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DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS MACRONUTRIENTES PROFESSORA DRA. LAVOISIANA LACERDA 1 Digestão e Absorção dos Carboidratos Professora Lavoisiana Digestão e Absorção dos Carboidratos Professora Lavoisiana Polissacarídeos digeríveis: começa a hidrólise na boca → AMILASE – PTIALINA presente na saliva (pH neutro); Saliva: umedece o alimento para que ele possa passar facilmente para o esôfago através de movimento peristálticos e da mastigação; Sua ação cessa no estômago (HCl) Esôfago: duto formado por anéis musculares cuja contração e relaxamento longitudinais provoca o estreitamento do esôfago – peristaltismo – passagem para o estômago. ‘ Estômago (pH de 1,0 a 2,0): pH impede a proliferação de bactérias que poderia ocorrer devido ao longo tempo de permanência do alimento; Produção do suco digestivo (água, enzimas – pepsina e lipase gástrica e HCl) é estimulado por um hormônio GASTRINA controlado por estimulação nervosa Os polissacarídeos que não sofreram açao da ptialina iniciam sua hisrólise no intestino delgado - AMILASE do pâncreas e do intestino, estimuladas pelo hormonio SECRETINA Bicarbonato de sódio (NaHCO3) produzido pelo suco pancreático (pH 8,0-9,0) neutraliza o bolo ácido Esfíncter pilórico: controla a passagem do alimento do estômago para o intestino Se mantém fechada; Quando o esfíncter relaxa, parte do bolo alimentar passa para o intestino; O contato do bolo ácido com a mucosa intestinal provoca o fechamento da válvula. Quando o ácido é neutralizado, a válvula abre-se novamente e mais alimento chega ao intestino; Velocidade de passagem do estômago para o intestino é de aprox. 1cm/min, chegando de 3 até 10 horas para chegar até a válvula ileocecal, gastando 1.500ml de saliva INTESTINO DELGADO, formado por: Membrana interna: mucosa muscular; Membrana intermediária: lâmina de tecido conjuntivo, formado por vasos sanguíneos, linfáticos, nervos, tecido muscular liso e glóbulos brancos; Membrana externa: células epiteliais - vilosidades DUODENO: 0,3m de comprimento, responsável pela digestão do bolo alimentar JEJUNO: 1 a 2 m de comprimento, onde ocorre a absorção da maior dos nutrientes; ÍLEO: 1,5m de comprimento, onde se dá a absorção de água, vitaminas e minerais, além da fermentação de alimentos não digeríveis pelas enzimas Celulose: não sofre digestão pelas enzimas, porém alguma digestão é conseguida no intestino grosso pelas bactérias presentes neste local; Algumas pessoas, por motivos congênitos, não conseguem sintetizar maltase, lactase ou invertase, não digerindo os respectivos dissacarídeos – serão fermentados no intestino grosso causando diarréia A glicose é transportada em velocidade maior que a galactose porque tem maior afinidade pelo transportador; A frutose é absorvida por processo passivo, sendo instantaneamente convertida em glicose conforme atravessa o epitélio (quanto mais difícil for a transformação do monossacarídeo em glicose, mais lenta é absorção Os mono absorvidos são levados para o fígado e então a glicose é distribuída; Uma das vias é a formação do glicogênio hepático e muscular Absorção da glicose: do intestino à célula Vilosidades intestinais → transporte ativo → capilares → veia Porta → Fígado → sangue → células teciduais (difusão facilitada estimulada pela insulina) Alto > 80: baguetes, pães à base de farinha de trigo branca, cornflakes, tortas, melancia, açucar, achocolatados, doces em geral, tapioca, batata frita Médio > 60-80: pães à base de cevada, pão de aveia, arroz branco, biscoito água e sal, abacaxi, beterraba, pipoca, feijão preto, pure de batata, batata inglesa Baixo <55: pão de centeio,pão de linhaça e soja, aveia, arroz integral, arroz da terra, cereais de aveia, macarrão, leites, iogurtes, banana, furtas com casca, cenoura, leguminosas, batata-doce, inhame, milho, sucos sem açucar. Índice Glicêmicos dos alimentos 31 33 34 35 36 A maior parte da digestão dos lípides acontecem no intestino delgado pela ação da lipase pancreática e da bile A bile é formada por sais de sódio, bicarbonato de sódio → caráter básico ao meio → saponificação → a tensão dos glóbulos de gordura diminui → emulsificação Os ácidos graxos provenientes da digestão forma com a bile MISCELAS que são levadas até a membrana intestinal para absorção Na ausencia dos sais biliares 50% da gordura vai p fezes A lipase pancreática é a enzima mais importante da digestão das gorduras e absorção no lúmen intestinal; Qualquer inflamação no pâncreas ou no fígado impede a síntese dessa enzima → não ocorre absorção das gorduras → 50% da gordura ingerida vai para as fezes Absorção dos lipídeos São absorvidos pela mucosa intestinal na forma de colesterol, ácido graxo livre, glicerol e monoglicerídeos, onde são ressintetizados em triglicérides ou fosfolipídeos → SÍNTESE DE NOVO → os novos triglicerídeos são expelidos das vilosidades intestinais pelos quilomícrons Os ácidos graxos de cadeia média (menos de 10 carbonos) cruzam a mucosa do estomago e do intestino sem reesterificação e voa direto para o fígado A quantidade de lipídeos no sangue varia de 10 até no máximo 200mg/ml de plasma. Lipemia máxima ocorre após 4 horas da ingestão. A quantidade de colesterol varia de 140 a 260mg por 100ml de plasma Pelo fatos dos lipídeos serem apolares demais para circular no plasma, há a necessidade de compostos como lipoproteínas e quilomícrons para levá-los até os tecidos A albumina é a proteína da estrutura da lipoproteína que ajuda no transporte pela corrente sanguínea; Lipoproteínas: VLDL: transportam os TGC sintetizados no fígado; LDL: possui afinidade pela parede arterial. Alto consumo de gordura saturada provoca aumento da LDL e com isso risco aumentado de arteroesclerose, placa de ateroma. HDL: por te mais proteína do que colesterol, tem função protetora (varredura de gordura sérica); Quilomícrons: possuem mais lipídeos e são os primeiros transportadores de gordura após sua ingestão. Levam a gordura das vilosidades intestinais até o fígado Os TGC entram na corrente sanguínea e são decompostos em ácido graxo livre e glicerol pela lipase dos vasos; AGL é utilizado como fonte de energia pelos músculos ou estocados no tecido adiposo; No tec. Adiposo ocorre hidrólise do TGC para a liberação de AGL que serão oxidados na mitocôndria para o fornecimento de energia Polissacarídeos digeríveis: começa a hidrólise na boca → AMILASE – PTIALINA presente na saliva (pH neutro); Saliva: umedece o alimento para que ele possa passar facilmente para o esôfago através de movimento peristálticos e da mastigação; Sua ação cessa no estômago (HCl) Esôfago: duto formado por anéis musculares cuja contração e relaxamento longitudinais provoca o estreitamento do esôfago – peristaltismo – passagem para o estômago. ‘ Estômago (pH de 1,0 a 2,0): pH impede a proliferação de bactérias que poderia ocorrer devido ao longo tempo de permanência do alimento; Produção do suco digestivo (água, enzimas – pepsina e lipase gástrica e HCl) é estimulado por um hormônio GASTRINA controlado por estimulação nervosa Os polissacarídeos que não sofreram açao da ptialina iniciam sua hisrólise no intestino delgado - AMILASE do pâncreas e do intestino, estimuladas pelo hormonio SECRETINA Bicarbonato de sódio (NaHCO3) produzido pelo suco pancreático (pH 8,0-9,0) neutraliza o bolo ácido Esfíncter pilórico: controla a passagem do alimento do estômago para o intestino Se mantém fechada; Quando o esfíncter relaxa, parte do bolo alimentar passa para o intestino; O contato do bolo ácido com a mucosa intestinal provoca o fechamento da válvula. Quando o ácido é neutralizado, a válvula abre-se novamente e mais alimento chegaao intestino; Velocidade de passagem do estômago para o intestino é de aprox. 1cm/min, chegando de 3 até 10 horas para chegar até a válvula ileocecal, gastando 1.500ml de saliva INTESTINO DELGADO, formado por: Membrana interna: mucosa muscular; Membrana intermediária: lâmina de tecido conjuntivo, formado por vasos sanguíneos, linfáticos, nervos, tecido muscular liso e glóbulos brancos; Membrana externa: células epiteliais - vilosidades DUODENO: 0,3m de comprimento, responsável pela digestão do bolo alimentar JEJUNO: 1 a 2 m de comprimento, onde ocorre a absorção da maior dos nutrientes; ÍLEO: 1,5m de comprimento, onde se dá a absorção de água, vitaminas e minerais, além da fermentação de alimentos não digeríveis pelas enzimas Celulose: não sofre digestão pelas enzimas, porém alguma digestão é conseguida no intestino grosso pelas bactérias presentes neste local; Algumas pessoas, por motivos congênitos, não conseguem sintetizar maltase, lactase ou invertase, não digerindo os respectivos dissacarídeos – serão fermentados no intestino grosso causando diarréia A glicose é transportada em velocidade maior que a galactose porque tem maior afinidade pelo transportador; A frutose é absorvida por processo passivo, sendo instantaneamente convertida em glicose conforme atravessa o epitélio (quanto mais difícil for a transformação do monossacarídeo em glicose, mais lenta é absorção Os mono absorvidos são levados para o fígado e então a glicose é distribuída; Uma das vias é a formação do glicogênio hepático e muscular Absorção da glicose: do intestino à célula Vilosidades intestinais → transporte ativo → capilares → veia Porta → Fígado → sangue → células teciduais (difusão facilitada estimulada pela insulina) Alto > 80: baguetes, pães à base de farinha de trigo branca, cornflakes, tortas, melancia, açucar, achocolatados, doces em geral, tapioca, batata frita Médio > 60-80: pães à base de cevada, pão de aveia, arroz branco, biscoito água e sal, abacaxi, beterraba, pipoca, feijão preto, pure de batata, batata inglesa Baixo <55: pão de centeio,pão de linhaça e soja, aveia, arroz integral, arroz da terra, cereais de aveia, macarrão, leites, iogurtes, banana, furtas com casca, cenoura, leguminosas, batata-doce, inhame, milho, sucos sem açucar. Índice Glicêmicos dos alimentos 91 93 94 95 96 Digestão e Absorção dos Lípides Professora Lavoisiana A maior parte da digestão dos lípides acontecem no intestino delgado pela ação da lipase pancreática e da bile A bile é formada por sais de sódio, bicarbonato de sódio → caráter básico ao meio → saponificação → a tensão dos glóbulos de gordura diminui → emulsificação Os ácidos graxos provenientes da digestão forma com a bile MISCELAS que são levadas até a membrana intestinal para absorção Na ausencia dos sais biliares 50% da gordura vai p fezes A lipase pancreática é a enzima mais importante da digestão das gorduras e absorção no lúmen intestinal; Qualquer inflamação no pâncreas ou no fígado impede a síntese dessa enzima → não ocorre absorção das gorduras → 50% da gordura ingerida vai para as fezes Absorção dos lipídeos São absorvidos pela mucosa intestinal na forma de colesterol, ácido graxo livre, glicerol e monoglicerídeos, onde são ressintetizados em triglicérides ou fosfolipídeos → SÍNTESE DE NOVO → os novos triglicerídeos são expelidos das vilosidades intestinais pelos quilomícrons Os ácidos graxos de cadeia média (menos de 10 carbonos) cruzam a mucosa do estomago e do intestino sem reesterificação e voa direto para o fígado A quantidade de lipídeos no sangue varia de 10 até no máximo 200mg/ml de plasma. Lipemia máxima ocorre após 4 horas da ingestão. A quantidade de colesterol varia de 140 a 260mg por 100ml de plasma Pelo fatos dos lipídeos serem apolares demais para circular no plasma, há a necessidade de compostos como lipoproteínas e quilomícrons para levá-los até os tecidos A albumina é a proteína da estrutura da lipoproteína que ajuda no transporte pela corrente sanguínea; Lipoproteínas: VLDL: transportam os TGC sintetizados no fígado; LDL: possui afinidade pela parede arterial. Alto consumo de gordura saturada provoca aumento da LDL e com isso risco aumentado de arteroesclerose, placa de ateroma. HDL: por te mais proteína do que colesterol, tem função protetora (varredura de gordura sérica); Quilomícrons: possuem mais lipídeos e são os primeiros transportadores de gordura após sua ingestão. Levam a gordura das vilosidades intestinais até o fígado Os TGC entram na corrente sanguínea e são decompostos em ácido graxo livre e glicerol pela lipase dos vasos; AGL é utilizado como fonte de energia pelos músculos ou estocados no tecido adiposo; No tec. Adiposo ocorre hidrólise do TGC para a liberação de AGL que serão oxidados na mitocôndria para o fornecimento de energia Definição Classe geral que engloba as gorduras e óleos; As gorduras são triglicerídeos de cadeia média e a longa, sólidas a temperatura ambiente e contém mais ácidos graxos saturados que os óleos; Os óleos são triglicerídeos de peso molecular inferior (12 a 20 carbonos), são líquidos à temperatura ambiente e contém mais ácidos graxos insaturados que as gorduras A margarina é o produto de hidrogenação do óleo para a obtenção da gordura 126 127 Gorduras de laticínios: encontra-se ácidos graxos pequenos, formados por cadeia de 4 a 8 carbonos Óleos de côco e de palmeira: encontra-se ácidos graxos formados por cadeia de 8 a 12 carbonos Gordura animal: com cadeia maior que 12 carbonos Ácidos graxos essencias: Poliinsaturados ω-3: linolênico (18:3) eicosapentaenóico (20: 5) e docosapentaenóico (22:6) → são encontrados em óleo de peixe do Atlântico Norte → são alimentos funcionais, pois evitam a formação da placa de ateroma, diminuem a PA, aumentam HDL e reduzem LDL. ω-6: linoléico (18:2) e araquidônico (20:4) são responsáveis pela integridade da pele e pelo funcionamento renal 131 Ingestão considerada saudável dos lipídeos dietéticos: Poliinsaturado/saturado: 2:1, quando atinge menos de 10% de gordura saturada do total das calorias fornecidas para o dia O total recomendado de calorias fornecidas pelos lipídeos na dieta não deve ultrapassar os 30% do total energético Fonte alimentar % gordura % saturação % insaturação Coração 6 50 50 Galinha 10-17 30 70 Carne 16-42 52 48 Carneiro 19-29 60 40 Presunto 23 45 55 Porco 32 45 55 Manteiga 81 55 36 Margarina 81 26 66 Óleo de girassol 47 0 73 Óleo de milho 100 7 78 Óleo de oliva 100 14 86 Óleo de soja 100 14 71,5 Fontes dietéticas comuns de gordura saturada e insaturada Características químicas As gorduras dos animais diferem de espécie para espécie e também nas diferentes parte do animal, conferindo-lhes PONTO DE FUSÃO ESPECÍFICOS Ponto de fusão inversamente proporcional a quantidade de ácidos graxos insaturados A gordura do porco tem a consistência mais mole por conter menor ponto de fusao, ou seja, maior quantidade de AGI em relaçao ao boi e ao carneiro Porcentagem de insaturação dos óleos (escala decrescente): oliva, canola, girassol, soja, milho. 135 Digestão e Absorção das Proteinas Professora Lavoisiana Digestão das proteínas 1. Inicia-se no estomago pela presença do ácido clorídrico que reduz muito o pH e provoca a desnaturação protéica → quebra das estruturas quaternárias e terciárias → ação das enzimas digestivas 2. Após a abertura das cadeias peptídicas e da exposição das ligações, as proteínas sofrem a ação da PEPSINA(endopeptidase), sintetizada pelas glândulas situadas na parede do estomago É considerada um endopeptidase porque hidrolisa ligações peptídicas no interior da cadeia, formando moléculas menores que seguirão para o intestinodelgado 3. Os polipeptídeos provenientes do estomago sofrem no intestino a ação de 3 sucos digestivos alcalinos: do pâncreas, do intestino delgado e do fígado; 4. No intestino delgado tem a ação basicamente de 3 enzimas: 4.1 Tripsina: age na ligação peptídica onde a carboxila tenha sido oferecido por um aminoácido dibásico como lisina e arginina 4.2. Elastase: seletiva para cadeias laterais menores; 4.3. Quimiotripsina: age na ligação peptídica onde a carboxila tenha sido oferecido por um aminoácido aromático, tipo tirosina, triptofano, fenilalanina e de grandes radicais hidorfóbicos como metionina 5. ainda no intestino delgado: os peptídeos menores sofrerão açao de dipeptidases e exopeptidases – carboxipeptidases e aminopeptidases (enzimas que hidrolisam as ligações peptídicas terminais) 5.1. Carboxipeptidases: ataca a parte terminal da cadeia que possui o grupo carboxila livre 5.2. Aminopeptidases: ataca a parte terminal da cadeia que possui o grupo amina livre 6. Os fatores antinutricionais das proteínas devem ser inativados por tratamento térmico para não afetar a digestibilidade e o aproveitamento pelo organismo → 10% é eliminado nas fezes A digestibilidade depende da estrutura da proteína, das condições de tratamento térmico e dos fatores antinutricionais; Digestibilidade média é de 92% ABSORÇÃO DAS PROTEÍNAS Os aminoácidos livres atravessam a parede do intestino delgado são absorvidos no interior do jejuno e do íleo através das vilosidades. são absorvidos por transporte ativo – cotransporte de sódio; São levados até o fígado pelo sistema porta hepático para posterior distribuição às células. A concentração de aminoácidos no sangue é baixa, pois ao sair do fígado ele são prontamente absorvidos pelas células image2.png image3.png image4.png image1.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.png image24.png image25.png image26.png image27.png image28.png image29.png image30.png image31.png image32.png image33.png image34.png image35.png image36.png image37.png image38.png image39.png image40.png image41.png image42.png image43.png image44.png image45.png image46.png image47.png image48.png image49.png image50.png image51.png image52.png image53.png image54.wmf image55.png image56.png image57.png image58.jpeg image59.png image60.jpeg
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