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UNIMETROCAMP – LUIZ ALBERTO CARVALHO MENEGUETTI – 1911516198 REGISTRO ACADEMICO – 3 SEMESTRE NOTURNO
DIREITOS HUMANOS – AVALIACAO 2
MAIO 2020
Questões 
1) O que é “Justiça de Transição”? 
Justiça de transição é o período pós autoritarismo, onde o estado entra em um processo de redemocratização e é necessário uma serie de ações para que esse período seja iniciado de maneira responsável e correta.
O que principalmente é observado nesse processo que muitas vezes é realizado de forma lenta é a busca pelos direitos violados no período anterior, onde o resultado desta busca é a legitimação pelo estado da observância destes direitos.
Este período tem como foco politicas publicas e um sistema de justiça de maneira plena e eficaz para a construção de um estado de direito.
Na doutrina se é considerado 5 eixos para se encontrar os direitos que foram tão amplamente violados no período de autoritarismo desenfreado, são eles:
1. A verdade exposta de maneira transparente para sociedade, o que muitas vezes é sistematicamente escondido pelos governantes autoritários com a censura.
2. A justiça para os agentes violadores, que trouxeram horrores para a sociedade que sofreu por esse período, no caso do Brasil durante 21 anos.
3. Que as vitimas sejam reparadas, de alguma forma, apos as violações que sofreram, lembramos aqui que como as atrocidades são profundas, muitas vezes fica impossível a reparação plena por parte do estado, mas deve-se buscar o máximo possível, fica aqui o questionamento, como reparar por exemplo uma vida perdida?
4. A reforma institucional para que os direitos fundamentais sejam a égide principal que norteará os próximos passos de uma sociedade altamente dilacerada por períodos de horrores que são cometidos nos períodos ditatoriais.
5. A propaganda da memoria do passado, para que seja relembrado de forma verdadeira com o único e exclusivo objetivo que não se repita novamente estas situações, isso é muitíssimo importante para que o verme do autoritarismo e fascismo não ande rondando e seja germinado nas próximas gerações.
Deve-se ser feito essa justiça de transição no âmbito politico e social, sendo levado inclusive e primeiramente nas cadeias educacionais de ensino, para disseminação sistêmica para as próximas gerações.
Afinal como brilhantemente disse Edmund Burke:
“Um povo que não conhece a sua historia esta condenado a repeti-la”
2) Qual a diferença existente entre as ações afirmativas e transformativas das ações discriminatórias? 
Apos uma carga histórica carregada de injustiças fica claro que necessitamos de politicas para igualar a todos, pois alguns estão em desigualdades gritantes em relações a outros, alguns grupos necessitam de forma mais incisiva de politicas protecionistas para que todos sejam pautados em igual patamar.
A ações discriminatórias aconteceram ao longo de toda historia e evolução humana, presente sempre por raízes culturais, sociais, financeiras, de produção, religião, instituições de justiça e inúmeros outros fatores, onde uma parcela é privilegiada em detrimento de outra, temos como exemplos históricos a escravidão de negros através dos colonizadores europeus, e as castas indianas, para citar somente uma pequena parcela de segregação
Essa percepção deu origem a tratados internacionais para protegê-los, principalmente de fatores históricos notórios, como a redução de negros, mulheres, pobres.
Estes tratados estipularam as ações afirmativas que tentam através de ações todos a igualdade, estas ações são politicas compensatórias que visam diminuir todas as atrocidades dos grupos menos favorecidos que foram massacrados através de anos, seculos.
Historicamente criadas nos Estados Unidos, foram futuramente aplicadas no mundo inteiro, elas causam distinção para que sejam igualados os que são tratados de forma desigual.
O que deve ser observado é que as ações afirmativas não podem trazer privilégios a esses indivíduos pois isso traria problemas ainda maiores as desigualdades e preconceitos.
Para que funcione de maneira eficaz, estas ações devem ser objetivas, identificando o grupo que deve ser aplicado a politica, proporcional ou seja sem privilégios, razoável para que não exista nenhuma injustiça, com uma finalidade pontual, com um tempo estabelecido de forma temporária e sem ônus excessivo para que os que não forem afetados pelas politicas sejam prejudicados.
Estas são medidas concretas para eliminar de uma vez por todas as injustiças que são tão inerentes a sociedade e historia humana, foi trazida a tona pela primeira vez em 1948 na Declaração Universal dos Direitos Humanos, após principalmente as atrocidades cometidas por Hitler.

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