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Ergonomia: Saúde e Segurança

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Segurança e saúde do trabalhador
NR 17 – Ergonomia:
É o conjunto de conhecimentos relacionados ao homem e necessário à concepção de instrumentos, máquinas para serem utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência.
Objetivos da Ergonomia:
· Garantir produtividade, conforto e segurança para os trabalhadores.
· Adaptação do ambiente de trabalho às necessidades individuais de cada colaborador.
· Otimização do mobiliário e da organização do ambiente para máxima eficiência.
A ergonomia abrange três principais áreas: física, cognitiva e organizacional.
Ergonomia Física:
· Concentra-se no posto de trabalho e nas características físicas do trabalhador.
· Considera elementos como mobiliário, equipamentos, iluminação e ruído que podem afetar a saúde e segurança física do trabalhador.
· Busca garantir que o ambiente de trabalho seja adequado às necessidades do corpo humano e minimize o risco de lesões musculoesqueléticas e outros problemas físicos.
Ergonomia Cognitiva:
· Estuda os fatores que exercem pressão cognitiva sobre o trabalhador.
· Aborda questões como sobrecarga mental, monotonia, excesso de trabalho e demanda, além do assédio moral.
· Visa entender como o ambiente de trabalho pode afetar o desempenho cognitivo, a concentração e a saúde mental do trabalhador.
Ergonomia Organizacional:	
· Trata-se de uma abordagem mais ampla, envolvendo políticas e práticas organizacionais.
· Avalia os processos de trabalho para garantir que sejam ergonomicamente adequados.
· Considera decisões de alto nível, como o projeto de novas instalações e a organização do ambiente de trabalho, levando em conta as necessidades e o bem-estar dos trabalhadores.
Aspectos Importantes da NR 17:
· Diretrizes para levantamento, transporte e descarga de materiais.
· Ênfase na segurança e saúde ocupacional.
· Mobiliário precisa se adaptar ao trabalhador.
· Garante pausas para operadores de caixa e telemarketing.
Avaliação Ergonômica Preliminar do Trabalho:
· Pode ser feito por abordagem qualitativa e/ou quantitativa para identificar perigos e informar o planejamento das medidas de prevenção.
· Realização quando necessário, indicada pelo PCMSO e PGR.
É necessária para identificar os riscos e perigosos. Na avaliação de riscos do GRO/PGR, é necessário constar os dados da AEP e por isso, é obrigatória.
Importância da Ergonomia Além do Mobiliário:
· Preservação da saúde mental dos trabalhadores.
· Garantia de segurança e eficiência em todas as atividades laborais.
 Peso máximo no trabalho segundo CLT: 
· O peso máximo para o homem é de 60kg.
· O peso máximo para mulher e menores de idade é de 25kg de maneira esporádica e de maneira rotineira é de 20kg. 
Não entra nessa determinação carregar peso com tração, carrinho de mão, trabalho mecânico.
Mobiliário dos Postos de Trabalho segundo CLT: 
· É obrigatória a colocação de assentos que garantam uma postura correta ao trabalhador quando a tarefa exige trabalho sentado.
· No caso de trabalho em pé, os funcionários devem ter acesso a assentos para serem usados durante as pausas.
Análise ergonômica do trabalho:
É uma análise mais profunda do que a análise preliminar ergonômica.
É obrigatória nas seguintes situações:
· Quando há necessidade de uma avaliação mais aprofundada da situação laboral.
· Ao identificar inadequações ou insuficiências nas ações atualmente implementadas.
· Quando sugerida durante o acompanhamento de saúde dos trabalhadores pelo Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
· Quando indicada devido a causas relacionadas às condições de trabalho, durante a análise de acidentes e doenças conforme previsto no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).
Microempresas, empresas de pequeno porte, microempreendedor individual não são obrigadas a elaborar o AET com grau de risco 1 e 2, mas não são dispensadas de observar regras de ergonomia.
As medidas de prevenção conforme a NR 17 devem incluir pelo menos duas das seguintes alternativas:
a) Pausas para Recuperação Psicofisiológica computadas: 
Intervalo intrajornada é diferente de pausa. As pausas são momentos de descanso durante a jornada de trabalho e são computadas como tempo de trabalho. Já o intervalo intrajornada é o intervalo para refeição, descanso e não é computado na jornada.
b) Alternância de Atividades:
Troca de tarefas ou atividades que permitam variar as posturas, os grupos musculares utilizados ou o ritmo de trabalho, proporcionando segurança e conforto aos trabalhadores.
c) Alteração da Forma de Execução ou Organização da Tarefa: 
Modificação na maneira como a tarefa é realizada ou organizada, visando reduzir a sobrecarga física e mental dos trabalhadores.
d) Outras Medidas Técnicas Aplicáveis: 
Recomendações específicas identificadas durante a avaliação ergonômica preliminar ou na Análise Ergonômica do Trabalho (AET), que contribuam para a melhoria das condições de trabalho.
Caso não seja possível adotar as alternativas das alíneas "c" e "d", as empresas devem obrigatoriamente implementar as medidas de pausas e alternância de atividades, previstas nas alíneas "a" e "b", respectivamente.
Requisitos Mínimos para Pausas:
a) Introdução das pausas não pode aumentar a produtividade/cadência individual de trabalho.
b) Pausas devem ser desfrutadas fora dos postos de trabalho para garantir que os trabalhadores não estejam trabalhando durante esse período.
Avaliação de Desempenho e Saúde dos Trabalhadores: Qualquer sistema de avaliação de desempenho para remuneração e vantagens deve considerar as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores.
Concepção dos Postos de Trabalho: Deve considerar fatores organizacionais e ambientais, a natureza da tarefa e facilitar a alternância de posturas.
Regulagens do Mobiliário e Alternância de Posições:
 O mobiliário deve se adaptar às características dos trabalhadores e permitir alternância de posição.
Postos de trabalho que permitam alternar a posição de pé com a posição sentada devem ser planejados ou adaptados para favorecer essa alternância.
Devem ser colocados assentos com encosto para descanso em locais onde os trabalhadores possam utilizá-los durante as pausas.
Iluminação e Condições. Ambientais:
· Geral: Para aclaramento de todo o recinto.
· Suplementar: Para iluminar determinada superfície.
Iluminação adequada em todos os locais de trabalho.
Uniformidade na distribuição para evitar reflexos e sombras.
Assédio moral e organizacional
O assédio moral pode ser entendido como um abuso de direito por parte do empregador, que, no exercício do seu direito diretivo, ultrapassa os limites legais ou éticos e causa danos aos seus funcionários.
Isso inclui os seguintes locais e situações:
· No local de trabalho, abrangendo os espaços públicos e privados onde ocorre o trabalho.
· Nos locais onde o trabalhador é remunerado, descansa, realiza refeições, utiliza instalações sanitárias, de lavagem e vestiário.
· Durante deslocamentos, viagens, treinamentos, eventos ou atividades sociais relacionadas com o trabalho.
· Através de comunicações relacionadas com o trabalho, incluindo aquelas facilitadas pelas tecnologias da informação e comunicação.
· No alojamento fornecido pelo empregador.
· Durante o trajeto entre o domicílio e o local de trabalho.
Além disso, o artigo 4º, item 2, da Convenção 190 estabelece que cada Estado Membro deve adotar uma abordagem inclusiva, integrada e sensível ao gênero para a prevenção e eliminação da violência e do assédio no mundo do trabalho. Isso inclui medidas como: 
· Proibição por lei: Os países devem estabelecer leis que proíbam explicitamente a violência e o assédio no trabalho.
· Implementação de políticas específicas: As empresas devem ter políticas específicas para lidar com a violência e o assédio no local de trabalho.
· Estratégias abrangentes: As ações para prevenir e combater a violência e o assédio devem ser amplas e abrangentes, cobrindo todos os aspectos relevantes.
· Mecanismos de aplicação e acompanhamento: Deve haver sistemas eficazes para aplicar e monitorar essas políticas e estratégias.· Acesso a serviços de reparação e apoio: As vítimas devem ter acesso a serviços que as ajudem a lidar com as consequências da violência e do assédio.
· Previsão de sanções: Aqueles que praticam violência ou assédio devem enfrentar consequências e sanções adequadas.
· Ferramentas de orientação, educação e sensibilização: Deve haver programas educacionais e de sensibilização para informar.
· Meios eficazes de inspeção e investigação: Devem ser estabelecidos mecanismos para investigar e resolver casos de violência e assédio de forma eficaz.
Na legislação brasileira, essa abordagem é reforçada pelo Artigo 163 que obriga a constituição de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA), incluindo a prevenção de assédio moral em suas atribuições.
As organizações obrigadas a constituir a CIPA devem adotar:
· Incluir regras de conduta sobre assédio sexual e outras formas de violência nas normas internas da empresa, com ampla divulgação aos empregados.
· Estabelecer procedimentos para receber e acompanhar denúncias, investigar os fatos e aplicar sanções administrativas aos responsáveis pelos atos de assédio e violência, garantindo o anonimato do denunciante e sem prejuízo dos procedimentos jurídicos cabíveis.
· Realizar, pelo menos a cada 12 meses, ações de capacitação, orientação e sensibilização para todos os níveis hierárquicos da empresa sobre temas como violência, assédio, igualdade e diversidade no trabalho, utilizando formatos acessíveis e eficazes.
De acordo com o artigo 483 da CLT, quando o empregador, seus prepostos ou outros empregados praticam violência, rigor excessivo ou ofensas à honra contra o trabalhador, este tem o direito de rescindir o contrato de trabalho de forma imediata e sem prejuízo de seus direitos. 
Assédio sexual: Pelo artigo 216-A do Código Penal, é o ato de constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, aproveitando-se da condição de superior hierárquico ou ascendência no ambiente de trabalho. Essa conduta é punível com detenção de um a dois anos.
Assédio moral: por condutas abusivas que atentam contra a integridade psíquica do indivíduo, muitas vezes com o propósito de exclusão, segregação ou desvalorização da vítima. Ex: recusa de comunicação direta, isolamento, desqualificação, ataques à reputação e outros comportamentos hostis.
O assédio moral pode se manifestar de diversas maneiras e direções dentro da organização. Pode ser vertical, partindo de superiores hierárquicos em relação a subordinados, horizontal, envolvendo colegas do mesmo nível hierárquico, ou lateral, quando um grupo de colegas decide discriminar ou ridicularizar um indivíduo.
Quando o empregador estabelece metas de gestão que são impraticáveis e penaliza os trabalhadores que não as alcançam, isso caracteriza o assédio moral organizacional. Em outras palavras, trata-se de utilizar o assédio moral como uma ferramenta de gestão, pressionando os trabalhadores para aumentar sua produtividade.
Insalubridade, periculosidade e penosidade:
Similaridades entre os conceitos:
· Adicional ocorre apenas se previsto na NR15. 
· É necessário ter uma perícia técnica.
· Não é acumulativo, precisa optar por o adicional mais vantajoso.
Insalubridade: Refere-se se às condições de trabalho que apresentam riscos à saúde do trabalhador. Estes riscos podem ser de natureza física, química, biológica ou até mesmo psicológica. Por exemplo, exposição a agentes químicos, ruídos excessivos, temperaturas extremas, entre outros. => Adicional de 10%, 30% ou 40% sob salário mínimo.
 
Periculosidade: Relacionada a atividades ou operações que envolvem riscos de acidentes graves ou fatais, como exposição a inflamáveis, explosivos ou eletricidade. É considerada perigosa a atividade que expõe o trabalhador a situações que possam colocar sua vida em risco de forma iminente. => Adicional de 30% sob salário base.
Penosidade: Diz respeito às atividades que geram um intenso desconforto físico ou psicológico para o trabalhador. São trabalhos árduos, fatigantes, que demandam esforço físico ou mental significativo, além de condições adversas que podem comprometer a saúde e o bem-estar do trabalhador. Apesar de reconhecida pela Constituição, a penosidade não possui uma regulamentação específica na legislação brasileira, sendo seu reconhecimento e compensação mais restritos.
Principal diferença entre periculosidade e insalubridade: Enquanto a insalubridade visa compensar danos à saúde decorrentes da exposição a agentes nocivos, como ruído, calor, químicos, biológicos, entre outros. A periculosidade diz respeito à compensação do risco de morte associado às atividades laborais perigosas. 
Insalubridade: Compensar ou indenizar os danos à saúde do trabalhador causados pela exposição a agentes nocivos. Ex: Ruído, calor, umidade, frio, agentes químicos, biológicos e condições hiperbáricas.
Limite de tolerância: Deve ser analisado o limite de tolerância, ou seja, a partir de que ponto em que a exposição a determinados agentes se torna prejudicial à saúde.
Aspectos considerados na análise da insalubridade: 
· Natureza do agente causador (física, química ou biológica).
· Intensidade da exposição (risco físico) / Concentração (risco químico).
· Tempo de exposição ao agente.
Medidas de proteção para insalubridade:
1. Eliminação o agente: O adicional de insalubridade é uma medida residual, o que implica que a primeira abordagem é tentar eliminar o agente nocivo do ambiente de trabalho.
2. Neutralizar o agente: Se a eliminação não for possível, a próxima etapa é buscar neutralizá-lo, garantindo que o agente insalubre não prejudique a saúde do trabalhador.
Hierarquia das medidas de neutralização: 
1. Proteção Coletiva (EPC): Instalação de equipamentos, como exaustores, para reduzir a concentração de agentes nocivos no ambiente de trabalho.
2. Medidas Administrativas/Organizacionais: Implementação de medidas de organização do trabalho, como redução da jornada ou ajuste na escala, para diminuir a exposição dos trabalhadores.
3. Proteção Individual: Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como última medida de proteção. É importante considerar que os EPIs têm limitações e podem não ser utilizados de forma adequada, comprometendo sua eficácia.
Periculosidade: Compensar o risco de morte ao qual o trabalhador está exposto em atividades perigosas. Exemplos: Manipulação de inflamáveis, explosivos, roubos, violência, entre outros.
Medidas de proteção:
· Instalação de equipamentos de segurança específicos para cada atividade.
· Treinamento adequado para lidar com os riscos associados às atividades perigosas.
Periculosidade (NR 16):
· Inflamáveis;
· Explosivos;
· Energia elétrica;
· Roubos e outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial;
· Motocicleta;
· Raios ionizantes ou substâncias radioativas;
· Bombeiro Civil.
Insalubridade (NR 15):
· Ruído;
· Ruído intermitente;
· Calor;
· Condições hiperbáricas;
· Radiação não ionizante;
· Vibração;
· Frio;
· Umidade;
· Agentes químicos;
· Poeiras e minerais;
· Agentes biológicos.
Análise:
A análise pode variar dependendo da natureza do agente, podendo ser qualitativa ou quantitativa.
Por exemplo, a avaliação qualitativa é necessária para agentes como frio e umidade, enquanto a avaliação quantitativa é aplicada para ruído e calor.
Avaliação quantitativa:
· Envolve medir a intensidade/concentração/quantidade dos agentes insalubres.
· Exposição ao ruído, calor, vibração, agentes químicos e poeiras minerais.
Avaliação Qualitativa:
· Envolve a categorização dos agentes insalubres sem limites de tolerância ou exposição inerente à atividade.
· Exemplos incluem exposição à frio, umidade, condição hiperbárica, agentes químicos, agentes biológicos.
Riscos Físicos (Cor: Verde): Incluem ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, frio, calor, pressões anormais e umidade.
Riscos Químicos (Cor: Vermelho): Englobam poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores e substâncias/químicos em geral.Riscos Biológicos (Cor: Marrom): Compreendem vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas e bacilos.
Riscos Ergonômicos (Cor: Amarelo): Incluem esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, posturas inadequadas, controle rígido de produtividade, jornadas prolongadas, monotonia, repetitividade e outras situações que causam estresse físico e/ou psíquico.
Riscos de Acidentes (Cor: Azul): Englobam arranjo físico inadequado, falta de proteção em máquinas e equipamentos, ferramentas defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, risco de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, presença de animais peçonhentos e outras situações que contribuem para a ocorrência de acidentes.
Mapa de Risco e CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes):
O mapa de risco é uma ferramenta usada para identificar os perigos no ambiente de trabalho. Geralmente, é elaborado pela CIPA, uma comissão formada por representantes dos empregadores e dos empregados para discutir questões de saúde e segurança no trabalho.
O mapa de risco é representado em uma planta do local de trabalho, indicando os diferentes tipos de riscos por meio de símbolos ou cores, com variação de tamanho conforme o grau de perigo
Um risco leve pode ser representado por um símbolo pequeno, enquanto um risco mais elevado pode ser indicado por um símbolo maior.
O mapa de risco não é obrigatório.
1- Eliminação do risco na fonte sempre que possível.
2- Substituição da fonte de risco por algo menos prejudicial, se a eliminação não for viável.
3- Controle de engenharia: modificações nos equipamentos ou processos de trabalho para reduzir o risco.
4- Controles administrativos: mudanças nos procedimentos de trabalho e treinamentos.
5- Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como último recurso para reduzir os impactos do risco no trabalhador.
Símbolos
Higiene ocupacional: É uma disciplina que busca antecipar, reconhecer, avaliar e controlar os riscos ocupacionais, ou seja, os perigos presentes no ambiente de trabalho que podem afetar a saúde dos trabalhadores.
NR9 (Norma Regulamentadora 9):
Tem como objetivo proteger a saúde dos trabalhadores contra os riscos decorrentes da exposição a agentes físicos, químicos e biológicos no ambiente de trabalho. Ela estabelece procedimentos para identificar, avaliar e controlar essas exposições.
Identificação das Exposições Ocupacionais:
Para garantir a segurança dos trabalhadores, é crucial identificar as atividades laborais que envolvem exposição a agentes físicos, químicos e biológicos. Isso inclui:
Descrever detalhadamente essas atividades, identificar os agentes presentes e as formas de exposição, além de considerar possíveis danos à saúde relacionados.
Avaliação das Exposições Ocupacionais:
Após a identificação, é necessário avaliar o nível de exposição dos trabalhadores a esses agentes. Isso pode ser feito: 
Inicialmente através de uma análise preliminar das atividades e dados disponíveis. Se necessário, são realizadas avaliações qualitativas ou quantitativas para determinar a exposição real.
Avaliação:
Os resultados das avaliações são incorporados ao inventário de riscos do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Essa etapa é fundamental para a gestão eficaz dos riscos ocupacionais e para subsidiar a implementação de medidas de prevenção.
Medidas de Prevenção e Controle:
Com base nos resultados da avaliação, são estabelecidas medidas de prevenção e controle específicas para cada agente físico, químico e biológico. Essas medidas devem ser integradas ao Plano de Ação e aos controles de risco do PGR, garantindo a eficácia na redução das exposições ocupacionais
O PGR é composto por:
· Inventário de Riscos Ocupacionais: Ele inclui informações detalhadas sobre os processos e ambientes de trabalho, descrição de perigos, dados de monitoramento das exposições e avaliação dos riscos, entre outros aspectos.
· Plano de Ação: Após a avaliação dos riscos, estes são classificados para determinar a necessidade de adoção de medidas de prevenção. Com base nessa classificação, é elaborado um plano de ação que define as medidas a serem introduzidas, aprimoradas ou mantidas, juntamente com um cronograma e métodos de acompanhamento.
Nível de Ação: É o valor que acima dele devem ser incorporados ações de controle para minimizar a probabilidade de ultrapassar o limite de exposição. => medidas preventivas.
Limite de tolerância: Concentração ou intensidade máxima ou mínima de exposição a um agente, relacionada com sua natureza e o tempo de exposição que não causará danos. => medidas corretivas.
Nível de exposição: É a relação da concentração ou intensidade da exposição ocupacional ligada ao tempo que o trabalhador fica exposto a um determinado agente. Um exemplo prático disso pode ser encontrado na NR 15, anexo que trata das operações e atividades insalubres, que inclui uma tabela com níveis de ruído e os tempos máximos de exposição diária permitidos.
Investigação das Doenças Relacionadas ao Trabalho:
· Na atenção primária à saúde, as unidades básicas de saúde são obrigadas a notificar essas doenças por meio do sistema do Ministério da Saúde.
· A assistência é prestada em centros de referência de saúde do trabalhador e na Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST).
· A investigação das doenças considera a natureza da doença, fatores de risco e condições individuais ou coletivas.
A investigação de dano ou doença pode ser:
· Individual: exames laboratoriais, toxicológicos, anamnese, história clínica.
· Coletivo: estudos epidemiológicos, estudos analíticos.
Já a investigação de fatores ou condições de risco:
· Individual: Estudo do posto ou estação do trabalho, avaliação ambiental qualitativa ou quantitativa.
· Coletiva: Estudo do posto ou estação do trabalho, avaliação ambiental qualitativa ou quantitativa, elaboração de mapa de risco, inquéritos coletivos.
Notificação de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais:
Acidentes e doenças profissionais são notificados através do SINAN. 
No caso de acidente de trabalho, deve-se notificar em 24 horas. 
No caso de exposição de material biológico, a notificação pode ser feita dentro de uma semana para o Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual e a Secretaria Municipal.
A emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) é um serviço fundamental para comunicar acidentes de trabalho, acidentes de trajeto e doenças ocupacionais. Este documento não se restringe ao INSS e pode ser utilizado em outros órgãos. A empresa empregadora tem a obrigação de informar o acidente até o próximo dia útil após a ocorrência. No caso de óbito decorrente do acidente, a comunicação deve ser feita imediatamente.
Se a empresa não cumprir essa obrigação, a CAT pode ser registrada por várias partes, incluindo a pessoa acidentada, seus dependentes, entidades sindicais, médicos e autoridades públicas.
Classificação de Schilling:
Divide as doenças ocupacionais em três categorias:
1. O trabalho é identificado como causa necessária da doença, como no caso das intoxicações por chumbo e silicose.
2. O trabalho é considerado um fator contributivo, mas não necessário, como no desenvolvimento de câncer ou doenças cardíacas.
3. O trabalho é reconhecido como um provocador de distúrbios latentes ou agravador de doenças já existentes, como na dermatite de contato alérgico em pessoas com dermatite atópica.
Lista de doenças relacionadas ao trabalho
Tem como finalidade:
· Orientação Clínico-Epidemiológica: Qualifica a atenção integral à saúde do trabalhador.
· Facilitação do Estudo da Relação entre Trabalho e Adoecimento: Ajuda a compreender melhor como o trabalho afeta a saúde.
· Adoção de Procedimentos de Diagnóstico: Contribui para diagnósticos mais precisos.
· Elaboração de Projetos Terapêuticos: Permite a criação de tratamentos mais acurados.
· Orientação das Ações de Vigilância e Promoção da Saúde: Direciona o planejamento de cuidados e as ações de vigilância e promoção da saúde.
A lista é divididaem duas seções:
Lista A: Agentes e/ou Fatores de Risco com respectivas Doenças Relacionadas ao Trabalho.
Lista B: Doenças Relacionadas ao Trabalho com respectivos Agentes e/ou Fatores de Risco.
Algumas novidades incluem:
· Ampliação da Lista de Transtornos Mentais: Destaque para a Síndrome de Burnout.
· Inclusão de Novos Transtornos: Uso de sedativos, canabinoides, cocaína e abuso de cafeína como transtornos decorrentes de jornadas exaustivas, violência ou assédio moral no trabalho, entre outros.
· Reconhecimento da COVID-19 como ocupacional: Principalmente entre trabalhadores expostos à COVID-19 nos serviços de saúde.
 
 Toxicologia
Estudo dos efeitos nocivos decorrentes da interação das substâncias químicas com os organismos vivos.
Agente tóxico ou toxicante: entidade química capaz de causar danos a um organismo afetando seriamente uma função ou causando a morte. Está ligado às características qualitativas e quantitativas da substância química.
Existem as que não têm absorção, exercendo efeitos no local de contato, como pele e mucosas de olhos, nasal, vias aéreas; e as que são absorvidas e distribuídas pelo organismo após este contato, podendo afetar a fisiologia do organismo.
Efeitos sistêmicos nocivos:
· Exposição: fase em que se estuda o contato do xenobiótico com o organismo.
· Toxicocinética: fase em que se estuda a absorção, a distribuição, o armazenamento, biotransformação e a eliminação das substâncias absorvidas.
· Toxicodinâmica: fase em que há interação entre a substância biodisponível e os sítios de ação, específicos ou não, dos órgãos-alvo, e alterações fisiopatológicas 
· Clínica: fase do aparecimento dos efeitos nocivos do toxicante por meio de sinais e sintomas clínicos e/ou laboratoriais.
IBE (Índice Biológico de Exposição) é crucial na avaliação dos riscos à saúde associados à exposição a agentes tóxicos. 	 A quantidade de agentes tóxicos encontrados no corpo humano pode indicar o nível de exposição e os possíveis riscos.
Ao contrário de medicamentos, onde existe um nível seguro de dose, não há um nível seguro para agentes tóxicos. Por isso, o IBE não visa fixar esses limites, mas sim fornecer informações valiosas sobre a intensidade da exposição e os possíveis riscos à saúde.
Incidente: Refere-se a uma ocorrência que, embora não tenha causado danos à saúde ou integridade física de pessoas, tinha o potencial para causar tais agravos. Um exemplo seria quando um andaime cai próximo a um trabalhador, mas este consegue sair a tempo e não sofre lesão.
Circunstância indesejada: Indica uma condição, ou conjunto de condições, que têm o potencial de gerar acidentes ou incidentes. Essas circunstâncias podem ser fatores contribuintes para situações de risco no ambiente de trabalho.
Perigo ou fonte de risco: Refere-se a uma fonte com o potencial intrínseco de causar lesões ou agravos à saúde. Exemplo: uma máquina extremamente barulhenta na empresa.
Risco ocupacional: É a combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à saúde com a severidade dessa lesão ou agravo. Representado por Probabilidade vezes a Severidade de lesão. Envolve eventos perigosos, exposição a agentes nocivos ou exigências da atividade de trabalho
Convenção sobre a Prevenção de Acidentes Industriais Maiores:
Visa garantir medidas eficazes para prevenir acidentes industriais maiores que envolvam substâncias perigosas e a limitação das suas consequências.
A Convenção é aplicável a instalações sujeitas a riscos de acidentes maiores, excluindo instalações nucleares, usinas de processamento de substâncias radioativas, instalações militares e transporte fora das instalações por tubulações.
Definição de Acidente Maior: Refere-se a eventos súbitos, como emissão, incêndio ou explosão de grande magnitude, em instalações sujeitas a riscos de acidentes maiores, envolvendo substâncias perigosas;
Instalação Sujeita a Riscos de Acidentes Maiores: Instalação que produz, transforma, manipula, utiliza, descarta ou armazena substâncias perigosas em quantidades que excedem a quantidade limite.
Relatório de Segurança: Documento contendo informações técnicas, administrativas e operacionais sobre perigos e riscos de instalações sujeitas a acidentes maiores, e as medidas adotadas para a segurança.
Prevenção Primária:
· Identificação e redução de riscos desde o planejamento inicial.
· Análises de risco durante o licenciamento ambiental.
Prevenção Operacional:
· Gerenciamento de riscos durante as operações reais.
· Organização do trabalho para garantir segurança.
· Manutenção da confiabilidade de máquinas e processos.
· Estabelecimento de sistemas de registro e análise de incidentes.
Prevenção Mitigatória:
· Redução das consequências de eventos ou acidentes.
· Elaboração de planos de emergência.
· Treinamentos de emergência e primeiros socorros.
· Atenção às vítimas e suporte pós-acidente.
· Questões relacionadas a indenizações e punições.
Planos e procedimentos de emergência
Deve preparar planos com procedimentos eficazes de emergência local, para ser aplicado em caso de acidentes maiores. Deve-se fornecer informações sobre possíveis acidentes e planos de emergência para as autoridades e órgãos competentes.
Primeiros Socorros:	
PCREH
1- Acionar serviço médico de emergência:
2- RCP (Ressuscitação Cardiopulmonar) de alta qualidade: Enquanto espera pelo serviço médico de emergência, é essencial iniciar a RCP. Isso envolve compressões torácicas fortes e rápidas, a uma taxa de 100-120 compressões por minuto, no centro do peito da vítima, entre os mamilos.
3- Desfibrilação: Quando disponível, um desfibrilador externo automático (DEA) pode ser usado para administrar um choque elétrico à vítima, caso ela esteja em fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso. Isso ajuda a restaurar o ritmo cardíaco normal.
4- Ressuscitação avançada: Após a chegada de profissionais de saúde, eles podem iniciar medidas de ressuscitação mais avançadas, como administração de medicamentos e intubação, para fornecer suporte cardíaco e respiratório mais eficaz.
5- Cuidados pós-PCR: Depois que a vítima for estabilizada, é importante fornecer cuidados pós-PCR, incluindo monitoramento contínuo, controle da pressão arterial e oxigenação, para prevenir possíveis complicações.
6- Recuperação: Após a recuperação inicial, a vítima pode precisar de cuidados adicionais e acompanhamento médico para garantir uma recuperação completa e evitar possíveis recorrências de PCR. Isso pode incluir encaminhamento para serviços médicos especializados e reabilitação, conforme necessário.
Sinais de parada cardiorrespiratória (PCR): Falta de resposta, ausência de respiração e e não encontra pulso palpável.
RCP de qualidade:
· Compressões cardíacas fortes e rápidas.
· Comprima com força (pelo menos 5 cm) e rápido (100 a 120/min) e aguarde o retorno total do tórax.
· Evite ventilação excessiva.
· Alterne os responsáveis pelas compressões a cada 2 min ou antes, se houver cansaço.
O ritmo de ABC é um roteiro que era seguido para fazer uma avaliação, com a atualização dos protocolos. A ordem foi alterada para o CAB e consiste:
1- Compressões.
2- Se abre as vias aéreas do trabalhador.
3- As ventilações.
São 30 compressões para duas ventilações.
Protocolo XABCDE para avaliação primária de trauma:	
• X - Hemorragia Exsanguinate.
•. Abrir vias aéreas.
• Boa respiração: ventilação? 
• Circulação: pulso central presente? (Se ausente = RCR precoce), pulso periférico, perfusão capilar, cor do paciente, medida da pressão arterial.
• Disfunção: responsivo? Avaliação neurológica.
• Exposição: temperatura? Lesões? (Cuidado com a hipotermia).
Esse protocolo trata o trauma de uma forma diferente. Primeiro, se tem hemorragias. Caso o trabalhador apresente algum corte ou hemorragia externa, é feita, primeiro, a assistência na hemorragia, podendo ser por meio de compreensão direta ou com torniquete, se for necessário. Depois, se faz a abertura das vias aéreas, posteriormente a ventilação e circulação, verificando o pulso centraldo trabalhador. Depois é feita a avaliação neurológica e a exposição.
Desastres
Os desastres podem assumir várias formas, incluindo terrorismo, explosões e o uso de armas de destruição em massa (ADM). No entanto, muitos dos maiores acidentes industriais estão relacionados a explosões, incêndios e outros eventos causados por substâncias químicas perigosas.
Quando ocorre um desastre, é crucial uma resposta rápida e eficaz para lidar com a situação. Isso geralmente envolve realizar simulados e treinamentos para preparar as equipes de emergência.
Após o desastre, é necessário focar na recuperação, mitigação de danos e prevenção de futuros incidentes.
Os principais elementos da resposta a desastres incluem:
Busca e resgate: Procurar e resgatar os indivíduos afetados pelo evento.
Triagem e estabilização inicial: Avaliar e categorizar as vítimas de acordo com a gravidade dos ferimentos ou enfermidades e fornecer atendimento médico direcionado.
Rastreamento do paciente: Identificar individualmente as vítimas para controle durante o atendimento.
Atendimento médico definitivo: Prestar cuidados médicos especializados às vítimas.
Evacuação: Transportar as vítimas feridas para longe do local do desastre.
Um método comum usado para triagem de vítimas é o método START (Simple Triage and Rapid Treatment), que classifica as vítimas de acordo com a gravidade dos ferimentos em cores:
Cor Vermelha: Primeira Prioridade - Vítimas em estado crítico que necessitam de atendimento imediato.
Cor Amarela: Segunda Prioridade - Vítimas que podem esperar pelo atendimento das vítimas da cor vermelha.
Cor Verde: Terceira Prioridade - Vítimas com lesões leves ou sem risco imediato à vida.
Cor Preta ou Cinza: Ausência de Prioridade - Vítimas fatais ou com lesões tão graves que a sobrevivência é improvável.
Manobra de Heimlich: Utilizada para desengasgar uma pessoa que está engasgada. Consiste em posicionar-se atrás da pessoa, localizar a cicatriz umbilical, cerrar o punho com o polegar em cima e aplicar uma pressão rápida e ascendente na região abdominal.
Escala Pré-Hospitalar de Cincinnati: Uma escala utilizada para avaliar casos de acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico. Avalia três sinais principais: queda facial, debilidade dos braços e alteração da fala. Se algum desses sinais estiver presente, pode indicar a ocorrência de um AVC.
Torniquete: Um dispositivo utilizado para conter o fluxo sanguíneo em uma extremidade do corpo, geralmente em casos de hemorragia grave. Deve ser aplicado de forma secundária, após tentativas de compressão direta com gaze ou compressa, e é usado quando essas medidas não conseguem controlar a hemorragia de forma eficaz.
Causas dos acidentes de trabalho
· Ato Inseguro: Refere-se à quando o trabalhador conscientemente viola os procedimentos de segurança estabelecidos. Exemplos incluem não utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPI), uso inadequado de ferramentas, permanecer debaixo de cargas suspensas, entre outros.
· Condição Insegura: Refere-se aos riscos decorrentes da falta de planejamento e de materiais deficientes. Exemplos incluem iluminação deficiente, proteção insuficiente em maquinário, entre outros.
· Fator Pessoal de Insegurança: Refere-se a fatores ligados ao indivíduo que podem contribuir para acidentes no ambiente de trabalho. Isso pode incluir problemas de saúde não tratados, alcoolismo, falta de conhecimento sobre procedimentos de segurança, entre outros.
Emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho): Deve ser emitida em 4 vias: uma para o INSS, uma para o segurado ou dependente, uma para o sindicato dos trabalhadores e uma para a empresa.
Investigação e Análise do Acidente: Todo acidente ocorrido dentro de uma empresa demanda a realização de um relatório de investigação de acidente e incidente.
Não há um modelo específico de relatório, cada empresa pode definir o seu.
Ordem de Serviço (OS) e Permissão de Trabalho: A identificação do conhecimento do trabalhador sobre os procedimentos de segurança do trabalho é verificada por meio da emissão da Ordem de Serviço e Permissão de Trabalho.
Na OS constam informações sobre a atividade a ser realizada e os riscos associados a essa atividade.
Dias Debitados: Estes são os dias que são "debitados" do total de dias trabalhados devido a incapacidade permanente ou morte do trabalhador. Esses dias são utilizados no cálculo do tempo total de ausência ou incapacidade relacionada ao trabalho.
Tempo Computado: É o tempo total contabilizado para um trabalhador que sofreu um acidente no trabalho. Inclui os dias perdidos devido à incapacidade temporária total (ou seja, os dias em que o trabalhador está ausente devido ao acidente), bem como os dias debitados devido a incapacidade permanente, total ou parcial, ou em caso de morte.
Taxa de Frequência de Acidentes (FA): (N x 1.000.000) / H
N é o número de acidentes e H é o total de horas-homem de exposição ao risco. 
 Esta é uma medida que expressa a frequência com que os acidentes ocorrem em uma determinada população de trabalhadores, normalmente expressa em acidentes por milhão de horas-homem de exposição ao risco. Essa taxa indica quantos acidentes ocorrem a cada milhão de horas trabalhadas.
Taxa de Gravidade (G): (T x 1.000.000) / H
T é o tempo computado e H é o total de horas-homem de exposição ao risco.
Esta medida expressa a gravidade dos acidentes com afastamentos, levando em consideração o tempo computado (que inclui os dias perdidos e debitados) por milhão de horas-homem de exposição ao risco. Essa taxa indica quantos dias computados ocorrem a cada milhão de horas trabalhadas.
SAT (Seguro Acidente do Trabalho):
 O SAT é um seguro obrigatório que as empresas devem pagar para cobrir os custos dos acidentes de trabalho e das doenças ocupacionais. Ele é calculado com base na folha de pagamento de salários da empresa (FPS), no RAT (Riscos Ambientais no Trabalho) e no FAP (Fator Acidentário de Prevenção). A fórmula para calcular o SAT é SAT = FPS × RAT × FAP. 
RAT (Riscos Ambientais no Trabalho): 
O RAT é um percentual utilizado no cálculo do SAT e varia de acordo com a classificação de risco da empresa, que é determinada pelo seu CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Ele pode ser de 1%, 2% ou 3%, representando riscos mínimo, médio e alto, respectivamente.
Iceberg de Heinrich:
O método de avaliação de custos de acidentes de trabalho desenvolvido por Heinrich é bastante influente e ainda é utilizado como referência na área de saúde e segurança do trabalho.
Heinrich criou uma representação gráfica conhecida como "Iceberg de Heinrich", que visualmente demonstra a relação entre os custos diretos e indiretos dos acidentes de trabalho. 
Os custos diretos incluem as indenizações pagas pelas empresas e seguradoras.
Os custos indiretos envolvem uma série de fatores, como tempo perdido do trabalhador, tempo perdido de outros trabalhadores, custos de substituição, manutenção de equipamentos danificados, redução na produção, entre outros
Heinrich estimou que o custo indireto de um acidente é cerca de quatro vezes o custo direto. Isso significa que os custos indiretos tendem a ser significativamente maiores do que os custos diretos.
Atualmente, na prevenção de acidentes, os principais programas são:
· Elaboração do Projeto de Prevenção e Combata e Incêndio
· Elaboração do Plano de Atendimento a Emergência – PAE;
· Avaliação de Riscos – AR;
· Projetos de Proteção Coletiva e Individual;
· Treinamentos, entre outros.
Construção:
Exposição ao amianto/asbeto, que pode causar Asbestose.
Indústrias:
Exposição a poeira, produtos químicos e fumos de solda, aumentando o risco de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), asma e rinite.
Área da Saúde:
Riscos: Inalação do pó encontrado em luvas de látex, podendo causar asma grave.
Indústria Têxtil:
 Exposição à poeira de algodão, levando à bissinose (pulmão marrom), um estreitamento das vias respiratórias.
Panificação:
Acúmulo do pó da farinha nas vias aéreas, causando asma.
IndústriaAutomobilística:
Exposição ao isocianato em tintas em spray, provocando alergias e desconforto respiratório.
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Efeitos da radiação ionizante nos serem humanos:
Classificação segundo a Dose Absorvida: 
· Estocásticos: transformação celular. Não se relaciona com a quantidade de dose. Ex: câncer.
· Determinísticos: morte celular. Só acontece a partir de determinada dose. Ex: catarata, leucopenia.
Classificação segundo ao Tempo de Manifestação:
· Imediato
· Tardio
Classificação segundo ao Nível de dano: 
· Somáticos
· Genéticos
Mineração:
Exposição à poeira das minas, liberando sílica, ocasionando silicose ou antracose (ou "pulmão preto", devido ao pó do carvão).
Destaca-se a antracose, por poeira do carvão.
Bombeiros:
Exposição a produtos químicos presentes na fumaça de incêndios, prejudiciais aos pulmões.
Soldadores:
Exposição a fumos de solda, associados a uma variedade de metais, como ferro, manganês, silício, cádmio, chumbo, cobre, entre outros, podendo causar desde asma até câncer de pulmão.
Entre eles, destaca-se o óxido de ferro, que pode causar siderose (pulmão de soldador).
O que é pneumoconiose?
Pneumoconiose são as doenças originadas pela inalação de pó principalmente no ambiente de trabalho. 
Asbestose: causada pela inalação de pó de amianto/asbeto.
Silicose: relacionada à inalação de sílica.
Antracose: oriunda da inalação de partículas de carbono derivadas do carvão ou grafite.
Siderose: decorrente da exposição a partículas de ferro.
Talcose: causada geralmente por processos de mineração e moagem do talco.
Bauxitose: por poeira de bauxita. (alumínio)
Beriliose: por poeira de berílio.
Bissinose: poeira de algodão.
Toxicologia ocupacional
1- Reconhecimento: Envolve a compreensão dos métodos, processos e operações no local de trabalho. Isso inclui o estudo das matérias-primas e produtos para identificar agentes tóxicos, além de entender suas propriedades químicas e toxicológicas.
2- Avaliação: Consiste na medição laboratorial dos agentes químicos para analisar sua tolerância no ambiente e no sistema biológico. Também é realizado um levantamento dos trabalhadores expostos, da jornada de trabalho e das condições do local, para embasar as próximas etapas.
3- Controle: Visa eliminar ou reduzir a exposição dos colaboradores aos agentes tóxicos. São desenvolvidas medidas para limitar a utilização de produtos e técnicas de trabalho, controlar o tempo de exposição e o número de trabalhadores expostos. Comissões e programas de controle são implementados para monitorar e controlar a situação, incluindo o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), melhoria das condições de ventilação e treinamento dos funcionários.
A acidificação da urina é uma medida emergencial importante em casos de intoxicações por fármacos que são bases fracas. Isso ocorre porque o pH ácido da urina favorece a excreção dos fármacos, acelerando sua eliminação do organismo. Quando a urina é acidificada, os fármacos que são bases fracas se tornam mais ionizados e, portanto, mais solúveis em água, o que facilita sua excreção pelos rins.
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