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Podcast Disciplina: Saúde Coletiva: história e conceitos Título do tema: Preventivismo, Medicina Social e Saúde Coletiva Autoria: Josiane Moreira Germano Leitura crítica: Nathalia Assis Augusto Abertura: Olá, ouvinte! No podcast falaremos sobre a trajetória do acesso à saúde no Brasil até a chegada do SUS. Você sabia que este sistema foi criado em 1988? Ele tem tudo a ver com o Movimento de Reforma Sanitária. Antes disso, nem toda população conseguia cuidados básicos e mais complexos à saúde. Para falarmos sobre a trajetória do acesso à saúde do Brasil, voltaremos lá em meados do século XVI, mais especificamente no período escravocrata. Naquele momento, não tínhamos um sistema de saúde estruturado, mas, com a chegada da família real, criou-se um sistema de saúde que visava atender os membros da corte. Assim, as pessoas com certa classe social, detinha o acesso à saúde por meio de médicos e remédios. Como sabemos, tínhamos aqui, diversas outras populações, como indígenas, populações mais empobrecidas e também, africanos que foram submetidos ao regime de escravidão. Para essas pessoas, que não tinham dinheiro suficiente para pagar por médicos e remédios, faziam seus cuidados por meio de práticas religiosas e curandeirismos. Nesta época, surgem também os boticários, que passavam nas fazendas com a distribuição de remédios capazes de curar doenças comuns. Hospital para as populações desprivilegiadas, ficavam a cargo das Santas Casas e da Filantropia. Com o foco da exportação, as ações nas cidades se valiam das Campanhas Sanitárias e a limpeza dos Portos. Afinal, os produtos contaminados perderiam o seu valor na Europa, certo? As Campanhas Sanitárias, visavam erradicar doenças e, por meio da vacinação, fazer a imunização em massa. Notamos aqui que o foco da saúde é a ausência de doença. Uma pessoa doente não produz e a não produção pode ser tida como perda de lucro. Dando um passo bem grande, outras camadas da população, especialmente aqueles que contribuíram com a economia assim, tinham carteira assinada, ganharam o direito de ter acesso à saúde, por meio dos médicos ofertados pelas empresas privadas, isso por volta dos anos 1930, viu? Dando um outro passo, agora pensando na década de 1960, com o boom das metrópoles, já com os imigrantes advindos de diversos lugares do mundo, percebemos que, o acesso, apesar de algumas mudanças, com a construção de alguns centros de saúde, ainda era insuficiente. Aqui, com a influência da W B A 1 0 5 9 _v 1 .0 Saúde Coletiva, percebemos que os problemas de saúde precisariam ser vistos para além do campo biológico, afinal, outros fatores contribuem, não é mesmo? E, esses fatores estão totalmente relacionados com as questões financeiras, de renda, condições de trabalho, características da moradia, presença ou não de esgoto e saneamento básico, acesso aos serviços de saúde, o tipo de alimentação, são alguns exemplos. Em meio à criação de hospitais e ampliação do complexo médico hospitalar, meados de 1970, surge aquilo que mudaria os rumos do acesso à saúde no Brasil. Chamado de Movimento de Reforma Sanitária prezou pela redemocratização do acesso, culminando na construção do Sistema Único de Saúde. Por meio dessa luta que a saúde é tida como Direito de todo cidadão, sendo o Estado responsável por garantir o acesso e promover as condições. Gostaria de destacar pessoal, que dentre os princípios do SUS, temos a integralidade e equidade, cujo objetivo é assistir as populações marcadas pela desigualdade social também. Interessante, não é? Fechamento: Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!
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