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1 INTRODUÇÃO Os nutrientes farmacológicos são caracterizados não só por prevenirem e/ou corrigirem deficiências nutricionais, mas também por produzirem efeitos farmacológicos. (Chemin) As recomendações diárias diferem das usuais, de forma que os objetivos nutricionais e farmacológicos sejam atingidos. As pesquisas põem em evidência alguns nutrientes, como: (Chemin) Proteínas: arginina, glutamina, aminoácidos ramificados e ácidos nucléicos; Lipídeos: gorduras da série ômega-3 e 6, triacilgliceróis de cadeia curta; Vitaminas A, C, E e os elementos-traço zinco e selênio. Apesar disso, os nutrientes terapêuticos mais comumente utilizados são os ácidos graxos ômega 3, (EPA, DHA), antioxidantes, glutamina, arginina e nucleotídeos. (Dan, 2009) Esses nutrientes através da terapia nutricional parecem atuar farmacologicamente tanto na gênese como no tratamento clínico de algumas situações clínicas, de forma a: (Chemin) Potencializar ou minimizar a produção de radicais livres; Corrigir o perfil aminoacídico em doenças como as hepáticas e no trauma; Modular a resposta inflamatória no câncer, doenças auto-imunes e nos transplantes; Auxiliar na manutenção da integridade da mucosa intestinal e consequentemente prevenir a sepse de origem intestinal. Os nutrientes imunomoduladores atuam na resposta imunológica, estimulando-a ou suprimindo-a, dependendo da quantidade ingerida e/ou administrada desses nutrientes. Entretanto, a imunosupressão é de origem multifatorial, e diversas situações como desnutrição, infecção, cirurgias, tumores e etc. promovem imunosupressão. (Chemin) A maioria dos estudos com terapia nutricional imunomoduladora é heterogênea, mas mesmo assim evidenciou benefícios claros em termos de redução do tratamento intensivo e do tempo de internação hospitalar, diminuição de antibióticos e redução da freqüência de infecções. Os resultados tendem a ser positivos em pacientes cirúrgicos, pacientes de UTI e clínicos. (Dan, 2009) ESTADO NUTRICIONAL E RESPOSTA IMUNOLÓGICA (Chemin) O estado nutricional pode influenciar na resposta imunológica. A deficiência protéica por si só pode acarretar na redução: Na formação de anticorpos; Na responsividade das células T, na mitogênese e identificação de antígenos específicos; Na resposta do Teste de hipersensibilidade tardia; Nas funções dos macrófagos, ação dos linfócitos T e na produção de IL-1; No timo – deficiência das células T; Nas células T auxiliares e aumento nas T supressoras; Do epitélio intestinal. A deficiência de piridoxina, ácido pantotênico, ácido glutâmico bem como as demais vitaminas do complexo B acarreta na supressão da formação de anticorpos. Há concordância que a desnutrição grave resulta em prejuízos tanto nas respostas imunológicas mediadas pelas células como nas humorais. NUTRIENTES IMUNOMODULADORES A imunossupressão é multifatorial, sendo a desnutrição um dos fatores. A reversão da imunossupressão pode ocorrer com a melhora do estado nutricional, geralmente às custas de dietas hipercalóricas e hiperprotéicas. (Chemin) O fornecimento de calorias não protéicas em quantidades suficientes, em geral 35 a 55 kcal/kg de peso atual/dia e proteínas de 1,5 a 2g/kg de peso atual/dia tem sido suficientes para reverter a imunocompetência causada pela desnutrição. Porém, na prática clínica nem sempre correção da deficiência nutricional é suficiente para reverter o quadro de imunossupressão. Tem sido proposto também o uso de nutrientes de ação farmacológica para auxiliar na resposta imunológica. (Chemin) 1 – GLUTAMINA Prof. Cristina Fajardo Diestel cristinadiestel@nutmed.com.br NUTRIENTES IMUNOMODULADORES E SUAS APLICAÇÕES 2 - aminoácido condicionalmente essencial – torna-se essencial em situações de estresse (hipercatabolismo, câncer, politraumatismos, queimaduras) devido a sua grande utilização. No estresse prolongado, o intestino exige maiores quantidades deste aa, que não conseguem ser atendidas, acarretando queda de substrato energético e morte das células intestinais. A falência da barreira intestinal então favorece a translocação bacteriana, quem tem sido considerada a causa número 1 de infecções hospitalares. No jejum digestivo alterações semelhantes são observadas. (Chemin) - aminoácido mais abundante no organismo (60% dos aminoácidos intracelulares). - combustível primário para muitas células de replicação rápida – mucosa do intestino, linfócitos e macrófagos. - age mantendo o equilíbrio ácido-básico, é precursora de amônia urinária e também de nucletídeos, arginina, glutationa (substrato para síntese da enzima antioxidante glutationa peroxidase) e glicosamina. - estimula e regula a síntese protéica, colaborando para a retenção nitrogenada. - pode fornecer esqueleto de carbono para a gliconeogênese e é substrato básico para a gliconeogênese renal. Suplementação: (Dan, 2009 e Cuppari 2014) - a maior parte da glutamina administrada por via enteral, estimada em 70-80%, é metabolizada nas vísceras, com apenas uma fração dela chegando a circulação sistêmica. Alguns estudos optam por fazer glutamina parenteral, porém existe efetividade de sua suplementação por via enteral. - Vantagens da suplementação: - parece ajudar a manter a espessura da mucosa do TGI. - manter o conteúdo de DNA e de proteínas. - reduzir a bacteremia e a mortalidade após a quimioterapia e após a sepse e a endotoxemia. - aumenta a síntese de glutationa, o principal antioxidante produzido endogenamente. - expressão induzida de proteínas de choque térmico (HSP) que são envolvidas na proteção celular durante diversos estresses celulares. - reduz a gravidade da estomatite em pacientes submetidos a transplante de medula óssea. Na prática, a suplementação deste aa está indicada: (Chemin e Cuppari, 2014) Jejum digestivo – Suplementação via parenteral; Doenças inflamatórias intestinais e fases adaptativas pós-ressecções maciças; Hipercatabolismo: Câncer, choque, sepse, queimaduras severas; Transplantes, em especial, no de medula óssea; O uso da glutamina parenteral tem se mostrado eficaz na redução da translocação bacteriana como no aumento dos níveis de Ig A. Entretanto, resultados são contraditórios em relação a melhora da sua absorção intestinal e alertam para a hepatotoxicidade desse aminoácido. (Chemin) Alguns cuidados devem ser tomados para não inativar a glutamina: (Chemin) Administrar como medicamento; 10g em 3 vezes; Diluir em 30 ml de água ou em fluido isotônico; Misturar, apenas, em alimentos que não sofreram cocção; Não usar em alimentos ou bebidas quentes; Nas fórmulas enterais que já possuírem, suplementar apenas se não tiver atingido o recomendado; Preferencialmente infundir a glutamina em bollus; Atenção, pois dietas enterais com glutamina possuem uma vida útil menor. Doses recomendadas: (Chemin) Suplementação com finalidade imunoestimulante, tem sido recomendada: Adultos: 0,2 a 0,57g/kg peso atual/dia Crianças: 0,5g/kg peso atual Em 24h as quantidades indicadas variam entre 12 e 40g de glutamina/dia. ATENÇÃO: Para pacientes com problemas renais e/ou hepáticos a suplementação não deve ultrapassar 15g/dia (Recomendação somente para ADULTOS) 2 – ARGININA - aminoácido condicionalmente essencial – tem um papel importante no metabolismo intermediário de pacientes críticos, - suas fontes alimentares são: carnes em geral, leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, soja e grão-de-bico), oleaginosas (nozes, castanha e amendoim) e chocolate; (Chemin) - a L-arginina está disponível ao hospedeiro por síntese endógena (por conversão da citrulina no rim), por decomposição de proteínas e a partir de fontes alimentares (a dieta contribui com 20-25% do suprimento total de arginina). - a ingestão normal de arginina para uma dieta ocidental está entre 5 e 7 g ao dia, enquanto a produção endógena é estimada como sendo 15 a 20 g. - Funções: - intermediário proeminente na síntese de poliaminas (crescimento e proliferação celular) - participa na síntese de prolina (consolidação de feridase síntese de colágeno) - é o único substrato biossintético para a produção de óxido nítrico - é um modulador potente da função imune (efeitos sobre a proliferação e diferenciação dos linfócitos) - aumenta a liberação de hormônios – prolactina, insulina e hormônio do crescimento, insuline growth fator 1 (IGF-1). Além de glucagon, segundo a Cuppari 2014. - favorece o balanço nitrogenado em pacientes com câncer gastrointestinal e aumenta o número de linfócitos T-CD4 (Cuppari, 2014) - a demanda aumentada da arginina em pacientes graves ocorre por suprarregulação da arginase produzindo uréia e ornitina e pelo óxido nítrico induzida (iNOS) produzindo óxido nítrico e citrulina. (a suprarregulação da arginase reduz potencialmente os níveis de ON) (Dan, 2009 e Cuppari, 2014) - o conceito teórico de que a arginina pode constituir um risco para pacientes em estado crítico se baseia principalmente na percepção de que pacientes em estado crítico e encontram freqüentemente hemodinamicamente instáveis, com a atividade da enzima iNOS suprarregulada. – em conseqüência disso vai haver um aumento do óxido nítrico à administração de arginina suplementar em estados metabólicos de suprarregulação de iNOS. Esse aumento do ON pode induzir então vasodilatação e hipotensão, ocasionando uma instabilidade hemodinâmica ainda maior. Isso ainda é controverso. (Dan, 2009) 3 - uso de 15-30g de arginina ao dia é segura e com poucos efeitos colaterais GI. (>30g ao dia pode causar diarréia) (Dan, 2009) - é muito complicado determinar o nível apropriado e seguro em pacientes críticos e hipermetabólicos, como colocado acima. (Dan, 2009) - A arginina parece ser segura e potencialmente benéfica nas doses administradas em formulações imunomoduladoras a muitas populações de UTI hemodinamicamente estáveis e capazes de tolerar alimentação enteral. Isto incluiria pacientes clínicos e cirúrgicos, pacientes submetidos a grandes cirurgias, pacientes pós-infarto do miocárdio e aqueles apresentando hipertensão pulmonar. (Dan, 2009) Segundo a Chemin, apesar dos possíveis problemas com a suplementação de arginina em paciente críticos, a grande preocupação deve ser com a dose utilizada e deve- se ter em consideração que a situação de deficiência em arginina desencadeia a resposta inflamatória e imunológica perniciosa ao organismo aumentando o risco de complicações infecciosas. Benefícios da suplementação da arginina na sepse: (Chemin) Enzima Arginase: Estimulada pela suplementação de arginina disponibilizando substrato para o crescimento e diferenciação celular. Como resultado estimula a cicatrização e diminui o risco de úlceras de pressão; Enzima Óxido nítrico sintetase: A suplementação em doses favoráveis (4 a 6% do VET) permite sua ação como antibacteriano e melhorando a microcirculação. Estimula o síntese protéica: Favorece a síntese de proteínas de fase aguda e de enzimas para melhor defesa do organismo e resposta imunológica; Estímulo hormonal: Por estimular a secreção de insulina parece melhorar o controle glicêmico, reduzindo as taxas de complicações. Doses recomendadas: (Chemin) 300 a 500mg/kg/dia ou; Acima de 4 a 6% do VET ou; Acima de 10 a 12g/dia tolerando até 30 a 60g/dia; ATENÇÃO: Cautela em pacientes com insuficiência renal e hepática. Veja no quadro abaixo do Dan (2009), as vantagens e desvantagens do uso da arginina: Efeitos citotóxicos de NO e arginina Efeitos protetores de NO e arginina - Inativação de vias metabólicas - Lesão de estruturas celulares Peroxidação lipídica Nitração de tirosina Oxidação de grupos sulfidrila Mutações do DNA Ruptura da hélice de DNA Ativa PARP Alterações na expressão de genes - Potencializa possivelmente a hipotensão na sepse e em estados inflamatórios - Efeitos protetores notados em: Danos hepáticos após lesões sépticas Lesões GI e permeabilidade esplâncnica HTN pulmonar Infiltração de neutrófilos no pulmão Isquemia miocárdica Infecções secundárias dos seios da face - Inibe a apoptose - Mediador anti-inflamatório Sub-regulador de ICAM Diminui a aderência de neutrófilos Inibe a ativação de NFҡB Impede danos endoteliais Agregação plaquetária Aderência de leucócitos Removedor de radicais livres - Estimula a consolidação de anastomoses - Inibição de iNOS na sepse é prejudicial 3 – NUCLEOTÍDEOS Os nucleotídeos estão presentes na nossa alimentação através de boas fontes protéicas, como carnes e derivados, leguminosas, leite, principalmente o materno, e outros alimentos. Sua importância está relacionada ao amadurecimento do sistema imune das crianças e na homeostasia nos adultos. Definições: Nucleotídeo dietético: Adição de fontes pré-formadas de purinas e/ou pirimidinas a uma dieta, que participarão da produção endógena de DNA e RNA; Nucleotídeo (NT): Uma base nitrogenada (purina e/ou pirimidina) + um açúcar (pentose) + um ou mais Grupos fosfato. O nucleotídeo pode então ocorrer na forma de mono, di ou trifostato. Nucleosídeo (NS): Purina ou pirimidina ligada ao açúcar (pentose). DNA e RNA São polímeros lineares formados por quatro diferentes nucleotídeos ligados por cadeias de 5-3 fosfodiester. Esses nucleotídeos compõe o material genético que indicam síntese protéica e controla atividades celulares. O DNA serve de modelo para formação do RNA. Os precursores do RNA são: ATP (adenosina trifosfato); CTP (citosina trifosfato); GTP (guanina trifosfato) e; UTP (uracil trifosfato). Os precursores do DNA são: dATP (desoxirribose adenina trifosfato); dCTP (desoxirribose citosina trifosfato); dGTP (desoxirribose guanna trifosfato); dTTP (desoxirribose timina trifosfato). Os nucleotídeos além de servirem de unidade estrutural do DNA e RNA, participam de várias reações metabólicas: 4 - ATP, maior substância de transferência química é uma adenina nucleotídeo, - a adenina também está presente em coezimas como: nicotinamida-adenina dinucleotídeo (NAD), flavina-adenina dinucleotídeo (FAD) e coenzima-A (CoA) - essas coenzimas são importantes na síntese de carboidratos, proteínas e lipídeos. - mediadores fisiológicos: adenosina é um vasodilatador e ADP (adenosina difosfato) é crítica para agregação normal de plaquetas; - intermediário ativo para inúmeras reações – parte de coenzimas envolvidas na síntese de glicogênio e glicoproteínas; - regulação de várias vias metabólicas - combatente celular - disparando sinal intracelular de transdução em cascata incluindo a via do AMP cíclico e cálcio-inositol; Os nucleotídeos são sintetizados endogenamente, podem se tornar essenciais quando o suprimento endógeno não é suficiente, porém a ausência na dieta não leva a uma síndrome de deficiência específica. São classificados em condicionalmente essenciais, portanto podem tornar-se essenciais em: certos estágios de doenças, períodos de ingestão limitada de nutrientes ou rápido crescimento e a presença de fatores de desenvolvimento ou regulatório que interfiram na capacidade de síntese endógena. ABSORÇÃO E METABOLISMO Existem duas vias de biossíntese para o metabolismo dos nucleotídeos: de novo e a via de recuperação. - A síntese de novo - Utiliza pequenos precursores para a síntese de nucleotídeos; é um processo de alto custo metabólico. - Via de recuperação- Utiliza bases pré-formadas de purina e pirimidina e nucleosídeos para formação de nucleotídeos; os nucleotídeos dietéticos contribuem para esta via; Os adultos ingerem em torno de 1 a 2g de NT/dia. Alguns autores sugerem que a suplementação exógena de NT tem importante papel na resposta imunológica. Verificaram ainda que dietas com baixo teor de NT oprime o sistema imune, entretanto esse déficit pode ser revertido pela suplementação com NT, mais especificamente com RNA de levedura purificada e uracil. Logo, o RNA de levedura e nucleosídeos (pirimidinas) podem ter um papel importante na manutenção e restauração da resposta celular imune. (Chemin) O leite humano (LH) é a única fonte de NT para os neonatos durantes os primeiros meses de vida, estima-se queo LH forneça 1/3 do requerimento de NT do neonato. Já o leite de vaca possui um perfil de NT diferente do LH e específico para cada espécie. Diante da impossibilidade de alguns neonatos receberem o LH, a União européia reconhece os NT como componentes semi-essenciais em fórmulas iniciais e específicas e estabeleceu normas para suplementação desse nutriente em fórmulas infantis. (Chemin) Efeitos benéficos dos nucleotídeos DIETÉTICOS: Chemin Influencia a resposta imune e o reparo intestinal após lesão, diarréia crônica e radiação; Aumento da atividade de células natural killer e produção de IL-2 em bebês alimentados com fórmulas contendo NT ou leite humano; Aumento de IgG em bebês com fórmulas infantis com NT; Os NT compõem cerca de 5% do total de nitrogênio do LH, ajudando no desenvolvimento e maturação do intestino humano e sistema imune; Aumentam o crescimento das bifidobactérias no intestino. Dan e Cuppari, 2014 melhoram a imunidade humoral mediada por células T auxiliares. melhoram a capacidade de dos macrófagos em matar as bactérias englobadas pela produção de superóxido aumento da espessura e do conteúdo de proteínas no intestino transdução de sinais a nível do sistema de sinalização purinérgico regulando a hemodinâmica em diversos leitos teciduais. Atua na recuperação de hepatócitos em pacientes com esteatose hepática ou decorrentes de outros comprometimentos hepáticos. (Cuppari, 2014) A maioria das fórmulas enterais e parenterais são desprovidas de NT. Alguns estudos utilizando fórmulas acrescidas de NT demonstraram: melhora da resposta imune e úlcera de pressão e diminuição da permanência hospitalar. Um estudo experimental também concluiu que a suplementação dietética com RNA ou uracil mostra o aumento da resistência e que sua adição a dieta pode ter aplicação terapêutica em pacientes no desenvolvimento de complicações infecciosas seguidas de adaptação a dieta enteral ou parenteral que são livres de NT. (Chemin) Os NT tem sido incorporados em fórmulas com 2 outros substratos imunopotente (óleo de peixe e arginina). Nas comparações da melhora dos efeitos imunológicos, o óleo de peixe e RNA dietético parecem ser equivalentes na manutenção da resposta proliferativa. No entanto quando combinados com arginina parecem ser aditivos benéficos para o sistema imune. (Chemin) Fontes naturais de nucleotídeos: (Chemin) Os NT são componentes da fração de nitrogênio não protéico do LH. Essa fração equivale a 25% do total do nitrogênio no LH e inclui compostos como aminoaçúcares e carnitina. Já o leite de vaca possui apenas 2% do total de nitrogênio não protéico e menos de 20% na maioria das fórmulas infantis baseadas em leite de vaca. Os NT contêm de 2 a 5% do nitrogênio não protéico do LH. 4 – LIPÍDEOS Os lipídeos foram citados por muito tempo apenas como fornecedores de energia, e os ácidos graxos essenciais deveriam representar no mínimo de 3 a 4% do VET. (Chemin) Recentemente, pesquisas têm demonstrado que as gorduras dietéticas têm participação ativa na resposta imunológica por serem precursores das prostaglandinas. O ácido graxo ômega-6 é precursor do ácido araquidônico, que por sua vez é metabolizado pela via da ciclooxigenase produzindo prostaglandinas do tipo E2 com ação imunossupressora e que causam agregação plaquetária e vasoconstrição. Já as citoquinas produzidas pelo ácido graxo ômega-3 são da série E3 e I3, imunoestimuladoras. A presença do ômega-3 pode modular a resposta imunológica. (Chemin) 5 Fontes alimentares de Ômega-3 e Ômega-6 (Chemin) A composição de AG da membrana celular é afetada pela composição da dieta, portanto a quantidade de - 3 e -6 ingerida modula suas quantidades na parece celular. O óleo de peixe apresenta 22 a 35% de seu lipídeos na forma de - 3, o de canola 10% e o de soja 8%. Como fontes de -6: óleo de açafrão, o de soja (54%), milho (61%) e girassol (69%). Os peixes também são fonte de - 3, incluindo os peixes equatoriais de água doce e salgada. Doses recomendadas: Chemin Relação entre -3 e -6: razão de 50/50; Cotas de 10 a 18g de óleo de peixe são necessárias para ter alteração na resposta imunológica; Quantidade de -6 e -3 para pacientes críticos: 1:1 a 1:4. Cuppari, 2014: Obtenção de benefício clínico com 1,5 a 3 g/dia de EPA e DHA. Ácidos graxos ômega 3 (Dan, 2009) O óleo de menhaden (peixe semelhante ao arenque) constitui a mais concentrada fonte comercialmente disponível de EPA e DHA. Os ácidos ômega 3 de 18 carbonos são alongados aos ácidos graxos ômega 3 de 20 e 22 carbonos, ácido eicosapentaenóico (EPA) e ácido docosahexaenóico (DHA), respectivamente que tem efeitos diretos sobre a fluidez, estrutura e a função das membranas celulares. O ser humano adulto converte apenas 8-13% dos AG ômega 3 de 18 carbonos ao EPA de 20 carbonos. Um aumento na disponibilidade do EPA age como um inibidor competitivo, impedindo que o ácido araquidônico entre na cascata e produza produtos finais pró- inflamatórios. Alterando-se a proporção de lipídios de ômega 6 para ômega 3 na dieta pode-se otimizar a provisão destes produtos pró-inflamatórios para a resposta imune e de consolidação necessária e atenuar-se ao mesmo tempo o estado inflamatório. Além de influenciar o estado inflamatório pela regulação de genes e a disponibilidade de substratos ao nível da ciclooxigenase, o produto final da cascata do EPA inibe o precursor do ácido araquidônico liberado pelos fosfolipídeos da membrana, num mecanismo clássico de inibição por feedback. O EPA estimula o sistema do receptor Ativado pelo Proliferador de Peroxissoma (PPAR), que é um substrato molecular anti-inflamatório. Os ácidos graxos ômega 3 também estabilizam o sistema NFkB, que age basicamente como interruptor “liga/desliga” para a célula gerar mediadores inflamatórios como o TNF, IL-6 e interferon- gama. Ao ser estabilizado no citoplasma com seu complexo inibidor, limita a quantidade de NFkB livre que é translocada ao núcleo e inicia a cascata inflamatória. Os outros mecanismos de ação anti-inflamatória do EPA podem ser observadas no quadro abaixo. Quadro 119.1 – MECANISMOS GERAIS DE AÇÃO DO EPA SOBRE A INFLAMAÇÃO - Alterações nos fosfolipídios da membrana Diminuição nos metabólitos pró-inflamatórios do AA Inibidor da liberação de AA pelos fosfolipídios da membrana Age como substrato para COX/LOX e inibe competitivamente a oxigenação do AA por COX - Alterações na expressão de genes Estimula PPAR Estabiliza NFҡB - Diminuição da resposta dos linfócitos Th1 - Diminuição de ICAM-1, Selectina-E e CD54 Diminuição da fixação e da migração transepitelial de neutrófilos - Nova série de compostos anti-inflamatórios Resolvinas, Neuroprotexinas, Docosatrienos Abreviações: AA, ácido araquidônico; COX, ciclo-oxigenase; LOX, lipo-oxigenase; PPAR, receptores peroxissômico proliferativo ativado; NFҡB, fator nuclear kappa B. Parece que são necessários 3-5 dias de terapia nutricional enteral com DHA e EPA numa quantidade adequada e um aporte calórico para se observar uma resposta clínica ao EPA e ao DHA. Quando eles são administrados por via intravenosa, essa resposta benéfica pode ser vista em até 3 horas. A quantidade total de lipídios ômega 3 fornecidos como EPA e DHA que é necessária para a obtenção de um benefício clínico em geral fica entre 1,5-3 g/dia. 5 – FIBRAS (Chemin) O uso das fibras pode ser tanto na presença de diarréia como na obstipação, visando a normalização do trânsito intestinal. Em geral recomenda-se o uso de fibras solúveis (goma guar hidrolisada, pectina) ou então insolúvel (da soja). As fibras possuem 2 tipos de ação: Local: Decorrente da presença da fibra no tubo digestivo e de suas características como: tamanho de suas partículas, capacidade de fixação de água e sais biliares, viscosidade; influencia o tempo de esvaziamento gástrico, intestinal e a velocidade de absorção dos nutrientes. Sistêmica: Decorrente da fermentação das fibras pelas bactérias colônicas e pela produção dos ânions acetato, butiratoe propionato. Estes depois de absorvidos serão metabolizados no fígado, entram na 6 circulação atuando sobre a integridade dos colonócitos, evitando a translocação bacteriana, principalmente em situações de queimaduras, radioterapia na região abdominal e estresse metabólico. Os subprodutos das fibras colaboram na resposta imunológica, garantindo a integridade da barreira intestinal. Doses recomendadas: Indivíduos sadios: 10g/1000kcal; Terapia enteral não tem recomendação; 6 – VITAMINAS E MINERAIS (Chemin) O quadro abaixo sumariza os principais efeitos das carências vitamínicas sobre a resposta imunológica. 7 – SELÊNIO (Chemin) Sua absorção varia de 35 a 85% do total ingerido. Essa absorção ocorre no duodeno sendo dependente da solubilidade deste elemento-traço. Circula ligado a proteína plasmática, sua concentração varia de 100 a 130 ng/ml e sua excreção é feita principalmente pela urina, embora também seja observada nas fezes. A função do selênio na resposta imunológica não está esclarecida, porém alguns estudos observaram melhora da resposta imunológica em animais com aumento as sua ingestão. O selênio é um componente importante da enzima glutationa peroxidade, potente antioxidante. É possível que na deficiência de selênio haja uma dificuldade das células de se protegerem contra os elementos oxidantes, decorrente da disfunção desta enzima. 8 – ZINCO (Chemin) Sua absorção varia entre 10 e 40% do ingerido, esta absorção ocorre principalmente no duodeno e jejuno proximal, mas também pode acontecer no estômago e em outros locais do intestino delgado. Influenciam nessa absorção: Certos aminoácidos das carnes, ovos e frutos do mar – Melhoram a solubilidade do zinco e sua absorção; Cisteína e Histidina formam complexos estáveis com zinco facilitando sua absorção; Grãos integrais e outro vegetais por conterem ácido fítico diminuem a absorção do zinco. Também a fermentação de pães produz este ácido e os cereais matinais, alimentos industrializados pelo processo de extrusão, diminui a degradação do ácido fítico levando a menor biodisponibilidade deste metal; A ingestão desarmônica de cobre, ferro e cádmio diminui a biodisponibilidade de zinco por competirem pela mesma proteína carreadora; A vitamina D aumenta a biodisponibilidade do zinco; As prostaglandinas PGE2 favorecem a absorção do zinco, enquanto as do tipo PGF2 diminuem. Doses recomendadas Adulto: 15mg zinco/dia procedente da alimentação; Maiores fontes: produtos animais, em especial, carne vermelha, fígado, miúdos de vaca e de aves, ostra, vegetais integrais. EX: Ovo – 0,02mg zinco/100g, ostras – 75mg/100g; O zinco circula ligado a albumina, transferrina, ceruloplasmina e gamaglobulina; Presença de fístulas no TGI inferior e diarréias – Perdas acima de 25% sobre as perda diárias; Deficiência pode ocasionar: atrofia do tecido linfóide e produzir anormalidades tanto na resposta imunológica celular como na humoral. O zinco também tem função: Estabilizar os grupos tióis e fosfolipídios da membrana; Ocupar locais na membrana que poderiam ser ocupados por metais com potencial redox (ferro); Evitar a produção de radicais livres; Auxiliar na estabilização de estruturas do DNA, RNA e ribossomos. 9- ANTIOXIDANTES (Dan, 2009) A capacidade dos mecanismos endógenos do organismo em desintoxicar as espécies de oxigênio reativas produzidas pela exposição aos elevados níveis de oxigênio é sobrepujada durante o aporte de uma elevada FiO2 ventilatória, a reperfusão de uma isquemia, estados de baixo fluxo, e alguns estados hiperdinâmicos. Espécies reativas de oxigênio não eliminadas e outras radicais livres de oxigênio podem produzir danos oxidativos a praticamente todos os componentes celulares, incluindo proteínas, ácidos graxos poliinsaturados, polissacarídeos e ácidos nucléicos, causando a morte celular e danos subseqüentes aos órgãos. Os danos celulares foram demonstrados como ativando o NFkB, causando a expressão de produtos genéticos e exacerbando o desencadeamento e a perpetuação da resposta inflamatória sistêmica. Com a suplementação de antioxidantes é demonstrado nos estudos uma tendência a diminuição na 7 mortalidade, uma diminuição na ventilação mecânica e uma diminuição nos dias de permanência na UTI. O foco dos estudos é em 3 antioxidantes-chave: selênio, vitamina C e vitamina E. O selênio é um oligoelemento essencial que serve como co-fator para a glutationa peroxidase, um importante removedor enzimático endógeno de resíduos. A literatura médica atua varia muito quanto á combinação de antioxidantes administrada, a dose, os níveis usados, a via de administração e o momento do aporte da suplementação. Não há, no momento, um consenso em relação à combinação e dose ótima de antioxidantes.Uma variável chave na suplementação é o momento da intervenção – deve ser iniciada logo de início antes da lesão oxidativa estabelecida. PERSPECTIVAS DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL A BASE DE NUTRIENTES IMUNOMODULADORES Que doentes se beneficiam? - Doentes submetidos a cirurgia GI eletiva Dan(2009) Cirurgia esofágica, pancreática, gástrica, hepatobiliares maiores. Chemin – seguir critérios abaixo Com desnutrição moderada ou severa e submetidos a grandes cirurgias eletivas do trato digestório alto; Com desnutrição severa submetidos a cirurgias do trato digestório baixo. - Doentes com trauma abdominal pérfuro-penetrante: (Dan e Chemin) Portadores de trauma com escore de severidade maior ou igual a 18; índice de trauma abdominal maior ou igual a 20; ou combinação de ferimentos graves e não graves em múltiplos órgãos; Doentes que podem se beneficiar com terapia nutricional imunomoduladora enteral: Cirurgia eletiva de grande porte (Dan, 2009) Cirurgia eletiva de reconstrução aórtica com doença pulmonar obstrutiva crônica à ventilação mecânica prolongada. Ventilação pós-operatória esperada (Dan, 2009) Grandes cirurgias de cabeça e pescoço, com desnutrição preexistente; Traumatismo craniano grave; Queimados – terceiro grau (superior a 30%); Pacientes de UTI sépticos não dependentes do aparelho ventilação (Dan, 2009) Dependentes de ventilação mecânica, clínicos não sépticos ou cirúrgicos com risco de morbidade infecciosa; (Chemin) Doentes com sepse grave < taxa de ventilação mecânica, < tempo de CTI, melhora da taxa de morbidade e < custo. (Chemin) Os seguintes doentes não são considerados candidatos para uso imediato de terapia nutricional com ou sem fórmula imunomoduladora: Aqueles em que se espera o uso de alimentação via oral no prazo de até 05 dias após o evento agressor; Em terapia intensiva, apenas para acompanhamento e estabilização; Com obstrução intestinal distal; Com ressuscitação incompleta ou hiperfusão esplâncnica; Com hemorragia digestiva alta causada por varizes ou úlceras pépticas. Quando Iniciar a Terapia de Nutrição com Fórmula Imunomoduladora? Sempre que possível iniciar antes da lesão ou do evento desencadeador da resposta imunossupressora. Sugere-se: Em cirurgias eletivas de grande porte: preparo nutricional imunomodulador iniciando 5 a 7 dias antes da cirurgia; (Chemin e Cuppari, 2014) No seguimento pós-operatório: jejunostomia intra- operatória para TNE precoce imunomoduladora no pós-operatório; (Chemin) - deve-se iniciar nutrição enteral imediatamente após a internação na UTI (primeiras 24-48 horas), usando-se fórmula imunomoduladora por 7-10 dias. (Dan, 2009) - parece que a combinação de nutrientes (fórmula imunomoduladora) e não um imunonutriente isolado é que é responsável pelos resultados. (Dan, 2009) Qual a Dose, Duração e Forma de Administração de Fórmula Imunomoduladora? (Chemin e Cuppari, 2014) Dose: 1200 a 1500ml ao dia ou até atingir 50 a 60% das necessidades nutricionais; Duração: sugere-se no mínimo 05 dias e no máximo 10 dias ou até a saída da UTI ou até redução significativa do risco ou da complicação infecciosa; Forma de administração: infusão gástrica deve ser a 1ª escolha, o volume gástrico podeser aumentado em 25ml/hora a cada a 12h até atingir a taxa ideal. A administração deve ser diminuída ou suspensa se o resíduo gástrico for > que 200ml. Que resultados esperar com o uso de dietas imunomoduladoras? (Chemin) Redução de complicações infecciosas; Menor utilização de recursos de pessoal e financeiros; Redução no tempo de internação; Menor tempo de ventilação mecânica; Menor risco para falência de múltiplos órgãos; Menor duração de antibióticoterapia. Como acompanhar a Tolerância à Terapia Precoce Imunomoduladora: (Chemin) Os sintomas de intolerância são: náuseas, cólicas, distensão abdominal ou diarréia. Esses sintomas não são específicos das fórmulas imunomoduladoras, mas comumente acompanham o paciente grave. Doentes com perfusão marginal devem ter alimentação em posição jejunal iniciada com 15ml/hora até a ressuscitação completa; Diarréia no paciente grave, por si, não tem correlação direta com intolerância à fórmula. Investigar: possível colite pseudomembranosa induzida por antibióticos, uso de agentes ativadores da motilidade (sorbitol), medicamentos contendo magnésio ou uso abusivo de agentes pró-motilidade. Condutas sugeridas: (Chemin) Para casos de diarréia, considerar o uso de fibras; Evitar medicamentos que retardam o esvaziamento gástrico; 8 Elevação da cabeceira a 30-40°; Agentes estimuladores da motilidade podem ser adotados já no início da terapia; Administrar preferencialmente por infusão contínua. Cuppari, 2014 Recomendações de alguns guias internacionais a respeito do uso de imunomoduladores Guia Canadense para Nutrição em Pacientes Criticamente Enfermos - Dieta suplementada com arginina não deve ser utilizada por pacientes críticos. - Dieta suplementada com óleo de peixe, óleo de borragem e antioxidantes deve ser usada para pacientes com lesão pulmonar aguda e com síndrome da angústia respiratória do adulto. - Dietas suplementadas com glutamina devem ser usadas em pacientes com trauma e queimados. Não há dados suficientes que suportam o uso rotineiro de glutamina enteral em outros pacientes criticamente enfermos. Guia da Associação Dietética Americana (ADA) - Dieta imunomoudladora não é recomendada para uso rotineiro em pacientes criticamente enfermos de UTI. Seu uso pode estar associado com aumento de mortalidade nesse grupo de pacientes. Guia da Sociedade Americana de Nutrição Parenteral e Enteral (ASPEN) e da Sociedade Médica de Pacientes Críticos (SCCM) - Dieta imunomoduladora suplementada com arginina, glutamina, nucleotídeos, ácidos graxos ômega 3 e antioxidantes deve ser usado para pacientes com cirurgia eletiva, trauma, queimados, câncer de cabeça e pescoço, pacientes criticamente enfermos sob ventilação mecânica. Precaução para pacientes com sepse severa. - Pacientes cirúrgicos – grau de recomendação A - Pacientes clínicos – grau de recomendação B - Pacientes com lesão pulmonar aguda e com síndrome da angústia respiratória devem receber dietas suplementadas com óleo de peixe, óleo de borragem e antioxidantes – grau de recomendação A - Dieta suplementada com glutamina deve ser utilizada em pacientes queimados, trauma e outros pacientes criticamente enfermos – grau de recomendação B Associação Médica Brasileira – Projeto Diretrizes - Há subgrupos de pacientes graves que se beneficiam do uso de soluções enriquecidas com arginina glutamina, ácido nucleico, ácidos graxos ômega 3 e antioxidantes. Dentre eles, estão os pacientes em pós-operatórios de grandes cirurgias abdominais eletivas, trauma abdominal com trauma índex (escore>20), queimados com superfície corporal>30%, pós-operatório de câncer de cabeça e pescoço e pacientes graves sob ventilação mecânica, desde que não estejam sépticos. - Em pacientes com lesão pulmonar aguda ou síndrome do desconforto respiratório agudo, sob ventilação mecânica, o tempo de internação na UTI, tempo de ventilação mecânica e a ocorrência de novas disfunções orgânicas estão reduzidas com a utilização de dietas enriquecidas com ácidos graxos ômega 3 e antioxidantes. Ainda é necessária a determinação de dose e do tempo de utilização ótimos para essas dietas – grau de recomendação A - Os benefícios clínicos da farmaconutrição são maiores quando 50% ou mais das metas nutricionais são alcançadas - Pacientes queimados, traumatizados e pacientes graves sob ventilação mecânica podem beneficiar-se de doses maiores de vitaminas antioxidantes (C e E) e elementos- traço (zinco, selênio e cobre). Ainda são necessários estudos para determinar doses e períodos de tratamento, além de combinações adequadas. Recomenda-se evitar reposições maiores em pacientes com insuficiência renal – grau de recomendação A - Pacientes queimados ou vítimas de trauma devem ter associados ao regime de TNE 0,3 a 0,5g/kg/dia de glutamina suplementar divididos em 2-3 doses.
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