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Transtornos alimentares no esporte e na Estética. UC: Nutrição Esportiva e Estética Profa. Nayara Monteze TCAP SÍNDROME DO COMER NOTURNO TRANSTORNO DIMÓRFICO CORPORAL TRÍADE DA MULHER ATLETA Para começar a entender... Transtorno mental Causas de transtornos mentais Fatores Psicológicos: Algumas alterações características como : • baixa autoestima, • rigidez no comportamento, • necessidade de manter controle completo sobre sua vida, • falta de confiança. Fatores socioculturais • Predisposição genética • Doenças de base, alterações hormonais e psiquiátricas • Dificuldades de comunicação entre os membros da família, interações sociais e familiares tempestuosas e conflitantes. Fatores biológicos Resumindo: • Predisposição genética; • “Gatilhos”; • Ambiente familiar conturbado; • Sensação de punição, recompensa e prazer; • Fazer dieta x elogios; • Necessidade de controle; • Eventos traumáticos; • Pressão social. Transtornos alimentares Transtornos alimentares Profissões que exigem corpos musculosos/magros, que podem aumentar de forma exagerada a preocupação com o corpo/forma corporal; ❖ Bailarinos, fisiculturistas, modelos, nadadores , corredores, ginastas. Maior incidência em ginastas, bailarinos, modelos. Adolescência. Alguns transtornos alimentares • Anorexia nervosa • Bulimia • Compulsão alimentar • Obesidade • Vigorexia • Síndrome de gourmet • Ortorexia • Transtorno dismórfico corporal • Síndrome do comer noturno • Tríade da mulher atleta Alguns transtornos alimentares • Anorexia nervosa • Bulimia • Compulsão alimentar • Obesidade • Vigorexia • Síndrome de gourmet • Ortorexia • Transtorno dismórfico corporal • Síndrome do comer noturno • Tríade da mulher atleta Transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) Transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) O TCAP pode ocorrer duas vezes ou mais por semana porém sem os episódios compensatórios da Bulimia Nervosa. Os pacientes ingerem menos alimento de forma compulsiva quando comparado a Bulimia. Os pacientes comem mais durante o dia e provavelmente mantém um peso corporal mais alto que os pacientes bulímicos. Acentuada angústia pela compulsão alimentar. Frequência e duração da compulsão alimentar: média de dois dias/semana por seis meses Não se utiliza de métodos compensatórios inadequados (exemplo: purgação). Transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) • CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS SUGERIDOS PELO DSM-IV (APÊNDICE B) • Episódios recorrentes de compulsão alimentar periódica: excesso alimentar + perda de controle • Comportamentos associados à compulsão alimentar (pelo menos 03 itens): 1. Comer rapidamente 2. Comer até sentir-se cheio 3. Comer grandes quantidades de comida mesmo sem estar com fome 4. Comer sozinho por embaraço pela quantidade de comida 5. Senti repulsa por si mesmo, depressão ou demasiada culpa após a compulsão. PREVALÊNCIA ESTIMADA TCAP TRANSTORNO DA COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA (TCAP) • Fatores precipitantes: “gatilhos” • Fatores mantenedores: situações que contribuem para a continuidade do distúrbio. • Fatores predisponentes: são aqueles que aumentam as possibilidades do indivíduo ter um TA. • Tendência a obesidade • Eventos Adversos (abusos, perdas, bullying) • Genética • Padrão Familiar • Fatores socioculturais (imposição da mídia). Alguns chegam a ingerir de 4 mil a 15 mil calorias em poucos minutos. TCAP – CARACTERÍSTICAS DO PORTADOR Comportamento alimentar variável. Variação nos horários em que ocorrem as compulsões (mais comum a tarde e noite). Perda de controle da quantidade de alimento ingerido. Pessoas normalmente tem sobrepeso ou obesidade. É comum a omissão e os grandes intervalos entre refeições. Compulsão acompanhada de sentimentos de angústia, tristeza, culpa Os episódios de compulsão culminam em sentimento de estar cheio de forma incômoda. Come sozinha ou escondido por vergonha da quantidade de alimento ingerida. TCAP - https://www.youtube.com/watch?v=EQOZ3V7T5ok https://www.youtube.com/watch?v=EQOZ3V7T5ok TRATAMENTO TCAP Orientações dietéticas com refeições regulares. Psicoterapia cognitivo-comportamental. O tratamento farmacológico do TCAP deve levar em consideração vários aspectos como as alterações do comportamento alimentar, as questões psicopatológicas (sintomas depressivos e alterações da imagem corporal) e a obesidade. Medicações estudadas: antidepressivos, naltrexona, agentes antiobesidade e topiramato. ABORDAGEM NUTRICIONAL ▪ Diálogo, sensibilidade e escuta empática. Contribuir para um relacionamento sincero e de confiança entre nutricionista e paciente. ▪ Melhorar a estrutura, a variedade de consumo e as atitudes alimentares. ▪ Ajudar o paciente a perceber os sinais de fome e saciedade. ▪ Diminuir ou eliminar os distúrbios de imagem corporal. ▪ Cessar episódios de compulsão alimentar. ▪ Estabelecer práticas alimentares saudáveis. ▪ A terapia nutricional deve construir junto com o paciente o conceito de peso saudável ▪ O peso é atingido naturalmente, em um processo de tentativa e erro ▪ Promover perda de peso de forma lenta e sustentável, se necessário. ABORDAGEM NUTRICIONAL • Foco em como o paciente come, sentimentos e sensações • Intervenção a longo prazo • Educação alimentar • Plano de ação individualizado (metas e planos alimentares) • Relacionamento intenso entre profissional e paciente • Estratégias que podem ser usadas: ✓Comer com atenção plena e comer intuitivo ✓ Entrevista motivacional e promover alteração do comportamento ✓Terapia cognitivo comportamental ✓Diário alimentar e uso de metas graduais e realistas ✓Identificação de fome física www.nutricaocomportamental.com.br http://www.nutricaocomportamental.com.br/ SÍNDROME DO COMER NOTURNO SÍNDROME DO COMER NOTURNO (SCN) Comportamento alimentar incomum durante a noite. Pode ocorrer com a pessoa dormindo (paciente não se lembra de nada ao despertar e nega o fato quando informado por outra pessoa). Esses pacientes normalmente adotam algum tipo de dieta durante o dia. Mais frequente em indivíduos obesos Individuo acorda durante a noite, uma ou mais vezes, com a necessidade de comer (não é compulsão) Associado a atraso no ritmo circadiano de ingestão alimentar Acompanhado de humor deprimido PREVALÊNCIA SCN Em clínicas de obesidade, os índices variam de 6 a 14% e se situam em 12%, em sujeitos atendidos em clínicas de nutrição. A prevalência chega a 42% em pacientes que procuram cirurgia para obesidade nos EUA CARACTERÍSTICAS DO PORTADOR DE SCN Anorexia matutina. Após as 19:00 tende a consumir mais de 50% da energia diária. Acorda para comer pelo menos 1 vez por noite nos últimos 3 meses com consciência do consumo. Lanches de alto valor energético. Ausência de comportamento compensatório. Maior nível de estresse, ansiedade, tensão. Alteração do ritmo do sono e do padrão alimentar. CARACTERÍSTICAS DO PORTADOR DE SCN Fatores neuro-endocrinológicos: • Alterações do ritmo circadiano de secreções endócrinas, como a do cortisol e da melatonina. • Melatonina reduzida a noite: favorece os distúrbios do sono • Grelina/Leptina: hormônios da fome e da saciedade, estão alterados prejudicando a sinalização adequada. Baixos níveis noturnos de leptina. • Níveis de glicose e insulina podem estar prejudicados: DM TRATAMENTO DA SCN Medicamentoso. Nutrição comportamental. Terapia cognitivo-comportamental. Coadjuvantes: cromoterapia, atividades de relaxamento (yoga, meditação). TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL Transtorno dismórfico corporal - TDC • Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) é descrito pelo DSM-IV- TR (Manual Diagnóstico e Estatístico) como um transtorno que envolve sintomas de preocupação excessiva em relação a um defeito mínimo ou imaginário na aparência e que traz prejuízos na vida social, ocupacional ou em outras áreas importantes para o indivíduo (B.J.Sadock & V.A. Sadock, 2007). ▪ O termo Dismorfia foi proposto em 1886 pelo Italiano Morselli direcionado para os pacientes que possuem idéias contraditórias e autodestrutivas em relação ao perfil corporal. ▪ O TDC se trata de uma doença psiquiátrica que pode ser encontrada com frequência na realidade em que vivemos COSTA HORÁCIO et al (2013, p. 499) O QUE É TDC Os transtornos alimentares são doenças psiquiátricas que afetam na sua maioria, adolescentes e adultos jovens do sexo feminino, podendo causar grandes prejuízos biológicos e psicológicos. (Fleitlich BW, 2007). Indivíduos com TDC apresentam medo de terem seus “defeitos” percebidos, sentem vergonha, embaraço e desconforto ao se exporem fisicamente em atividades sociais, têm pensamentos de desilusão e desenvolvem rituais compulsivos, preocupações somáticas, busca por tratamentos cosméticos e resistência a intervenções psicológicas. (COSTA HORÁCIO et al (2013, p. 499) ▪ No século XVII o corpo era esbelto, e magro, porém forte, para que estivesse dentro dos padrões culturais da época , e decotes bem vistos, já era um sinal de que o corpo ganhava uma atenção ▪ No século XVIII, começa o encontro com músculos e exercícios direcionados para melhorar o corpo, dando destaque para a silhueta fina. ▪ NO século XX, o corpo tornou-se o centro da existência humana, e sua identidade como individuo, com hábitos que levaram o corpo além de seus limites. ▪ Os padrões de beleza esperados são transformados a cada época. ▪ No passado as mulheres que eram consideradas lindas apresentavam formas arredondadas. ▪ A moda dos espartilhos que desenhavam as silhuetas foi um dos primeiros métodos a ser utilizado para ser remodelado de acordo com o desejo de cada um. ▪ Nas sociedades modernas há uma crescente preocupação com o corpo, com a dieta alimentar e o consumo excessivo de cosméticos, impulsionados basicamente pelo processo de massificação das mídias a partir dos anos 1980, onde o corpo ganha mais espaço, principalmente nos meios midiáticos. ▪ Não por acaso que foi nesse período que surgiram as duas maiores revistas brasileiras voltados para o tema: “Boa Forma” (1984) e “Corpo a Corpo” (1987). (CAMARGO, Orson 2016). Atualmente o conceito de beleza está associado á mocidade, corpo magro e atrativo para as mulheres, e corpo forte e musculoso para os homens. A publicidade veicula a impressão de que um corpo perfeito é sinônimo de saúde, bem-estar e felicidade. O corpo é tratado como "corpo rascunho", que pode ser modelado e remodelado a gosto de seu "proprietário" no intuito de alcançar o modelo ideal. (SEVERIANO, 2008) CORPO TRATADO ▪ A mídia vende imagens de pessoas magras, com corpos esbeltos, mulheres com cabelos lindos, pele de pêssego, bumbum empinado, seios turbinados, abdômen definido. ▪ A sociedade implantou determinado o tipo físico de como deve ser o corpo de cada indivíduo que quer ser visto na sociedade. ▪ As marcas de suplementos usam figuras publicas do fisiculturismo brasileiro e mundial, para que possamos acreditar nesse padrão de beleza. ▪ Os jovens que são facilmente influenciados por esses modelos midiáticos. Os padrões de beleza atuais na insatisfação dos indivíduos com a sua aparência física, leva ao culto ao corpo, ao culto à beleza e juventude do corpo. Este culto à forma do corpo tem investido principalmente sob dois aspectos: 1. aumento da musculatura 2. definição corporal. PEREIRA (2009) Transtorno dismórfico corporal - TDC No transtorno dismórfico corporal, a preocupação com um ou mais defeitos inexistentes ou sutis da aparência causa forte angústia ou prejudica a capacidade funcional. As pessoas normalmente passam muitas horas por dia se preocupando com um suposto defeito, que pode estar em qualquer parte do corpo. TDC • Vigorexia é considerada um subtipo de TDC (transtorno dismórfico muscular) TDC – Diagnóstico psicológico TDC - tratamento • Tratamento pode exigir a interação de outro profissional, como o Nutricionista (anorexia, vigorexia, bulimia, etc). TDC – CARACTERÍSTICAS DO PORTADOR Fobia social, transtorno obsessivo-compulsivo, depressão, podendo chegar a quadros delirantes. Acentuam os seus defeitos (rugas na testa, olho caído, nariz grande, boca esticada). Há acentuado sofrimento Severa apreensão que antecipa p que os outros vão achar ou pensar do seu possível defeito. Verificação excessiva ou evitação de super refletoras. Tentam a todo custo camuflar o defeito e gastam horas com tratamentos estéticos na tentativa de consertar os defeitos. Tríade da mulher atleta TRÍADE DA MULHER ATLETA DISFUNÇÕES MENSTRUAIS TRANSTORNOS ALIMENTARES ALTERAÇÕES E FRATURAS ÓSSEAS TRÍADE DA MULHER ATLETA Tríade da mulher atleta DI AG N Ó ST IC O D A TM A ALIMENTAÇÃO DESORDENADA – TMA COMPONENTES DA TRÍADE TRATAMENTO DA TRÍADE Restabelecer e ingestão energética. Restabelecer e ingestão de macro e micronutrientes. Atentar para conteúdo de cálcio e vitamina D para reduzir os efeitos sobre a massa óssea. Tratamento multiprofissional Psicoterapia. Acompanhamento nutricional. Recuperar o estado nutricional. Corrigir as deficiências de nutrientes. TRATAMENTO DA TRÍADE OBRIGADA