilhada central. E deixando apenas uma passagem vertical estreita na parte central, entre a cruz de marcação e o círculo inferior. Fim da descrição. Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE As lentes progressivas são as mais indicadas para pessoas com presbiopia. Em função do envelhecimento do cristalino, torna-se primordial a correção dióptrica para diferentes distâncias. Assim não há a necessidade de utilizar vários óculos para as diferentes distâncias de visualização. Outro ponto positivo desse tipo de lente é não apresentar saltos de imagem, como acontecem nas lentes bifocais e trifocais. Leitura A história e Evolução das Lentes Oftálmicas no Mundo Entenda o surgimento e a evolução das lentes oftálmicas até os dias de hoje. https://opticanet.com.br/secaodesktop/oculosecultura/5764/a-historia-e-evolucao-das-lentes-oftalmicas-no-mundo Figura 8 – Lente multifocal – Evolução da adição Fonte: Reprodução #ParaTodosVerem. A representação de uma lente, por meio da ilustração de um círculo. Um pouco acima do centro do círculo temos um pequeno círculo, que não está completo, pois está faltando a parte inferior dele, em torno de 30° de arco. Na parte inferior, em um ponto próximo à metade da distância entre o centro do círculo e a borda inferior dele, temos outro pequeno círculo, menor que o anterior, levemente deslocado para a esquerda. Nas duas laterais do círculo (lente) há duas manchas cinzas, de formato próximo ao de triângulos, onde suas bases estão nos limites do círculo e seus ápices abaixo da linha pontilhada central. E deixando apenas uma passagem vertical estreita na parte central, entre a cruz de marcação e o círculo inferior. E, a partir do círculo superior, por meio de um caminho imaginário até o círculo inferior, temos destacados a evolução de valores dióptricos, que variam a cada 0,25, iniciando em 1,25 até o valor de 2,50, exatamente no círculo inferior. Fim da descrição. O avanço da tecnologia foi um fator determinante para o aparecimento de inúmeros tipos de lentes progressivas. A prescrição dessas lentes está diretamente ligada à necessidade de uso de cada cliente. Veremos em sala as zonas de distorção e discutiremos a adição, os tipos de multifocais e as prescrições mais indicadas. A visão em lentes progressivas, como o próprio nome diz, está dividida, basicamente, em três grandes áreas de visão: longe, intermediário e perto. Então, de acordo com os diferentes fabricantes, tipos de material das lentes, adição, objetivos etc., cada caso é único em termos de prescrição de lentes multifocais. Devemos analisar cada necessidade, pois há casos em que a visão intermediária (uso do computador) é a mais utilizada, isso indica um tipo específico de lente. Lentes Ocupacionais As lentes ocupacionais, também conhecidas como lentes funcionais ou regressivas, são denominadas, fundamentalmente, como lentes ocupacionais progressivas. Essas lentes têm apenas dois campos de visão, que podem ser: intermediário e próximo ou distante e intermediário. A escolha entre essas duas opções está diretamente relacionada com a ocupação e utilização da lente. Temos alguns exemplos. Para um professor, um advogado ou uma secretária, utilizamos uma lente com o conjunto de focos de longe e intermediário, priorizando uma distância mais afastada (quatro metros). Mas para um programador ou um ourives é exigida uma lente que priorize distâncias mais próximas de visão, até 1,3 metros, por exemplo, escolhendo então o conjunto intermediário e perto. Ao contrário das lentes multifocais (progressivas), que combinam vários pontos focais em uma única lente, para que se possa ter visão nítida para as variadas distâncias (perto, intermediário e longe), as lentes ocupacionais, geralmente, são recomendadas para presbiopia e pessoas que tem uma ocupação cotidiana e rotineira, leem ou trabalham muito tempo com computador. Isso porque a lente foi projetada para otimizar os campos de visão para essas pessoas, tornando-o mais confortável, mais amplo e minimizando o desconforto das transições entre os variados campos de visão de um progressivo, ao realizar tarefas cotidianas e profissionais. Figura 9 – Lentes ocupacionais Fonte: Adaptada de Lenscope #ParaTodosVerem. A representação de uma armação de óculos, na cor marrom, com duas lentes transparentes e distintas. A lente do lado direito possui uma divisão pontilhada em azul, no centro dela, e duas linhas, também pontilhadas e curvadas no sentido interno da lente e em ambas as bordas. Na parte superior, acima da linha central, está escrito em preto a palavra “longe” e abaixo dessa mesma linha divisória, está escrito “médio”. Na lente do lado esquerdo temos a mesma linha pontilhada em azul, dividindo a lente e, também, mais duas linhas, igualmente pontilhadas e curvadas no sentido interno da lente e em ambas as bordas. Na parte superior, acima da linha central, está escrito, em preto, a palavra “médio” e abaixo dessa mesma linha divisória, está escrito “perto”. Fim da descrição. Como podemos ver na figura anterior, temos lentes ocupacionais bifocais, ou seja, que são utilizadas para o trabalho e/ou hobbies e possuem duas forças dióptricas distintas na mesma lente. Mas há também, lentes trifocais ocupacionais, que são comumente conhecidas. Indicadas para pessoas que precisam de um campo de visão maior para distâncias intermediárias, sem abrir mão das correções próxima e distante. São vários os exemplos, mas podemos destacar as utilizadas pelos jogadores de golfe. Na qual, ao olhar para a bola com o uso de lentes progressivas, estas distorcem a imagem em função da distância que se encontra a bola. Um outro exemplo a ser considerado são as lentes trifocais utilizadas por pilotos de avião, que precisam de um campo amplo de visão de longe, observar os controles e o painel a uma distância próxima e, ainda, visualizar o painel superior da cabine, que se apresenta a uma distância intermediária. Figura 10 – Lente trifocal Fonte: Tudo sobre a visão #ParaTodosVerem. Ilustração da metade esquerda de uma armação de óculos, na cor prata, onde a lente está dividida em três porções, quase iguais em tamanho, na relação vertical. Na parte superior, temos uma área retangular, na cor branca, com a borda superior limitada pelo aro da armação e a borda inferior reta. Nessa área temos uma linha horizontal preta, que se estende até a parte externa da lente com a indicação “Intermediária ou de perto”. As laterais desta área possuem bordas arredondadas, que se estendem quase da borda interna do aro até um pouco depois do centro horizontal da lente. Na parte inferior temos a mesma área retangular, na cor verde, com a indicação “Perto”. E por fim, na parte central, em azul, que preenche toda a parte da lente não ocupada por essas duas áreas retangulares, temos a indicação “Distância”. Fim da descrição. Lentes Lenticulares As lentes lenticulares foram desenvolvidas tendo como finalidades principais facilitar a utilização e melhorar a estética final dos óculos. Por se tratar de lentes de altas potências dióptricas, sejam elas positivas ou negativas, lentes normais exigiriam perfis muito espessos, sejam em seu centro ou em sua borda, respectivamente. E nesses casos, sua utilização seria muito prejudicada, não apenas pelo peso do material, mas também pela estética envolvida, e ainda pela dificuldade de se adaptar com uma armação que as comporte. Nos dias de hoje, as lentes lenticulares já são utilizadas para receitas acima de 10 dioptrias. A visível diferença das outras lentes está na concentração da correção dióptrica em um espaço reduzido no centro da lente. Sendo que em todo o seu entorno temos uma curvatura sem dioptria (plana). Com isso as lentes apresentam uma estrutura com bordas finas e apenas um pequeno círculo central, bem à frente do globo ocular, onde se encontra a dioptria exigida. O que nos dá uma lente mais harmônica esteticamente, por apresentar um tamanho padrão para as bordas. Um ponto que podemos destacar como negativo nesse tipo de lente, é a redução do campo de visão, que neste caso, está restrito somente à parte central da lente. Isso exige de seu usuário o ato de movimentar a cabeça em direção ao objeto de interesse, para poder visualizá-lo, mantendo a cabeça, os olhos alinhados e as lentes alinhadas com o objeto. Figura 11 – Lentes lenticulares Fonte: Divulgação #ParaTodosVerem. Foto de uma armação de óculos de acetato, na cor preta, com duas lentes transparentes e iguais, onde, no centro de cada uma, se destaca um círculo mais espesso, agindo como uma lente de maior potência dióptrica. Fim da descrição. Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Leitura Entenda a Diferença entre os Tipos de Lente Monofocal, Bifocal e Multifocal Clique no botão para conferir o conteúdo.2 ACESSE Lentes Ocupacionais: o que são e para que Servem Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Altas Ametropias 7 2 / 3 Material Complementar https://ssotica.com.br/blog/diferenca-entre-os-tipos-de-lente/ https://www.lentesdecontacto365.pt/blog/lentes-ocupacionais Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Baixa Visão Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE https://issuu.com/computadorseguro/docs/refratometria_ocular_-_5_ed_-_cbo/s/12440909 https://issuu.com/computadorseguro/docs/refratometria_ocular_-_5_ed_-_cbo/s/12440911 CHEGG. Progressives and multifocal. c2003-2022. Disponível em: <https://www.chegg.com/flashcards/5-progressives-and-multifocal-cc39b558-dcac-4598- 90ba-bd85c8ac06ce/deck>. Acesso em: 23/08/2022. DECARIA, S. What are lenticular lens, know its types, benefits, advantages. Pain Assist, 23/03/2022. Disponível em: <https://www.epainassist.com/eye-pain/what-are-lenticular-lens>. Acesso em: 11/10/2022. HEITING, G. Lentes bifocais e trifocais: ainda há boas opções de visão após os 40. Tudo sobre a visão, 20/07/2020. 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