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Peça 04 - Contestação c Reconvenção

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Ao juízo da 50ª Vara do trabalho de João Pessoa - PB 
 
Processo nº 98.765 
 
FLORICULTURA FLORES BELAS LTDA., já qualificada nos autos do processo em 
epígrafe, por seu representante devidamente inscrito na OAB nº____, com procuração anexa, 
vem respeitosamente perante à presença de Vossa Excelência, com fundamento no Art. 847 da 
CLT cumulado com o Art. 343 do CPC, por força do Art. 769 da CLT, apresentar 
 
CONTESTAÇÃO COM PEDIDO DE RECONVENÇÃO 
 
 em face da Reclamação Trabalhista movida por ESTELA, igualmente qualificada nos 
autos, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos. 
 
 
I - DA PRELIMINAR 
DA INCOMPETENCIA ABSOLUTA 
 
A justiça do trabalho só aprecia e julga ações decorrentes das relações de trabalho oua 
a elas relacionadas, não sendo admitidas demandas criminais, como pleiteia a reclamante, 
conforme orientação do Art. 337, II do CPC. 
De acordo com o Art. 114, IX da CF, não tem competência o direito do trabalho para 
julgar e processar crimes. 
Desta maneira, com a incompetencia absoluta, requer seja acolhida a preliminar para 
que sejam remetidos os autos ao juizo competente. 
 
II – DA PREJUDICIAL DE MÉRITO 
DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL 
 
A reclamante foi contratada em 25/10/2012, mas ajuizou a reclamação trabalhista 
somente em 27/10/2018. 
 Desta maneira, fica manifestamente prescrita a presente ação, com base no Art. 7, 
XXIX da Constituição Federal cumulado com o Art. 11 da Consolidação das Leis do Trabalho. 
 
III – DO MÉRITO 
DO ADICIONAL DE PENOSIDADE 
 
Na inicial, a reclamante pleiteia o pagamento do adicional de penosidade, 30% de seu 
salário base, alegando que no exercicio de sua atividade, era sempre furada pelos espinhos nos 
caules das flores que ela manipulava diariamente. 
Entretanto, no Art, 7. XXIII da CF, fica claro que é devido o adicional de penosidade 
nos casos em que a atividade seja penosa, insalubre ou perigosa, o que não se enquadra no caso 
da reclamante. 
Descartando, portanto, o cabimento deste adicional, por ser o artigo supracitado norma 
de eficáfia limitada, conforme julgado do TRT- 4. 
 
ADICIONAL DE PENOSIDADE. Considerando que a previsão contida 
artigo 7º e inciso XXIII da Constituição Federal de pagamento do adicional 
de penosidade não é autoaplicável e não há regulamentação a respeito, 
indevido o pagamento do adicional. 
 
(TRT-4 - ROT: 00200600220195040451, Data de Julgamento: 23/03/2021, 5ª 
Turma) 
 
 
IV – DA JORNADA DE TRABALHO - INTERVALOS 
 
A reclamante, na inicial, pede o pagamento de horas extras com a adição de 50%, 
alegando que sua jornada era extensa: de segunda a sexta-feira, das 10h as 20h, com intervalo 
de duas horas para descanso e alimentação, aos sábados, o horário era das 16h as 20h, sem 
intervalo. 
Todavia, de acordo com o artigo 7°, inciso XIII da CF, a jornada de trabalho não poderá 
exceder 8h diárias e 44h semanais. A jornada da reclamante se encaixa no previsto: Na semana, 
das 10h as 20h, totalizam-se 10h, subtraindo as duas horas de intervalo que ela recebia, ficam 
8 horas diárias. Mesmo no sábado, das 16h as 20h, são quatro horas. 
Somando as 8 horas nos cinco dias da semana mais as 4 horas aos sábados = 44 horas 
semanais. 
Consequentemente, cabe salientar que não prospera o pedido de horas extras, por estar 
dentro das regras da lei a jornada de trabalho da reclamante. 
 
V – DA MULTA DO ARTIGO 447 
 
A reclamante requer, ainda, o pagamento da multa prevista no Art. 477, §8º da CLT 
sobre o pagamento da multa do 477 §8º da CLT, porque o valor das verbas resilitórias somente 
foi creditado em sua conta 20 dias após a comunicação do aviso prévio, concedido na forma 
indenizada, extrapolando o prazo legal. 
De acordo com o art. 477, § 6º da CLT, deverá se efetuado o pagamento dos valores 
decorrentes do instrumento de recisão até dez dias, a contar do término do contrato de trabalho. 
Portanto, não cabe o pedido de pagamento da multa do referido artigo, considerando 
que o pagamento se deu no prazo estipulado pela lei. 
 
VI – DO PLANO DE SAÚDE 
 
Alega, a reclamante, que foi obrigada a aderir ao desconto referente ao plano de saúde, 
coagida, no ato da admissão, contra a própria vontade, a assinar o documento. 
Entretanto, segundo a OJ 160 da SBDI-1, é inválida a presunção de vício de 
consentimento advinda da ação do empregado de anuir expressamante com desconto salarial na 
admissão. 
Na mesma esteira, a súmula 342 do TST determina: 
 
DESCONTOS SALARIAIS. ART. 462 DA CLT (mantida) - Res. 121/2003, 
DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e 
por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência 
odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de 
entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, 
em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 
da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito 
que vicie o ato jurídico. 
 
Desta maneira, o Art. 818, I da CLT declara que o ônus da prova incumbe ao Reclamante 
quanto ao fato constitutivo do seu direito. 
Portanto, é legalmente amparado o desconto realizado relativo ao plano de saúde, sem 
quaisquer vícios de vontade, já que no momento da admissão, é válida a autorização de 
desconto, o que desqualifica a reclamação. 
 
 
VII - DA RECONVENÇÃO 
 
É lícito ao réu, na contestação, propor reconvenção, a fim de manifestar pretensão própria, 
onexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa, seguindo os ditames do Art. 343 do 
CPC/15, pelas razões de fato e de direito a seguir: 
A Reclamante, no momento em que soube do aviso prévio teve uma reação violenta, fazendo 
escandalo, o que causou um grande desconforto, a ponto da segurança necessitar contê-la e 
acompanha-la até a saída. Na saída do edifício, a Reclamante pegou uma pedra e arremessou 
violentamente contra o prédio da Reclamanda, ocasionando a quebra de uma vidraça. A empresa 
gastou R$ 300,00 (TREZENTOS REAIS) na substituição do vidro quebrado, conforme nota fiscal anexa. 
Deste modo, sustentam os Arts. 186 e 927 do Código Civil (2002): 
 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente 
moral, comete ato ilícito. 
Sendo assim, requer o valor de R$ 300,00, relativo ao vidro quebrado pela 
Reclamante. 
 
e 
 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, 
fica obrigado a repará-lo. 
 
 
Requer, assim o valor de R$ 300,00, referente ao vidro danificado pela Reclamante. 
 
 
VIII - DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 
Em concordancia com o Art. 791-A, da CLT, serão devidos ao advogado honorários de 
sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% e o máximo de 15% sobre o valor que resultar da 
liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre 
o valor atualizado da causa. Outrossim, a teor do § 5º, do Art. 791-A da CLT, são devidos 
honorários de sucumbência na reconvenção. 
Portanto, requer honorários de sucumbência na ação principal e na reconvenção. 
 
IX - DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer em sede de Contestação: 
 
a- Que seja acolhida a preliminar de incompetência absoluta da Justiça do Trabalho para 
apreciação e condenação criminal, conforme o Art. 337, II, do CPC/15 c/c Art. 114, IX, da 
CF/88; 
 
b- Que seja acolhida a prejudicial de mérito, em razão da prescrição quinquenal, nos 
termos da Súmula 308, I, do TST; 
 
c- Requer que as pretensões apresentados na exordial sejam julgadas totalmente 
improcedentes, com a consequente condenação da Reclamante em custas processuais; 
 
Em sede de RECONVENÇÃO, requer: 
 
d- O recebimento das razões da reconvenção com seu devido processamento, de acordo 
com o Art. 343, do CPC/15, e a procedência da reconvenção para recebero valor de R$ 300,00, 
relativo a vidraça quebrada pela Reclamante, seguindo os Arts. 186 e Art. 927 do Código Civil 
(2002); 
 
e- A intimação da Reclamante para apresentar resposta, nos termos do Art. 341, § 1º, do 
Código de Processo Civil (2015); 
 
f- Honorários de sucumbência na ação principal e na reconvenção, nos termos do Art. 
791-A, § 5º da Consolidação das Leis Trabalhistas; 
 
g- Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direitos admitidos, em 
especial, a testemunhal, documental e depoimento da reclamada, e o que mais for necessário à 
elucidação dos fatos; 
 
 
 
 
X - DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa, na Reconvenção, o valor de R$ 300,00 (TREZENTOS REAIS). 
 
 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
 
 
Local, data __________________, _____/_____/_____. 
 
Assinatura ________________. 
Nome do advogado 
OAB/UF _________________.

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