Buscar

Farmacologia dos Antibióticos - resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Introdução 
 Os antibióticos devem ser tóxicos para as 
bactérias e não tóxicos para o Homem. 
 A ação dos antibióticos é possível em função das 
diferenças bioquímicas entre as bactérias e seu 
hospedeiro. 
 
A bactéria vive em meio hipertônico e para ela resistir 
à pressão osmótica, ela precisa de parede. Essa 
parede faz ela resistir até 30 atmosferas de pressão. 
– Isso ocorre com as bactérias gram positivas, que 
possuem parede mais resistente, de peptidioglicano. 
História 
 1928 – Fleming. 
 1941 – uso clínico da penicilina. 
 1959 – ácido 6-aminopenicilâmico. 
 1970 - ácido clavulânico. – Primeira substância 
capaz de inibir a resistência bacteriana. 
- Em 1928, um escocês trabalhando em uma 
universidade em Londres, estava fazendo um 
experimento com um meio de cultura com 
staphylococcos aureus. Ele já estava trabalhando 
com isso fazia um te mpo e ao sair de férias, 
esqueceu em cima da bancada duas plascas de petri 
com o meio de cultura e a bactéria em cima da 
bancada. Quando ele retornou e abriu a porta do 
laboratório, encontrou as duas placas na bancada e 
percebeu que tinha esquecido de coloca-las na 
geladeira. As duas placas estavam cheias de mofo e 
percebeu um halo em volta da colônia de 
staphylococcos aureus, e ele viu que aonde 
desenvolveu o fungo, a bactéria não se desenvolveu. 
Antibióticos - Resistência 
O sucesso dos antibióticos cresce na mesma 
velocidade que cresce a capacidade da bactéria em 
contra-atacar. 
Vamos imaginar que o indivíduo vai ao médico e o 
médico prescreve um antibiótico para ele. O médico 
diz que deve ser tomado de 8 em 8 horas, durante 
10 dias. O médico faz algumas recomendações como: 
evitar beber, tomar o medicamento no horário certo 
e não parar o medicamento mesmo se os sintomas 
desaparecerem. 
 
No tempo 0 ele irá tomar o medicamento e o 
organismo vai absorver, chegando ao pico de 
concentração plasmática máxima, o tempo vai 
passando e essa concentração vai caindo. 8 horas 
depois deve ser tomada a segunda dose, onde 
novamente o organismo vai absorvendo até chegar 
na concentração máxima e cair novamente e assim 
vai indo até concluir o tratamento. Se o indivíduo fizer 
o uso do medicamento no horário correto, pelo 
tempo certo, depois depois da 5°, 6° dose, essa dose 
vai entrar na faixa terapêutica, estabilizando a 
concentração no sangue, sendo essa a concentração 
idela para combater a infecção no sangue. 
Mas na maioria das vezes, o indivíduo que foi mal 
informado e não se conscientizou sobre fazer o 
tratamento correto, ele não cumprirá o tratamento 
do jeito certo, abandonando o tratamento após o 
desaparecimento dos sintomas, lá no 2°, 3° dia. Após 
as 8 horas, se não tomar a outra dose, a 
concentração do medicamento continuará caindo, 
entrará na concentração de sub-dose (existe 
antibiótico no corpo, mas em uma concentração 
menor que aquela capaz de produzir um efeito), é 
nesse momento que a bactéria percebe a presença 
do medicamento e desenvolve uma resistência. Essa 
mesma bactéria pode causar uma outra infecção, em 
outro momento e esse mesmo antibiótico não fará 
mais efeito. 
O indivíduo também pode entrar em uma dose 
tóxica, se o medicamento é tomado em uma dose 
maior que a indicada. Ao entrar na dose tóxica, vai 
produzir efeitos colaterais indesejáveis. 
O medicamento deve ser prescrito de forma correta, 
utilizado da forma correta e o paciente deve ser 
orientado de forma correta. 
Antibióticos - Controle 
 RDC 44 de 26 de outubro de 2010 
 RDC 20 de 05 de maio de 2011 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS 
 Beta-lactâmicos 
- Penicilinas 
- Cefalosporina 
- Carbapenems 
 Sulfamídicos 
 Tetraciclinas 
 Macrolídicos 
 Glicopeptídeos 
 Aminoglicosídeos 
 Quinolonas 
Classificação quanto ao mecanismo de ação: 
 Antibióticos que inibem a síntese da parede 
celular 
 
 Antibióticos que alteram a permeabilidade 
da membrana – Quando alteram a 
permeabilidade da membrana, troca com o 
material externo e a bactéria morre. 
 
 Antibióticos que afetam a síntese de 
proteína nas subunidades ribossômicas 30S 
e 50S – A bactéria para se dividir, ela tem que 
sintetizar a proteína, se não sintetiza a proteína, 
ela não se divide e não causa infecção. Muitos 
desses antibióticos são bacteriostáticos, isso quer 
dizer que eles não matam a bactéria. Os 
bactericidas matam a bactéria. Bacteriostáticos 
inibem o desenvolvimento e proliferação da 
bactéria. 
 
 Antibióticos que atuam na síntese de ácidos 
nucleicos – Bactéria sem sintetizar ácido 
nucleico, também não consegue se dividir, se não 
se divide, a infecção não acontece. 
 
Reações Bioquímicas como Alvo 
 Reações de classe I (não são alvos) 
 Reação de fase I ocorre tanto na bactéria, quanto 
na célula hospedeira. Por exemplo a produção de 
energia pela célula bacteriana ocorre da mesma 
forma que na célula do hospedeiro. 
 Utilizam a glicose e outras fontes de carbono para 
produzir energia e compostos simples. 
 As reações são semelhantes na bactéria e nos 
humanos. 
 Reações de Classe II (são alvos) 
 Síntese de aminoácidos essenciais 
 Biossíntese do folato não é realizada por humanos 
(mecanismo de ação das sulfas) – A célula do 
hospedeiro (ser humano) não sintetiza ácido 
fólico, pois desenvolvemos um mecanismo de 
transporte. Precisamos do ácido fólico para 
sintetizar o DNA, mas adquirimos isso na 
alimentação e transporta para o interior da célula, 
mas as bactérias não desenvolveram esse 
mecanismo de transporte. Se a bactéria quiser 
sintetizar o DNA, primeiro ela deve sintetizar o 
ácido fólico e só a célula tem determinadas 
enzimas para isso, então é possível usar um 
antibiótico para inibir essa enzima, causando um 
dano, ação tóxica apenas na bactéria. 
Reações de fase II ocorrem de forma diferente na 
bactéria e na célula do hospedeiro. 
 Reações de classe III (são bons alvos) 
 A síntese do peptideoglicano (ação dos β-
lactâmicos). 
 É na reação de fase III que a maioria dos 
antibióticos age. 
 Síntese protéica em ribossomos diferentes 
(bactéria o ribossomo com subunidades 30S e 
50S) – Os ribossomos da bactéria são diferentes 
dos ribossomos do humano. 
B-LACTÂMICOS 
B-lactâmicos: Denominados de acordo com o anel 
b-lactâmico, que é essencial para sua atividade. 
Vancomicina e daptomicina. 
 PENICILINA 
 
As penicilinas estão entre os fármacos mais 
amplamente eficazes e também entre os menos 
tóxicos conhecidos, mas o aumento da resistência 
limitou o seu uso. Os membros dessa família diferem 
entre si no substituinte R ligado ao ácido 6-
aminopenicilânico. A natureza dessa cadeia lateral 
afeta o espectro antimicrobiano, a estabilidade no 
suco gástrico, a hipersensibilidade cruzada e a 
suscetibilidade às enzimas bacterianas de 
degradação (b-lactamases). 
O anel b-lactâmico é aparte ativa da molécula. 
Enquanto o fármaco está com a concentração no 
sangue suficiente para matar a bactéria, o 
antibiótico está fazendo efeito e o indivíduo para 
antes do tempo. Com isso a bactéria percebe o 
antibiótico, desenvolve uma proteína com a enzima 
chamada de betalactamase. Essa enzima 
desenvolvida por essa bactéria, quebra a ligação do 
anel beta-lactâmico e essa molécula não irá mais 
produzir efeito. 
Então se a bactéria tem betalactamase, isso quer 
dizer que ela está resistente a penicilina. 
Hoje é inadequado usar a penicilina sem a 
associação com um inibidor de betalactamase, como 
o ácido clavulânico. O clavulanato de potássio, que 
é um sal do ácido clavulânico inibe essa enzima. 
Assim, o antibiótico não perde sua estrutura e 
continua produzindo efeito. 
Mecanismo de ação: 
As penicilinas interferem na última etapa da síntese 
da parede bacteriana, pois o anel beta-lactâmico 
combina com a enzima (transpeptidase) que faz uma 
ligação cruzada para formar o peptídeoglicano 
(transpeptidação ou ligaçõescruzadas), resultando 
em exposição da membrana osmoticamente menos 
estável. Para ligar uma cadeia a outra, precisa da 
enzima transpeptidase e a substância. A ação da 
enzima é tirada, se a enzima não funciona, a cadeia 
não liga, se a cadeia não liga, o peptídeo glicano não 
se forma, se o peptídeoglicano não se forma, a 
bactéria fica sem a parede e não resiste a pressão 
osmótica, absorve água e com isso pode ocorrer lise 
celular, seja pela pressão osmótica, seja pela 
ativação de autolisinas. 
Esses antibacterianos são bactericidas e atuam de 
modo tempo-dependente. 
As penicilinas são eficazes somente contra 
microrganismos em crescimento rápido, que 
sintetizem a parede celular de peptidoglicano. 
Consequentemente, elas são inativas contra 
microrganismos sem essa estrutura, como 
micobactérias, protozoários, fungos e vírus. 
 Todos os antibióticos β-Lactâmicos interferem 
com a síntese do peptideoglicano. 
 
 
O gram negativo tem uma parede externa e isso 
dificulta muito o uso de antibióticos. O antibiótico 
para agir em gram negativo tem que ter capacidade 
de atravessar essa membrana externa. 
Gram positivo não tem a membrana externa, mas 
tem o peptideoglicano mais desenvolvido. 
Antibióticos que agem na síntese do peptídeoglicano 
tende a ser mais eficiente em gram positivo. 
Os antibióticos se ligam as enzimas transpeptidase, 
impedindo que ela faça a ligação nos sítios de ação. 
O peptídeoglicano não se forma, a parede não será 
formada e a bactéria absorve água e morre. 
 Os B-Lactâmicos Inibem a enzima de 
transpeptidação que faz a ligação cruzada das 
cadeias peptídicas conectadas ao esqueleto do 
peptideoglicano. 
 Os antibióticos não causam o mesmo dano à 
célula do hospedeiro, mas isso não quer dizer que 
não causa efeito colateral. 
PRINCIPAIS EFEITOS COLATERAIS: 
 Patotoxicidade – causa dano no fígado, alguns 
causam danos renal 
 Problemas gastrointestinais – diarreias, pois mata 
a flora intestinal 
 Tem antibióticos que causam danos mais graves, 
como os ototóxicos, que causam danos aos 
tímpanos. 
 
 Exemplos: 
 Benzilpenicilina 
 Restrições de uso: 
- pouca absorção gastrointestinal 
- suscetibilidade às β-lactamases bacterianas. 
O grande problema dos B-Lactâmicos é que estão 
susceptíveis a resistência bacteriana por B-
Lactamases. Ela desenvolve uma condição para 
contra atacar aquela substancia que está matando 
ela. No caso dos antibióticos B-Lactâmicos, a bactéria 
desenvolve uma enzima que ataca o antibiótico, o 
nome da enzima é B-lactamases. Antes do antibiótico 
agir a enzima vai lá e ataca ele e ele perde o efeito, 
ou seja, aquela bactéria está resistente aquele 
antibiótico. A bactéria desenvolve a resistência 
quando o medicamento entra em subdose. 
O antibiótico tem que ter uma concentração mínima 
no sangue para ser capaz de ser capaz de combater 
a infecção, abaixo da concentração mínima o 
antibiótico não consegue matar a bactéria, mas a 
bactéria percebe a presença do antibiótico. É por isso 
que o antibiótico deve ser usado no tempo certo, pelo 
período certo, para isso não entrar em subdose e 
eliminar totalmente a bactéria. 
- Subdose, dose terapêutica e dose tóxica e 
dose inibitória mínima 
 Resistência Bacteriana 
 Inibidores de betalactamases de uso clínico 
associados com b-lactâmicos: 
-ácido clavulânico; 
-sulbactam; 
-tazobactam; 
-avibactam; 
 
Todas essas susbtâncias são inibidoras de 
Betalactamase. Quando associa essas substâncias 
com um antibiótico b-lactâmico, ele inibe a 
resistência da bactéria e o antibiótico volta a fazer 
efeito. 
 
Usos: 
 Meningite bacteriana (benzilpenicilina em altas 
doses) 
 Infecções de pele e tecidos moles 
(benzilpenicilina). 
 Otite, bronquite, pneumonia (amoxicilina) 
 Uso empírico 
 
 CEFALOSPORINAS 
 
 As cefalosporinas são compostos semi-sintéticos. 
 
Enquanto na penicilina tem apenas um Radical 
substituinte, as cefalosporinas possuem outro 
substituinte x. Elas possuem um carbono a mais, 
isso gerou um ponto de substituição. 
 As cefalosporinas são antimicrobianos β-
lactâmicos muito relacionados estrutural e 
funcionalmente com as penicilinas. 
 A maioria das cefalosporinas é produzida 
semissinteticamente pelo acréscimo de cadeias 
laterais ao ácido 7-amino-cefalosporânico. As 
cefalosporinas têm o mesmo mecanismo de ação 
das penicilinas e são afetadas pelos mesmos 
mecanismos de resistência. Contudo, elas tendem 
a ser mais resistentes a certas β-lactamases do 
que as penicilinas. 
 
1. Primeira geração: As cefalosporinas de 
primeira geração atuam como substitutas da 
benzilpenicilina. Elas são resistes à penicilinase 
do estafilococo (isto é, elas atuam sobre MSSA) 
e também têm atividade contra Proteus 
mirabilis, E. coli e K. pneumoniae. 
 
2. Segunda geração: As cefalosporinas de 
segunda geração apresentam maior atividade 
contra três microrganismos gram-negativos 
adicionais: H. influenzae, Enterobacter 
aerogenes e algumas espécies de Neisseria, e a 
atividade contra microrganismos positivos é 
mais fraca. A cobertura antimicrobiana das 
cefamicinas (cefotetano e cefoxitina) também 
inclui anaeróbicos (p. ex., Bacteroides fragilis). 
Elas são as únicas cefalosporinas disponíveis 
comercialmente com atividade apreciável contra 
bactérias gram- -negativas anaeróbicas. 
Contudo, nenhuma é um fármaco de primeira 
escolha, devido à crescente prevalência de 
resistência do B. fragilis aos dois fármacos. 
 
3. Terceira geração: Essas cefalosporinas 
assumiram um papel importante no tratamento 
das doenças infecciosas. Embora sejam menos 
potentes do que as cefalosporinas de primeira 
geração em relação à atividade contra MRSA, as 
cefalosporinas de terceira geração têm atividade 
aumentada contra bacilos gram-negativos, 
incluindo os já mencionados, bem como contra 
a maioria dos outros microrganismos entéricos, 
além de Serratia marcescens. Ceftriaxona e 
cefotaxima tornaram-se os fármacos de escolha 
no tratamento da meningite. Ceftazidima tem 
atividade contra P. aeruginosa; contudo, a 
resistência é crescente, e o uso deve ser 
avaliado caso a caso. As cefalosporinas de 
terceira geração devem ser usadas com cautela, 
pois são associadas com “lesão colateral” 
importante, o que significa, essencialmente, a 
indução e a disseminação da resistência 
antimicrobiana. (Nota: o uso de fluoroquinolona 
também está associado com a lesão colateral.) 
 
4. Quarta geração: Cefepima é classificada como 
cefalosporina de quarta geração e deve ser 
administrada por via parenteral. Ela apresenta 
amplo espectro antibacteriano, com atividade 
contra estreptococos e estafilococos (mas 
apenas os que são suscetíveis à meticilina). Ela 
também é eficaz contra microrganismos gram-
negativos, como espécies de Enterobacter, E. 
coli, K. pneumoniae, P. mirabilis e P. aeruginosa. 
Ao selecionar um antimicrobiano ativo contra P. 
aeruginosa, os clínicos devem basear-se em 
antibiogramas locais (teste laboratorial de 
sensibilidade de uma cepa bacteriana isolada a 
diferentes antimicrobianos) para orientação. 
Mecanismo de Ação: 
Todos os antibióticos β-Lactâmicos interferem com a 
síntese do peptideoglicano. 
Resistência Bacteriana 
Destruição enzimática do anel betalactâmico por 
enzimas beta-lactamases. 
 
 
A 1ª cefalosporina descoberta, foi a Cefalexina, a 
keflex saiu com um defeito muito grande, que é tempo 
de meia vida. Seu tempo de meia vida é muito curto, 
de apenas 6h. A sua vantagem é que a administração 
é por via oral, de fácil uso, mas em compensação tem 
que repetir a dose a cada 6h. 
Por esse motivo, a ciência buscou outras substâncias 
com o tempo de meia vida maior, como a Cefamox, 
Cefadroxil, com tempo de meia vida de 12h. 
As cefalexinas de uso injetável normalmente é de uso 
hospitalar. 
A cefalosporina mais utilizada é a de 4ª geração, a 
cefepima(Maxcef). Ela é muito forte e deve ser 
utilizada em casos de bactérias multirresistentes. 
As outras de uso oral, são mais comuns em uso 
ambulatorial, por exemplo, a marca plenax, que é 
muito utilizada. 
 Cefalexina (1ª geração) – KEFLEX 
 Cefaclor (2ª geração) - CECLOR 
 Ceftrioxona (3ª geração) – ROCEFIN 
 Cefepima (4ª geração) - MAXCEF 
Usos: 
 Septicemia; 
 Pneumonia; 
 Meningite; 
 Infecção urinária; 
 Sinusite. 
 
 
 CARBAPENEMOS 
Os carbapenemos são antimicrobianos β-lactâmicos 
sintéticos cuja estrutura difere das penicilinas, 
porque o átomo de enxofre do anel tiazolidínico foi 
externalizado e substituído por carbono. Imipeném, 
meropeném, doripeném e ertapeném são os 
fármacos desse grupo disponíveis atualmente. O 
imipeném é composto com cilastatina para protegê-
lo da biotransformação pela desidropeptidase renal. 
Mecanismo de Ação: 
Os antibióticos dessa classe exercem sua ação 
bactericida através da interferência com a síntese da 
parede celular bacteriana. 
 
Os carbepenem não devem ser utilizados como 
drogas de primeira escolha. Se a prescrição pode ser 
feita com outro medicamento, o Carbapenem deve 
ser preservado. 
 O meropeném é ativo in vitro contra muitas cepas 
resistentes a outros antibióticos beta-lactâmicos. 
 Imipeném + Cilastatina Sódica – O imipeném só 
pode ser utilizado para produzir o efeito esperado, 
se for associado na cilastatina sódica, porque tem 
uma enzima no rim, que inativa o imipeném. A 
cilastatina inibe essa enzima e o imipeném para a 
produzir mais efeito. 
 A Cilastatina Sódica bloqueia a enzima DHI-1 
(desidropeptidase-I) que degrada a droga em sua 
passagem pelos rins. 
 
SULFONAMIDAS 
 Realizam inibição enzimática (O sulfametoxazol é 
um inibidor competitivo da enzima dihidropteroato 
sintetase) na síntese do folato interferindo na 
síntese do DNA. 
 Esse medicamento inibe uma enzima que sintetiza 
o ácido fólico, se essa enzima não forma o ácido 
fólico, não forma DNA, se não forma DNA, a bac 
não se divide, se não se divide, não causa 
infecção, então essa ação é uma ação 
bacteriostática. 
 Ação bacteriostática 
 O trimetoprim liga-se e inibe de forma reversível 
à dihidrofolato reductase (DHFR) bacteriana e 
bloqueia a produção de tetrahidrofolato. Inibindo 
assim uma etapa da síntese do folato e 
interferindo na síntese do DNA. 
 
Exemplos: 
 Sulfametoxazol + Trimetoprima 
 
Efeitos adversos: 
 Renáuseas e vômitos; 
 Cefaléia; 
 Hepatite; 
 Hipersensibilidade. 
GLICOPEPTIDEO 
Os glicopeptideos são antibióticos constituídos por 
grandes estruturas moleculares cíclicas e complexas. 
São medicamentos muito importantes para a 
medicina, pois eles substituem muito bem os B-
lactâmicos. 
Por exemplo, se o paciente possui alergia a penicilina, 
ele pode ser substituído por glicopeptideo 
Glicopeptideo não atua em gram negativo, só atua 
em gram positivo. Se a infecção for por gram 
negativo, não pode usar esse medicamento, pois não 
irá produzir efeito nenhum. 
Ele possui toxicidade elevada, é ototoxico e pode 
causar surdez com o uso inadequado. 
Mecanismo de Ação: 
Fixação à membrana citoplasmática, alterando sua 
permeabilidade seletiva e interferindo na biossíntese 
dos peptidoglicanos. 
Não são absorvidos VO. 
Exemplos: 
 Vancomicina 
 Teicoplanina. 
 A principal diferença entre a vancomicina e a 
teicoplanina é que teicoplanina não penetra a 
BHE. 
MACROLÍDEOS 
Trata-se de um grupo de antibióticos com estrutura 
molecular grande e complexa. Tiveram a eritromicina 
como único representante de uso clínico geral por 
quase 40 anos. 
Mecanismo de Ação: 
Ligam-se de forma reversível ao ribossomo 50S e 
inibem a síntese proteica. Sua ação pode ser 
bactericida ou bacteriostática. 
Exemplos: 
 Eritromicina 
 Azitromicina 
 Claritromicina 
 Espiramicina 
 Miocamicina 
 Roxitromicina 
 Tilosina 
 Tilmicosina 
TETRACICLINAS 
 
Tem esse nome, pois possuem 4 ciclos na molécula 
As tetraciclinas consistem em quatro anéis fundidos 
com um sistema de ligações duplas conjugado. 
Substituições nesses anéis alteram a farmacocinética 
individual e o espectro de atividade antimicrobiana. 
 As tetraciclinas constituem grupo de ATBs de 
largo espectro. 
 De curta duração (tetraciclina). 
 De longa duração (doxiciclina) 
Mecanismo de Ação: 
 Inibem a síntese de proteínas através de ligações 
reversíveis ao ribossomo 30S. 
 Bacteriostático. 
As tetraciclinas entram nos microrganismos 
suscetíveis por difusão passiva e também por um 
mecanismo proteico de transporte dependente de 
energia próprio da membrana citoplasmática interna 
da bactéria. As tetraciclinas se concentram no interior 
das células dos microrganismos suscetíveis. Elas se 
ligam reversivelmente à subunidade 30S do 
ribossoma bacteriano. Essa ação impede que o RNA 
transportador (RNAt) se ligue ao complexo RNA 
mensageiro (RNAm)-ribossoma, inibindo, assim, a 
síntese de proteínas da bactéria 
QUINOLONAS 
 
Mecanismo de Ação: 
 Inibem a atividade da DNA girase ou enzima 
essencial à sobrevivência bacteriana. 
 A DNA girase torna a molécula de DNA compacta 
e biologicamente ativa. 
 
1. PRIMEIRA GERAÇÃO 
 Apresenta ação sobre enterobactérias, sem 
atividade Gram-positivos, com uso limitado ao 
trato urinário. 
 Cinoxacina. 
2. SEGUNDA GERAÇÃO 
 Apresenta maior espectro de ação quando 
comparado com 1ª geração, mas ainda tem 
atividade limitada para os tratos urinário e 
intestinal. 
 Norfloxacina 
3. TERCEIRA GERAÇÃO 
 Apresenta maior espectro de ação 
quandocomparado com 1ª e 2ª gerações com 
atuação contra Gram-negativos (incluindo 
pseudomonas) e estafilococos. 
 Cloridrato de ciprofloxacino 
 
4. QUARTA GERAÇÃO 
 Apresenta maior espectro de ação quando 
comparado com 1ª, 2ª e 3ª gerações amplia-se o 
espectro de ação também para estreptococos 
hemolíticos, pneumococos e anaeróbios. 
 Clinafloxacina

Outros materiais