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Nome: Barbara Luiz Sales RA: 8973169 Turma: 003210B 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA _ª 
VARA DA COMARCA BELFORD ROXO/RJ. 
 
 
Jorge Mário da Silva, estado civil..., filho de..., portador da carteira de 
identidade de n˚..., com o CPF n˚..., CTPS n˚..., série..., PIS n˚..., residente 
domiciliado à Rua..., n˚..., bairro..., CEP n˚..., por meio de seu advogado que esta 
subscreve, nos termos da procuração (anexa), com escritório à Rua..., em nome 
de quem e para onde quer que sejam remetidas as notificações, vem, perante a 
Vossa Excelência, propor, com fulcro no artigo 840, §1º da CLT. 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
Pelo rito ordinário, contra a Empresa PIZZARIA BURGUESINHA LTDA, 
CNPJ n˚..., situada ..., n˚..., bairro Belford Roxo, CEP..., o que faz de acordo com 
os fundamentos fáticos e jurídicos a seguir expostos: 
 
DA JUSTIÇA GRATUITA 
 
Cumpre salientar que o Reclamante não possui condições financeiras 
de arcar com custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo ao seu 
próprio sustento e de sua família, requerendo desde já os benefícios da justiça 
gratuita, nos termos do artigo 4º da Lei 1.060/50, com redação introduzida pela 
Lei nº 7.510/86. 
 
I- DOS FATOS 
 
O Reclamante foi admitido pelo Reclamado no dia 10/12/2019 para 
exercer o cargo de MOTOBOY, realizando entrega em domicílio de pizzas e 
outros tipos de massas aos clientes da pizzaria, recebendo o salário mensal de 
R$1500,00 reais e exercendo a função seis dias na semana, com folga na 2ª 
feira, sendo que, uma vez por mês a folga era em um domingo. Jornada sendo 
cumprida das 18h às 3h30, com intervalo de 40 minutos para refeição. 
Em Agosto de 2020, Seu Jorge realizou uma entrega traumática na casa 
de um cliente. Ocorre que o cozinheiro da pizzaria se confundiu no preparo e 
assou uma pizza de atum, sendo que o cliente era alérgico a esse produto. Ao 
ver a pizza errada, o cliente foi tomado de fúria incontrolável, começou a xingar 
e a ameaçar Seu Jorge, e terminou por soltar seus cães de guarda, dando ordem 
para atacar o entregador. 
Sendo assim, Seu Jorge correu desesperadamente, mas foi mordido e 
arranhado pelos animais, sendo lesionado gravemente. Em razão disso, ele 
precisou se afastar por 30 dias para recuperação, recebendo o benefício 
previdenciário pertinente do INSS. Seu Jorge gastou R$ 250,00 na compra de 
vacina antirrábica e demais remédios, que por recomendação médica foi 
obrigado a tomar, porque não sabia se os cachorros eram vacinados. 
No dia 20 de setembro de 2020, após obter alta do INSS, Seu Jorge 
retornou à empresa, contudo, o dono da pizzaria tomou conhecimento de 
interesse romântico que sua mulher teria em Seu Jorge, assim, optou por 
dispensá-lo sem o pagamento de qualquer verba rescisória. 
Além do mais nos contracheques de Seu Jorge, constam, mensalmente, 
o pagamento do salário mínimo nacional na coluna de créditos e o desconto de 
INSS na coluna de descontos, sendo que no mês de março de 2020 houve ainda 
dedução de R$ 31,80 a título de contribuição sindical, sem que tivesse autorizado 
o desconto. Seu Jorge foi à CEF e solicitou seu extrato analítico, onde consta 
depósito de FGTS durante todo o contrato de trabalho. 
 
 
 
 
II- DO DIREITO 
 
1. JORNADA DE TRABALHO 
Durante o vínculo, o reclamante sempre prestou serviços em horários 
extraordinários, visto que, estava a disposição da Reclamada, como já tinha dito 
outrora, tinha como jornada contratual das 18h às 3h30, durante seis dias na 
semana, com folga às 2º feira, sendo que ocorria uma folga no domingo por mês. 
Toda vez que o empregador prestar serviços ou permanecer à 
disposição da empresa após esgotar-se a jornada normal de trabalho, haverá 
trabalho extraordinário, que deverá ser remunerado com o adicional de, no 
mínimo, 50% superior ao da hora normal. 
Conforme o artigo 7º, inciso XIII da CF e artigo 58 da CLT, são devidas 
as horas extra ao empregado que trabalhou além da duração normal do trabalho. 
Artigo 7°, inciso XIII: “duração do trabalho normal não 
superior a oito horas diárias e quarenta e quatro 
semanais, facultada a compensação de horários e a 
redução da jornada, mediante acordo ou convenção 
coletiva de trabalho.” 
Artigo 58, da CLT: “ A duração normal do trabalho, para 
os empregados em qualquer atividade privada, não 
excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja 
fixado expressamente outro limite.” 
Sendo assim, não resta dúvidas que foi violado o direito do empregador 
a ser recompensado por seu trabalho suplementar. 
Outrossim, cabe salientar que as horas trabalhadas aos domingos e 
feriados devem ser remuneradas com o adicional de 100%, tendo em vista que 
o empregador cumpriu o expediente em todos os domingos durante o exercício 
da sua atividade. 
A súmula 146 do TST, menciona sobre trabalho aos domingos e 
feriados, não compensados: 
Súmula nº 146 do TST 
TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS, NÃO 
COMPENSADO (incorporada a Orientação 
Jurisprudencial nº 93 da SBDI-1) - Res. 121/2003, DJ 19, 
20 e 21.11.2003 
O trabalho prestado em domingos e feriados, não 
compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da 
remuneração relativa ao repouso semanal. 
Diante do exposto, é devida tal adicional de 100% de horas sobre os dias 
de repouso trabalhado, bem como domingos e feriados, assim sendo, faz jus o 
recebimento do adicional de horas extras com seus devidos reflexos legais. 
2. DO INTERVALO INTRAJORNADA 
Considerando que a jornada do Reclamante ultrapassava de 6 horas 
diárias, o mesmo teria direito de pelo menos uma hora de intervalo para 
alimentação e descanso, outrossim, o disposto do artigo 71, parágrafo 4° da CLT, 
relata: 
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração 
exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de 
um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, 
no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou 
contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 
2 (duas) horas. 
§ 4o A não concessão ou a concessão parcial do 
intervalo intrajornada mínimo, para repouso e 
alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o 
pagamento, de natureza indenizatória, apenas do 
período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta 
por cento) sobre o valor da remuneração da hora 
normal de trabalho. 
Diante do artigo citado acima, vemos que o intervalo INTRAJORNADA 
não foi respeitado, assim sendo, o reclamante tem o direito de receber com hora 
extraordinária o período de descanso não usufruído. 
3. ADICIONAL NOTURNO 
Durante o vínculo empregatício, o Reclamante iniciou a jornada de 
trabalho às 18 horas e encerrava às 3:30 horas, deste modo, o empregador 
possui direito ao adicional noturno após às 22 horas, tendo em vista que das 22 
horas até 5 horas da manhã é considerado trabalho noturno. 
Outrossim, o Reclamante exerceu a prestação de serviço no período 
noturno, diante do artigo 73 da CLT. 
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou 
quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração 
superior a do diurno e, para esse efeito, sua 
remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por 
cento), pelo menos, sobre a hora diurna. 
Por conseguinte, o reclamante nesse período em que exerceu a 
prestação de serviços, jamais recebeu o adicional noturno, além do mais, por 
não ter sido paga as horas noturnas, o cálculo possui base superior na 
remuneração a diurna, possuindo o acréscimo de 30% do diurno, assim como 
menciona o artigo citado acima. 
A súmula 60 do TST menciona que o trabalho noturno é mais 
desgastante que o diurno, deste modo, o cálculo das horas extras deve ser 
auferido com incidência cumulativa de adicionais e não pela aplicação isolada 
dos percentuais sobre o salário hora. 
ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E 
PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO 
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra 
o salário do empregado para todos os efeitos. (ex 
Súmula n° 60 - RA105/1974, DJ 24.10.1974) 
II - Cumprida integralmente a jornada no período 
noturno e prorrogada esta, devido é também o 
adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art 
73, parágrafo 5°, da CLT (ex-OJnº 6 da SBDI-1 - inserida 
em 25.11.1996). 
 
Em suma, o adicional noturno deverão refletir em férias, 13º, aviso 
prévio, indenização do tempo de serviço, descanso semanal remunerado e 
FGTS. 
 
4. ADICIONAL PERICULOSIDADE 
 
Em decorrência da função de motoboy, o Reclamante faz jus ao 
recebimento do adicional de periculosidade, pois atividades em que a natureza 
ou os seus métodos de trabalho configure em condição de risco acentuado o que 
inclui os trabalhadores que entram em contato direto com alto risco. 
 
Conforme o artigo 193, parágrafo 4° da CLT trata sobre a periculosidade 
dos motoboys 
 
Art. 193. São consideradas atividades ou operações 
perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo 
Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por 
sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco 
acentuado em virtude de exposição permanente do 
trabalhador a: 
§ 4o São também consideradas perigosas as 
atividades de trabalhador em motocicleta. 
 
Assim sendo, o reclamado possui o pagamento do adicional de 
periculosidade de 30% referente a todo o período trabalhado, sendo 
estabelecida que a periculosidade fosse calculada sobre o piso da categoria que 
corresponde a função de motoboy. 
 
5. DANO MORAL 
 
Cumpre esclarecer, que o Reclamante durante sua prestação de serviço 
para a empresa Reclamada, foi devidamente ferido por um de seus clientes, o 
mesmo ficou furioso por um erro em seu pedido e soltou seus cachorros para 
agredir o Reclamante. Desta forma, vemos que a empresa negligenciou ao saber 
a conduta de seu cliente sobre o Reclamante, logo, afetando expressamente os 
direitos morais, conforme o disposto do artigo 223- B, 223-C da CLT. 
 
Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a 
ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou 
existencial da pessoa física ou jurídica, as quais são as 
titulares exclusivas do direito à reparação. 
Art. 223-C. A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade 
de ação, a autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer 
e a integridade física são os bens juridicamente 
tutelados inerentes à pessoa física. 
 
"DANO EXTRAPATRIMONIAL: EXCLUSIVIDADE DE 
CRITÉRIOS APLICAÇÃO EXCLUSIVA DOS NOVOS 
DISPOSITIVOS DO TÍTULO II-A DA CLT À REPARAÇÃO 
DE DANOS EXTRAPATRIMONIAIS DECORRENTES 
DAS RELAÇÕES DE TRABALHO: 
INCONSTITUCIONALIDADE. A ESFERA MORAL DAS 
PESSOAS HUMANAS É CONTEÚDO DO VALOR 
DIGNIDADE HUMANA (ART. 1º, III, DA CF) E, COMO 
TAL, NÃO PODE SOFRER RESTRIÇÃO À REPARAÇÃO 
AMPLA E INTEGRAL QUANDO VIOLADA, SENDO 
DEVER DO ESTADO A RESPECTIVA TUTELA NA 
OCORRÊNCIA DE ILICITUDES CAUSADORAS DE 
DANOS EXTRAPATRIMONIAIS NAS RELAÇÕES 
LABORAIS. DEVEM SER APLICADAS TODAS AS 
NORMAS EXISTENTES NO ORDENAMENTO JURÍDICO 
QUE POSSAM IMPRIMIR, NO CASO CONCRETO, A 
MÁXIMA EFETIVIDADE CONSTITUCIONAL AO 
PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 
(ART. 5º, V E X, DA CF). A INTERPRETAÇÃO LITERAL 
DO ART. 223-A DA CLT RESULTARIA EM 
TRATAMENTO DISCRIMINATÓRIO INJUSTO ÀS 
PESSOAS INSERIDAS NA RELAÇÃO LABORAL, COM 
INCONSTITUCIONALIDADE POR OFENSA AOS ARTS. 
1º, III; 3º, IV; 5º, CAPUT E INCISOS V E X E 7º, CAPUT, 
TODAS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL" 
 
Diante do exposto, o artigo citado acima, o empregador pode se 
submeter à apreciação da Justiça do Trabalho em pretensão indenizatória, com 
o objetivo de compensar o dano moral suportado em razão da violação à imagem 
que a empresa causou no mesmo. 
 
Por conseguinte, o artigo 223-G da CLT, fixa a indenização pelo dano 
moral nas relações de trabalho: 
 
Art. 223-G. Ao apreciar o pedido, o juízo considerará: 
§ 1o Se julgar procedente o pedido, o juízo fixará a 
indenização a ser paga, a cada um dos ofendidos, em 
um dos seguintes parâmetros, vedada a acumulação: 
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
I - ofensa de natureza leve, até três vezes o último 
salário contratual do ofendido; (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017) 
II - ofensa de natureza média, até cinco vezes o último 
salário contratual do ofendido; (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017) 
III - ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último 
salário contratual do ofendido; (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017) 
IV - ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes 
o último salário contratual do ofendido. (Incluído pela 
Lei nº 13.467, de 2017) 
I - para ofensa de natureza leve - até três vezes o valor 
do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de 
Previdência Social; (Redação dada pela Medida 
Provisória nº 808, de 2017) (Vigência encerrada) 
II - para ofensa de natureza média - até cinco vezes o 
valor do limite máximo dos benefícios do Regime Geral 
de Previdência Social; (Redação dada pela Medida 
Provisória nº 808, de 2017) (Vigência encerrada) 
III - para ofensa de natureza grave - até vinte vezes o 
valor do limite máximo dos benefícios do Regime Geral 
de Previdência Social; ou (Redação dada pela Medida 
Provisória nº 808, de 2017) (Vigência encerrada) 
IV - para ofensa de natureza gravíssima - até cinquenta 
vezes o valor do limite máximo dos benefícios do 
Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada 
pela Medida Provisória nº 808, de 2017) (Vigência 
encerrada) 
§ 2o Se o ofendido for pessoa jurídica, a indenização 
será fixada com observância dos mesmos parâmetros 
estabelecidos no § 1o deste artigo, mas em relação ao 
salário contratual do ofensor. (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017) 
§ 3o Na reincidência entre partes idênticas, o juízo 
poderá elevar ao dobro o valor da indenização. 
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
Em suma, o entendimento sobre a inconstitucionalidade do artigo citado 
acima, viola o princípio da reparação integral, além disso, a fixação da quantia 
da reparação de acordo com o salário da vítima viola o princípio da isonomia. 
 
“Ora, o estabelecimento de tarifa para a reparação de 
danos (art. 223-G, §1º, 2º e 3º, a CLT), padece de 
evidente inconstitucionalidade, por afronta aos arts. 1º, 
III; 3º, IV; 5º, caput e incisos V e X e caput do art. 7º, da 
Constituição Federal. Isto porque a tarifação dos danos 
estabelecida ofende o princípio da dignidade da 
pessoa humana (art. 1º, III, a Constituição Federal), ao 
admitir que a esfera personalíssima do ser humano 
trabalhador possa ser violada sem a reparação ampla 
e integral, eis que foram estabelecidos limites e valores 
módicos e insuficientes, em claro desrespeito ao art. 
5º, V e X da CF/88 e com tratamento discriminatório ao 
ser humano "trabalhador". 
 
“O art. 223-G, da CLT, prevê tratamento discriminatório 
e de menor proteção ao trabalhador em relação aos 
demais membros da sociedade quanto às reparações 
por danos extrapatrimoniais, já que em relação a estes 
se aplicam as regras do CCB, que são mais amplas, 
sem estabelecimento de tarifas para a reparação e se 
encontram em consonância com a CF/88 e seus 
princípios da proteção integral. Restringir o valor da 
reparação pela dor do trabalhador constitui inegável 
discriminação e violação aos arts. 3º, IV e 5º, caput, da 
Constituição da República. O fato de a pessoa humana 
estar envolvida em relação laboral não torna sua dor 
menor dos demais membros da sociedade.” 
 
Ante o exposto, se entende que a aplicação do artigo citado acima, deve 
ser aplicado, não ocorrendo nenhuma ressalva. 
 
6. DANO MATERIAL 
 
Em decorrência das patologias, ora apontadas, o reclamante foi ferido 
gravemente em decorrência das mordidas dos cachorros, além do mais, não 
tinha conhecimento sobre as vacinas do cachorro, deste modo, o mesmo 
precisou tomar uma vacina antirrábica e demais remédios, ora recomendado por 
sua médica. 
 
Em decorrência do ato omissivo do empregador o artigo 186 e 927 do 
CC, trata sobre a responsabilidade civil, uma vez que ocorreu uma infração a 
deveres previstos à proteção do trabalhador:Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito e causar 
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, 
comete ato ilícito. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), 
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, 
independentemente de culpa, nos casos especificados 
em lei, ou quando a atividade normalmente 
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua 
natureza, risco para os direitos de outrem. 
 
Não se pode olvidar que, tendo a reclamada, contribuído para o atual 
quadro de saúde do reclamado, deva custear os gastos que o mesmo teve. 
 
 
7. REINTEGRAÇÃO 
 
Diante do quadro fático exposto decorrente a existência de acidente de 
trabalho, o Reclamado foi afastado, pois sofreu acidente do trabalho, sendo 
assim, o mesmo obtinha garantia do emprego no prazo mínimo de um ano, 
diante do exposto artigo 118 e 21, inciso II da Lei 8213/91 e a Súmula 378 do 
TST. 
 
Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho 
tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a 
manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, 
após a cessação do auxílio-doença acidentário, 
independentemente de percepção de auxílio-acidente. 
 
 Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do 
trabalho, para efeitos desta Lei: 
 II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no 
horário do trabalho, em consequência de: 
 a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo 
praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; 
 b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, 
por motivo de disputa relacionada ao trabalho; 
 c) ato de imprudência, de negligência ou de 
imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; 
 d) ato de pessoa privada do uso da razão; 
 e) desabamento, inundação, incêndio e outros 
casos fortuitos ou decorrentes de força maior; 
 
 
 “Súmula 378/TST - 20/04/2005 - Seguridade social. 
Acidente de trabalho. Garantia de emprego. 
Estabilidade provisória. Pressupostos. Auxílio-
acidente. Lei 8.213/1991, art. 
118 (constitucionalidade). Lei 8.213/1991, art. 86. 
 - É constitucional o art. 118 da Lei 8.213/1991 que 
assegura o direito à estabilidade provisória por período 
de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao 
empregado acidentado. (ex-OJ 105/TST-SDI-I - Inserida 
em 01/10/97). 
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade 
o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente 
https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00082131991-118
https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00082131991-118
https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00082131991-86
https://www.legjur.com/legislacao/htm/lei_00082131991
percepção do auxílio doença acidentário, salvo se 
constatada, após a despedida, doença profissional que 
guarde relação de causalidade com a execução do 
contrato de emprego. (Primeira parte - ex-OJ 230/TST-
SDI-I - Inserida em 20/06/2001). 
III - O empregado submetido a contrato de trabalho por 
tempo determinado goza da garantia provisória de 
emprego, decorrente de acidente de trabalho, prevista 
no art. 118 da Lei 8.213/1991. “ 
 
O acidente ligado ao trabalho causado por lesão que exija atenção 
médica para a sua recuperação, deve-se permanecer afastado recebendo o 
benefício da auxílio-doença acidentário até receber alta e retornar às suas 
atividades. 
 
Não obstante a garantia do emprego e não a compensação patrimonial 
do trabalhador no período da estabilidade provisória, a conversão da 
estabilidade em indenização substitutiva é medida que se impõe como forma de 
assegurar o direito do reclamante. 
 
Diante do caso narrado, o reclamante foi afastado pelo INSS, sendo 
assim, permanecendo em gozo do Auxílio-Doença e assim que retornou o 
Reclamado foi dispensado SEM JUSTA CAUSA, deste modo, deve-se proceder 
sua reintegração imediata. 
 
8. DIFERENÇA FGTS 
 
A contribuição sindical está assegurada em seu artigo 578, 579 da CLT, 
possuindo a finalidade de um tributo cujo o objetivo da contribuição é que as 
entidades representativas tenham fundos para manterem a sua estrutura e 
trabalho em prol das classes representadas. 
 
Art. 578. As contribuições devidas aos sindicatos 
pelos participantes das categorias econômicas ou 
profissionais ou das profissões liberais representadas 
pelas referidas entidades serão, sob a denominação de 
contribuição sindical, pagas, recolhidas e aplicadas na 
forma estabelecida neste Capítulo, desde que prévia e 
expressamente autorizadas. (Redação dada pela Lei nº 
13.467, de 2017) 
https://www.legjur.com/legislacao/htm/lei_00082131991
Art. 579. O desconto da contribuição sindical está 
condicionado à autorização prévia e expressa dos que 
participarem de uma determinada categoria econômica 
ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor 
do sindicato representativo da mesma categoria ou 
profissão ou, inexistindo este, na conformidade do 
disposto no art. 591 desta Consolidação. 
 
Outrossim, a obrigação do empregado em efetuar os recolhimentos dos 
trabalhador existirá somente mediante concordância do empregado. 
 
Após a Reforma Trabalhista, o disposto do artigo 582 da CLT, ocorreu 
uma alteração, condicionando este desconto a uma autorização prévia e 
expressa do empregado, conforme o demonstrado abaixo: 
 
Art. 582. Os empregadores são obrigados a descontar 
da folha de pagamento de seus empregados relativa ao 
mês de março de cada ano a contribuição sindical dos 
empregados que autorizaram prévia e expressamente 
o seu recolhimento aos respectivos sindicatos. 
 
Entretanto, observa-se que a contribuição sindical somente será devida, 
desde que obedecidas o artigo citado acima, logo, deve-se observar a 
autorização prévia, voluntária do empregado e o recolhimento da contribuição 
sindical que será exclusiva por meio de boleto bancário ou eletrônico, sendo 
obrigatoriamente encaminhado a residência do empregado, ocorrendo a 
impossibilidade de recebimento, a sede da empresa. 
 
9. MULTA 
 
Tendo em vista, que o reclamada não efetuou o pagamento das verbas 
rescisórias, conforme o disposto do artigo 477 da CLT: 
 
Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o 
empregador deverá proceder à anotação na Carteira de 
Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa 
aos órgãos competentes e realizar o pagamento das 
verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos 
neste artigo. 
 
Visto que, o prazo para o pagamento das verbas rescisórias, prevista no 
artigo citado acima, não foi observado, requer que a reclamada faça jus ao 
pagamento da multa. 
 
Não ocorrendo o pagamento das diferenças apontadas na presente 
reclamatória, requer a multa do disposto artigo 467 da CLT: 
 
Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, 
havendo controvérsia sobre o montante das verbas 
rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao 
trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do 
Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob 
pena de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento. 
 
 
10. TUTELA PROVISÓRIA ANTECIPADA 
 
Nesse diapasão, o instituto da tutela provisória e suas especificações 
trazidas pelo artigo 294 e seguinte do CPC, além de ser integralmente 
compatível com o direito laboral (por analogia, disposições contidas no artigo 
659, inciso IX, X da CLT), está diretamente vinculada à celeridade e à efetividade 
do processo, ambos os valores reconhecidos como inerentes ao princípio 
constitucional do devido processo legal e vetores da prestação jurisdicional 
adequado ao ramo trabalhista, construído sob a premissa de ser um instrumento 
que possa garantir justiça no seio de uma relação jurídica entre desiguais. 
 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em 
urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, 
cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter 
antecedente ou incidental. 
 
Devido algumas situações, ora, citado nessa reclamação,não se pode 
aguardar a decisão judicial que passe pelo crivo da cognição exauriente, sendo 
necessário oferecer ao julgado mecanismo de pronta atuação para atender aos 
casos urgentes ou em que não se afigura justo fazer parte suportar a demora 
natural do procedimento. 
 
Pois bem, mediante a narração inicial corroborada com o robusto 
arcabouço documental apresentado aos autos, comprova-se o preenchimento 
legal dos requisitos exigidos pelo artigo 300 do CPC, vejamos: 
 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando 
houver elementos que evidenciem a probabilidade do 
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do 
processo. 
§ 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, 
conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea 
para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, 
podendo a caução ser dispensada se a parte 
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente 
ou após justificação prévia. 
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será 
concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos 
efeitos da decisão. 
 
Por conseguinte, vemos que o Reclamante não obtém renda devido ao 
acidente do trabalho, o auxílio pelo INSS, ora tem acabado e o reclamada não 
efetuou o pagamento das verbas rescisórias corretamente. 
 
Deste modo, requer o pedido antecipado, visto que reclamado não 
possui condições de manter a si e sua família. 
 
11. HONORÁRIOS 
 
Requer a condenação do Reclamado em honorários sucumbências, 
conforme o disposto do artigo 791-A da CLT, sobre o valor bruto total resultante 
desta demanda, como medida apta a custear o trabalho advocatício. 
 
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa 
própria, serão devidos honorários de sucumbência, 
fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o 
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que 
resultar da liquidação da sentença, do proveito 
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, 
sobre o valor atualizado da causa. 
 
 
III- DOS PEDIDOS 
 
Requer a Vossa Excelência a condenação do Reclamado: 
 
a) Que seja deferido o benefício da assistência judiciária gratuita, devido à 
difícil situação econômica do reclamado, que não possui condições de custear o 
processo, sem prejuízo próprio; 
 
b) Ao pagamento das horas extras sobre o excesso da jornada de trabalho 
durante o período contratual e o pagamento do adicional noturno; 
 
c) A condenação do reclamado ao pagamento das horas suprimidas durante 
todo o contrato laboral; 
 
d) Ao pagamento do adicional de insalubridade, com reflexos em horas 
extras; 
 
e) A tutela provisória antecipada, mediante o FGTS e o Seguro 
 
f) Considerando o caráter punitivo e pedagógico que deve ter a indenização 
por danos morais, requer seja fixada no montante equivalente a 10 vezes o valor 
da última remuneração do Autor 
 
g) Pagar honorários advocatícios sobre a condenação; 
 
h) Além disso, condenar a Reclamada ao pagamento da multa prevista no 
art. 477 da CLT, e, em não sendo pagas as parcelas incontroversas na primeira 
audiência, seja aplicada multa do art. 467 da CLT, tudo acrescido de correção 
monetária e juros moratórios. 
 
Requer, ainda, seja a Reclamada condenada ao pagamento das 
contribuições previdenciárias devido em face das verbas acima requeridas, visto 
que caso tiverem sido pagas na época oportuna, não acarretariam a incidência 
da contribuição previdenciária. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ (...) para efeitos fiscais. 
 
Nestes termos, 
Pede e deferimento. 
 
(Município – UF), … (dia) de … (mês) de … (ano). 
 
ADV/OAB

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