Buscar

Estudo de Caso: Hidrocefalia Infantil

Prévia do material em texto

Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - UNICEPLAC Curso de Enfermagem
Estágio Curricular Supervisionado I
Estudo de caso: Unidade Básica de Saúde 02 – Gama/DF
Gama-DF 2023
Geovanna de Paula Lima Jheyce Lara Pereira Cardoso Ingrid Lohany de Paula Araujo Isabelle Cristine Silva Cabral Larissa Almeida Corrêa
Estudo de caso: Unidade Básica de Saúde 02 – Gama/DF
Estudo de Caso apresentado como requisito para conclusão do cenário de Estágio em UBS 2 pelo Centro Universitário do Planalto Central Aparecido dos Santos – Uniceplac.
Docente: Prof (a). Cristina Goulart
Gama-DF,
01 de novembro de 2023.
1 HISTÓRICO
Paciente C.N.N sexo feminino, com 3 meses e 3 dias compareceu à unidade trazida pela mãe para consulta de CD. Paciente com mielo. Mãe refere amamentação somente com fórmula NAN e sono preservado. Paciente apresenta diarreia crônica. Vacinação em dia. Criança ativa, corada, eupneica, responsiva. Cabeça hidrocefálica em tamanho e forma, aumento do osso frontal e parental, couro cabeludo limpo, com normal distribuição dos fios do cabelo. Ausculta Pulmonar (AP): murmúrios vesiculares fisiológicos distribuídos com roncos a esquerda (MVFD). Ausculta Cardíaca (AC): bulhas rítmicas normofonéticas em 2t sem sopro (2BRNF sem sopro). (ABD): simétrico, semi- globoso, timpânico, normotenso, ruídos hidroaéreos presentes (RHA+), com normoperistalse, coto umbilical/cicatriz umbilical com boa higienização, sem sinais flogísticos/sem alterações. Presença de cicatriz da cirurgia de DVP. Genitálias avaliadas, com presença de assadura. Membros superiores (MMSS) simétricos, corados, sem deformidades, membros inferiores (MMII) simétricos, corados sem deformidades, mobilidade, sem lesões. Reflexos: sucção +, deglutição + com ronco laríngeo, busca + -. Com boa perfusão periférica. Apresentando boa interação mãe filha.Curvas de crescimento, desenvolvimento, estatura e peso adequado para a idade, IMC:18,08, perímetro cefálico:38 cm. Peso:5,67Kg.
Patologia: Hidrocefalia (hidro = água + céfalo = cabeça) é uma condição que se caracteriza pelo acúmulo do líquido cefalorraquidiano (LCR) nos ventrículos cerebrais (cavidades intercomunicantes localizadas em áreas do encéfalo) e no espaço subaracnoide entre as membranas aracnoide e pia-mater das meninges. Esse acúmulo pode ser causado por um desequilíbrio entre a produção e a reabsorção do líquido cefalorraquidiano ou por algum tipo de obstrução que impeça sua circulação e drenagem. O fato é que o excesso retido faz os ventrículos cerebrais dilatarem, o que pode provocar compressão e danos nas estruturas encefálicas.
Fisiopatologia: O LCR é formado no plexo coroide e circula pelos ventrículos e espaço subaracnoide, sendo reabsorvido para a circulação venosa sistêmica pelas granulações aracnoideas. O desequilíbrio entre a entrada e saída do liquor resulta em hidrocefalia.
A mielomeningocele é caracterizada como uma malformação embrionária que ocorre no sistema nervoso central, nas primeiras quatro semanas de gestação. Ela ocorre por conta de uma falha no processo normal de fechamento do tubo neural. Também é conhecida como espinha bífida aberta, é uma malformação congênita na coluna vertebral. Acontece quando as meninges, raízes nervosas e medula ficam expostas, formando um saco nas costas do bebê, dentro deste estão expostos os tecidos e nervos, isso faz com que o mesmo esteja propenso a uma série de infecções.
2 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Padrão respiratório ineficaz relacionado a lesão da medula espinal.
Risco para infecção relacionada a destruição de tecidos e exposição ambiental aumentada.
 (
4
)
3 PLANEJAMENTO	DA	ASSISTÊNCIA	DE	ENFERMAGEM	(PLANO ASSISTENCIAL)
O tratamento da hidrocefalia pode envolver intervenções cirúrgicas, dependendo da causa e gravidade. As opções cirúrgicas incluem a colocação de um shunt (derivação) cerebral, que é um dispositivo médico usado para drenar o excesso de líquido cefalorraquidiano do cérebro para outra parte do corpo, como o abdômen, onde pode ser absorvido pelo organismo. Outra opção é a terceiro ventriculostomia endoscópica, na qual um pequeno buraco é criado no terceiro ventrículo do cérebro para permitir o escoamento do líquido.
O tipo de intervenção depende da causa subjacente da hidrocefalia, da idade do paciente e de outros fatores clínicos. É importante consultar um neurocirurgião ou especialista em neurologia para avaliar e determinar o tratamento mais apropriado para cada caso.
4 PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM (IMPLEMENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA)
Utilização técnicas assépticas durante os cuidados para prevenir infecções na área da lesão. Monitorar sinais e sintomas de disfunção neurológica, como alterações sensoriais, déficits motores, convulsões, entre outros, e comunicar à equipe médica.
Incentivar o desenvolvimento e a estimulação precoce, adaptando atividades para atender às necessidades do paciente.
orientar a família sobre cuidados domiciliares, medicação, prevenção de complicações e suporte emocional.
Oferecer suporte emocional ao paciente e à família, ajudando-os a lidar com os desafios associados à condição.
5 AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM (EVOLUÇÃO)
Paciente C.N.N sexo feminino, com 3 meses e 3 dias compareceu à unidade trazida pela mãe para consulta de CD. Paciente com mielo. Mãe refere amamentação somente com fórmula NAN e sono preservado. Paciente apresenta diarreia crônica. Vacinação em dia. Criança ativa, corada, eupneica, responsiva. Cabeça hidrocefálica em tamanho e forma, aumento do osso frontal e parental, couro cabeludo limpo, com normal distribuição dos fios do cabelo. Ausculta Pulmonar (AP): murmúrios vesiculares fisiológicos distribuídos com roncos a esquerda (MVFD). Ausculta Cardíaca (AC): bulhas rítmicas normofonéticas em 2t sem sopro (2BRNF sem sopro). (ABD): simétrico, semi- globoso, timpânico, normotenso, ruídos hidroaéreos presentes (RHA+), com normoperistalse, coto umbilical/cicatriz umbilical com boa higienização, sem sinais flogísticos/sem alterações. Presença de cicatriz da cirurgia de DVP. Genitálias avaliadas, com presença de assadura. Membros superiores (MMSS) simétricos, corados, sem deformidades, membros inferiores (MMII) simétricos, corados sem deformidades, mobilidade, sem lesões. Reflexos: sucção +, deglutição + com ronco laríngeo, busca + -. Com boa perfusão periférica. Apresentando boa interação mãe filha.Curvas de crescimento, desenvolvimento, estatura e peso adequado para a idade, IMC:18,08, perímetro cefálico:38 cm. Peso:5,67Kg.
REFERÊNCIAS
Figueiras MG, Dytz JL. Avaliação do perfil de recém-nascidos portadores de defeitos do tubo neural. Bras Med. 2006.
Diagnóstico de enfermagem e propostas de intervenções em recém-nascido pré-termo em Unidade de Terapia Neonatal [monografia]. Brasília: Especialização em Enfermagem Materno-Infantil, Hospital Regional da ASA Sul; 2002.
BUENO, Mariana et al. Atuação do enfermeiro no tratamento de recém-nascido portador de deiscência de sutura em ferida cirúrgica para correção de mielomeningocele. Revista Mineira de Enfermagem 2015.
AMATO INSTITUTO DE MEDICINA AVANÇADA (São Paulo). Hidrocefalia, 2015.
Disponível em: https://www.neurocirurgia.com/content/hidrocefalia. Acesso em: 31 outubro 2023.
image1.png

Continue navegando

Outros materiais