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Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite1/49 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA APRESENTAÇÃO AULA - 1 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite2/49 Examina as análises financeiras e aspectos relevantes da gestão do capital de giro, do ciclo financeiro e do processo de criação de valor nas organizações, explorando os benefícios de ferramentas como o fluxo de caixa para mitigação de problemas e o orçamento empresarial para projeções futuras. Estuda também, as taxas de juros e avalia a aplicação das ferramentas de análise financeira como suporte a escolha de investimentos e tomada de decisão. EMENTA TURMA: Engenharia de Produção – 120210A16 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite3/49 I. ANALISAR E RESOLVER PROBLEMAS II. RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO III. GESTÃO FINANCEIRA IV. GESTÃO DE CUSTOS V. ANÁLISE DE MERCADO FINANCEIRO VI. ANÁLISE ESTRATÉGICA VII. PLANEJAMENTO VIII. PROCESSOS IX. CONTROLE E AVALIAÇÃO X. OTIMIZAÇÃO DE RESULTADOS COMPETÊNCIAS Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite4/49 - Entender os conceitos básicos de engenharia econômica; - Entender o valor do dinheiro no tempo; - Realizar procedimentos de equivalência econômica no tempo; - Aplicar métodos determinísticos de análise de investimentos; - Analisar investimentos; - Avaliar alternativas de investimento para tomada de decisão; - Identificar orçamento aplicável em diferentes tipos de gestão; - Interpretar os demonstrativos projetados. OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite5/49 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS) - Analisar os artigos disponibilizados para debater com os colegas de classe. - Analisar, criticar e relacionar os textos propostos com o orçamento empresarial. - Avaliar as ferramentas de engenharia econômica utilizadas pelas empresas. As atividades que serão desenvolvidas encontram-se detalhadas no ambiente virtual de aprendizagem (Blackboard) da disciplina. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite6/49 Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Nove de Julho UNINOVE (2019), Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Nove de Julho UNINOVE (2014), Pós Graduado MBA em Qualidade e Produtividade pela Universidade Nove de Julho UNINOVE (2013), Engenheiro de Produção pelo Centro Universitário Estácio Uni-Radial (2013), Tecnólogo em Processos de Produção de Plásticos e Polímeros pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza FATEC (2007), Técnico em Mecânica de Precisão pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI (1978), graduado em Educação Física pela Universidade de Santo Amaro UNISA (1983). Endereço para acessar CV: http://lattes.cnpq.br/1006520685524185 ROBERTO RODRIGUES LEITE http://lattes.cnpq.br/1006520685524185 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite7/49 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ORÇAMENTO Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite8/49 Processo de Elaboração Orçamentária Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite9/49 Conceito de Orçamento O orçamento compreende um conjunto de ações sistematizadas que têm como objetivo projetar e controlar os resultados financeiros da empresa em um determinado horizonte de tempo, a partir de objetivos, metas e atividades previamente planejados. O orçamento é um instrumento de gestão necessário para qualquer empresa, independente de seu porte ou tipo de atividade econômica. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite10/49 Objetivos do Orçamento -Planejar entradas e saídas de caixa; -Planejar eventuais necessidades de financiamentos; -Verificar possíveis excedentes de caixa e sua destinação; -Estabelecer limites de desembolso para cada departamento; -Permitir tomar decisões baseadas em dados estruturados; -Elaborar análises sobre os resultados financeiros realizados; -Comparar os resultados realizados com os projetados; -Comunicar resultados financeiros projetados e realizados. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite11/49 Benefícios do Orçamento -Formaliza as responsabilidades pelo planejamento e pelo resultado que deve ser obtido; -Define previamente os resultados que devem ser alcançados em determinado prazo, motivando decisões consistentes; -Facilita a delegação de poderes, pois possibilita definir as responsabilidades de cada gestor; -Tende a melhorar a utilização dos recursos; -Possibilita a todos os colaboradores avaliarem se suas ações estão contribuindo para o objetivo global; -Identifica os pontos de eficiência ou ineficiência no desempenho. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite12/49 Limitações do Orçamento -Os orçamentos baseiam-se em estimativas, estando sujeitos a erros maiores ou menores, segundo a sofisticação do processo de estimação; -O plano de resultados, por si só, não garante o resultado projetado; deve ser continuamente monitorado e adaptado às circunstâncias; - Quando existe alta volatilidade das variações econômicas e financeiras, os resultados projetados sofrem fortes distorções; Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite13/49 Limitações do Orçamento -O custo de implantação e manutenção do sistema orçamentário, por exigir conhecimentos técnicos específicos, não permite a sua utilização plena por todas as empresas; -A elaboração e o acompanhamento de orçamento consome tempo de profissionais que não são da área de controladoria, gerando insatisfações. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite14/49 Características do Orçamento -Projeção para o futuro: o orçamento estabelece metas com base em estimativas de investimentos, receitas, ganhos, despesas e perdas; -Expressão monetária: o orçamento é expresso em valores monetários; -Flexibilidade: diz respeito à adaptabilidade do orçamento às mudanças no cenário econômico, nas condições de trabalho, de legislação e de mercado da empresa; Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite15/49 Características do Orçamento -Comprometimento: o orçamento deve ser considerado de competência de todos os níveis da empresa e não só da alta administração; -Completude: diz respeito ao fato de que o orçamento deve abranger todas as unidades da empresa; -Oportunidade: diz respeito ao fato de que o orçamento deve ser elaborado em tempo hábil, de tal forma que sua execução possa ocorrer no momento certo; Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite16/53 Características do Orçamento -Uniformidade: diz respeito ao fato de que os princípios e os padrões utilizados em determinado período devem ser os mesmos nos períodos subsequentes, a fim de facilitar a comparabilidade entre diferentes períodos; -Controle: diz respeito ao fato de que o orçamento evidencia as divergências entre os valores orçados e os realizados, tendo em vista a tomada de decisões corretivas, a fim de ajustar os objetivos e as metas. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite17/49 Condições para a Implantação do Orçamento -Estrutura organizacional: a estrutura da empresa deve possibilitar que todos os níveis hierárquicos participem do planejamento orçamentário, auxiliando na elaboração dos objetivos e das metas proposta, bem como no posterior controle das mesmas; -Criação de um comitê orçamentário: esse comitê deverá fixar os objetivos e as metas da empresa, considerando o ambiente externo e interno da empresa; Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite18/49 -Comprometimento em relação ao orçamento: todos os envolvidos com o planejamento orçamentário deverão ser responsabilizados em relação ao estabelecimento de objetivos e metas, bem como em relação ao controle das mesmas, a fim de que se atinjam os objetivos previamente estabelecidos. -Sistemas de custos integrados à contabilidade: é necessário que a empresa possua um sistema de custos coordenado com a contabilidade para que se possa projetar o orçamento de vendas, produção Condições para a Implantação do Orçamento Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite19/49 Condições para a Implantação do Orçamento -Contabilidade por centro de lucro ou de resultado: para que se possam controlar adequadamente os orçamentos das unidades, é necessário que a contabilidade esteja dividida em centros de lucros (centros de custos), a fim de que se possam criar metas para cada unidade, bem como controlá-las. -Sistema orçamentário flexível: a empresa deve possuir um sistema orçamentário flexível, capaz de ser ajustado de mudanças na conjuntura econômica, na estrutura da empresa, etc. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite20/49 Processo Orçamentário É de fundamental importância a criação de um comitê orçamentário, que precisa participar do processo de inicialização e finalização do orçamento anual, com a função de explicitar e orientar a introdução das metas e dos objetivos estratégicos no plano orçamentário. Devem fazer parte do comitê os principais membros da diretoria executiva da empresa, além do controller. A controladoria é o setor responsável pela organização do orçamento e pela condução do processo orçamentário. Tem como missão ser a interface entre o comitê orçamentário e os demais gestores da empresa. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite21/49 Atribuições do Comitê Orçamentário -Definir o modelo de processo orçamentário; -Consolidar o cronograma; -Selecionar o cenário a ser utilizado; -Explicitar os objetivos e as metas estratégicas; -Definir as premissas gerais orçamentárias. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite22/49 Processo de Elaboração Orçamentária O processo consta de 3 grandes fases: -Preparação do orçamento, onde são definidas as premissas orçamentárias gerais. -Elaboração das peças orçamentárias, que comporta todo o trabalho de cálculo colocando no papel aquilo que a empresa espera e prevê que vá acontecer para o próximo exercício. -Elaboração do orçamento geral, que resulta da consolidação das peças orçamentárias. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite23/49 Após a elaboração e a seleção dos cenários, que representa o elo entre a estratégia e o orçamento, e que são determinados pela alta administração, o comitê orçamentário elabora as premissas orçamentárias gerais, que são determinantes para a elaboração de todas as peças orçamentárias, como: -Cenário econômico; -Metas de desempenho; -Indicadores financeiros a serem atingidos pela empresa; -Remuneração dos acionistas. Processo de Elaboração Orçamentária Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite24/49 Exemplo de premissas orçamentárias Programa de Produção - unidades/ano 200.000 Número de Funcionários 4.500 Encargos Sociais previstos - média 92% Horas extras máximas 2% Aumentos Salariais - data base 4% Taxa de Câmbio - % 7% Taxa de US$ - Inicial R$ 3,10 Taxa de US$ - Final R$ 3,32 Inflação anual - país - % 10% Aplicações Financeiras 16% IR Retido Fonte Aplicações Financeiras 15% Investimentos necessários R$ 1.600.000 Política de contas a receber Política de estocagem Política de fornecedores Processo de Elaboração Orçamentária Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite25/49 Com a posse e o conhecimento das premissas orçamentária gerais, a controladoria e os gestores podem dar início ao processo de elaboração inicial das peças orçamentárias. Esta fase comporta todo o trabalho de cálculo propriamente dito em que se coloca no papel aquilo que a empresa espera e prevê que vá acontecer para o próximo exercício, assim como já foi dito. Elaboração das peças orçamentárias Processo de Elaboração Orçamentária Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite26/49 Elaboração do orçamento geral Resulta da consolidação das peças orçamentárias. O orçamento geral é composto por: -Orçamento operacional; -Orçamento de investimentos; -Orçamento de financiamentos; -Projeção dos demonstrativos contábeis. Processo de Elaboração Orçamentária Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite27/49 Modelos de processo orçamentário Processo de Elaboração Orçamentária Pode-se identificar 2 modelos básicos de condução do processo orçamentário. Elas decorrem da cultura geral da empresa e de seu modelo de gestão. Ambas devem ter como fundamento a efetiva participação dos gestores, princípio básico para se obter o comprometimento de todos. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite28/49 1º modelo: de cima para baixo (top-down) Processo de Elaboração Orçamentária Neste modelo, quem faz a preparação das peças orçamentárias é a controladoria. Após a aprovação inicial do comitê orçamentário, essas peças vão para a validação dos gestores que, por sua vez, fazem os ajustes que consideram necessários. Em seguida, após um trabalho analítico da controladoria, o conjunto de peças orçamentárias volta para o comitê, que depois de revisões e de ajustes, os valores e as metas são aprovados. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite29/49 Etapas mensais rotineiras do controle entre o real e o orçado Processo de Elaboração Orçamentária Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite30/49 2º modelo: de baixo para cima (bottom-up) Processo de Elaboração Orçamentária Esse modelo é considerado mais participativo. Cada gestor prepara sua peça orçamentária e a submete à controladoria. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite31/49 Processo de Elaboração Orçamentária Etapas mensais rotineira do controle entre o real e o orçado Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite32/49 A empresa gasta menos tempo com o 1º modelo → a controladoria tem condições de elaborar as peças orçamentárias de modo mais bem coordenado com as premissas orçamentárias gerais. O 2º modelo pode ser mais lento → nem todos os gestores possuem o conhecimento necessário das premissas e podem desenvolver um orçamento não totalmente coordenado com elas, gerando assim, divergências nas sessões de ajustes. A escolha do modelo deve estar em sintonia com a cultura da empresa. Processo de Elaboração Orçamentária Modelos de processo orçamentário Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite33/49 O momento ideal de início do processo depende de cada empresa, do seu tamanho, da sua estrutura organizacional, se é empresa única, se faz parte de um grupo corporativo nacional ou multinacional, etc. Empresas que não têm a estrutura de um grupo corporativo multinacional podem iniciar o processo mais tarde. Processo de Elaboração Orçamentária Início e fim do processo Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite34/49 Quanto mais próximo se estiver do início do exercício a ser orçado, melhor será a qualidade da informação constante dos orçamentos. Todo o processo orçamentário deve estar concluído antes do início do período que está sendo orçado, pelo menos um mês antes, para que os gestores tenham todos os dados orçados antes do período de realização das atividades. Processo de Elaboração Orçamentária Início e fim do processo Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite35/49 O controller e sua equipe, deverão elaborar um cronograma que compreende todo o processo de elaboração do orçamento, desde o início das atividades até a data da execução dos lançamentos orçamentários no sistema de informação contábil. Processo de Elaboração Orçamentária Cronograma Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite36/49 Processo de Elaboração Orçamentária Exemplo de cronograma de elaboração do orçamento Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite37/49 Estrutura Geral do Orçamento Processo de Elaboração Orçamentária O orçamento pode ser classificado em 4 partes: 1-Orçamento operacional 2-Orçamento de investimentos 3-Orçamento de financiamentos 4-Projeção das demonstrações contábeis Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite38/49 É a base de todo o processo orçamentário da empresa, sendo composto pelos orçamentos de: -Vendas -Produção -Consumo de materiais -Estoque de materiais -Despesas departamentais O orçamento operacional envolve a maior parte da empresa e exige um alto grau de detalhamento. Processo de Elaboração Orçamentária Orçamento Operacional Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite39/49 É a primeira peça orçamentária a ser elaborada, sendo a base de todo o orçamento. No orçamento de vendas são determinadas as quantidades, os preços e receitas de cada produto (ou serviço) que a empresa planeja vender (ou prestar). Processo de Elaboração Orçamentária Orçamento de Vendas Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite40/49 Ao terminar o orçamento de vendas, inicia-se o orçamento de produção. O orçamento de produção ou fabricação tem a finalidade de quantificar o volume de produção e estoque,bem como os custos de produção, avaliando os fatores restritivos, como a capacidade de produção instalada, o espaço de armazenamento, prazo de entrega, etc. Processo de Elaboração Orçamentária Orçamento de Produção Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite41/49 Com base no orçamento de produção, elabora-se o orçamento de matéria-prima. São discriminadas as matérias-primas e suas respectivas quantidades necessárias para a produção de cada unidade de produto, assim como os custos da matéria-prima. Processo de Elaboração Orçamentária Orçamento de Matéria Prima Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite42/49 Para cada tipo de produto a ser fabricado discrimina-se o tipo de mão-de-obra necessária para a produção de cada unidade do produto, bem como seu custo. Orçamento de Mão de Obra Processo de Elaboração Orçamentária Orçamento dos Custos Indiretos de Fabricação Compreende o orçamento dos materiais indiretos e da mão- de-obra indireta utilizados nas operações. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite43/49 Orçamento de Despesas Administrativas e Comerciais Processo de Elaboração Orçamentária São orçados os valores de despesas do departamento de vendas e do departamento administrativo. Inclui despesas como: -Consumo de materiais indiretos -Despesas com mão-de-obra direta -Despesas com mão-de-obra indireta -Gastos gerais Depreciações Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite44/49 Orçamento de investimentos Processo de Elaboração Orçamentária Consiste na elaboração das estimativas de investimentos, principalmente em imobilizado, podendo incluir atividades como: -Compra de nova máquina -Modernização ou reforma de instalações -Compra ou construção de nova fábrica -Pesquisa e desenvolvimento de novos produtos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite45/49 Orçamento de financiamentos Processo de Elaboração Orçamentária É feito somente após a elaboração do orçamento de operações, pois é preciso conhecer o volume de recursos necessários para financiar as atividades operacionais. Prevê como serão obtidos os recursos para viabilizar os novos investimentos ou o financiamento do capital de giro. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite46/49 Projeção das Demonstrações Contábeis Processo de Elaboração Orçamentária Elaborados os orçamentos de operações, de investimentos e de financiamentos, projetam-se as demonstrações financeiras: DRE, Fluxo de Caixa, Balanço Patrimonial. Essa fase é de responsabilidade exclusiva da controladoria. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite47/49 Processo de Elaboração Orçamentária Estrutura Geral do Orçamento Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite48/49 Fluxo Orçamentário Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite49/49 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite1/71 AULA 2 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite2/71 Orçamento Empresarial Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite3/71 • Tipos • Prazos • Níveis Orçamento Empresarial Investimento Financiamento Distribuição de lucros Curto prazo Longo prazo Operacional Tático Estratégico Antes de comentar sobre orçamento empresarial, é fundamental ter uma visão das classificações de decisões associadas à área financeira quanto aos: Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite4/71 A gestão orçamentária permeia vários aspectos das organizações, assim, pode influenciar várias decisões, sendo esperados impactos financeiros em todas as áreas a partir das decisões tomadas. O ambiente interno das organizações requer atenção pela sua complexidade e nível requerido de integração em função de: * Dimensões * Múltiplos propósitos * Mais complexas * Metas ambiciosas Orçamento Empresarial Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite5/71 As decisões tomadas no ambiente interno da organização, tem reflexos no ambiente externo, que é bastante volátil e incerto (previsibilidade e horizonte temporal) Orçamento Empresarial Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite6/71 O planejamento orçamentário deve ser realizado contemplando variáveis internas e externas, porém, sabemos que algumas variáveis externas não são gerenciáveis ou influenciáveis pela empresa, e tal situação aumenta a incerteza do planejamento. A dificuldade de projetar o comportamento das variáveis externas reforça a necessidade do planejamento, a fim de mitigar riscos e aproveitar oportunidades O planejamento é fundamental principalmente em um contexto volátil e incerto. Orçamento Empresarial Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite7/71 O orçamento empresarial só é devidamente implantado em uma empresa quando: • O orçamento pressupõe uma série de informações; • Pela sua amplitude, é fundamental a projeção dos fluxos de caixa pelos centros de responsabilidade; • Instalação de canais de comunicação amplos e eficientes; • O orçamento é a representação financeira do planejamento estratégico, pressupondo sua existência. Orçamento Empresarial Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite8/71 O planejamento estratégico (PE) formula objetivos e metas que a empresa deseja atingir em um horizonte temporal definido, e para atingir tais objetivos, o PE prevê: • Elaboração de uma análise situacional interna e externa; • Elaboração de um plano de ações compatíveis com os objetivos traçados; • Levantamento de premissas sobre o comportamento futuro das variáveis internas e externas que afetam o seu desempenho. Orçamento Empresarial e o Planejamento Estratégico Orçamento Empresarial Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite9/71 O orçamento empresarial é um instrumento que faz parte do PE da empresa, e pode ser entendido como o reflexo financeiro do PE, representando todos os benefícios e desembolsos esperados a partir das ações traçadas. O orçamento empresarial permite controlar o alcance dos objetivos financeiros, comparando os resultados planejados com os realizados, e também permite que índices de desempenho financeiro, global e setoriais, sejam concebidos e acompanhados pela alta administração. Orçamento Empresarial e o Planejamento Estratégico Orçamento Empresarial Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite10/71 O PE e o Orçamento Empresarial não devem ser concebidos e elaborados de maneira isolada, devendo ser integrados para assegurar que as ações estratégicas tenham, disponíveis, recursos financeiros suficientes. As ações devem evidenciar algum tipo de retorno, permitindo uma melhor avaliação das relações existentes entre os vários departamentos da empresa na consecução dos objetivos estratégicos. Orçamento Empresarial e o Planejamento Estratégico Orçamento Empresarial Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite11/71 O Orçamento Empresarial serve como instrumento de planejamento, avaliação e controle financeiro de uma empresa. Orçamento Empresarial e o Planejamento Estratégico Orçamento Empresarial Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite12/71 O Orçamento Empresarial tem três perspectivas que se complementam e que são indissociáveis: • Planejamento : Estabelecer antecipadamente as ações a serem empreendidas e as alocações dos recursos necessários. • Controle : Verificar se os objetivos, planos e políticas estão sendo realizados conforme o planejado. • Avaliação : Determinar se as metas estipuladas estão sendo atingidas. Orçamento Empresarial e o Planejamento Estratégico Orçamento Empresarial Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite13/71 Planejamento Orçamentário Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite14/71 Define-se como processo orçamentário o conjunto de etapas ou fases necessárias à elaboração, implementação e acompanhamento efetivo do orçamento, sendo que uma das funções mais importantes do processo orçamentário é servir de base para a determinação de padrões de desempenho e metas. Planejamento Orçamentário Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite15/71 Suas funções principais são analisar e avaliar os lucros, custos e aquisições da companhia em um determinado espaço de tempo. Por meio desses dados, torna-se possível estabelecer metas e objetivos em médio e longo prazo. Em geral os orçamentos são subdividos em serviços, ou grupos de serviços, facilitando a determinação dos custos parciais, e de acordo com a finalidadea que se destina, o orçamento pode ser mais ou menos detalhado. Planejamento Orçamentário Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite16/71 Funções Planejamento Orçamentário Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite17/71 Funções Planejamento Orçamentário Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite18/71 Funções Planejamento Orçamentário Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite19/71 Funções Planejamento Orçamentário Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite20/71 Controle e Avaliação Orçamentária Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite21/71 Controle e Avaliação Orçamentária Compreende a aferição do desempenho em relação ao padrão planejado, assim como a correção dos desvios assegurando a consecução dos objetivos de acordo com o plano da empresa. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite22/71 Atividades da Função Controle: • Medir o que foi realizado; • Comparar o realizado com o que foi planejado; • Analisar os desvios significativos; • Adotar medidas corretivas; • Avaliar a efetividade das ações tomadas; • Registrar todas as informações para aperfeiçoamento do planejamento. Controle e Avaliação Orçamentária Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite23/71 Sistema de planejamento e controle: Controle e Avaliação Orçamentária Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite24/71 Princípios do Planejamento e Controle Orçamentário: Controle e Avaliação Orçamentária Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite25/71 O Controle Orçamentário necessita dos seguinte dados: Controle e Avaliação Orçamentária Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite26/71 Importância dos dados para o Controle Orçamentário : Controle e Avaliação Orçamentária Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite27/71 A função de Controle envolve as seguinte atividades: Controle e Avaliação Orçamentária Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite28/71 Esquema geral do Controle Orçamentário : Controle e Avaliação Orçamentária Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite29/71 Técnicas de previsão Orçamentária : Controle e Avaliação Orçamentária Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite30/71 JUROS SIMPLES Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite31/71 • Existe juro porque os recursos são escassos. • As pessoas preferem consumir a poupar. • O prêmio para quem poupa é o juro. Juro e Consumo Juro e Capital • O Capital também é escasso. • O Juro é a remuneração pelo uso do capital. • O Juro é a remuneração pelo custo do crédito. Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite32/71 Taxa de Juros • Juro e tempo andam juntos. • O juro é determinado através de um coeficiente referido a um dado intervalo de tempo. • O coeficiente corresponde à remuneração da unidade de capital empregado por um prazo igual àquele da taxa. Ex.: 12 % ao ano. Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite33/71 Forma percentual • Na forma porcentual a taxa de juros é aplicada a centos do capital. Ex.: 12% ao ano. Forma unitária • Na forma unitária a taxa de juros é aplicada a unidades do capital. Ex.: 0,12 ao ano. Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite34/71 Cálculo • A remuneração pelo capital inicial (o principal) é diretamente proporcional: Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite35/71 onde: J = Juro C = Capital inicial (Principal) i = Taxa de Juros (na forma unitária) n = prazo de aplicação (na mesma unidade que a taxa) Fórmula básica Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite36/71 Resolução: Capital Inicial (C) = 1.000,00 Taxa de juros (i) = 10% a.a. Número de períodos (n) = 2 anos - Trabalhando com a taxa de juros na forma unitária, temos o juro do primeiro ano como sendo: J1 = 1.000,00 X 0,10 X 1 = $ 100,00 No segundo ano, teremos: J2 = 1.000,00 X 0,10 X 1 = $ 100,00 Suponhamos que se tome emprestada a quantia de $1.000,00 pelo prazo de 2 anos e à taxa de 10% a.a. Qual será o valor a ser pago como juro ? Cálculo do Juro (exemplo) Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite37/71 O juro total será a soma do juro devido no primeiro ano (J1) mais o juro devido no segundo ano (J2) J = J1 + J2 J = 100,00 + 100,00 = $ 200,00 Podemos, também, resolver o problema diretamente: J = 1.000,00 X 0,10 X 1 + 1.000,00 X 0,10 X 1 J = 1.000,00 X 0,10 X 2 J = $ 200,00 Cálculo do Juro (exemplo) Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite38/71 Cn J i = in J C = Ci J n = J = Juro C = Capital inicial (Principal) i = Taxa de Juros (na forma unitária) n = prazo de aplicação (na mesma unidade que a taxa) Variações da fórmula básica Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite39/71 Montante • Montante é a soma do juro mais o capital aplicado. onde: C= principal n= prazo de aplicação i = taxa de juros = Juros Simples Resolução: Capital Inicial (C) = 1.000,00 Taxa de juros (i) = 0,10 a.a. Número de períodos (n) = 2 anos Formula: N = C(1+in) Substituindo-se os valores, tem-se: N = 1.000(1+0,10 x 2) = 1.000(1+0,20) N = 1.000 x 1,20 N = $ 1.200,00 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite40/71 Qual é o montante de um capital de $ 1.000,00 aplicado à taxa de 10 % a.a. pelo prazo de 2 anos ? Cálculo do montante (exemplo) Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite41/71 É possível resolver o problema, seguindo-se a definição dada por montante: a) Calculando o juro devido: J = Cin J = 1.000,00 x 0,10 x 2 = R$ 200,00 b) Somando-se o juro com o principal: N = C + J N = 1.000,00 + 200,00 = R$ 1.200,00 Juros Simples Cálculo do montante (exemplo) Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite42/71 Taxa proporcional A taxa i1 (referida ao período n1) é proporcional à taxa i2 (referida ao período n2) se: 2 1 2 1 i i n n = 2 2 1 1 n i n i =Ou: Ou, do mesmo modo, se: i1.n2 = i2.n1 Juros Simples Resolução: i1 = 5% a.t. = 0,05 a.t. i2 = 20% a.a. = 0,20 a.a. n1 = 3 meses n2 = 12 meses Como: Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite43/71 Verificar se as taxas de 5% ao trimestre e de 20% ao ano são proporcionais. 2 1 2 1 i i n n = São grandezas proporcionais, porque o produto dos meios (0,20 x 3) é igual ao produto dos extremos (0,05 x 12). Logo, as taxas dadas são proporcionais (0,6) Taxa proporcional (exemplo) Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite44/71 Temos: i1 = 24% a.a. = 0,24 a.a. n1 = 12 meses i2 = ? n2 = 1 mês Como: 2 1 2 1 i i n n = 0,24 x 1 = i2 x 12 ou i = 2% a.m. Sendo dada a taxa de juros de 24% ao ano, determinar a taxa proporcional mensal. Resolução: Taxa proporcional (exercício) Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite45/71 Duas taxas de juros são equivalentes se: • aplicadas ao mesmo capital; • pelo mesmo intervalo de tempo. => Ambas produzem o mesmo juro. No regime de juros simples, as taxas de juros proporcionais são igualmente equivalentes. Taxa equivalente Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite46/71 Seja um capital de $ 10.000,00 que pode ser aplicado alternativamente à taxa de 2% a.m. ou de 24% a.a. Supondo um prazo de aplicação de 2 anos, verificar se as taxas são equivalentes? Taxa equivalente (exemplo) Resolução: Aplicando o principal à taxa de 2% a.m. e pelo prazo de 2 anos, teremos o juro de: J1 = 10.000,00 x 0,02 x 24 = $ 4.800,00 Aplicando o mesmo principal à taxa de 24% a.a. por 2 anos, teremos um juro igual a: J2 = 10.000,00 x 0,24 x 2 = $ 4.800,00 Constatamos que o juro será gerado é igual nas duas hipóteses e, nestas condições, concluímos que a taxa de 2% a.m. é equivalente à taxa de 24% a.a. Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite47/71 Quando o prazo de aplicação não é um número inteiro de períodos a que se refere a taxa de juros, faz-se o seguinte: I) Calcula-se o juro correspondente à parte inteira de períodos. II) Calcula-se a taxa proporcional à fração de período que resta e o juro correspondente. III) O juro total é a soma do juro referente à parte inteira com o juro da parte fracionária. Períodos não inteiros Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite48/71 Qual o juro e qual o montante de um capital de $ 1.000,00 que é aplicado à taxa de juros simples de 12% ao semestre, pelo prazo de 5 anos e 9 meses ? Resolução:Sabemos que em 5 anos e 9 meses existem: 5 x 2 semestres = 10 semestres 9 meses = 1 semestre e 3 meses Ou seja, em 5 anos e 9 meses temos 11 semestres e 3 meses. Períodos não inteiros (exemplo) Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite49/71 1ª etapa: J1 = 1.000,00 x 0,12 x 11 = $ 1.320,00 2ª etapa: Calculamos a taxa de juros proporcional ao trimestre: Portanto: J2 = 1.000,00 x 0,06 x 1 = $ 60,00 Logo, o total de juros é: J = J1 + J2 J = 1.320,00 + 60,00 J = $ 1.380,00 Pode-se obter a solução observando que 3 meses é igual a 0,5 semestre, assim, 5 anos e 9 meses equivalem a 11,5 semestres: J = 1.000,00 x 0,12 x 11,5 J = $ 1.380,00 a) Cálculo do juro: b) Cálculo do montante: N = C + J N = 1.000,00 + 1.380,00 N = $ 2.380,00 Períodos não inteiros (exemplo) Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite50/71 Juro exato • o período a que se refere a taxa está expresso em dias. • é adotada a convenção do ano civil (365 dias) Exemplo: Qual é o juro exato de um capital de $ 10.000,00 que é aplicado por 40 dias e à taxa de 36% a.a. ? Fórmula: Resolução: C = Capital inicial (Principal) i = Taxa de Juros (na forma unitária) n = prazo de aplicação (na mesma unidade que a taxa) Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite51/71 Juro comercial • o período a que se refere a taxa está expresso em dias. • é adotada a convenção do ano comercial (360 dias) Fórmula: C = Capital inicial (Principal) i = Taxa de Juros (na forma unitária) n = prazo de aplicação (na mesma unidade que a taxa) Exemplo: Qual é o juro comercial de um capital de $ 10.000,00 que é aplicado por 40 dias e à taxa de 36% a.a. ? Resolução: Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite52/71 Diagrama de capital no tempo • Representam o fluxo de dinheiro no tempo; • Representam o fluxo de caixa: entradas e saídas de dinheiro; • Graficamente: Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite53/71 Valor Nominal É quanto vale um compromisso na data do seu vencimento. Exemplo: Uma pessoa aplicou uma quantia hoje e vai resgatá- la por 20.000 daqui a 12 meses, assim, 20.000 é o valor nominal da aplicação no mês 12. Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite54/71 Valor atual É o valor que um compromisso tem em uma data que antecede ao seu vencimento. Para calcular ¨c¨, é preciso saber qual a taxa de juros. ¨C¨ é o valor atual da aplicação de 20.000, na data 6. Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite55/71 Valor futuro Corresponde ao valor do título em qualquer data posterior à que estamos considerando no momento. Exemplo: Uma pessoa possui 10.000 hoje. Para calcular ¨c¨, é preciso saber qual a taxa de juros. ¨C¨ é o valor futuro de 10.000 na data 6. Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite56/71 1) Vamos admitir que uma pessoa aplicou hoje uma certa quantia e que recebeu pela aplicação, um título que irá valer $ 24.000,00 no mês 12. a) Suponhamos que o valor aplicado na data de hoje tenha sido de $ 15.000,00. Podemos calcular a taxa de juros simples utilizada na aplicação, do seguinte modo: N = C (1+in) N = 24.000,00 C = 15.000,00 i = ? n = 12 meses Resolução: EXEMPLO 1 Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite57/71 Nestas condições: 24.000 = 15.000 (1+ i.12) Dividindo os dois lados da igualdade por 15.000, a mesma não se altera: Logo: 1,6 = 1 + i.12 Somando-se -1 aos dois lados da igualdade, a mesma não se altera: 1,6 -1 = 1 -1 + i.12 0,6 = i.12 EXEMPLO 1 Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite58/71 Dividindo-se de novo os dois lados da igualdade por 12, temos: Observe que, como a unidade de tempo utilizada foi o “mês”, a taxa também fica referida ao mesmo intervalo de tempo, ou seja: i = 0,05 ao mês i = 5% ao mês i = 0,05 24.000 – 15000 = 9.000 9.000 / 12 = 750 15000 100% 750 X i = 5% ao mês EXEMPLO 1 0,6 = i.12 0,05 = i Ou: Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite59/71 b) Não sabemos qual o valor aplicado, mas conhecemos a taxa de aplicação, que é de 6% ao mês. Neste caso podemos calcular o valor atual hoje (na data 0), que corresponde ao próprio valor aplicado: N = C (1 + in) Onde: N = 24.000,00 C = ? i = 0,06 (note que, para usar a fórmula deste modo, a taxa deve ser colocada na forma unitária) n = 12 meses EXEMPLO 1 Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite60/71 Ou seja, $13.953,49 é o valor atual na data 0, isto é, quanto a pessoa aplicou hoje. C = 13.953,49 24.000 = C (1 + 0,06 x 12) 24.000 = C (1 + 0,72) 24.000 = C.1,72 Resolução b: EXEMPLO 1 N = C (1 + in) Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite61/71 2) Considere que uma pessoa possui hoje a quantia de $ 10.000,00. Qual será o valor futuro se a pessoa aplicar esta importância à taxa de 5% ao mês, daqui a 3 meses ? N = 10.000 (1 + 0,05 x 3) N = 10.000 (1,15) N = 11.500,00 O valor futuro será de $ 11.500,00 daqui a 3 meses. EXEMPLO 2 N = C (1 + i.n) Onde: N = ? C = 10.000,00 i = 0,05 n = 3 meses Solução: 10.000/100 = 1.000 1.000/2 = 500 500 x 3 = 1.500 10.000 + 1.500 = 11.500 Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite62/71 EXERCÍCIOS Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite63/71 Suponhamos que se tome emprestada a quantia de $30.000,00 pelo prazo de 2 anos e à taxa de 15% a.a. Qual será o valor a ser pago como juro ? EXERCÍCO 1 J = Juro C = Capital inicial (Principal) i = Taxa de Juros (na forma unitária) n = prazo de aplicação (na mesma unidade que a taxa) Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite64/71 Solução: Capital Inicial (C) = 30.000,00 Taxa de juros (i) = 15% a.a. Número de períodos (n) = 2 anos Taxa de juros na forma unitária, temos o juro do primeiro ano como sendo: J1 = 30.000,00 X 0,15 X 1 = $ 4.500,00 No segundo ano, teremos: J2 = 30.000,00 X 0,15 X 1 = $ 4.500,00 J = J1 + J2 J = 4.500,00 + 4.500,00 Juro total = $ 9.000,00 Podemos, também, resolver o problema diretamente: J = 30.000,00 X 0,15 X 1 + 30.000,00 X 0,15 X 1 J = 30.000,00 X 0,15 X 2 J = $ 9.000,00 EXERCÍCO 1 Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite65/71 EXERCÍCO 2 Qual é o montante de um capital de $ 7.000,00 aplicado à taxa de 12 % a.a. pelo prazo de 2 anos ? = onde: C= principal n= prazo de aplicação i = taxa de juros Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite66/71 Solução: Capital Inicial (C) = 7.000,00 Taxa de juros (i) = 0,12 a.a. Número de períodos (n) = 2 anos E sendo: N = C (1+in) Substituindo-se os valores, tem-se: N = 7.000(1+0,12 x 2) N = 7.000(1+0,24) N = 7.000 x 1,24 N = $ 8.680,00 Pode-se também calcular o juro devido somando com o principal. a) Calculando o juro devido: J = Cin J = 7.000,00 x 0,12 x 2 = $ 1.680,00 b) Somando o juro com o principal: N = C + J N = 7.000,00 + 1.680,00 = $ 8.680,00 EXERCÍCO 2 Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite67/71 Verificar se as taxas de 8% ao trimestre e de 24% ao ano são proporcionais. EXERCÍCO 3 2 1 2 1 i i n n = n= prazo de aplicação i = taxa de juros onde: Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite68/71 Solução: i1 = 8% a.t. = 0,08 a.t. i2 = 24% a.a. = 0,24 a.a. n1 = 3 meses n2 = 12 meses EXERCÍCO 3 Não são grandezas proporcionais, porque o produto dos meios (0,24 x 3) é diferente do produto dos extremos (0,08 x 12). Logo, as taxas dadas não são proporcionais. 2 1 2 1 i i n n = 0,08 0,24 3 12 = 0,24 x 3 = 0,72 0,08 x 12 = 0,96 Resposta: Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite69/71 EXERCÍCO 4 Considere que uma pessoa possui hoje a quantia de $ 150.000,00. Qual será o valor futuro se a pessoa aplicar esta importância à taxa de 8% ao mês, daqui a 5 meses ? Onde: N = ? C = 150.000,00 i = 0,08 n = 5 meses N = C (1 + i.n) Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite70/71 N = C (1 + i.n) N = 150.000 (1 + 0,08 x 5) N = 150.000 (1,40) N = 210.000,00 Resposta: O valor futuro será de $ 210.00,00 daqui a 5 meses. EXERCÍCO 4 Solução: N = ? C = 150.000,00 i = 0,08 n = 5 meses Juros Simples Prof. Dr. Roberto RodriguesLeite71/71 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite1/68 AULA 3 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite2/68 JUROS COMPOSTOS Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite3/68 A remuneração pelo capital inicial é diretamente proporcional ao tempo da aplicação: Juros Simples Relembrando Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite4/68 onde: J = Juro C = Capital inicial i = Taxa de Juros (na forma unitária) n = prazo de aplicação (na mesma unidade que a taxa) Fórmula básica: Relembrando Juros Simples Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite5/68 Juros Simples: • Apenas o capital inicial rende juros; • O Juro é diretamente proporcional ao tempo e à taxa. Juros Compostos: • O Juro gerado pela aplicação, em um período, será incorporado; • No período seguinte, o capital mais o juro passa a gerar novos juros; • O regime de juros compostos é mais importante, porque retrata melhor a realidade. Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite6/68 Diferença entre os regimes de capitalização Co= 1000,00 i= 20 % a.a. n= 4 anos Co = capital inicial n = número de períodos i = taxa de juros por período Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite7/68 O cálculo do montante, em juros compostos é dado pela fórmula: MONTANTE JUROS COMPOSTOS Onde: Cn = montante ao fim de “n” períodos Co = capital inicial n = número de períodos i = taxa de juros por período Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite8/68 Uma pessoa toma $ 1.000,00 emprestado a juros de 2% a.m. pelo prazo de 10 meses com capitalização composta. Qual o montante a ser devolvido ? EXEMPLO: Temos: C0 = 1.000 i = 2% a .m. n = 10 meses Resolução: MONTANTE: Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite9/68 O juro é dado pela fórmula seguinte: Cálculo de Juro Composto Onde: Jn = juros após “n” períodos Co = capital inicial n = número de períodos i = taxa de juros por período Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite10/68 Qual o juro pago no caso do empréstimo de $ 1.000,00 à taxa de juros compostos de 2% a.m. e pelo prazo de 10 meses ? EXEMPLO: Temos: C0 = 1.000 i = 2% a .m. n = 10 meses Resolução: Cálculo de Juro Composto Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite11/68 Valor Atual e Valor Nominal • O Valor Atual corresponde ao valor da aplicação em uma data inferior à do vencimento. • O Valor Nominal é o valor do título na data do seu vencimento. ni N V )1( + =Fórmula:Onde: V = valor atual N = valor nominal i = taxa de juros n = número de períodos que antecede o vencimento do título Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite12/68 EXEMPLO: a) Por quanto devo comprar um título, vencível daqui a 5 meses, com valor nominal de $ 1.131,40, se a taxa de juros compostos corrente for de 2,5% a.m. ? Temos: N = 1.131,40 i = 2,5 % a.m. n = 5 meses Valor Atual e Valor Nominal Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite13/68 Temos: N = 1.131,40 i = 2,5 % a.m. n = 5 meses Resolução: Portanto, se comprar o título por $ 1.000,00, não estarei fazendo mau negócio. Valor Atual e Valor Nominal Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite14/68 b) Uma pessoa possui uma letra de câmbio que vence daqui a 1 ano, com valor nominal de $ 1.344,89. Foi-lhe proposta a troca daquele título por outro, vencível daqui a 3 meses e no valor de $ 1.080,00. Sabendo-se que a taxa corrente de mercado é de 2,5% a.m., pergunta-se se a troca proposta é vantajosa. EXEMPLO: Valor Atual e Valor Nominal Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite15/68 O valor atual na data focal zero da letra de câmbio que vence em 12 meses é dado por: Calculemos agora o valor atual na data zero, da letra que vence em 3 meses: Comparando os dois valores atuais constatamos que ou seja, o título que vence em 3 meses tem um valor atual um pouco maior que o que vence em 12 meses. Portanto, a troca seria vantajosa. Valor Atual e Valor Nominal Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite16/68 Taxas Equivalentes Duas taxas de juros são equivalentes se, considerados o mesmo prazo de aplicação e o mesmo capital, for indiferente aplicar em uma ou em outra. 11 −+= q iiq onde: iq = taxa referente a uma fração 1/q a que se refere a taxa “i”. i = taxa referente a um intervalo de tempo unitário Fórmula: Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite17/68 a) Dada a taxa de juros de 9,2727% ao trimestre, determinar a taxa de juros compostos equivalente mensal. EXEMPLO: Taxas Equivalentes 11 −+= q iiq Temos: q = 3 meses i = 9,2727% a.t Fórmula: Resolução: ou: Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite18/68 b) Suponhamos que C0 = 1.000,00; iq = 2% a.m.; i = 26,824% a.a. e n = 1 ano. Verificar se i e iq são equivalentes. EXEMPLO: Taxas Equivalentes Resolução: Para verificar se as duas taxas são equivalentes, vamos aplicar o capital de $ 1.000,00 pelo mesmo prazo. Vamos adotar 1 ano, que é o período de aplicação correspondente à taxa i. O montante à taxa i, é: C1 = 1.000(1,26824) C1 = $ 1.268,24 Calculando-se o montante em 12 meses para a taxa iq, tem-se: C1’ = 1.000(1,02)12 C1’ = 1.000(1,268242) Logo: C1’ = $ 1.268,24 Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite19/68 Portanto se C1 = C1’ (C1 = $ 1.268,24 = C1’ = $ 1.268,24), pode-se concluir que a taxa de 2% a.m. é equivalente à taxa de 26,824% ao ano. Obs: Note-se que taxa equivalente obtida a juros compostos é maior que a taxa equivalente obtida a juros simples (ou seja: 2% x 12 meses = 24% ao ano). Taxas Equivalentes Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite20/68 c) Um capital de $ 1.000,00 pode ser aplicado às taxas de juros compostos de 10% ao ano ou de 33,1% ao triênio, determinar a melhor aplicação. Resolução: Para determinar qual a melhor aplicação, vamos aplicar o capital disponível às duas taxas e por um mesmo prazo. Façamos a aplicação por 3 anos, que é o período da segunda taxa. Taxas Equivalentes EXEMPLO: Aplicando à taxa de 10% a.a. C3 = 1.000(1 + 0,10)3 C3 = 1.000(1,331) C3 = $ 1.331,00 Aplicando à taxa de 33,1% ao triênio: C1 = 1.000(1 + 0,331)1 C1 = 1.000(1,331) C1 = $ 1.331,00 Resposta: É indiferente aplicar a qualquer das taxas pois são equivalentes. Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite21/68 Períodos Não-Inteiros - Convenção Exponencial Nesta convenção, os juros do período não-inteiro são calculados utilizando-se a taxa equivalente. qpn oqpn iCC / /, )1( ++= Onde: Co = Capital inicial n = número de períodos inteiros i = taxa de juros p/q = fração própria (p<q) de um período a que se refere a taxa “i” Cn,p/q = montante ao fim de (n+p/q) períodos Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite22/68 Um capital de $ 1.000,00 é emprestado à taxa de juros compostos de 10% a.a., pelo prazo de 5 anos e 6 meses. Tendo por base a capitalização anual, qual será o montante ? Períodos Não-Inteiros - Convenção Exponencial EXEMPLO: 1ª etapa: calculamos o montante para os períodos inteiros: C5 = C0(1 + i)5 C5 = 1.000(1,10)5 C5 = 1.000(1,61051) C5 = $ 1.610,51 2ª etapa: como a taxa está em base anual (12 meses), temos: p = 6 meses q = 12 meses Resolução por etapas: } Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite23/68 Portanto: C’n,p/q = Cn(1 + i)p/q C’5,1/2 = C5(1,10)1/2 C’5,1/2 = 1.610,51(1,048809) C’5,1/2 = $ 1.689,12 b) usando a fórmula: C’n,p/q = C0(1 + i)n+p/q C’5,1/2 = 1.000(1,10)5+1/2 C’5,1/2 = 1.000(1,10)5,5 C’5,1/2 = $ 1.689,12 Períodos Não-Inteiros - Convenção Exponencial qpn oqpn iCC / /, )1( ++= Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite24/68 Taxa Efetiva e Nominal Diz-se que a taxa é nominal quando o período de capitalização não coincide com o período da taxa. kn onk k i CC )1( += 1)1( −+= k f k i i Onde: i = taxa nominal if = taxa efetiva k = número de capitalizações para 1 período da taxa efetiva n = número de períodos de capitalização da taxa nominal C0 = Principal Cnk = Montante Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite25/68 1) Um banco faz empréstimosà taxa de 5% a.a., mas adotando a capitalização semestral dos juros. Qual seria o juro pago por um empréstimo de $ 10.000,00, feito por 1 ano ? Taxa Efetiva e Nominal EXEMPLO: Adotando-se a convenção de que a taxa por período de capitalização seja a taxa proporcional simples à taxa nominal dada, tem-se: i = 5% a.a. Onde k corresponde ao prazo de formação de juros, ou seja, é o número de vezes em que foi dividido o período correspondente à taxa dada. Resolução: 0,025 a.s. Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite26/68 Nas condições apresentadas, o montante no primeiro semestre é dado por: Taxa Efetiva e Nominal C1 = 10.000 (1 + 0,025)1 = $ 10.250,00 E, no segundo semestre, tem-se: C2 = 10.250 (1 + 0,025)1 = $ 10.506,25 C1 = C0 (1+i/k)1 A taxa efetiva nesta operação que temos duas capitalizações é: if = 506,25/10.000,00 = 0,050625 a.a. if = 5,0625% a.a. C2 = C1 (1+i/k)1 Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite27/68 O montante devido caso a capitalização fosse anual é dado por: C’ = 10.000 (1 + 0,05) = $ 10.500,00 A taxa efetiva quando a capitalização é feita no período da taxa é: i’f = 500,00/10.000,00 = 0,05 a.a. i’f = 5% a.a. Constatamos, portanto, que existe uma pequena diferença para mais no montante, quando o prazo de capitalização não coincide com o prazo da taxa. Taxa Efetiva e Nominal Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite28/68 Podemos também, obter o resultado diretamente, aplicando os $ 10.000,00 em dois semestres: C2 = 10.000 (1,025)2 = 10.506,25 A taxa efetiva é dada por: 1 + if = (1,025)2 = 1,050625 if = 1 - 1,050625 if = 0,050625 5,0625% a.a. Taxa Efetiva e Nominal i = 5% a.a. 0,025 a.s. Juros Compostos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite29/68 FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite30/68 O que é Fluxo de caixa? O fluxo de caixa nada mais é do que a movimentação financeira de uma empresa, ou seja, todo o dinheiro que entra e todo o dinheiro que sai do caixa em um período determinado, referindo-se sempre, ao que aconteceu no passado, enquanto o termo orçamento refere-se ao futuro. Toda a movimentação de entradas e saídas do fluxo de caixa devem ser registrados. FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite31/68 Para que seja possível ao administrador financeiro planejar e gerir os recursos empresariais reconhecendo necessidades presentes e futuras, ele emprega em sua atividade a ferramenta denominada fluxo de caixa, também conhecida como cash flow. O fluxo de caixa é um instrumento que relaciona os ingressos (entradas) e saídas (desembolsos) de recursos monetários no âmbito de uma empresa em determinado intervalo de tempo. (Neto; Silva, 1997) FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite32/68 O fluxo de caixa é composto por dois grandes grupos que congregam vários itens que podem ser monitorados, sendo: • Contas a receber (entradas) – Concentra todos os direitos que a empresa possui como vendas de mercadorias diversas, prestação de serviços realizados, vendas do ativo permanente (veículos, móveis, imóveis, equipamentos, máquinas, etc.); • Contas a pagar (saídas) – Abriga todas as obrigações assumidas pela empresa, oriundas da aquisição de mercadorias, serviços, industrialização, impostos, além dos custos variáveis, despesas e empréstimos. (Assef, 2003) FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite33/68 Existem variações de fluxo de caixa, as principais são: • Fluxo de caixa projetado – refere-se a projeção de futuro que a empresa possui acerca das entradas e saídas; • Fluxo de caixa realizado – refere-se ao realmente ocorrido, sendo o que efetivamente foi pago e recebido. O acompanhamento entre o fluxo de caixa projetado e o realizado, permite ao administrador identificar as variações ocorridas e as causas dessas variações. (Santos, 2001) FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite34/68 O domínio sobre o tema possibilita ao administrador uma forma de prever a entrada ou saída de recursos do caixa durante um determinado período de tempo, viabilizando um melhor controle e planejamento, o que é vital para a saúde financeira de uma empresa, sendo imprescindível ao administrador financeiro, sua utilização constante. É importante ressaltar que o controle do fluxo de caixa não é de uso restrito para empresas, podendo ser empregado, também nas finanças pessoais. FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite35/68 Na figura é apresentada uma visão gráfica do fluxo de caixa • As setas e os números azuis representam as entradas durante o decorrer do tempo; • As setas e os números em vermelho representam as saídas durante o decorrer do tempo; • Os números na faixa do TEMPO representam a linha do tempo onde as entradas e saídas ocorrem, podendo ser em meses, dias etc. FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite36/68 Analise da figura do gráfico de fluxo de caixa FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite37/68 Por meio do fluxo de caixa o administrador pode programar e controlar os compromissos de pagamentos de forma a evitar que faltem recursos. Caso o administrador verifique que em determinada data a empresa não terá condições de cumprir com o compromisso, ele poderá negociar uma nova data ou uma nova forma para efetuar o pagamento, ou ainda, captar recursos em bancos ou financeiras para quitá- la, observando sempre a taxa de operação. FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite38/68 O que é taxa de operação? A taxa de operação (corretagem) é uma quantia cobrada por bancos e corretoras de valores pela negociação de compra e venda de ativos no mercado financeiro. Cada instituição financeira possui suas próprias regras, mas seja qual for o caso, a taxa de corretagem sempre incidirá sobre as operações realizadas pelo investidor, e por isso, o investidor deve sempre saber como e quanto será cobrado, pois quanto maior for o custo de corretagem maior tende a ser o impacto na rentabilidade da operação. FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite39/68 Como as taxas de corretagem são cobradas? No mercado brasileiro, existem diferentes formas de se cobrar uma taxa de corretagem, que pode ser fixa, variável ou mista. Valor fixo: Um dos tipos mais comuns de cobrança atualmente, as taxas de corretagem com valor fixo permitem ao investidor pagar uma quantia fixa de corretagem independente da quantia movimentada na operação, ou seja, uma compra de ação de R$ 1 mil pode ter a mesma taxa de corretagem de uma compra de R$ 100 mil. FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite40/68 Valor variável: O valor de corretagem a ser pago varia de acordo com o montante investido, ou seja, o pagamento da corretagem seria proporcional ao valor negociado. Valor fixo + porcentagem: As instituições financeiras também costumam utilizar o formato de cobrança de valor fixo acrescido de porcentagem sobre o valor negociado, sendo este o formato de cobrança mais comum sobre as operações. FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite41/68 Você é um administrador financeiro da Empresa A que possui uma entrada de R$100.000,00 todo 1º dia do mês e três saídas: 10º e 20º dia ambas no valor de R$15.000,00 e uma saída no 30º dia no valor de R$20.000,00. A empresa necessita efetuar uma compra de matéria-prima cujo valor é de R$100.000,00. Dois bancos oferecem empréstimos, o Banco Z e o Banco Y. O banco Z oferece crédito à taxa de 2,5% a.m. (juros compostos), com prazo para o pagamento de 5 meses e cobra uma taxa de operação de 2,5% sobre o empréstimo. O banco Y oferece crédito à taxa de 1,5% (juros compostos), com prazo para pagamento de 10 meses e cobra uma taxa de operação de 3,0% sobre o empréstimo. Ambos os bancos possuem como data de pagamento do empréstimo o dia 15º dia de cada mês. Em qual banco você recorreria ao empréstimo? Exercício 1: FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite42/68 O primeiro passo é montar uma tabela de fácil visualização para posterior comparação das condições que cada banco oferece. Solução: FLUXO DE CAIXAProf. Dr. Roberto Rodrigues Leite43/68 Calcular o montante e o juro a ser pago em cada Banco. Solução: Fórmula montante FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite44/68 Solução: Fórmula montante FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite45/68 Após efetuar os cálculos vamos acrescentá-los na tabela juntamente com a taxa de operação cobrada por cada banco: Solução: Analisando os dados percebe-se que as condições oferecidas pelo banco Z são melhores, pois os juros e a taxa de operação são menores. FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite46/68 Como ficará o fluxo de caixa da empresa para os próximos 5 meses simulando o empréstimo no banco Z? Para tal considere que a compra da matéria-prima ocorrerá no dia 25 do mês corrente ao empréstimo. OBS: no quinto mês após o empréstimo, a empresa tem previsto uma saída de R$30.000 no 25º dia. Exercício 2: Mês do empréstimo Mês 0 FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite47/68 FLUXO DE CAIXA - MÊS DE EMPRÉSTIMO Saldo final positivo em R$50.000,00 MÊS 0 Solução: FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite48/68 FLUXO DE CAIXA - MÊS 1 Saldo final positivo em R$27.371,84 MÊS 1 Solução: FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite49/68 FLUXO DE CAIXA - MÊS 2 Saldo final positivo em R$27.371,84 MÊS 2 Solução: FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite50/68 FLUXO DE CAIXA - MÊS 3 Saldo final positivo em R$27.371,84 MÊS 3 Solução: FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite51/68 FLUXO DE CAIXA - MÊS 4 Saldo final positivo em R$27.371,84 MÊS 4 Solução: FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite52/68 FLUXO DE CAIXA - MÊS 5 Saldo final negativo R$ 2.628,16 MÊS 5 Taxa de 2,5% a.m. (j. comp.), com prazo para o pagamento de 5 meses. Solução: FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite53/68 Observa-se que o saldo final é negativo em R$2.628,16. Portanto, cabe ao administrador financeiro ter um plano de ação para que, no quinto mês após o pagamento do empréstimo o caixa não fique “descoberto”. Este plano de ação pode contemplar um aprovisionamento de recurso durante os meses antecedentes, ou ainda, um empréstimo planejado com melhores taxas e condições de pagamento. Resposta: FLUXO DE CAIXA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite54/68 EXERCÍCIOS Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite55/68 1. Calcule o montante de uma aplicação de juros simples de R$ 280,00 durante 4 meses a uma taxa de 2% a. m. Use a fórmula de juros simples. EXERCÍCIO-1 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite56/68 RESPOSTA Calcule o montante de uma aplicação de juros simples de R$ 280,00 durante 4 meses a uma taxa de 2% a. m. Use a fórmula de juros simples. N = Montante C = Capital inicial (Principal) i = Taxa de Juros (na forma unitária) n = prazo de aplicação (na mesma unidade que a taxa) N = R$ 280,00 (1+0,02 x 4) N = R$ 280,00 (1+0,08) N = R$ 280,00 x 1,08 N = R$ 302,40 J = R$ 302,40 – R$ 280,00 J = R$ 22,40 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite57/68 2. Calcule o montante de uma aplicação de R$ 500,00 durante 6 meses a uma taxa de 2,5% a. m. Use a fórmula de juros simples. EXERCÍCIO-2 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite58/68 RESPOSTA Calcule o montante de uma aplicação de R$ 500,00 durante 6 meses a uma taxa de 2,5% a. m. Use a fórmula de juros simples. N = R$ 500,00 (1+0,025 x 6) N = R$ 500,00 (1+0,15) N = R$ 500,00 x 1,15 N = R$ 575,00 J = R$ 575,0 – R$ 500,00 J = R$ 75,00 N = Montante C = Capital inicial (Principal) i = Taxa de Juros (na forma unitária) n = prazo de aplicação (na mesma unidade que a taxa) Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite59/68 3. Um capital de R$ 2.500,00 foi aplicado a juros compostos a uma taxa de 4% ao ano durante dois anos. Calcule o montante e o total dos juros auferidos no final da aplicação EXERCÍCIO-3 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite60/68 RESPOSTA Cn = montante ao fim de “n” períodos Co = capital inicial n = número de períodos i = taxa de juros por período Um capital de R$ 2.500,00 foi aplicado a juros compostos a uma taxa de 4% ao ano durante dois anos. Calcule o montante e o total dos juros auferidos no final da aplicação C2 = R$ 2.500,00 (1 + 0,04)2 C2 = R$ 2.500,00 (1,0816) C2 = R$ 2.704,00 J= R$ 2.704,00 – R$ 2.500,00 J = R$ 204,00 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite61/68 4. Um capital de R$ 3.000,00 foi aplicado a juros compostos a uma taxa de 3% ao ano durante 24 meses. Calcule o montante e o total dos juros auferidos no final da aplicação. EXERCÍCIO-4 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite62/68 4. Um capital de R$ 3.000,00 foi aplicado a juros compostos a uma taxa de 3% ao ano durante 24 meses. Calcule o montante e o total dos juros auferidos no final da aplicação. RESPOSTA Cn = montante ao fim de “n” períodos Co = capital inicial n = número de períodos i = taxa de juros por período C2 = R$ 3.0000,00 (1 + 0,03)2 C2 = R$ 3.000,00 (1,0609) C2 = R$ 3.182,70 J= R$ 3182,70 – R$ 3.000,00 J = R$ 182,70 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite63/68 5. Um capital de $ 1.000,00 foi aplicado por 3 anos, à taxa de 10% a.a. com capitalização semestral. Calcular o montante e a taxa efetiva da operação. Onde: i = taxa nominal if = taxa efetiva k = número de capitalizações para 1 período da taxa efetiva n = número de períodos de capitalização da taxa nominal C0 = Principal Cnk = Montante kn onk k i CC )1( += 1)1( −+= k f k i i Fórmulas: EXERCÍCIO-5 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite64/68 Dados: i = 10% a.a. K = 2 (semestral) n = 3 anos C0 = $ 1.000,00 Resolução: Cnk = C0 (1 + i/k)kn C6 = 1.000 (1 + 0,10/2)2.3 C6 = 1.000 (1 + 0,05)6 C6 = $ 1.340,10 A taxa efetiva é dada por: if = (1 + i/k)2 - 1 if = (1 + 0,05)2 - 1 if = 10,25% a.a. 1)1( −+= k f k i i RESPOSTA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite65/68 6. Sabendo-se que uma taxa nominal de 12% a.a. é capitalizada trimestralmente, calcular a taxa efetiva. EXERCÍCIO-6 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite66/68 Resolução: Como em 1 ano existem 4 trimestres, temos k=4. Então: if = (1+i/k)k - 1 if = (1+0,12/4)4 - 1 if = (1,03)4 - 1 if =1,12551 - 1 if =0,12551 a.a. if = 12,551% a.a. i = 12% a.a. K = 4 (trimestral) RESPOSTA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite67/68 Séries de pagamentos PRÓXIMA AULA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite68/68 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite1/42 AULA 4 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite2/42 Séries de pagamentos Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite3/42 Série uniforme de pagamentos postecipados Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite4/42 Pode-se definir uma série uniforme de pagamentos como uma sucessão de recebimentos, desembolsos ou prestações, de mesmo valor, representados por R, divididos regularmente num período de tempo. O somatório do valor acumulado de vários pagamentos, montante, é calculado pela expressão mostrada abaixo e representado no fluxo de caixa da figura. Série uniforme de pagamentos postecipados Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite5/42 Este somatório é deduzido a partir da equação da capitalização composta VF=VP(1+i)n ( ) para o cálculo do montante de cada pagamento R. Trata-se, portanto, do cálculo da soma dos termos de uma progressão geométrica limitada, de razão q = 1 + i. VF=VP(1+i)n Série uniforme de pagamentos postecipados Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite6/42 Exemplo 1: Uma pessoa deposita mensalmente R$ 500,00 numa conta especial particular. Qual será o saldo daqui a 2 anos, para uma remuneração de 0,8 % a.m. concedida pelo banco? Onde: R = valor atual VF = valor futuro i = taxa de juros n = número de períodos Série uniforme de pagamentos postecipados Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite7/42 Solução: R = R$ 500,00 (valor da parcela mensal) i = 0,8% (taxa de juro mensal) para fins de cálculo 0,008 n = 2 anos o que corresponde a 24 parcelas mensais VF = R$ 500,00 x [(1+ 0,008)24-1] / 0,008 = R$ 13.171,58 Uma pessoa deposita mensalmente R$ 500,00 numa conta especial particular. Qual será o saldo daqui a 2 anos, para uma remuneração de 0,8 % a.m.concedida pelo banco? Exemplo 1: Série uniforme de pagamentos postecipados Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite8/42 Procedendo-se o cálculo do inverso da fórmula, pode-se obter o valor da parcela ou prestação R, a partir do montante conhecido, através da seguinte expressão: Série uniforme de pagamentos postecipados Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite9/42 Exemplo 2: Determine o valor que deve ser depositado trimestralmente numa conta a prazo fixo, que oferece juros de 3,5% a.t., para acumularmos R$ 25.000,00 em 5 anos. Onde: R = valor atual VF = valor futuro i = taxa de juros n = número de períodos Série uniforme de pagamentos postecipados Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite10/42 Solução: n = 20, pois em 5 anos existem 20 trimestres VF = R$ 25.000 (valor futuro) i = 3,5% (taxa de juros trimestral) para fins de cálculo 0,035 R = R$ 25.000 x {0,035 / [(1+0,035)20 -1]} = R$ 884,03 Exemplo 2: Determine o valor que deve ser depositado trimestralmente numa conta a prazo fixo, que oferece juros de 3,5% a.t., para acumularmos R$ 25.000,00 em 5 anos. Série uniforme de pagamentos postecipados Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite11/42 Ainda na série uniforme de pagamento, deseja-se determinar o valor capaz de liquidar antecipadamente, e de uma só vez, um financiamento assumido de forma a ser pago em prestações uniformes e periódicas. Assim sendo, deve-se calcular a expressão do valor presente desta série uniforme. Série uniforme de pagamentos postecipados Sabemos que o valor presente de uma capitalização composta pode ser calculado pela equação , Substituindo o VF da equação e multiplicando o divisor pela taxa de juros, determinamos o valor presente de uma série de termos uniformes como sendo: Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite12/42 Série uniforme de pagamentos postecipados Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite13/42 Exemplo 3: Determine o valor à vista de um eletrodoméstico vendido em 6 prestações mensais de R$ 200,00, sabendo-se que os juros cobrados pelo lojistas são de 5 % a.m. Onde: R = valor atual VP = valor presente i = taxa de juros n = número de períodos Série uniforme de pagamentos postecipados Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite14/42 Solução: n = 6 (número de parcelas mensais) R = 200 (valor de cada parcela mensal) i = 5% (taxa mensal) igual 0,05 para fins de cálculo. VP = 200 x { [(1+ 0,05)6 -1] / [0,05 x (1+ 0,05)6] } = R$ 1.015,14 Exemplo 3: Determine o valor à vista de um eletrodoméstico vendido em 6 prestações mensais de R$ 200,00, sabendo-se que os juros cobrados pelo lojistas são de 5 % a.m. Série uniforme de pagamentos postecipados Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite15/42 Para a determinação do valor de cada uma das prestações R quando o valor do principal (financiamento) é conhecido, calcula-se o inverso da expressão, pois, existe reciprocidade. Assim, o valor de R é obtido pela seguinte expressão: Série uniforme de pagamentos postecipados Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite16/42 Exemplo 4: Uma pessoa adquire um freezer por R$ 800,00, dando de entrada R$ 300,00. Determine a prestação mensal para um financiamento do restante em 4 vezes, à taxa de 5% a.m. Onde: R = valor atual VP = valor financiado i = taxa de juros n = número de períodos Série uniforme de pagamentos postecipados Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite17/42 Solução: Valor a ser financiado: VP = 800 - 300 = 500; Taxa i = 5% ao mês, o que corresponde a 0,05 n = 4 parcelas mensais R = R$ 500,00 x {[0,05 x (1+ 0,05)4]/[(1+ 0,05)4-1]} = R$ 141,00 Exemplo 4: Uma pessoa adquire um freezer por R$ 800,00, dando de entrada R$ 300,00. Determine a prestação mensal para um financiamento do restante em 4 vezes, à taxa de 5% a.m. Série uniforme de pagamentos postecipados Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite18/42 Séries de pagamentos iguais com termos antecipados Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite19/42 Nas séries com termos antecipados, os pagamentos ou recebimentos ocorrem no início de cada período unitário. Assim a primeira prestação é sempre paga ou recebida no momento “zero”, ou seja, na data do contrato do empréstimo ou financiamento, ou qualquer outra operação que implique em uma série de pagamentos, ou recebimentos. Séries de pagamentos iguais com termos antecipados Se usarmos a equação o valor de montante será encontrado no momento da última aplicação. Como desejamos o montante no momento “8” teremos que capitalizar um período a mais, ou seja dessa forma teremos o montante no final do oitavo mês. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite20/42 Séries de pagamentos iguais com termos antecipados Antecipado Uniforme Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite21/42 Para calcular o Montante de uma série de pagamentos ou recebimentos com termos antecipados, devemos utilizar a seguinte equação: Séries de pagamentos iguais com termos antecipados Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite22/42 Exemplo 1: Qual o montante daqui a 8 meses resultante da aplicação de 8 parcelas mensais de R$100,00, a taxa de 1,5% ao mês, sabendo-se que a primeira aplicação é feita hoje. Séries de pagamentos iguais com termos antecipados Esquematicamente temos: Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite23/42 Exemplo 1: Qual o montante daqui a 8 meses resultante da aplicação de 8 parcelas mensais de R$100,00, a taxa de 1,5% ao mês, sabendo-se que a primeira aplicação é feita hoje. Séries de pagamentos iguais com termos antecipados Dados: VF = ? n = 8 i = 1,5% mês R = 100 por mês VF = {{100 x [(1+ 0,015)8 -1]}/ 0,015} x (1+ 0,015) = R$ 855,93 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite23/42 Exemplo 2: Qual o montante daqui a 10 meses resultante da aplicação de 10 parcelas mensais de R$200,00, a taxa de 2,5% ao mês, sabendo-se que a primeira aplicação é feita hoje. Séries de pagamentos iguais com termos antecipados Dados: VF = ? n = 10 i = 2,5% mês R = 200 por mês Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite24/42 Exemplo 2: Qual o montante daqui a 10 meses resultante da aplicação de 10 parcelas mensais de R$200,00, a taxa de 2,5% ao mês, sabendo-se que a primeira aplicação é feita hoje. Séries de pagamentos iguais com termos antecipados Dados: VF = ? n = 10 i = 2,5% mês R = 200 por mês VF = {{200 x [(1+ 0,025)10 -1]}/ 0,025} x (1+ 0,025) = R$ 2.296,70 Solução: Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite25/42 Exemplo 3: Um eletrodoméstico foi financiado em 6 parcelas mensais iguais e consecutivas de R$100,00, sabendo-se que a taxa de juro cobrada pela Loja é de 5% ao mês e que a primeira prestação foi paga no ato da compra, qual foi o valor financiado? Esquematicamente temos: Dados: VP = ? n = 6 i = 5% mês R = 100 por mês Séries de pagamentos iguais com termos antecipados Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite27/42 Aproveitando o que já sabemos, temos que e como desejamos saber o valor de VP pela fórmula da capitalização composta temos que;VF=P(1+i)n => Séries de pagamentos iguais com termos antecipados Para calcular o Valor Presente de uma série de pagamentos ou recebimentos com termos antecipados, devemos utilizar a expressão: Exemplo 3: Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite28/42 Exemplo 3: Um eletrodoméstico foi financiada em 6 parcelas mensais iguais e consecutivas de R$100,00, sabendo-se que a taxa de juro cobrada pela Loja é de 5% ao mês e que a primeira prestação foi paga no ato da compra, qual foi o valor financiado? Dados: VP = ? n = 6 i = 5% mês R = 100 por mês Séries de pagamentos iguais com termos antecipados O valor financiado foi = R$ 532,95 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite29/42 Séries de pagamentos Perpetuidade Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite30/42 A perpetuidade é um conjunto de valores periódicos, consecutivos e iguais, que ocorre indefinidamente. Trata-se, portanto, de uma série uniforme permanente, tal como uma pensão mensal vitalícia, um dividendo anual etc. O valor presente de uma perpetuidade VP, deduzido a partir do cálculo do limite com ”n” tendendo ao infinito, pode ser encontrado pela fórmula. Séries de pagamentos - PerpetuidadeProf. Dr. Roberto Rodrigues Leite31/42 Exemplo 1: Determine o valor teórico de um apartamento que rende mensalmente R$ 1.000, considerando-se a taxa de juros de mercado de 1,0 % a.m. Como o aluguel mensal de um apartamento pode ser considerado uma perpetuidade, pela fórmula chega- se ao seu valor teórico: VP= 1.000 / 0,01 = R$ 100.000,00 Séries de pagamentos - Perpetuidade Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite32/42 EXERCÍCIOS Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite33/42 Exercício 1: Determine o valor à vista de um eletrodoméstico vendido em 5 prestações mensais de R$ 300,00, sabendo-se que os juros cobrados pelo lojista são de 4 % a.m. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite34/42 Solução: n = 5 (número de parcelas mensais) R = 300 (valor de cada parcela mensal) i = 4% (taxa mensal) igual 0,05 para fins de cálculo. VP = 300 x { [(1+ 0,04)5 -1] / [0,04 x (1+ 0,04)5] } = R$ 1.335,63 Exercício 1: Determine o valor à vista de um eletrodoméstico vendido em 5 prestações mensais de R$ 300,00, sabendo-se que os juros cobrados pelo lojistas são de 4 % a.m. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite35/42 Uma pessoa deposita mensalmente R$ 200,00 numa conta especial particular. Qual será o saldo daqui a 1 ano, para uma remuneração de 0,5 % a.m. concedida pelo banco? Exercício 2: Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite36/42 Solução: R = R$ 200,00 (valor da parcela mensal) i = 0,5% (taxa de juro mensal) para fins de cálculo 0,005 n = 1 ano o que corresponde a 12 parcelas mensais VF = R$ 200,00 x [(1+ 0,005)12-1] / 0,005 = R$ 2.467,11 Uma pessoa deposita mensalmente R$ 200,00 numa conta especial particular. Qual será o saldo daqui a 1 ano, para uma remuneração de 0,5 % a.m. concedida pelo banco? Exercício 2: Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite37/42 Exercício 3: Uma pessoa adquire um radio por R$ 200,00, dando de entrada R$ 50,00. Determine a prestação mensal para um financiamento do restante em 3 vezes, à taxa de 2% a.m. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite38/42 Solução: Valor a ser financiado: VP = 200 - 50 = 150; Taxa i = 2% ao mês, o que corresponde a 0,02 n = 3 parcelas mensais R = R$ 150,00 x {[0,02 x (1+ 0,02)3]/[(1+ 0,02)3-1]} = R$ 52,01 Exercício 3: Uma pessoa adquire um radio por R$ 200,00, dando de entrada R$ 50,00. Determine a prestação mensal para um financiamento do restante em 3 vezes, à taxa de 2% a.m. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite39/42 Exercício 4: Determine o valor teórico de uma casa que rende mensalmente de aluguel R$ 2.300, considerando-se a taxa de juros de mercado de 0,6 % a.m. Como o aluguel mensal de uma casa pode ser considerado uma perpetuidade, pela fórmula determine seu valor teórico: Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite40/42 Exercício 4: Determine o valor teórico de uma casa que rende mensalmente de aluguel R$ 2.300, considerando-se a taxa de juros de mercado de 0,6 % a.m. Como o aluguel mensal de uma casa pode ser considerado uma perpetuidade, pela fórmula determine seu valor teórico: Solução: VP= 2.300 / 0,006 = R$ 383.333,33 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite41/42 Próxima aula Relação de equivalência Series deferidas Series gradientes Inflação Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite42/42 Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite1/68 AULA 5 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite2/68 Séries Gradiente Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite3/68 As séries gradiente são empregadas em casos de aumento do valor a ser pago (ou recebido) durante o tempo. Caso esse acréscimo ou diminuição de valor possa ser considerado dentro dos termos da série ela será aplicada para simplificar fluxos, permitindo cálculos de equivalência em fluxos de caixa. Um exemplo de aplicação é na estimativa de despesas com manutenção, em especial em equipamentos mecânicos, que, com o tempo, irão requerer maior desembolso em manutenção para funcionamento adequado. Séries Gradiente Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite4/68 Simbologia: i = taxa de juros por período de capitalização; n = número de períodos a ser capitalizado; P = quantia de dinheiro na data de hoje; F = quantia de dinheiro no futuro; A = série uniforme de pagamento; G = série gradiente de pagamento. Séries Gradiente Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite5/68 Esquema da série gradiente Relações de equivalência - Gradiente Pode-se utilizar as fórmulas abaixo para encontrar uma relação de equivalência, e relacionar a série gradiente com valor presente, parcelas ou valor futuro: i = taxa de juros por período de capitalização; n = número de períodos a ser capitalizado; P = quantia de dinheiro na data de hoje; F = quantia de dinheiro no futuro; A = série uniforme de pagamento; G = série gradiente de pagamento. P = G (P/G, i%, n) A = G (A/G, i%, n) F = G (F/G, i%, n) Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite6/68 Podemos ver na figura abaixo, que a série começa no mês seguinte ao do financiamento, ou seja, não deixa de ser igualmente uma série postecipada. O pagamento de 100 no mês 1 segue em crescimento em progressão aritmética de razão 100 (G) até o mês 5, sendo uma série finita, terminando no mês 5. Essa série é classificada como uma série gradiente crescente em progressão aritmética, com G=100. Séries Gradiente Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite7/68 Um série gradiente pode ter crescimento ou decréscimo em progressão geométrica ou exponencial, conforme a figura abaixo. A série é postecipada, pois, começa com seu primeiro pagamento no mês 1, no valor de 100. Já o segundo pagamento tem um crescimento de 10% em relação ao pagamento anterior, e assim sucessivamente. Temos, portanto, um G = 0,10, que identifica a série como gradiente em PG. Séries Gradiente Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite8/68 INFLAÇÃO Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite9/68 INFLAÇÃO Inflação é definida como a perda do valor aquisitivo da moeda no tempo. A inflação é expressa em porcentagem e definida depois de conhecidos os índices inflacionários atribuídos a cada período. Os índices inflacionários representam a evolução do custo de uma mercadoria, de um serviço por unidade de medida. Definição: Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite10/68 INFLAÇÃO Conceito: Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite11/68 Distribuição de Renda: Os que mais perdem são os trabalhadores de baixa renda (não mantêm aplicação financeira , pois tudo que ganham, gastam na subsistência). Os empresários, que conseguem repassar os aumentos de custos provocados pela inflação, garantem os lucros. O governo ganha via correção de impostos e tarifas públicas. INFLAÇÃO Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite12/68 Distorções: INFLAÇÃO Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite13/68 INFLAÇÃO Distorções: Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite14/68 INFLAÇÃO Distorções: Estímulo na aplicação em ativos reais (Terra, imóveis) e desestímulo na aplicação no mercado de capitais financeiros. Obs.: No Brasil, a correção monetária minimizou esse desestímulo pois, os papéis públicos e caderneta de poupança, passaram a ser reajustados por um índice próximo ao crescimento da inflação. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite15/68 INFLAÇÃO Inflação no longo prazo: Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite16/68 INFLAÇÃO Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite17/68 INFLAÇÃO Tipos de Índices: Diversos são os tipos de índices inflacionários utilizados, cada um visando atender a um fim específico, e dispondo de uma metodologia distinta, que pode ser destinados a medir a inflação de um modo geral, tais como o INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor; o IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado; o IGP – Índice Geral de Preços, todos destinados a medir a inflação incidente sobre o consumo das famílias brasileiras ou do comércio em atacado. Prof. Dr. Roberto Rodrigues Leite18/68 INFLAÇÃO No Brasil, o organismo responsável por acompanhar e divulgar índices oficiais de inflação é o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a exemplo do INPC e do IPCA. O IBGE produz índices que medem a inflação ocorrida em diversos segmentos sociais do Brasil bem como os preços por
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