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Prof. José Carlos Morilla. Santos 2020 2 Prof. José Carlos Morilla. Conteúdo 1. Fluxo de caixa ................................................................................. 3 2. Componentes de uma operação financeira. ......................................... 4 2.1. Juros simples. ................................................................................. 4 2.2. Juros compostos. ............................................................................. 5 2.3. Determinação de montante a juros compostos de um único pagamento. 5 2.4. Determinação de montante a juros compostos de uma série de pagamentos. ........................................................................................... 7 2.5. Taxas de juros e inflação .................................................................. 8 2.6. Exercícios – Lista 1. ......................................................................... 8 3. Operações de desconto. ................................................................. 13 3.1. Desconto comercial. ....................................................................... 14 3.2. Desconto racional. ......................................................................... 14 3.3. Exercícios – Lista 2. ....................................................................... 14 4. Depreciação .................................................................................. 17 4.1. Método da linha reta. ..................................................................... 17 4.2. Método da depreciação acelerada. ................................................... 18 4.3. Método da soma dos dígitos. ........................................................... 19 4.4. Método exponencial. ...................................................................... 19 4.5. Exercícios – Lista 3 ........................................................................ 20 5. Sistemas de amortização ................................................................ 23 5.1. Exercícios – Lista 4 ........................................................................ 26 6. Análise de investimento .................................................................. 28 6.1. Valor Presente Líquido (VPL) ........................................................... 28 6.2. Taxa Interna de Retorno (TIR). ....................................................... 29 6.3. Payback ou Período de recuperação. ................................................ 30 6.4. Exercícios – Lista 5 ........................................................................ 31 Referências. .......................................................................................... 37 3 Prof. José Carlos Morilla. 1. Fluxo de caixa Fluxo de caixa é o conjunto de entradas e saídas de dinheiro em um intervalo de tempo. Nele, é possível visualizar, de acordo com o tempo, o que ocorre com o capital. Um fluxo de caixa é representado graficamente por um diagrama, com o tempo marcado sobre uma reta horizontal e seu sentido é da esquerda para a direita. À extremidade esquerda é atribuída a data zero (0). Essa reta é interceptada por pontos, sendo o intervalo entre dois pontos considerado uma unidade de tempo. Nesses, são marcadas as entradas e as saídas de dinheiro. A representação de uma entrada no fluxo de caixa é feita por um segmento de reta orientado para cima e a representação de uma saída, por um segmento de reta orientado para baixo. A figura 1 mostra um diagrama de fluxo de caixa com entradas e saídas. Figura 1. Diagrama de fluxo de caixa. Alguns autores, como indicam o uso de planilhas para mostrar ao fluxo de caixa. O quadro 1 é uma planilha em que são colocadas as entradas e as saídas do fluxo de caixa da figura 1 e em que é determinado o saldo no final de cada período. Quadro 1. Planilha para o fluxo de caixa. Tempo Saldo anterior Entrada Saída Saldo 0 0,00 1 0,00 0,00 80,00 -80,00 2 -80,00 100,00 0,00 20,00 3 20,00 0,00 5,00 15,00 4 15,00 150,00 180,00 -15,00 5 -15,00 0,00 0,00 -15,00 6 -15,00 0,00 270,00 -285,00 7 -285,00 250,00 0,00 -35,00 3 4 5 6 70 1 2 Tempo R$100,00 R$150,00 R$250,00 R$80,00 R$5,00 R$180,00 R$270,00 4 Prof. José Carlos Morilla. 2. Componentes de uma operação financeira. Os três componentes de uma operação financeira são: o valor principal (ou simplesmente principal), o montante (ou valor futuro) e os juros (rendimentos). O principal (𝑃) é a quantidade de dinheiro que possibilitou a operação financeira, o montante (𝑆𝑛) é o valor do resgate do investimento, isto é, ele é o resultado da operação financeira, é o valor no qual o principal se tornou após a operação e, os juros (𝐽) é o resultado da diferença entre o resgatado (montante) e o aplicado (principal), ou seja: 𝐽 = 𝑆𝑛 − 𝑃 A maneira mais comum, usada na avaliação de uma operação financeira, é a feita pela determinação da taxa de juros (𝑖), que é o resultado do quociente entre os juros e o principal, isto é: 𝑖 = 𝐽 𝑃 Na maioria das vezes a taxa de juros é expressa em porcentagem (𝑖%): 𝑖% = 𝐽 𝑃 × 100% Nas operações financeiras, os juros são apurados em intervalos de tempo pré- determinados e, a depender de como eles são calculados eles podem ser simples ou compostos. 2.1. Juros simples. No regime de juros simples a taxa de juros incidirá sempre sobre o valor principal. Tome por exemplo um valor principal de R$ 1.000,00, que será aplicado por três meses a uma taxa de juros de 10% ao mês. Pelo sistema de juros simples, os juros serão apurados mensalmente e serão sempre iguais a R$ 100,00. Assim, no final do terceiro mês os juros acumulados serão iguais a R$ 300,00. Matematicamente, o montante obtido após um determinado número de períodos (𝑛) em uma operação a juros simples pode ser escrito como: 5 Prof. José Carlos Morilla. 𝑆𝑛 = 𝑃 + 𝑃 ∙ 𝑛 ∙ 𝑖 𝑆𝑛 = 𝑃(1 + 𝑛 ∙ 𝑖) 2.2. Juros compostos. No regime de juros compostos, a apuração é feita periodicamente considerando que o valor principal de um determinado período é o montante do período anterior. No exemplo apresentado, quando os juros são compostos os resultados mensais para os juros são diferentes. No final do primeiro mês o montante de R$ 1 100,00 (resultado da soma entre os juros de R$ 100,00 ao principal inicial) é o principal do segundo mês. Com isso, os juros para esse período são de R$ 110,00. A Tabela 1 mostra o principal, os juros e o montante para o exemplo em estudo. Tabela 1 – Principal juros e montante para uma aplicação em juros compostos. Mês Principal Juros (10%) Montante (R$) (R$) (R$) 1 1.000,00 100,00 1.100,00 2 1.100,00 110,00 1.210,00 3 1.210,00 121,00 1.331,00 2.3. Determinação de montante a juros compostos de um único pagamento. Considere um valor inicial 𝑃, que será corrigido mensalmente por juros compostos à taxa de juros ao mês 𝑖. Na data inicial, ou seja, mês 𝑧𝑒𝑟𝑜, o montante (𝑆0) é igual ao valor inicial, ou seja: 𝑆0 = 𝑃. No final do primeiro mês, aplica-se a correção pela taxa de juros i sobre o valor do mês anterior, obtendo-se o montante 𝑆1 da seguinte forma: 𝑆1 = 𝑆0 ∙ (1 + 𝑖) = 𝑃 ∙ (1 + 𝑖) No segundo mês, aplica-se novamente a correção sobre o valor do mês anterior, obtendo-se o montante 𝑆2: 6 Prof. José Carlos Morilla. 𝑆2 = 𝑆1 ∙ (1 + 𝑖) = 𝑃 ∙ (1 + 𝑖) ∙ (1 + 𝑖) = 𝑃 ∙ (1 + 𝑖) 2 Para um período de 𝑛 meses, o montante 𝑆𝑛 fica: 𝑆𝑛 = 𝑃 ∙ (1 + 𝑖) 𝑛 sendo 𝑛 o número de meses para correções mensais e 𝑖 a taxa de juros ao mês. Ou seja, o montante para um determinado número de períodos (𝑛) em uma operação a juros compostos é determinado por: 𝑆𝑛 = 𝑃 ∙ (1 + 𝑖) 𝑛 O gráfico da figura 2 mostra os juros acumulados para o exemplo em estudo nasoperações a juros simples e a juros compostos. Figura 2 – Juros acumulados. Observe que quanto maior é o tempo, maior é a diferença entre os juros acumulados nos dois sistemas. 0,00 1.000,00 2.000,00 3.000,00 4.000,00 5.000,00 6.000,00 7.000,00 8.000,00 9.000,00 10.000,00 11.000,00 12.000,00 13.000,00 14.000,00 15.000,00 16.000,00 17.000,00 18.000,00 0 5 10 15 20 25 30 JUROS composto simples 7 Prof. José Carlos Morilla. 2.4. Determinação de montante a juros compostos de uma série de pagamentos. Quando se tem uma série de pagamentos de valores 𝑃1, 𝑃2, 𝑃3, . . . 𝑃𝑛, distribuídos ao longo do tempo correspondente a 𝑛 períodos, como o mostrado na Figura 3, a seguir. 3 40 1 2 Tempo S PPP P P n Figura 3 – Série de pagamentos Considerando uma taxa de juros (𝑖) e que os pagamentos (𝑃) possuem o mesmo valor, o montante (𝑆) no final do período 𝑛, fica: 𝑆 = 𝑃(1 + 𝑖)𝑛−1 + 𝑃(1 + 𝑖)𝑛−2 + 𝑃(1 + 𝑖)𝑛−3 + ⋯ + 𝑃(1 + 𝑖) + 𝑃 𝑆 = 𝑃[(1 + 𝑖)𝑛−1 + (1 + 𝑖)𝑛−2 + (1 + 𝑖)𝑛−3+ . . . +(1 + 𝑖) + 1] Observe que a expressão entre colchetes, é a soma dos n primeiros termos de uma progressão geométrica de primeiro termo (1 + 𝑖)𝑛−1, último termo 1 e razão 1/ (1 + 𝑖). Aplicando a fórmula da soma dos 𝑛 primeiros termos de uma progressão geométrica, teremos: (1 + 𝑖)𝑛−1 + (1 + 𝑖)𝑛−2 + (1 + 𝑖)𝑛−3 + … + (1 + 𝑖) + 1 = 1 ∙ 1 1 + 𝑖 − (1 + 𝑖)𝑛 1 1 + 𝑖 − 1 = 1 − (1 + 𝑖)𝑛 1 + 𝑖 1 − (1 + 𝑖) 1 + 𝑖 (1 + 𝑖)𝑛−1 + (1 + 𝑖)𝑛−2 + (1 + 𝑖)𝑛−3 + … + (1 + 𝑖) + 1 = 1 − (1 + 𝑖)𝑛 1 − (1 + 𝑖) = 1 − (1 + 𝑖)𝑛 −𝑖 (1 + 𝑖)𝑛−1 + (1 + 𝑖)𝑛−2 + (1 + 𝑖)𝑛−3 + … + (1 + 𝑖) + 1 = (1 + 𝑖)𝑛 − 1 𝑖 Com isso, o montante fica: 8 Prof. José Carlos Morilla. 𝑆 = 𝑃 [ (1 + 𝑖)𝑛 − 1 𝑖 ] Na expressão anterior, a parte que está entre os colchetes é chamada de Fator de acumulação de capital (FAC), ou fator do valor futuro. 2.5. Taxas de juros e inflação A taxa declarada em determinada transação é denominada taxa de juros nominal. Assim, por exemplo, quando determinado fundo de investimento anuncia juros de 15% ao ano, tem-se a taxa nominal ou aparente. No entanto, o ganho real do cliente não foi de 15% se houve inflação no período. A taxa real de juros, portanto, é calculada descontando-se o valor da inflação. O cálculo dessa taxa depende do sistema de capitalização (simples ou composto). Dessa forma, o ganho real é menor do que o nominal quando ocorre inflação. Os dois igualam-se em situação de inflação zero e, nos casos de deflação, o ganho real pode ser superior ao nominal. 2.6. Exercícios – Lista 1. 1. A que taxa de juros simples: a) R$ 100.000,00 se elevarão a $ 105.500,00 em um ano? (Resp. 5,5%aa). b) R$ 720.000,00 se elevarão a $ 744.000,00 em 10 meses? (Resp. 4%aa.). 2. No fim de quantos anos uma importância em dinheiro dobra de valor a 5%aa de juros simples? (Resp. 20 anos). 3. Uma pessoa comprou um smartphone por R$ 1.000,00. Pagou $ 100,00 de entrada e concordou pagar o saldo mais uma quantidade de $ 100,00 ao fim de três meses a título de juros. Que taxa de juros simples anual estaria pagando? (Resp. 13,33%aa). 4. Em uma operação financeira com prazo de 23 dias é cobrado juros simples com uma taxa de 36%aa. O valor do principal é de R$ 240.000,00. Qual o valor dos juros pagos? (Resp. R$ 5.520,00). 9 Prof. José Carlos Morilla. 5. O Sr. Benedito, dono de uma mercearia toma emprestado de um agiota a quantia de R$ 50.000,00, entregando-lhe uma nota promissória de R$ 77.000,00 com vencimento para 6 meses. Qual a taxa de juros simples anual e mensal cobrada pelo agiota? (Resp. 9% am - 108%aa). 6. João proprietário de uma pequena confecção verificou que o caixa de sua empresa necessitava de recursos na forma de dinheiro para que pudessem ser saldados compromissos salariais de seus funcionários. Assim a alternativa que possuía no momento era o desconto de duplicatas em uma agência bancária. O valor necessário para o pagamento dos funcionários é de $ 35.000,00, o valor possuído em duplicatas é de $ 42.000,00 com prazo de vencimento para 60 dias. O banco está cobrando uma taxa de desconto de 60%aa. João conseguirá pagar os funcionários? Qual a taxa de juros simples ao ano cobrada pelo banco? (Resp. Sim – 66,67%aa). 7. Quanto receberá uma pessoa ao resgatar hoje um título no valor de $ 1.200.000,00 cujo vencimento ocorrerá ao fim de três meses se o banco cobra uma taxa composta de 4%am.? (Resp. $ 1.066.796,00). 8. Qual o valor ao final de 4,25 anos de $ 100.000,00 aplicados a juros compostos de 4%am.? (Resp. $ 739.095,07) 9. Qual o montante produzido, ao final de 5 anos, por depósitos anuais de $ 2.000.000,00 a uma taxa de 6%aa? O primeiro depósito ocorrerá ao final do primeiro ano, e o último ao final do quinto. (Resp. $ 11.274.186,00) 10. O Sr. Ângelo tomou emprestado $ 50.000,00 a uma taxa de juros composta de 3%am., com promessa de saldar o compromisso após 1 ano. Atualmente, decorridos sete meses, foi procurado pelo seu credor que lhe propôs a quitação por uma quantia de $ 65.000,00. Será vantajoso aceitar a proposta? (Resp. não). 11. Dois anos depois que uma pessoa colocou $ 25.000,00 em uma conta de poupança que pagava juros semestrais composto de 4%, a taxa de juros subiu para 5% ao semestre e esta pessoa ainda deixou o dinheiro nesta conta por mais 1 ano. Ao final de 3 anos qual o saldo existente? (Resp. $ 32.244,23). 12. Considerando-se uma taxa de juros i= 12% aa, qual a taxa de juros composta equivalente aos seguintes períodos: a) mensal (Resp. 0,95%am) 10 Prof. José Carlos Morilla. b) trimestral (Resp. 2,87%at) c) semestral (Resp. 5,83%as) d) 45 dias (Resp. 1,43%np) e) 72 dias (Resp. 2,29%np) 13. Um capital de $ 350.000,00, aplicado por três anos a uma taxa de juros composta de 8,0%aa, a quanto se elevará? (Resp. $ 440.899,20). 14. Qual o número de períodos que um capital de $ 500,00 aplicados a uma taxa de 10%, se elevará a $ 3.500,00? (Resp. 21) 15. O IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado), é uma medida de variação de preços medidos pela Fundação Getúlio Vargas. Os valores apurados durante o ano de 2007 foram os seguintes: Mês Jan. Fev. Março Abril Maio Junho Julho Agosto Set. Out. Nov. Dez. IGPM % 0,50 0,27 0,34 0,04 0,04 0,26 0,28 0,98 1,29 1,05 0,69 1,76 a) Qual foi a inflação no ano de 2007? (Resp. 7,75 %aa) b) Qual o valor corrigido de um objeto em 01/11 que em 01/01/07valia R$ 6.400,00? (Resp. R$ 6.730,26) 16. Suponhamos que você possua uma determinada quantidade de dinheiro disponível no momento. Então você resolveu aplicar este dinheiro em uma conta de caderneta de poupança nos próximos seis meses. Como a estimativa de correção monetária para os próximos seis meses é de 1,0%am, e a poupança ainda lhe paga juros de 0,5%am, você calculou que no final do período terá $ 638,00. Qual o valor que você tem disponível hoje? (Resp. $ 583,31) 17. Para uma taxa efetiva de juros de 120%aa, qual a taxa nominal anual equivalente composta semestralmente? E trimestralmente? E mensalmente? (Resp. 96,65%as; 87,15%aa; 81,49%aa) 18. Um investidor conta com a possibilidade de uma aplicação programada que lhe rende uma taxa efetiva de juros de 27%aa. Qual o montante que disporá ao final de 12 meses, investindo $ 5.000,00 ao final de cada mês? (Resp. $ 67.104,87) 19. Qual é a série uniforme de pagamentos equivalente aos seguintes valores presentes: 11 Prof. José Carlos Morilla. a) $ 500.000,00. Sendo a série composta de cinco pagamentos anuais a uma taxa efetiva de juros de 21%aa. (Resp.$ 170.882,66) b) $ 16.000.000,00. Sendo a série composta de oito pagamentos anuais a uma taxa de juros nominal de 20%aa capitalizados trimestralmente. (Resp.$ 4.363.944,25) c) $ 30.000,00. Sendo a série compostade 120 pagamentos mensais a uma taxa efetiva de 15%aa. (Resp. $ 466,84) 20. Uma fábrica vendeu a um de seus clientes uma determinada quantidade de produtos no valor de $ 120.000,00. O cliente deveria saldar o compromisso ao final de três meses mediante o pagamento de $ 263.640,00. No entanto passados sessenta dias, o cliente propôs a quitação da dívida pelo valor de $ 190.000,00. Será vantajoso aceitar a proposta? (Resp. Não) 21. Um veículo está sendo ofertado em duas condições: a vista por R$ 23.200,00. Ou, a prazo, sendo 15% de entrada e o saldo dividido em quatro parcelas mensais, consecutivas, corrigidas por juros simples à taxa de 42% a.a. Nesta condição deseja-se saber: O valor de cada prestação; e o montante a ser desembolsado. 22. Você aplicou a importância de R$ 11.200,00 na aquisição de um título, pactuado a juros simples a taxa de 2,2% a.m. pelo prazo de 14 meses. Transcorridos oito meses desta operação, resolveu vender o título. Qual o montante a ser recebido se na data da venda a taxa de juros praticada pelo mercado for de 2,9% a.m.? 23. Um investidor aplicou R$ 2.500,00 em Letras de Câmbio, por 60 dias, e, ao resgatá-las, após esse prazo, recebeu a quantia de R$ 2.590,00. a) Quanto recebeu de juros? b) A que taxa esteve aplicado seu capital durante esse período? 24. Um industrial pediu um empréstimo de R$ 250.000,00 numa instituição financeira, por certo tempo. No dia em que foi liberado o empréstimo, pagou, antecipadamente, 22% de juros, conforme previa o contrato. a) Quanto pagou de juros? b) Se os juros foram retidos na data da liberação do empréstimo, qual foi a quantia efetivamente liberada? c) Considerando a quantia liberada como empréstimo real e o pagamento final de R$ 250.000,00, qual a taxa efetiva de juros paga pelo industrial? 25. Um capital de R$ 80.000,00 ficou aplicado durante seis meses a 10% ao mês. Calcule o montante no fim de cada mês nos regimes de capitalização simples e composta. 26. Represente com um diagrama de fluxo de caixa as seguintes operações financeiras: a) Uma aplicação de R$ 50.000,00 pela qual o investidor recebe R$ 80.000,00 após dois anos. 12 Prof. José Carlos Morilla. b) A compra de um objeto, cujo preço à vista é R$ 30.000,00, em 12 prestações mensais de R$ 2.600,00, vencendo a primeira na data da compra. c) Depósitos de R$ 5.000,00 na Caderneta de Poupança, no fim de cada mês durante um ano, e retirada de R$ 61.677,81 dois meses após o último depósito. 13 Prof. José Carlos Morilla. 3. Operações de desconto. Se uma pessoa, ou uma empresa, toma emprestado uma quantia e existe a promessa de pagamento em uma data futura, é normal que seja entregue ao credor um título de crédito, que é o comprovante dessa dívida. Embora todo título de crédito tenha uma data de vencimento, o devedor pode resgatá-lo antecipadamente, obtendo com isso um abatimento, denominado desconto. O desconto é uma das mais comuns aplicações da regra de juros. Os títulos de crédito mais utilizados em operações financeiras são a nota promissória, a duplicata e a letra de câmbio. A Nota Promissória é um comprovante da aplicação de um capital com vencimento predeterminado. É um título muito usado entre pessoas físicas ou entre pessoa física e instituição financeira. A Duplicata é um título emitido por uma pessoa jurídica contra seu cliente (pessoa física ou jurídica), para o qual ela vendeu mercadorias a prazo ou prestou serviços a serem pagos no futuro, segundo um contrato. A Letra de Câmbio, assim como a nota promissória, é um comprovante de uma aplicação de capital com vencimento predeterminado, porém, é um título ao portador, emitido exclusivamente por uma instituição financeira e tem como âncora uma moeda internacional. Com relação aos títulos de crédito, pode ocorrer: • que o devedor efetue o pagamento antes do dia predeterminado. Neste caso, ele se beneficia com um abatimento correspondente ao juro que seria gerado por esse dinheiro durante o intervalo de tempo que falta para o vencimento; • que o credor necessite do seu dinheiro antes da data predeterminada. Neste caso, ele pode vender o título de crédito a um terceiro e é justo que este último obtenha um lucro, correspondente ao juro do capital que adianta, no intervalo de tempo que falta para o devedor liquidar o pagamento; assim, ele paga uma quantia menor que a fixada no título de crédito. Em ambos os casos há um benefício, definido pela diferença entre as duas quantidades. Esse benefício, obtido de comum acordo, recebe o nome de desconto. As operações anteriormente citadas são denominadas operações de desconto, e o ato de efetuá-las é chamado descontar um título. Além disso: • dia do vencimento é o dia fixado no título para pagamento (ou recebimento) da aplicação; • valor nominal (𝑁) (ou valor futuro ou valor de face ou valor de resgate) é o valor indicado no título (importância a ser paga no dia do vencimento); • valor atual (𝐴) é o líquido pago (ou recebido) antes do vencimento • DESCONTO (𝑑) é a quantia a ser abatida do valor nominal, isto é, a diferença entre o valor nominal e o valor atual, isto é: 14 Prof. José Carlos Morilla. 𝑑 = 𝑁 – 𝐴 • tempo ou prazo é o número de dias compreendido entre o dia em que se negocia o título e o de seu vencimento, incluindo o primeiro e não o último, ou então, incluindo o último e não o primeiro. O desconto pode ser feito considerando-se como capital o valor nominal ou valor atual. No primeiro caso, é denominado desconto comercial; no segundo, desconto racional. 3.1. Desconto comercial. Chamamos de desconto comercial, bancário ou por fora o equivalente aos juros simples produzido pelo valor nominal do título no período de tempo correspondente e à taxa fixada. Sejam 𝑑 o valor de desconto comercial, 𝑁 o valor nominal do título, 𝐴 o valor atual comercial, 𝑛 o tempo que falta para o vencimento e 𝑖 a taxa de desconto, então: 𝑑 = 𝑁 . 𝑖 . 𝑛 O valor atual bancário é dado por: 𝐴 = 𝑁 − 𝑑 = 𝑁 (1 − 𝑖𝑛) 3.2. Desconto racional. O desconto racional ou por dentro é o equivalente ao juro produzido pelo valor atual do título numa taxa fixada e durante o tempo correspondente. 𝐴’ = 𝑁 − 𝑑’ = 𝑁 1 + 𝑖𝑛 Sejam 𝑑’ o desconto racional e 𝐴’ o valor atual racional, então: 𝑑’ = 𝐴 . 𝑖 . 𝑛 𝑑’ = 𝑁 1 + 𝑖𝑛 𝑖𝑛 = 𝑑 1 + 𝑖𝑛 3.3. Exercícios – Lista 2. 15 Prof. José Carlos Morilla. 27. Uma duplicata cujo valor de face, VF, monta a R$ 8.500,00 foi emitida há cinco meses passados e tem data de vencimento estipulada para daqui a sete meses. Caso seja descontada nesta data e se a taxa de desconto comercial for de 26,4% a.a. solicita-se determinar: a) O desconto comercial, DC b) O valor a ser recebido, VR. c) Por quanto a duplicata foi negociada, se na data desta operação o juro comercial vigente era de 33,6% a.a. d) A taxa efetiva de juros no período referente à operação do desconto. 28. Em l0 de junho desconta-se uma letra de R$ 5.820,00 a se vencer em 26 de julho. Calcular o valor líquido, sabendo-se que a taxa de desconto comercial simples é de 6% aa. Resposta: R$ 5.774,48 29. Uma letra de R$ 8.000,00, pagável no dia 15 de junho, sofre um desconto comercial simples, no dia 4 de abril precedente e fica reduzida a R$ 7.904,00. Pede-se a taxa anual cobrada pelo banco. Resposta: 6,0% a.a. 30. A diferença entre os descontos por fora e por dentro de um título descontado 6 meses antes do seu vencimento, à taxa de 10% ao ano, é de R$ 10,50. Calcular o valor do desconto comercial. Resposta: R$ 220,50 31. Uma nota promissória no valor nominal de R$ 50.000,00 vence no dia 30 de abril. Qual será o desembolso resultante de uma negociação para resgatá-la no dia l0 de abril, a uma taxa de desconto comercial simples de 4,5% aomês? Resposta: R$ 48.500,00 32. Um banco opera com juros simples e desconta uma promissória por $20.000,00, aplicando uma taxa de desconto comercial (“por fora”) de 15% ao ano. Sabendo-se que o prazo de vencimento da promissória é de três meses, determinar o seu valor de resgate e a taxa anual de desconto racional (“por dentro”) dessa operação. Resposta: R$20.779,22 e 15,5844% a.a. 33. Um título com vencimento no prazo de dois meses foi descontado com uma taxa de desconto racional de 12% ao ano, e o valor do desconto nessa operação foi de R$2.000,00. Determinar o valor nominal desse título (na data do seu vencimento) e a taxa anual de desconto comercial (“por fora”), assumindo-se regime de juros simples. 16 Prof. José Carlos Morilla. Resposta: R$102.000,00 e 11,7647% a.a. 34. O valor de resgate de um título, no seu vencimento, é igual a 100 vezes o valor de seu desconto comercial com uma taxa de 15% ao ano. Determinar o prazo dessa operação de desconto comercial, no regime de juros simples, assumindo-se ano com 360 dias. Resposta: 24 dias. 35. Um título foi resgatado dois meses antes do seu vencimento e teve um desconto racional igual a 2,5% do seu valor presente. Determinar a taxa anual de desconto racional dessa operação, no regime de juros simples. Resposta: 15% a.a. 36. Um investidor aplica, inicialmente, um principal de $10.000,00 a 15% ao ano e, posteriormente, consegue aumentar essa taxa para 18% ao ano. Determinar o número de meses em que vigorou a taxa de 15% ao ano sabendo-se que o valor de resgate dessa aplicação no final de 24 meses foi de $13.450,00. Todos os cálculos devem ser feitos no regime de juros simples, com as taxas de juros sendo aplicadas sobre o principal de $10.000,00. Resposta: Seis meses. 17 Prof. José Carlos Morilla. 4. Depreciação A depreciação é o método para determinar o custo do capital de um equipamento por mais de um período. O valor de equipamentos e instalações diminui ao longo do tempo em função da redução de sua vida útil. A essa redução, dá-se o nome de depreciação. É possível encontrar alguns métodos para determinar o valor remanescente de um bem após um período. Dentre os métodos existentes, temos o Método da Linha Reta ou Depreciação Constante, Método das Quotas Degressivas ou Depreciação Acelerada; Método da Soma dos Dígitos Anuais; Método da Depreciação Desacelerada. 4.1. Método da linha reta. No Método da Linha Reta a redução do valor do bem é feita por quantidades uniformes em cada período. Chamando de V o valor do bem e de n o número de períodos de vida útil, a depreciação por período (D) é dada por 𝐷 = 𝑉 𝑛 Outra forma de expressar a depreciação em linha reta é a redução da porcentagem do valor do bem em cada período (p), que pode ser representada por 𝑝 = ( 1 𝑛 ) ∗ 100% ⟹ 𝐷 = 𝑝 ∗ 𝑉 Nesse tipo de depreciação, o valor remanescente do bem no período n (Vn) é determinado por: 𝑉𝑛 = 𝑉 − ∑ 𝐷𝑖 𝑛 𝑡=1 Graficamente, a depreciação em linha reta pode ser representada por uma linha reta, como mostra a Figura 4 a seguir. 18 Prof. José Carlos Morilla. 1 2 3 2 0 4 0 6 0 8 0 t Vn (tempo - anos) 1 0 0 V 4 D D D D Figura 4 – Depreciação em linha reta. 4.2. Método da depreciação acelerada. Este método considera que o valor de um bem ou serviço decresce mais rapidamente no início da sua vida e menos rapidamente no final. Neste método, multiplica-se uma percentagem fixa pelo valor contabilístico em cada ano, de forma a determinar o montante de depreciação nesse ano. Assim, o valor de depreciação no ano n, é dado por: 𝐷𝑛 = 𝑖𝑛 ∙ (1 − 𝑖𝑛) (𝑛−1) ∙ 𝑉 Em que 𝑖𝑛 é a taxa anual de depreciação e 𝐷𝑛 é o valor da depreciação no ano n. Da mesma forma que na depreciação em linha reta, o valor contabilístico no ano 𝑛 é dado pela expressão: 𝑉𝑛 = 𝑉 − ∑ 𝐷𝑖 𝑛 𝑡=1 Graficamente, a depreciação em linha reta é representada pela linha apresentada na Figura 5 a seguir. 19 Prof. José Carlos Morilla. 1 2 3 2 0 4 0 6 0 8 0 t Vn (tempo - anos) 1 0 0 V 4 D 1 D 2 D3 Figura 5 – Depreciação acelerada 4.3. Método da soma dos dígitos. Este método considera que a depreciação é função de uma constante (𝑘) determinada por: 𝑘 = 𝑉 − 𝑉𝑛 ∑ 𝑛 sendo ∑ 𝑛 a soma dos números de períodos em que irá ocorrer a depreciação. Com isso, o valor da depreciação em cada período é igual ao produto entre a constante (𝑘) e o número de períodos que restam. Ou seja: d1=k×n ⟹ depreciação no primeiro período d2=k×(n-1)⟹ depreciação no segundo período d3=k×(n-2)⟹ depreciação no terceiro período d4=k×(n-3)⟹ depreciação no quarto período 4.4. Método exponencial. Este método considera que a depreciação é função de uma constante (𝑘) determinada por: 20 Prof. José Carlos Morilla. 𝑎 = 1 − √ 𝑉𝑛 𝑉 𝑛 𝑉𝑛 = V ∙ (1 − a) n 4.5. Exercícios – Lista 3 37. Defina Depreciação. Explique por que a depreciação é considerada como uma origem de recursos. 38. Uma Empresa de transporte pretende renovar periodicamente sua frota sabendo que as características da frota são: . O veículo novo custa Cr$ 100.000,00 . A depreciação é exponencial, 20% a.a. . A taxa de juros é 10% a.a. . O custo de operação cresce com a idade do veículo: Sabendo-se que a renovação da frota se fará sempre mediante a compra de carros novos, com que idade os veículos deverão ser substituídos. (Resposta: Os veículos deverão ser substituídos com 3 Anos). 39. Uma mandriladora deve ser instalada por um custo de $10.000.000. A sua manutenção é estimada em $5.500.000 (custo de operação, manutenção etc.) crescendo 6% a cada ano que passa. Se a taxa de juros for igual a zero e o valor residual for $2.000.000 para qualquer ano; qual será a vida econômica do equipamento? ( Resposta: A vida econômica do equipamento é de 6 anos). 40. Uma fábrica de embalagem está analisando a troca de alguns equipamentos. O novo plano é a instalação de um equipamento para produzir uma nova lata que consome menos energia e menos metal do que a antiga. Os equipamentos atuais foram instalados a 5 anos por $ 100 milhões e podem ser vendidos por $ 35 milhões. Devido a obsolescência a depreciação anual deste equipamento se resulta em de $ 4 milhões para os próximos anos. Se permanecer com este equipamento por mais um ano seus custos de operação e manutenção serão de $65 milhões aumentando $3 milhões/ano a cada ano seguinte. O novo equipamento custará $130 milhões, com vida econômica igual a 8 anos e valor residual de $10 milhões. Seus custos de operação e manutenção serão de $49 milhões. Para uma TMAR = 15% a.a. o novo equipamento deve ser instalado? Faça uma recomendação a respeito. (Resposta: A solução seria utilizar o equipamento atual por mais dois anos e depois trocá- lo por um equipamento novo.) 21 Prof. José Carlos Morilla. 41. Um equipamento foi comprado por R$ 15.000,00. Este equipamento será usado durante quatro anos e no final deste último o valor residual será igual a R$ 5.000,00. Determine a depreciação em cada ano pelos métodos: linear, soma dos dígitos e exponencial e monte uma tabela comparando o valor ano a ano. 42. Uma empresa necessita de um equipamento para sua linha de produção que custa R$ 600.000,00 e possui uma vida útil de 4 anos. Depreciando, pelo modelo linear, de maneira que o valor residual no final do quarto ano seja R$ 100,000.00; determinar: a. O valor do equipamento após dois anos e meio de uso; b. A depreciação do segundo ano; c. A depreciação do segundo ano caso a depreciação fosse feita pelo modelo da soma dos dígitos e d. A depreciação do segundo ano caso a depreciação fosse feita pelo modelo exponencial. 43. Uma empresa executará um serviço para um cliente durante os próximos5 anos e para isto necessita um equipamento que custa R$ 400.000,00. Sabe-se, também, que seus acessórios, necessários para a operação, custam R$ 50.000,00. Este equipamento deprecia, segundo um modelo linear a uma taxa de 10% a.a. (tomando como base o valor de compra). Determinar: a. Em quanto tempo o equipamento terá um valor igual à metade do seu valor de compra. b. Qual é a depreciação em cada ano, calculada pelo modelo da soma dos dígitos, quando o valor residual é a metade do valor de compra, após cinco anos de uso c. Qual é a depreciação em cada ano, calculada pelo modelo da depreciação exponencial, quando o valor residual é a metade do valor de compra, após cinco anos de uso. 44. Uma empresa está estudando a viabilidade de utilização durante os próximos seis anos de um equipamento que com todos os acessórios custa R$ 120.000,00. A instalação custa R$ 30.000,00 e se sabe que esse conjunto deprecia linearmente 15% a.a. Para esta situação determinar. a. Em quanto tempo o valor residual será igual a zero. b. Após os seis anos, qual o valor residual. c. Qual a depreciação do quarto ano calculado pelos três modelos de depreciação. 45. Uma empresa necessita de um certo equipamento que novo custa R$ 600.000,00 e sua vida é de quatro anos. Quando é feita uma depreciação linear, no final do quarto ano o valor residual é de R$ 100.000,00. Sabendo-se que a taxa de remuneração de capital é 15% ao ano, pede-se: a. O valor do equipamento após dois anos de uso b. A depreciação do segundo ano c. A taxa de depreciação exponencial para este equipamento. 22 Prof. José Carlos Morilla. d. Resolva os itens a e b com o modelo da soma dos dígitos. 46. Uma empresa vai executar um serviço para um cliente nos próximos quatro anos e para isto necessita um equipamento que custa R$ 400.000,00. Os acessórios necessários para a operação custam R$ 80.000,00 e as despesas com a instalação somam R$ 20.000,00. Esse conjunto, deprecia a uma taxa de 10% ao ano. Sabendo-se que a taxa de juros real é de 15% ao ano, determinar: a. O valor do equipamento no final do terceiro ano. b. O valor do equipamento no final do contrato. c. O valor do equipamento no final do segundo ano. Faça uma comparação entre o método de depreciação proposto e os métodos: linear; soma dos dígitos e exponencial. 47. Uma empresa está estudando a viabilidade da utilização nos próximos cinco anos de um equipamento que custa R$ 600.000,00. Os acessórios custam R$ 100.000,00 e a instalação demanda R$ 30.000,00. No final do contrato o equipamento deverá ser vendido pelo seu valor residual calculado por uma depreciação de 15% ao ano. Pelo contrato que a empresa irá obter, oriundo da aquisição do equipamento, no final de cada ano ela espera receber, livre de despesas e impostos, R$ 60.000,00. Sabendo-se que a taxa de juros reais é de 1% ao mês capitalizados mensalmente, determinar o resultado da operação. 48. Um equipamento custa R$ 800.000,00 e deprecia, segundo o modelo exponencial a uma taxa de 14% ao ano. Sabendo-se que sua vida útil é de três anos e que a taxa de juros reais é de 10% ao ano, determinar: a. Qual o valor residual do equipamento no final da vida útil. b. Vendido o equipamento no final da vida útil, determinar o capital que representa este valor residual. c. Qual o mínimo valor, livre de impostos e despesas, que a empresa deve receber no final de cada ano para que a operação não ofereça prejuízo 23 Prof. José Carlos Morilla. 5. Sistemas de amortização No financiamento de um bem ou um serviço atrelado à liberação de recursos financeiros, o tomador do financiamento deve restituir ao financiador o valor emprestado (principal), acrescido de sua remuneração, que são os juros. A forma de devolução, quando feita em parcelas, chama-se sistema de amortização. Em qualquer sistema de amortização, cada parcela de pagamento é composta de juros e de uma parte do valor principal. Dos sistemas de amortização conhecidos, os mais empregados são o Sistema Price, conhecido como sistema francês, e o Sistema de Amortização Constante (SAC), conhecido como sistema americano. No sistema Price, o valor das parcelas é constante. Esse valor é composto de duas partes, uma correspondente aos juros, que decresce ao longo do tempo, e outra correspondente à amortização, que cresce. O valor das parcelas a serem pagas (𝑃) no sistema Price é calculado por 𝑃 = 𝐶 𝑖(1 + 𝑖)𝑛 (1 + 𝑖)𝑛 − 1 sendo 𝐶 o capital financiado, 𝑖, a taxa de juros cobrada no período existente entre o pagamento de duas parcelas consecutivas e 𝑛, o número de parcelas do financiamento. O gráfico da figura 1 mostra o valor da parcela e a evolução das partes para um financiamento de R$120.000,00, a ser pago em 120 parcelas, com uma taxa de juros igual a 15% ao ano, capitalizado mensalmente. Figura 1. Composição do valor das parcelas no sistema Price. R$ 0,00 R$ 200,00 R$ 400,00 R$ 600,00 R$ 800,00 R$ 1.000,00 R$ 1.200,00 R$ 1.400,00 R$ 1.600,00 R$ 1.800,00 R$ 2.000,00 1 5 9 1 3 1 7 2 1 2 5 2 9 3 3 3 7 4 1 4 5 4 9 5 3 5 7 6 1 6 5 6 9 7 3 7 7 8 1 8 5 8 9 9 3 9 7 1 0 1 1 0 5 1 0 9 1 1 3 1 1 7 Prestação Prestação R$ 1.867,38 Prestação Amortização - Prestação Juros - 24 Prof. José Carlos Morilla. Para saber o valor total a ser pago pelo financiamento (M), basta multiplicar o valor das parcelas pelo número de parcelas, ou seja, 𝑀 = 𝑃 ∙ 𝑛 → 𝑀 = 𝑛 ∙ 𝐶 𝑖(1 + 𝑖)𝑛 (1 + 𝑖)𝑛 − 1 No sistema SAC, o valor das parcelas é variável. Em cada parcela, a amortização é constante e a parte correspondente aos juros varia. Os juros são calculados sobre o restante da dívida após o pagamento da parcela anterior. Nesse sistema, o valor de uma parcela é sempre menor do que o da anterior e maior do que o da posterior. A figura 2 mostra os valores das parcelas, os valores das amortizações e os valores dos juros para um financiamento de R$120.000,00, a ser pago em 120 vezes, com taxa de juros igual a 15% ao ano e capitalização mensal. Figura 2. Composição do valor das parcelas no sistema SAC. No sistema SAC, o valor de determinada parcela (𝑅𝑘) pode ser calculado da seguinte maneira: 𝑅𝑘 = [𝐶 − 𝐶 𝑛 (𝑘 − 1)] [1 + 𝑖 ∙ (𝑛 − 𝑘 + 1)] 𝑛 − 𝑘 + 1 R$ 0,00 R$ 500,00 R$ 1.000,00 R$ 1.500,00 R$ 2.000,00 R$ 2.500,00 R$ 3.000,00 1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81 85 89 93 97 101105109113117 Amortização - Juros - Prestação - 25 Prof. José Carlos Morilla. sendo 𝐶 o capital financiado, 𝑖 a taxa de juros, cobrada no período entre o pagamento de duas parcelas consecutivas, 𝑛 o número de parcelas do financiamento e k a parcela. O gráfico da figura 3 mostra a comparação entre os valores das parcelas de um financiamento de R$120.000,00, a ser pago em 120 parcelas, com taxa de juros igual a 15% ao ano e capitalização mensal pelos sistemas PRICE e SAC. Figura 3. Valores das parcelas no sistema PRICE e no sistema SAC. Para chegar ao valor total a ser pago pelo financiamento (M), utiliza-se a equação 𝑀 = 𝐶 [1 + 𝑖(𝑛 + 1) 2 ] Segundo Silva e Cruz (2008), com taxas de juros iguais, o valor total pago em um financiamento feito pelo sistema PRICE resulta em um valor maior do que o pago em um financiamento pelo sistema SAC. Por exemplo, o valor total a ser pago em um financiamento de R$120.000,00, dividido em 120 parcelas com uma taxa de juros igual a 15% ao ano, capitalizado mensalmente pelos sistemas PRICE, é igual a R$224.085,60; no sistema SAC, o valor total fica R$205.050,90. - 500,00 1.000,00 1.500,00 2.000,00 2.500,00 3.000,00 1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81 85 89 93 97 101105109113117 Comparação - Sistema Pirce e SAC SAC PRICE 26 Prof. José Carlos Morilla. 5.1. Exercícios – Lista 449. Elabore os esquemas de pagamento de um empréstimo de R$ 20.000,00, à taxa de 3,0% ao mês, para o prazo de 4 meses, para os sistemas de amortização PRICE e SAC. 50. Um empréstimo de R$ 100.000,00 será pago pelo sistema de amortização francês em cinco prestações mensais postecipadas com uma carência de dois meses com pagamento de juros. Se a taxa de juros for de 5% a.m. 51. Um empréstimo de R$ 100.000,00 será pago pelo sistema de amortização francês em cinco prestações mensais postecipadas com uma carência de dois meses sem pagamento de juros. Se a taxa de juros for de 5% a.m. 52. Elabore o esquema de pagamento de um empréstimo de R$ 100.000, à taxa de 15% ao ano, pelo SAC, em 4 anos, com carência de 2 anos, com pagamento de juros. 53. Elabore o esquema de pagamento de um empréstimo de R$ 100.000, à taxa de 15% ao ano, pelo SAC, em 4 anos, com carência de 2 anos, sem pagamento de juros. 54. Certo indivíduo, contraiu uma dívida no valor de R$ 200.000,00, a ser resgatada em 2 anos, em parcelas mensais, considerada a taxa de 12% a.a.c.m. Construa o Quadro de amortização para cada um dos seguintes sistemas de amortização: a. Método Francês b. Sistema de Amortização Constante c. Sistema de Amortização Mista (proporção de 40 % de TP e 60% SAC) 55. Certo indivíduo, contraiu uma dívida no valor de R$ 200.000,00, a ser resgatada em 2 anos, em parcelas mensais, com carência de um ano, de amortização e juros, à taxa de 12% a.a.c.m. Construa o Quadro de Amortização para cada um dos seguintes sistemas de amortização: a. Método Francês b. Sistema de Amortização Constante c. Sistema de Amortização Mista (proporção de 40 % de TP e 60% SAC) 56. Certo indivíduo, contraiu uma dívida no valor de R$ 200.000,00, a ser resgatada em 2 anos, em 24 parcelas mensais e 4 parcelas semestrais de R$ 20.000,00, à taxa de 12% a.a.c.m. Construa o Quadro de Amortização para cada um dos seguintes sistemas de amortização: a. Método Francês b. Sistema de Amortização Constante c. Sistema de Amortização Mista (proporção de 40 % de TP e 60% SAC) 27 Prof. José Carlos Morilla. 57. Seja o caso de um empréstimo de R$ 200.000,00, à taxa de juros compostos de 6% a.a., a ser amortizado segundo o método francês por meio de 10 prestações anuais, a primeira vencendo-se um ano após a data em que foi assumido o compromisso. Se o devedor resolver saldar sua dívida, de uma só vez, logo após e logo antes do pagamento da 6ª prestação, quanto terá de pagar? 58. Seja o caso de um empréstimo de R$ 100.000,00, à taxa de juros compostos de 12% a.a., a ser amortizado por meio de 10 prestações anuais, a primeira vencendo-se 1 ano após a data em que foi assumido o compromisso. Se o devedor resolver saldar sua dívida, de uma só vez, logo após e logo antes do pagamento da 6ª prestação, quanto terá de pagar? Resolva utilizando o método de amortização: a. SAC b. SAM (proporção de 40 % de TP e 60% SAC) 59. Um banco concede um financiamento de RS 125.518,57 para ser liquidada em nove pagamentos mensais pelo SAC. A operação é realizada com carência de cinco meses, sendo juros capitalizados neste período e incorporados ao saldo devedor. A taxa efetiva de juros é 27,8% a.a. Construir a planilha deste financiamento. 60. Um empreendimento obteve um financiamento de R$ 245.000,00 do banco BV- S.A., para ser amortizado em seis parcelas anuais pelo SAC. O financiamento foi concedido sem carência. A taxa de juros do banco é 18,7% aa e o IOF de 6,4%a.a, incidente sobre o valor do crédito e pago quando da liberação dos recursos. Elabore a planilha do empréstimo levando-se em conta os encargos adicionais cobrados. 61. Construir uma tabela referente à composição das parcelas de um financiamento a $156.278,16; em oito parcelas iguais a taxa de 2,1% ao mês, pelo sistema PRICE. 62. Um financiamento de R$ 19.871,02 deverá ser amortizado em quatro meses com taxa de juros de 0,8% a.m. Faça a planilha de amortização pelo Sistema Francês de Amortização - Tabela PRICE 28 Prof. José Carlos Morilla. 6. Análise de investimento Considerando que todo investimento deve gerar valor para o investidor, se faz necessário analisar um possível investimento antes de sua efetivação. Dentre os métodos de análise conhecidos, os mais conhecidos são os métodos: do Valor Presente Líquido (VPL), da Taxa Interna de Retorno (TIR) e o do Payback. 6.1. Valor Presente Líquido (VPL) O VPL indica o valor atual de uma série uniforme de capitais futuros, descontados à determinada taxa de juros compostos, por seus respectivos prazos. O 𝑉𝑃𝐿 é uma técnica que considera o valor do dinheiro no tempo. Ele representa o valor presente dos fluxos de caixa futuros reduzido do valor presente do custo do investimento a uma taxa estipulada. Essa taxa, denominada taxa de desconto, retorno exigido, Taxa mínima de atratividade, custo de capital ou custo de oportunidade, é o retorno mínimo que deve ser obtido em um projeto para que o valor de mercado da empresa fique inalterado. O VPL pode ser determinado por 𝑉𝑃𝐿 = ∑ 𝐹𝐶𝑗 (1 + 𝑖)𝑗 𝑛 𝑗=0 − 𝐼0 sendo • i a taxa de desconto; • j o período genérico, percorrendo todo o fluxo de caixa; • FCj o fluxo no período j, que pode ser positivo (entradas) ou negativo (saídas); • VPL o valor presente líquido descontado; • n o número de períodos do fluxo; • 𝐼0 o investimento inicial. Nesse tipo de análise, considera-se que o investimento retornará o mínimo esperado quando o VPL for igual a zero. Caso o VPL seja menor do que zero, o retorno do 29 Prof. José Carlos Morilla. investimento será menor do que o esperado. Caso o VPL seja maior do que zero, o retorno será maior. O investimento valerá a pena se o VPL for positivo, pois, ao longo de determinado período, seu rendimento foi maior do que o investidor desejaria, considerando-se uma taxa mínima desejada, conhecida como taxa mínima de atratividade (TMA). Quanto maior o VPL, maior é o retorno, além do mínimo desejado, do projeto. Analogamente, caso o VPL seja negativo, o investimento não valerá a pena, pois ele teria rendido menos do que o investidor desejaria. Com o VPL nulo (igual a zero), a realização do investimento é indiferente. Em outras palavras, para analisar um projeto, deve-se considerar o fato de se perder a oportunidade de auferir retornos pela aplicação do mesmo capital em outros negócios ou no mercado financeiro. Dentre dois projetos analisados, caso seja utilizado o VPL, o melhor é aquele que apresenta o maior valor para o VPL. Assim, quando o VPL é utilizado nas decisões de aceitar ou rejeitar um investimento, as seguintes regras são seguidas. • Se o VPL é maior ou igual a zero, o projeto pode ser aceito. • Se o VPL é menor do que zero, o projeto pode ser rejeitado. 6.1.1. Índice de lucratividade (IL). O índice lucratividade (IL) é obtido pelo quociente entre o VPL e o investimento inicial, ou seja: 𝐼𝐿 = 𝑉𝑃𝐿 𝐼0 Entre dois projetos, deve ser escolhido o projeto de maior IL. 6.2. Taxa Interna de Retorno (TIR). Outra maneira de analisar a viabilidade de um projeto é pela Taxa Interna de Retorno (TIR), que é a taxa que torna nulo o valor presente líquido dos fluxos de caixa. A TIR encontrada (independe da taxa de juros do mercado) deve ser comparada à TMA. 30 Prof. José Carlos Morilla. A taxa interna de retorno (TIR) é um índice para a rentabilidade de um investimento por unidade de tempo. Ela representa a taxa de juros compostos que retorna o VPL de um investimento com valor 0 (zero). Para aceitar o investimento, a TIR deverá ser maior do que a TMA. A taxa interna de retorno (TIR) é frequentemente utilizada nas avaliações de orçamentos de capital, mas seu cálculo manual é muito mais difícil do que o do VPL, pois envolve uma técnica complexa de tentativa e erro. A TIR podeser determinada pela mesma expressão utilizada na determinação do VPL. Vale destacar que, nesse caso, a expressão tem valor igual a zero, ou seja, 0 = ∑ 𝐹𝐶𝑗 (1 + 𝑖)𝑗 − 𝐼0 𝑛 𝑗=0 Nas decisões entre aceitar ou rejeitar um investimento, temos: • Se a TIR é maior do que o custo do capital, o projeto pode ser aceito. • Se a TIR é menor do que o custo do capital, o projeto pode ser rejeitado. De forma geral, quanto maior for a TIR, maior é o retorno do investimento. Dentre dois projetos analisados que utilizam a TIR, o melhor é aquele que apresenta o maior valor da TIR. 6.3. Payback ou Período de recuperação. O payback é um indicador do prazo de recuperação de um investimento. O payback não é indicado para a seleção entre alternativas de investimento. Ele deve ser combinado com outros indicadores para poder demonstrar informações, como, por exemplo, a relação entre valor e tempo de retorno dos investimentos. A determinação do tempo de retorno do investimento de uma série de receitas uniformes é feita pela razão entre o investimento e as receitas. Comparando dois projetos, por meio do payback, aquele que oferece maior atratividade ao investidor é o que apresenta o menor tempo de retorno do investimento. Os períodos de recuperação são comumente utilizados na avaliação de investimentos. Essa técnica mostra o tempo necessário para que a empresa recupere seu investimento 31 Prof. José Carlos Morilla. inicial em um projeto, ou seja, ela mostra quanto tempo será necessário para que o retorno seja igual ao montante do investimento. 6.3.1. Payback simples. O período de recuperação é alcançado quando a soma parcial dos retornos alcança o valor do investimento. 𝑛𝑝𝑏 = 𝐼0 𝐹𝐶𝑗 Com base nessa técnica, um projeto deve ser aceito quando o período for menor que o máximo aceitável para a recuperação do investimento. Caso contrário, o projeto deve ser rejeitado. 6.3.2. Payback descontado. É quase o mesmo que o payback simples, mas antes de calculá-lo, primeiro deve ser descontado o fluxo de caixa que reduz os pagamentos futuros pelo seu custo de capital. Comparando dois projetos, por meio do payback, aquele que oferece maior atratividade ao investidor é o que apresenta o menor tempo de retorno do investimento Deve ser ressaltado, que esse método não leva em conta o custo do dinheiro no tempo. 6.4. Exercícios – Lista 5 63. A Indústria de cadernos Escreve Bem Ltda., está analisando a perspectiva de um novo empreendimento, o que permitirá alavancar as suas vendas. Sabe-se que o custo de capital da empresa e igual a 10% ao ano e o fluxo de caixa operacional liquido esta estimado na tabela apresentada a seguir: Anos 0 1 2 3 4 Valores (2.525.000) 618.750 664.387 712.930 1.905.789 32 Prof. José Carlos Morilla. DIAGRAMA DO FLUXO DE CAIXA 1.905.789 712.930 664.387 618.750 0 1 2 3 4 2.525.000 Pede-se: Determinar o Valor Presente Liquido (VPL)? 64. Abaixo são apresentados os fluxos de caixa líquidos de três projetos de investimentos selecionados pela empresa JRQ Brinquedos Ltda. O custo do capital esperado é de 25% ao ano; 40% ao ano PROJETOS Valor Investimento Inicial FLUXOS DE CAIXA LÍQUIDOS Ano 0 Ano1 Ano2 Ano3 Ano 4 Ano 5 I -1.500. 300. 700. 1.000 600 800 II -1.500. 400. 500. 600 1.100 1.300 III -1.500. 800. 700. 500 2.000 1.500 Calcular o VPL efetivo de cada uma das propostas. 65. A Indústria Saboó Ltda, precisa decidir entre a compra de dois equipamentos com as seguintes características: INFORMAÇÕES EQUIPAMENTO – A EQUIPAMENTO - B Investimento Inicial $ 120.000 $ 150.000 33 Prof. José Carlos Morilla. Fluxo de Caixa Líquido $ 24.000 $ 30.000 Vida Econômica ( anos) 12 12 Foi estimado um Custo do Capital de 8% ao ano. Determinar o Valor Presente Líquido de cada projeto. 66. A empresa Agropecuária São Jorge Ltda estudava a possibilidade de aquisição de novas matrizes de gado leiteiro. O investimento inicial estava orçado em R$ 40.000. Contabilmente, admitia-se que a depreciação das matrizes poderia ser feita em um horizonte de cinco anos. No fim da vida útil, seriam vendidas por R$ 8.000 para abate. A alíquota do Imposto de Renda da empresa é igual a 25% e seu custo de capital é igual a 36% a.a. As receitas incrementais associadas ao investimento estão estimadas em R$ 60.000, com crescimento previsto em R$ 5.000 por ano. Sabe-se que os custos variáveis são estimados em 40% das receitas e os custos fixos em R$ 15.000 por ano. Pede-se: a) elaborar o fluxo de caixa do projeto b) analisar a viabilidade do investimento com base no valor presente liquido. 67. Um Banco de investimentos realiza suas operações com uma taxa efetiva de juros de 8% ao ano no regime de juros compostos, e oferece ao investidor os recebimentos futuros indicados no fluxo de caixa a seguir. Determinar o valor do investimento inicial para que essa aplicação seja remunerada com taxa efetiva de 8% ao ano? R$ 394 Ano1 Ano2 Ano3 30 30 430 68. A Corporação Mangaba Doce S. A. mantém seus recursos financeiros sempre aplicados a uma taxa de 22% ao ano, no regime de juros compostos, e tem a possibilidade de liquidar antecipadamente uma divida , caracterizada pelo fluxo de caixa apresentado a seguir: Pede-se calcular o valor Maximo que pode ser pago antecipadamente por essa divida para que a remuneração da empresa de R$ 187,322não seja prejudicada. Ano 0 1 2 3 4 - -70.000 -80.000 -40.000 120.000 34 Prof. José Carlos Morilla. 69. As estimativas do projeto formaram o fluxo de caixa operacional líquido registrado na tabela abaixo. Se o custo de capital for igual a 16% ao ano, qual deveria ser o valor Maximo do investimento que permitiria aceitar o projeto: Ano Fluxo de Caixa Operacional Líquido 1 7.000 2 7.500 3 8.200 4 9.000 5 12.000 70. O gerente de marketing está imaginando que a inovação proposta num produto da empresa que está sem fase de exaustão deverá dar um novo impulso de vendas neste produto. As estimativas preliminares durante quatro anos mostram que os retornos depois dos impostos serão iguais a $ 125.000 por ano. Se para esse tipo de projeto, a empresa exige que seja aplicado à taxa requerida de 14% ao ano, determinar o valor máximo do investimento na data zero que conseguiria um VPL igual a $ 50.000,00? R$ 314.214,04. 71. Considere os seguintes projetos: a) O Projeto P (de pequeno) custa R$ 10.000 em t=0 e deve render R$ 16.500 ao final de um ano. b) O Projeto G (de grande) custa R$ 100.000 e deve render R$ 115.500 depois de um ano. A um custo de 10% do capital, qual o valor presente líquido e a taxa interna de retorno destes dois projetos? Qual dos dois projetos apresenta maior "margem de segurança"? 72. Você é o analista financeiro da Seventh Stage Computation Engineering S.A. O responsável pelo orçamento de capital pediu-lhe que analisasse dois investimentos de capital propostos, os projetos X e Y. Cada projeto tem um custo de R$ 10.000 e um custo do capital de 12% a.a. Os fluxos de caixa líquidos esperados dos dois projetos são os seguintes: 35 Prof. José Carlos Morilla. a) Para cada projeto, calcule o payback, o payback modificado, o valor presente líquido (NPV), a taxa interna de retorno (TIR) e a taxa interna de retorno modificada. b) Qual projeto(s) deve(m) ser aceito(s) se forem independentes? c) Qual projeto deve ser aceito se eles forem mutuamente excludentes? d) Como uma variação no custo do capital poderia produzir um conflito entre as ordenações, de acordo com o VPL e com a TIR, desses dois projetos? e) Por que existe o conflito? 73. A Seventh Stage Computation Engineering S.A. precisa escolher entre umaempilhadeira a gasolina ou a baterias elétricas para movimentar materiais em sua fábrica. Como as duas empilhadeiras desempenham a mesma função, a empresa escolherá somente uma delas. A empilhadeira movida a baterias custará R$ 22.000,00 e a empilhadeira movida a baterias custará R$ 17.500,00. O custo do capital aplicável a ambos os investimentos é de 12% a.a. A vida útil estimada para os dois tipos de empilhadeira é estimada em seis anos, tempo durante o qual os fluxos de caixa líquidos para a empilhadeira movida a bateria será de R$ 6.290 por ano e o da empilhadeira a gasolina será de R$ 5.000,00 por ano. Os fluxos de caixa líquidos anuais incluem as despesas de depreciação. Calcule o NPV e a TIR para cada tipo de empilhadeira e decida qual delas recomendar. 74. Sua divisão está analisando dois projetos de investimentos, cada um dos quais exige gastos adiantados de R$ 25 milhões. Você estima que o custo do capital é de 10% a.a. e que os investimentos produzirão os seguintes fluxos de caixa líquidos: 36 Prof. José Carlos Morilla. a) Qual é o payback simples para cada um dos projetos? b) Qual é o payback descontado para cada um dos projetos? c) Se os dois projetos são independentes e o custo do capital é de 10%, qual projeto ou projetos deve ser empreendido pela empresa? d) Se os dois projetos são mutuamente excludentes e o custo do capital é de 5% a.a., qual projeto deveria ser empreendido pela empresa? e) Se os dois projetos são mutuamente excludentes e o custo do capital é de 15% a.a., qual projeto deveria ser empreendido pela empresa? f) Qual é a TIR de cada projeto? g) Se o custo do capital é de 10% a.a., qual é a TIR. 37 Prof. José Carlos Morilla. Referências. • ABREU, E. CPA-20. Disponível em <www.edgarabreu.com.br>. Edição de setembro de 2015. Acesso em 01 out. 2018. • ARBEX, M. Elementos do planejamento financeiro no plano de negócios. 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