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2022/2023 Maria Inês Ribeiro da Rocha Impacto da rinite alérgica na atividade da sinaptofisina na via olfativa Impact of allergic rhinitis on synaptophysin activity in the olfactory pathway FEVEREIRO, 2023 Maria Inês Ribeiro da Rocha Impacto da rinite alérgica na atividade da sinaptofisina na via olfativa Impact of allergic rhinitis on synaptophysin activity in the olfactory pathway Mestrado Integrado em Medicina Área: 3.1 Medicina Básica Tipologia: Dissertação Trabalho efetuado sob a Orientação de: Dr. Jorge Filipe Miranda Rodrigues E sob a Coorientação de: Professor Doutor Kristof René Gerarda Raemdnock Trabalho organizado de acordo com as normas da revista: Physiology & Behavior FEVEREIRO, 2023 UC Dissertação/Projeto (6º Ano) - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Maria Inês Ribeiro da Rocha, abaixo-assinado, nº mecanográfico 201705610, estudante do 6º ano do Ciclo de Estudos Integrado em Medicina, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, declaro ter atuado com absoluta integridade na elaboração deste projeto de opção. Neste sentido, confirmo que NÃO incorri em plágio (ato pelo qual um indivíduo, mesmo por omissão, assume a autoria de um determinado trabalho intelectual, ou partes dele). Mais declaro que todas as frases que retirei de trabalhos anteriores pertencentes a outros autores, foram referenciadas, ou redigidas com novas palavras, tendo colocado, neste caso, a citação da fonte bibliográfica. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, 06 / 02 / 2023 Assinatura conforme cartão de identificação: ________________________________________________ UC Dissertação/Projeto (6º Ano) – DECLARAÇÃO DE REPRODUÇÃO NOME Maria Inês Ribeiro da Rocha NÚMERO DE ESTUDANTE E-MAIL 201705610 mariainesrr23@gmail.com DESIGNAÇÃO DA ÁREA DO PROJECTO 3.1 Medicina Básica TÍTULO DISSERTAÇÃO/MONOGRAFIA (riscar o que não interessa) Impacto da rinite alérgica na atividade da sinaptofisina na via olfativa ORIENTADOR Jorge Filipe Miranda Rodrigues COORIENTADOR (se aplicável) Kristof René Gerarda Raemdnock ASSINALE APENAS UMA DAS OPÇÕES: É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO INTEGRAL DESTE TRABALHO APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE. É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO PARCIAL DESTE TRABALHO (INDICAR, CASO TAL SEJA NECESSÁRIO, Nº MÁXIMO DE PÁGINAS, ILUSTRAÇÕES, GRÁFICOS, ETC.) APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE. DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO EM VIGOR, (INDICAR, CASO TAL SEJA NECESSÁRIO, Nº MÁXIMO DE PÁGINAS, ILUSTRAÇÕES, GRÁFICOS, ETC.) NÃO É PERMITIDA A REPRODUÇÃO DE QUALQUER PARTE DESTE TRABALHO. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, 06 / 02 / 2023 Assinatura conforme cartão de identificação: ______________________________________________ X AGRADECIMENTOS Findado o presente projeto de investigação, urge a necessidade de agradecer a quem contribuiu de forma essencial para o sucesso da sua realização. Começo por agradecer à Professora Doutora Maria Dulce Madeira, Diretora do Instituto de Anatomia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, por me ter aceitado nesta instituição para a realização deste projeto. Agradeço ao Dr. Jorge Miranda Rodrigues, meu orientador, todo o empenho, disponibilidade e paciência que demonstrou ao longo de todo o processo, ao orientar-me no caminho certo para a realização deste trabalho de investigação. Agradeço ao Professor Doutor Kristof Raemdock, meu coorientador, pela sua disponibilidade e colaboração na execução de procedimentos práticos e revisão deste projeto. Agradeço ainda, à Professora Doutora Susana Sá por me ter orientado no início deste trabalho e pela prontidão com que sempre me ajudou ao longo deste projeto e ao Professor Doutor Armando Cardoso pela ajuda nos testes comportamentais. Finalmente, agradeço aos que mais me aconchegam o coração: aos meus pais, Conceição Ribeiro e Adão Rocha, por estarem sempre ao meu lado, mesmo quando não entendiam uma palavra; ao meu irmão, Luís Miguel Rocha, por me fazer acreditar que a vida também pode ser um filme; e ao meu amigo, João Pedro Moreira, pela amizade desmedida. “You do what your heart says you have to. 'Cause you don't owe anyone your life.” The Fabelmans (2022) "Sometimes it is the people no one imagines anything of who do the things that no one can imagine." The Imitation Game (2014) 1 ÍNDICE ABREVIATURAS .................................................................................................... 3 RESUMO ............................................................................................................. 4 ABSTRACT ............................................................................................................ 6 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8 2. MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................11 2.1. ANIMAIS ........................................................................................................... 11 2.2. RINITE ALÉRGICA INDUZIDA PELA OVALBUMINA............................................ 11 2.3. CONTABILIZAÇÃO DE SINTOMAS ..................................................................... 12 2.4. ESTUDOS COMPORTAMENTAIS ....................................................................... 12 2.4.1. BURRIED FOOD TEST ............................................................................... 12 2.4.2. AGGRESSIVE BEHAVIOR TEST .................................................................. 13 2.5. TOTAL DE IgE .................................................................................................... 13 2.6. COLHEITA DE TECIDO ....................................................................................... 13 2.7. HISTOLOGIA ..................................................................................................... 14 2.8. IMUNOFLUORESCÊNCIA .................................................................................. 15 2.9. PROCESSAMENTO DE IMAGENS ...................................................................... 15 2.10. ANÁLISE ESTATÍSTICA .................................................................................... 16 3. RESULTADOS ...................................................................................................17 3.1. PESO CORPORAL E DOS ORGÃOS .................................................................... 17 3.2. CONFIRMAÇÃO DO MODELO DE RINITE ALÉRGICA ........................................ 17 3.3. EFEITO DA RINITE ALÉRGICA NO COMPORTAMENTO ..................................... 18 2 3.3.1. AVALIAÇÃO DO OLFATO ......................................................................... 18 3.3.2. COMPORTAMENTOS AGRESSIVOS E DEFENSIVOS .................................. 18 3.4. EFEITO DA RINITE ALÉRGICA NA ESTRUTURA SINÁPTICA ............................... 18 3.4.1. EFEITO DA RINITE ALÉRGICA NA ESTRUTURA SINÁPTICA NO BOLBO OLFATIVO ................................................................................................................ 18 3.4.2. EFEITO DA RINITE ALÉRGICA NA ATIVIDADE SINÁPTICA DO NÚCLEO OLFATIVO ANTERIOR E CÓRTEX PIRIFORME .......................................................... 19 3.4.3. EFEITO DA RINITE ALÉRGICA NA ATIVIDADE SINÁPTICA DO CÓRTEX PRÉ- FRONTAL ................................................................................................................. 19 4. DISCUSSÃO.....................................................................................................20 5. REFERÊNCIAS ..................................................................................................25 TABELAS E FIGURAS ...........................................................................................32 3 ABREVIATURAS BO – bolbo olfativo CCM – camada de células mitrais CG – camada glomerular CPE – camada plexiforme externa CPF – córtex pré-frontal CPI – camada plexiforme interna CPir – córtex piriforme IgE – imunoglobulina E NOA – núcleo olfativo anterior NSO – neurónios sensitivos olfativos OVA – ovalbumina RA – rinite alérgica SNC – sistema nervoso central Syn – sinaptofisina 4 RESUMO Introdução: A rinite alérgica (RA) tem vindo a ser apontada como uma causa de disfunção olfativa. Para além dos sintomas clássicos, a RA também foi associada a alterações do padrão normal de sono, diminuição do desempenho cognitivo e maior probabilidade de depressão e ansiedade. Apesar dos mecanismos subjacentes a estas associações permanecerem indeterminados, a via olfativa tem sido proposta como possível ligação entre a inflamação nasal crónica e a ocorrência de alterações no sistema nervoso central. Assim, este trabalho tem como objetivo investigar a influência da RA na atividade da sinaptofisina na via olfativa e no córtex pré-frontal (CPF), por imuno-histoquímica, num modelo animal de RA. Pretendemos ainda avaliar a influência da RA na função olfativa e em comportamentos de agressividade, em ratos com RA. Métodos: Foi replicado um modelo de RA em ratos machos Wistar, por sensibilização com a ovalbumina (OVA). Após os testes olfativos e comportamentais, estudamos a estrutura sináptica do bolbo olfativo (BO), núcleo olfativo anterior (NOA), CPir e CPF, através da deteção da marcação de sinaptofisina (Syn) por imunofluorescência. Resultados: Verificou-se uma diminuição significativa da marcação de Syn na camada glomerular (CG) do BO e no CPF, em ratos com RA. Além disso, a avaliação olfativa revelou disfunção olfativa significativa no grupo da RA. Os testes comportamentais demonstraram um predomínio de comportamentos defensivos em ratos com RA. 5 Conclusões: Neste trabalho verificou-se que a RA influencia a atividade da Syn na via olfativa e no CPF, levando a diminuição da função olfativa e alterando o comportamento de agressividade dos ratos com RA. Palavras-chave: Rinite alérgica, sinaptofisina, hiposmia, agressividade, bolbo olfativo, córtex pré-frontal. 6 ABSTRACT Introduction: Allergic rhinitis (AR) has been pointed out as a cause of olfactory dysfunction. In addition to the classic symptoms, AR has also been associated with alterations in the normal sleep pattern, decreased cognitive performance and increased likelihood of depression and anxiety. Although the mechanisms underlying these associations remain undetermined, the olfactory pathway has been proposed as a possible link between chronic nasal inflammation and the occurrence of changes in the central nervous system. Thus, this study aims to investigate the influence of AR on synaptophysin activity in the olfactory pathway and prefrontal cortex, by immunohistochemistry, in an animal model of AR. We also aimed to evaluate the influence of AR on olfactory function and aggressive behaviors in mice with AR. Methods: An AR model was replicated in male Wistar rats by sensitization with ovalbumin. After olfactory and behavioral tests, we studied the synaptic structure of the olfactory bulb, anterior olfactory nucleus, piriform cortex, and prefrontal cortex, by detecting synaptophysin (Syn) labeling by immunofluorescence. Results: There was a significant decrease in Syn labeling in the glomerular layer of the olfactory bulb and in the prefrontal cortex, in rats with AR. Moreover, olfactory evaluation revealed significant olfactory dysfunction in the AR group. Behavioral tests showed a predominance of defensive behaviors in AR rats. Conclusions: In this study we found that AR influences the activity of Syn in the 7 olfactory pathway and CPF, leading to decreased olfactory function and altering the aggressive behavior of rats with AR. Keywords: Allergic rhinitis, synaptophysin, hyposmia, aggressive behavior, olfactory bulb, prefrontal cortex. 8 1. INTRODUÇÃO A rinite alérgica (RA) é uma doença inflamatória crónica da mucosa nasal, mediada por imunoglobulina E (IgE)1, como resposta à exposição a determinados alergénios. A interação dos alergénios com as IgE específicas das células mediadoras (basófilos e mastócitos) resulta na libertação de mediadores inflamatórios, entre os quais a histamina, os leucotrienos e a proteína catiónica eosinófila, responsáveis pela resposta alérgica2. Esta resposta alérgica, a nível nasal, caracteriza-se por sintomas como rinorreia, congestão nasal, espirros, prurido e hipósmia1. A RA é uma doença crónica muito prevalente2, embora seja frequentemente subdiagnosticada3. Afeta cerca de 40% da população mundial4 e atinge todas as faixas etárias, mas apresenta um pico de incidência na adolescência5. Apesar da RA não constituir uma doença grave, pode condicionar sintomas limitantes, com impacto no padrão habitual do sono, na qualidade de vida e na produtividade no trabalho e na escola5,7,9. Para além do mais, estudos prévios sugerem uma associação entre as doenças alérgicas e certas doenças mentais, sendo que uma meta-análise recente demostrou uma maior probabilidade de depressão e ansiedade em pacientes com RA10. O impacto da RA parece influenciar também o comportamento. Vários estudos com ratos sensibilizados mostraram que a exposição a alergénios intranasais induziu alterações de comportamento13,49, verificando-se uma maior tendência para comportamentos de submissão e de evicção de conflito, traduzindo numa diminuição de agressividade13,49. Embora os mecanismos desta associação não se encontrem esclarecidos, pensa-se que a inflamação provocada pela RA poderá libertar mediadores 9 celulares e moleculares, responsáveis pela ativação de mecanismos neuroimunes envolvidos nos circuitos da ansiedade e depressão e nas modificações de comportamento11,13,49. O sistema olfativo, pela sua anatomia e organização, constitui uma importante via de ligação entre o Sistema Nervoso Central (SNC) e o ambiente externo. O bolbo olfativo (BO), elemento central da via olfativa, recebe projeções dos neurónios sensitivos olfativos (NSO)14 e, por sua vez, envia axónios para determinadas regiões do córtex olfativo, como o córtex piriforme (CPir), a amígdala e o córtex entorrinal. O córtex olfativo tem ainda importantes conexões com o córtex pré-frontal (CPF), responsável pelo planeamento, tomada de decisões e comportamento social16. Estudos anteriores demonstraram que pacientes com lesões no CPF apresentaram maior probabilidade de comportamentos de agressividade, quando comparados com pacientes sem lesões nesta aérea, sugerindo uma maior predisposição para a impulsividade, agressividade e inadequação social50,51. Sabe-se também que desequilíbrios do sistema límbico, onde a amígdala e o CPir têm um papel importante, podem resultar em alterações do humor e da ansiedade15,16. Estudos prévios mostraram que a RA parece induzir um processo de neuroinflamação, influenciando a atividade do CPF22, 23,24 e justificando maiores níveis de ansiedade em ratos com RA11. Recorrendo a um modelo experimental em rato, foi anteriormente proposto que a resposta alérgica decorrente da RA pode perturbar o circuito entre o BO e o CPF medial, resultando em comportamentos relacionados com a ansiedade e agressividade24,13, 49. Acresce ainda que o olfato também pareceser afetado pelo processo inflamatório crónico existente na mucosa nasal. Doentes com rinossinusite 10 crónica evidenciaram disfunção olfativa, que permaneceu mesmo após a resolução da obstrução nasal, sugerindo assim que a inflamação persistente pode impor alterações prolongadas na via olfativa17. Estas alterações têm vindo a ser sugeridas como um outro mecanismo subjacente à hiposmia, para além da obstrução nasal6. Estudos realizados em pacientes com diagnóstico de rinite severa e persistente demostraram que os bolbos olfativos apresentavam menor volume quando avaliados em ressonância magnética21. De facto, a neuroinflamação também parece estar associada à perda de sinapses na via olfativa25. A inflamação crónica parece resultar na ativação da microglia, no aumento de produção de citocinas pró-inflamatórias e na perda de proteínas sináticas21. A sinaptofisina (Syn) é uma proteína sináptica que está presente nas vesículas pré-sinápticas das fendas sinápticas. Para além disso, é, também, um marcador molecular de densidade sináptica48, pelo que a quantificação da sua marcação consiste numa ferramenta útil para compreender a estrutura sináptica subjacente a alguns circuitos funcionais do sistema nervoso central. Este trabalho tem como objetivo investigar a influência da RA na atividade da Syn na via olfativa e no CPF, através de métodos imunohistoquímicos, num modelo animal de RA. Neste sentido, também pretendemos avaliar a influência da RA na função olfativa e em comportamentos de agressividade, em ratos com RA. 11 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1. ANIMAIS Todos os procedimentos foram realizados de acordo com as recomendações da European Communities Council Directives, publicadas a 22 de setembro de 2010, e da Ata Portuguesa nº113/13 e aprovados pela ORBEA, comité interno da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Foram utilizados ratos machos Wistar (Charles River, France) com 6 a 8 semanas de vida. Os ratos foram alojados em grupos de 2, 10 ratos em cada grupo, e mantidos em condições padronizadas: 12 horas de ciclos luz/escuro, temperatura ambiente de 21ºC e humidade relativa de 45 ± 5%, com acesso livre a água e comida. 2.2. RINITE ALÉRGICA INDUZIDA PELA OVALBUMINA A indução de RA em Rato baseou-se na versão adaptada de um protocolo previamente publicado27. Os ratos foram sensibilizados durante 2 semanas, em dias alternados, com ovalbumina (OVA, grau V, Sigma, 50 μg por rato, 500 μl, intraperitoneal) ou com solução salina (controlos), co-admistrada com AlumTM (Fisher Scientific Porto Salvo, Portugal) como adjuvante. Após a fase de sensibilização, foi administrada OVA intranasal, diariamente, durante 14 dias, sob anestesia com sevoflurano ao grupo de ratos da RA. O grupo controlo recebeu solução salina intranasal nas mesmas condições que os ratos sensibilizados com OVA. A administração intranasal foi executada segundo um protocolo já publicado27. Após a fase de instilação intranasal, os ratos foram submetidos a estudos comportamentais. 12 Todas as manhãs, os animais foram pesados. Após a última instilação nasal (24h depois), os ratos foram anestesiados e sacrificados. 2.3. CONTABILIZAÇÃO DE SINTOMAS Nos dias 14 e 27, os ratos foram colocados em gaiolas de observação, por um período de 10 minutos, para habituação e seguidamente foram contabilizados: o número de espirros, prurido nasal e gestos de higiene nasal, durante 30 minutos, por 3 investigadores, segundo um protocolo publicado28. 2.4. ESTUDOS COMPORTAMENTAIS Os testes comportamentais foram realizados após 30 minutos de habituação à sala de testes e durante a fase de luz. No dia 23 (D23) da experiência os ratos foram submetidos ao aggressive behavior test e no D26 foram submetidos ao burried food test. 2.4.1. BURIED FOOD TEST Este teste foi realizado com o objetivo de avaliar a capacidade olfativa para odores voláteis e o uso do olfato como método de procura de alimento29. Depois de 18 horas de privação alimentar, os ratos foram colocados na gaiola de teste durante 10 minutos para habituação. De seguida, retirou-se o rato da gaiola e a bolacha foi enterrada a cerca de 2 cm da superfície, num local aleatório, e o rato voltou a ser colocado na gaiola. O tempo que os ratos demoraram a localizar a bolacha foi registado, com um tempo máximo de procura de 15 minutos. Duas horas depois foi feito o mesmo teste, mas deste vez com a bolacha visível à superfície. 13 2.4.2. AGGRESSIVE BEHAVIOR TEST Este teste tem como objetivo avaliar o tipo e a duração de comportamentos agressivos30. Os ratos foram mantidos sozinhos numa gaiola, sem mudar a cama do leito durante 5 dias. Posteriormente, um rato adulto, sexualmente inexperiente e mais leve que o rato de teste, foi introduzido na gaiola do rato de teste. O comportamento do rato teste foi gravado em vídeo durante 15 min. A análise da gravação determinou o tipo e duração de comportamentos ofensivos (perseguição, ataque, postura ereta ofensiva, ameaça lateral e sobreposição) e comportamentos defensivos (fuga, postura submissa e postura ereta defensiva). 2.5. TOTAL DE IgE Após anestesia com sevoflurano e antes da perfusão com a solução de fixação foram colhidas amostras de sangue diretamente do coração e centrifugadas a 2000 RPM. O soro foi recolhido, diluído numa relação de 1/1000 em tampão de diluição e processado em duplicado para análise de IgE total via ELISA (Abcam, ab157736), segundo as instruções do fabricante. 2.6. COLHEITA DE TECIDO Os ratos foram eutanaziados por perfusão transcardíaca de 150mL de tampão fosfato (PB) 0,1 M e pH 7,6, para lavagem vascular, seguida de 250mL de uma solução fixadora com 4% de paraformaldeído em PB. As glândulas suprarrenais e os pulmões foram removidos e pesados. O cérebro foi pesado e imerso em solução fixadora durante 1h. Após a remoção das meninges, os hemisférios foram separados por um corte médio-sagital e mantidos durante a noite numa solução de sacarose a 10% em PB, a 4 °C. No 14 dia seguinte, os cérebros foram transferidos para uma solução crioprotectora de Olmos e armazenados a -20 °C até ao processamento seguinte. Para a análise histoquímica, os cérebros previamente criopreservados foram colocados em solução salina de tampão fosfato (PBS). Os hemisférios obtidos foram seccionados rostralmente através da extremidade anterior dos corpos dos mamilares e incorporados em ágar. Os blocos de tecido obtidos foram colocados num vibrátomo e seccionados em série, segundo um plano coronal, com 40 μm de espessura, através do BO, NOA, CPir e CPF. As secções foram recolhidas em série, transferidos para a solução de Olmos e armazenados a -20 °C até à análise imuno-histoquímica. As cavidades nasais foram dissecadas e transferidas para 4% de paraformaldeído em PB durante 48h. Posteriormente foram armazenadas em etanol a 70% até análise posterior. 2.7. HISTOLOGIA Para o estudo histológico, a cavidade nasal foi descalcificada usando ácido nítrico a 5%, durante 7 dias e, posteriormente, incorporada em parafina. De seguida, foram cortadas, coronalmente, secções de parafina de 5µm de espessura ao nível da papila incisiva do palato duro. Posteriormente, estas secções foram desparafinadas e coradas com hematoxilina e eosina. O número de eosinófilos na mucosa do septo nasal foi contado em ambos os lados da cartilagem septal utilizando uma lente objetiva de imersão em óleo (ampliação: x1000; microscópio Carl Zeiss Axio Imager 2.0 acoplado a uma câmara a cores e a um computador com o software Carl Zeiss AxioVision Rel. 4.8 (Nova Iorque, EUA)). Foram contadas duas secções consecutivas em cada 15 animal. 2.8. IMUNOFLUORESCÊNCIA A deteção de Syn por imunofluorescência foi feita em quatro conjuntos de secções que continham amostras de OB, AON, PirC e PFC. As secções foramcortadas em intervalos regulares de 480 µm. Estas secções foram lavadas 4 vezes durante 15 min com PBS e depois incubadas em normal horse serum 5% em PBS com 0,25% de Triton X-100, durante 1h, à temperatura ambiente, para bloquear locais de ligação inespecíficos. Cada conjunto de secções foram incubadas em duas etapas distintas. Na primeira etapa de incubação, as secções foram incubadas com o anticorpo primário anti-Syn, durante 72h, a 4 °C. Após lavagem, as secções foram incubadas no anticorpo secundário específico: anticorpo anti-IgG de coelho, durante 1h à temperatura ambiente (Tabela Suplementar 1). Por fim, as secções foram lavadas e depois incubadas com Streptavidin, uma vez que o anticorpo secundário era biotinilado, durante 1h, à temperatura ambiente. Todas as secções foram montadas em lâminas revestidas com gelatina e cobertas com Fluorsafe™ juntamente com DAPI a uma diluição de 1:100. 2.9. PROCESSAMENTO DE IMAGENS As fotografias foram tiradas num microscópio Carl Zeiss Axio Imager 2.0 emparelhado com uma câmara a cores e um computador com o software Carl Zeiss AxioVision Rel. 4.8 (Nova Iorque, EUA). Foram obtidas imagens do BO, NOA, CPir e CPF com uma ampliação de 40X. Para a determinação da intensidade óptica de Syn por área cerebral, foi utilizado o software ImageJ 16 1.52a. Para prevenir variabilidade na coloração, os grupos experimentais e de controlo foram processados em paralelo. 2.10. ANÁLISE ESTATÍSTICA Os resultados dos testes comportamentais estão expressos em média ± SEM e os resultados morfológicos em média ± SD. A análise estatística foi feita com recurso ao GraphPad Prism versão 7.02 para Windows (GraphPad Software, La Jolla, CA, USA). A análise two-away ANOVA foi utilizada para analisar os resultados obtidos no burried food test (variáveis independentes: localização da bolacha, RA; variável dependente: tempo gasto para encontrar a bolacha) e no agressive behavior test (variável independente: tipo de comportamento, RA; variável dependente: tempo gasto em comportamentos ofensivos e defensivos). Por outro lado, a análise one-way ANOVA foi utilizada na análise dos sintomas produzidos pela RA, comportamentos ofensivos e defensivos, ganho de peso corporal, peso dos órgãos e dados histológicos. Sempre que foi necessário, as análises por ANOVA foram seguidas por testes de comparação de post-hoc de Turkey HSD (highest signification difference). O T-test foi usado na contagem de eosinófilos, nos níveis totais de IgE e na análise da imunofluorescência para comparar as diferenças entre o grupo da RA e o grupo controlo. As diferenças foram consideradas estatisticamente significativas quando p<0,05. 17 3. RESULTADOS 3.1. PESO CORPORAL E DOS ORGÃOS No D1 os pesos corporais eram semelhantes entre os grupos de RA e controlo. No D28 (dia final da experiência) não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os pesos corporais, dos pulmões e das suprarrenais, entre os dois grupos. Houve um aumento do peso corporal em cerca de 1,2 vezes, mas sem diferença significativa entre ambos os grupos (Tabela 1). 3.2. CONFIRMAÇÃO DO MODELO DE RINITE ALÉRGICA No D14, após a fase de sensibilização, foram avaliados os sintomas alérgicos. Foi quantificado o número de espirros e de prurido nasal e verificou-se que os resultados foram semelhantes entre os 2 grupos. No D27, repetiu-se a avaliação dos sintomas. No grupo controlo, os resultados foram semelhantes. Por outro lado, no grupo da RA verificou-se um aumento estatisticamente significativo do número de espirros (p<0,001), de prurido nasal (p<0,01) e dos comportamentos de manutenção da higiene (p<0,05), em relação ao grupo controlo. Verificou-se também que, no D27 o número de espirros (p<0,001) e de prurido nasal (p<0,01) aumentaram em relação ao D14 (Tabela 1). As amostras de sangue colhidas no D28 para medição da IgE total revelaram diferenças estatisticamente significativas: grupo controlo com níveis séricos de 39 ng/mL vs grupo de RA com níveis sérios de 228 ng/mL (p<0,01). Quanto ao número total de eosinófilos, também houve um aumento estatisticamente significativo: grupo de RA 37,2/campo vs grupo controlo 18 4,1/campo (p<0,01). 3.3. EFEITO DA RINITE ALÉRGICA NO COMPORTAMENTO 3.3.1. AVALIAÇÃO DO OLFATO A avaliação do olfato foi feita através do burried food test. Quando comparamos os 2 grupos, verificamos uma redução na capacidade olfativa no grupo da RA. Verificou-se que o tempo médio para encontrar a bolacha escondida foi 3,1 vezes maior no grupo da RA, em comparação com o grupo controlo (p<0,05) (Figura 2). Dentro de cada grupo não houve diferenças significativas. 3.3.2. COMPORTAMENTOS AGRESSIVOS E DEFENSIVOS Relativamente à percentagem de tempo cumulativo despendido em comportamentos agressivos e defensivos, verificou-se que houve diferenças significativas entre os dois grupos (p<0,05). A análise post-hoc mostrou que os ratos com RA despenderam menos tempo em comportamentos agressivos (p<0,05) e mais tempo em comportamentos defensivos (p<0,05), comparativamente ao grupo controlo (Figura 3). 3.4. EFEITO DA RINITE ALÉRGICA NA ATIVIDADE SINÁPTICA 3.4.1. EFEITO DA RINITE ALÉRGICA NA ATIVIDADE SINÁPTICA DO BOLBO OLFATIVO Foram analisadas as diferentes camadas do bolbo olfativo e verificou-se uma redução de 44% na distribuição da Syn (p<0,001) no grupo da RA, comparativamente ao grupo controlo. No entanto, não foram encontradas diferenças significativas nas outras camadas do BO (Figuras 4 e 5). 19 3.4.2. EFEITO DA RINITE ALÉRGICA NA ATIVIDADE SINÁPTICA DO NÚCLEO OLFATIVO ANTERIOR E CÓRTEX PIRIFORME Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na distribuição da Syn no NOA e no CPir entre os dois grupos (Figuras 6 e 7). 3.4.3. EFEITO DA RINITE ALÉRGICA NA ATIVIDADE SINÁPTICA DO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL Quando analisamos o CPF verificamos uma redução de 53% na distribuição da Syn (p<0,001) no grupo da RA, em comparação ao grupo controlo (Figura 8). 20 4. DISCUSSÃO Com este trabalho conseguimos demonstrar, através da avaliação imuno- histoquímica, uma diminuição significativa da marcação de Syn na CG do BO, no grupo da RA. No CPF também se identificou redução na deteção de Syn em ratos com RA. Estes animais evidenciaram ainda alterações comportamentais relevantes, com diminuição da capacidade olfativa, identificada no buried food test, e da agressividade, avaliada no agressive behavior test. De forma a investigar a possível influência da RA na via olfativa e em áreas relacionadas do SNC, recorreu-se a um modelo animal de RA em Rato. Para tal, após pesquisa bibliográfica, selecionou-se um modelo de indução de RA por sensibilização e provocação com OVA27. Após replicação do modelo, procedeu- se à confirmação clínica, analítica e histológica do desenvolvimento de RA. Clinicamente, verificou-se um aumento estatisticamente significativo do número de espirros e de prurido nasal, em relação ao grupo controlo, à semelhança das manifestações da doença no Homem. Analiticamente, constatou-se um aumento significativo do valor da IgE total. A análise histológica demonstrou um aumento significativo da infiltração da mucosa nasal por eosinófilos, pelo que podemos afirmar que conseguimos replicar um modelo de RA em Rato. O processo inflamatório crónico de causa alérgica, como acontece na RA, resulta na libertação persistente de citocinas pró-inflamatórias na mucosa nasal, podendo levar a alterações na regeneração e na sobrevivência dos NOS, com consequentemente declínio da atividade sináptica do BO17, 18, 19. Os NOS são neurónios muito importantes no BO, que fazem sinapse exclusivamente na CG do BO33. No nosso estudo confirmamos uma redução da marcação de Syn na CG, facto que pode resultarde um comprometimento na atividade sináptica do 21 BO de ratos com RA. Esta redução da marcação da Syn vai de encontro aos resultados obtidos no burried food test, onde se confirmou disfunção olfativa nos ratos com RA, comparativamente aos controlos. Estes resultados sugerem que a inflamação alérgica crónica que ocorre na mucosa nasal pode comprometer os NOS e ser responsável pela diminuição da atividade sináptica no BO. Esta alteração identificada na CG do BO, quando prolongada no tempo, poderá estar relacionada com a redução do volume do BO previamente descrita em estudos com ressonância magnética nuclear 21. Esta informação vem suportar a suspeita de que a RA induz alterações estruturais na via olfativa, confirmando a existência de outros mecanismos para além da obstrução nasal, a justificar a hiposmia em doentes com RA. Vários estudos têm alertado para o efeito das doenças alérgicas no SNC36,37. O processo inflamatório crónico presente na via aérea parece despoletar modificações imunológicas no SNC38. Ademais, a RA induzida experimentalmente em roedores, parece desencadear aumento de citocinas inflamatórias no CPF e comportamentos de ansiedade, sugerindo que a RA é uma condição capaz de influenciar as respostas comportamentais em ratos11. Também foi reconhecida a presença de neuroinflamação no BO, no CPF e no hipocampo em animais com RA, mas as suas repercussões funcionais não foram ainda estabelecidas13. Neste estudo, os nossos resultados demostraram uma redução da marcação da Syn no CPF de ratos com RA. Este resultado vai de encontro ao que foi proposto por Salimi e colaboradores, que sugeriram uma desregulação do circuito entre o BO e o CPF medial, em resposta à inflamação alérgica24. A diminuição da atividade sináptica em determinadas regiões do CPF, a longo termo, pode explicar o declínio no desempenho cognitivo, ansiedade e 22 alterações na agressividade, observados em estudos humanos39,50,51. Isto vai de encontro ao facto de que em estudos anteriores foi demonstrado que pacientes com lesões no CPF apresentaram maior probabilidade de comportamentos de agressividade, quando comparados com pacientes sem lesões nesta aérea, sugerindo uma maior predisposição para a impulsividade, agressividade e inadequação social50. Quanto aos testes comportamentais, verificamos que os ratos com RA exibiram disfunção olfativa, uma vez que estes animais gastaram significativamente mais tempo a encontrar a bolacha escondida, comparativamente aos controlos, no burried food test. Estes resultados não se deveram a problemas motores, de motivação ou outras alterações sensoriais, pois com a bolacha visível à superfície, o desempenho entre os dois grupos foi semelhante. A disfunção olfativa identificada no burried food test vai de encontro à redução da marcação da Syn detetada na CG do BO por imuno-histoquímica. Outra relação que tem vindo a ser estudada é a associação entre a RA e a alteração de comportamentos de agressividade,13,49. Apesar de ainda não se ter encontrado uma relação direta, há relatos de alterações ao nível da interação social entre os roedores9. Neste trabalho, recorrendo ao aggressive behavior test, e demonstramos que os ratos com RA têm comportamentos menos agressivos, quando comparados com os controlos. Instintivamente, todo o processo de sentido de pertença da sua gaiola é mais eficaz quando todos os órgãos sensitivos funcionam corretamente. Nos ratos com RA, foi demonstrada uma disfunção olfativa, pelo que é normal que estes ratos tenham mais dificuldade em reconhecer a gaiola como sua e, concludentemente, tenham comportamentos menos agressivos quando confrontados com um intruso. 23 Este trabalho foi realizado com ratos machos Wistar, com o propósito de extrapolar algumas conclusões para a RA em humanos. Naturalmente, surgem algumas limitações, designadamente: a) na dificuldade em avaliar comportamentos de agressividade em roedores; b) no modelo de RA reproduzido, pois os ratos viveram pouco tempo com RA, enquanto a doença humana é crónica e a exposição cumulativa pode ser a chave para o aparecimento das comorbilidades; c) na proporção tamanho corporal: tamanho do bolbo olfativo, em que esta proporção é significativamente maior nos roedores do que nos humanos e, por isso, a disfunção olfativa pode estar a ser sobrevalorizada em relação ao modelo humano. Apesar das limitações supracitadas, este trabalho vem apontar para o facto da RA poder induzir alterações sinápticas ao nível do BO e do circuito neuronal com ele relacionado, afetando alguns comportamentos dependentes do olfato, como verificado na avaliação do comportamento agressivo. Para além disto, apesar de frequentemente subdiagnosticada, a RA é uma doença altamente prevalente a nível mundial2, tendo sido previamente associada a alterações de comportamento, maior probabilidade de depressão e ansiedade10. Assim, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado da RA poderão ser fundamentais no sentido de diminuir a morbilidade imposta por esta doença. De futuro, mais estudos serão necessários para: a) estudar outras regiões do SNC, como a amígdala e o hipocampo, implicados nos circuitos da ansiedade e depressão; b) estudar a possibilidade da reversibilidade das alterações identificadas com tratamento adequando; c) estudar a repercussão da RA em animais com um período de exposição mais longo à RA, melhorando a semelhança com a doença humana. 24 Em suma, neste trabalho conseguimos demostrar que a RA influencia a atividade da Syn na via olfativa e no CPF, comprometendo a função olfativa e alterando o comportamento de agressividade dos ratos com RA. DESTAQUES A indução de rinite alérgica levou a uma diminuição significativa da marcação de sinaptofisina na camada glomerular do bolbo olfativo. Foi identificada a diminuição da capacidade olfativa em ratos com rinite alérgica. Foram identificados comportamentos menos agressivos em ratos com rinite alérgica. 25 5. REFERÊNCIAS 1. Bousquet J, Anto JM, Bachert C, Baiardini I, Bosnic-Anticevich S, Walter Canonica G, et al. Allergic rhinitis. Nature reviews Disease primers. 2020;6(1):95. 2. Skoner DP. Allergic rhinitis: definition, epidemiology, pathophysiology, detection, and diagnosis. J Allergy Clin Immunol. 2001 Jul;108(1 Suppl): S2-8. 3. Bellanti JA, Wallerstedt DB. Allergic rhinitis update: Epidemiology and natural history. Allergy Asthma Proc. 2000 Nov-Dec;21(6):367-70. 4. Gani F, Cottini M, Landi M, Berti A, Comberiati P, Peroni D, Senna G, Lombardi C. Allergic rhinitis and COVID-19: friends or foes? Eur Ann Allergy Clin Immunol. 2022 Mar;54(2):53-59. 5. Greiner, A. 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Frontal http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0031938415001316 http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0031938415001316 http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0031938415001316 31 lobe injuries, violence, and aggression: a report of the Vietnam Head Injury Study. Neurology, 46 (1996). 32 TABELAS E FIGURAS Tabela 1 – Peso corporal e de órgãos Dados apresentados como média ± SD. One-way ANOVA: *** p<0,001, em comparação com D1. Controlos RA p Corporal (D1) (g) 269,40 ± 17,2 266,70 ± 17,7 0,932 Corporal (D28) (g) 317,70 ± 17,8 *** 311,00 ± 19,3*** 0,653 Encéfalo (g) 2,02 ± 0,04 1,94 ± 0,11 0,136 Pulmões (g) 1,75 ± 0,85 2,21 ± 1,14 0,448 Suprarrenais (mg/g) 0,19 ± 0,04 0,23 ± 0,05 0,082 33 Figura 1 – Representação gráfica dos sintomas alérgicos no D14 (início) e D27 (fim) do grupo controlo e do grupo de RA. Espirros e comichões nasais foram contadas por 3 investigadores durante 30 minutos. As colunas representam média ± SD (N=10/grupo). One-way ANOVA: * p<0,05; ** p<0,01; *** p<0,001, em comparação com os controlos e ++ p<0,01; +++ p <0,001, em comparação com a avaliação inicial. 34 Figura 2 – Representação Gráfica do tempo despendido à procura da bolacha no grupo controlo e no grupo da RA. As colunas representam média ± SD (N=10/grupo). Two-way ANOVA: *p<0,05, em comparação com os controlos; #p<0,05; ##p<0,01, em comparação com a bolacha escondida. 35 Figura 3 – Representação gráfica do tempo despendido em comportamentos ofensivos e defensivos. (A) Os ratos com RA passaram significativamente menos tempo em comportamentos ofensivos e significativamente mais tempo em comportamentos defensivos do que os controlos. (B) Percentagem de tempo despendido em comportamentos ofensivos. Os ratos com RA gastaram significativamente menos tempo em comportamentos de manutenção de guarda do que os controlos. (C) Percentagem do tempo dependido em comportamentos de afastamento, postura submissa e defensiva vertical. Os ratos com RA passaram significativamente mais tempo em comportamentos verticais defensivos do que o grupo de controlo. Dados apresentados em média ± SEM. One-way ANOVA: * p<0,05, em comparação com os controlos. Te m po c um ul at iv o (% ) Te m po d es pe nd id o em co m po rt am en to s of en si vo s (% ) Te m po d es pe nd id o em co m po rt am en to s de fe ns iv os (% ) Comportamentos ofensivos Comportamentos defensivos Ataque Ameaça lateral Sobreposição Postura ereta ofensiva Fuga Postura submissa Postura ereta defensiva 36 Figura 4 – Representação gráfica da marcação de Syn na totalidade do BO e nas diferentes camadas do BO (CG, camada de células mitrais (CCM) e camada plexiforme externa (CPE)) de ambos os grupos em estudo. As colunas representam a média ± SD (N=10/grupo). T-test: *** p<0,001, em comparação com os controlos. M ar ca çã o de S yn n o B O (% ) M ar ca çã o de S yn n a C G (% ) M ar ca çã o de S yn n a C C M (% ) M ar ca çã o de S yn n a C PE (% ) 37 Figura 5 – Deteção imuno-histoquímica de Syn nas diferentes camadas do BO (CG, CPE, CCM, camada plexiforme interna (CPI); camada de células glomerulares (CCG)) dos ratos com RA. Marcação por imunofluorescência com DAPI para o núcleo (azul), Alexa Fluor 568 (vermelho) para Syn e ambos. Escala=40µm. CG CPE CCG B CCM CPI 38 Figura 6 – Representação gráfica da marcação de Syn no NOA no grupo controlo e no grupo RA. As colunas representam a média ± SD (N=10/grupo). M ar ca çã o de S yn n o N O A (% ) 39 Figura 7 – Representação gráfica da marcação de Syn no CPir no grupo controlo e no grupo RA. As colunas representam a média ± SD (N=10/grupo). M ar ca çã o de S yn n o C Pi r ( % ) 40 Figura 8 – Representação gráfica da marcação de Syn no CPF no grupo controlo e no grupo RA. As colunas representam a média ± SD (N=10/grupo). T-test: *** p<0,001, em comparação com os controlos. M ar ca çã o de S yn n o C PF (% ) ARRIVE The ARRIVE guidelines 2.0: author checklist Item Recommendation Section/line number, or reason for not reporting Study design 1. For each experiment, provide brief details of study design including: a. The groups being compared, including control groups. If no control group has been used, the rationale should be stated. b. The experimental unit (e.g a single animal, litter, or cage of animals). Foi feito um estudo experimental em que se compararam dois grupos de ratos: ratos com RA vs ratos controlos (sem rinite alérgica) [Página 11 (2.1) “Os ratos foram alojados em grupos de 2, 10 ratos em cada grupo (...)”] Foi replicado um modelo de RA em ratos machos Wistar, por sensibilização com a ovalbumina (OVA) [Página 11 (2.2) “A indução de RA em Rato baseou-se na versão adaptada de um protocolo previamente publicado27. Os ratos foram sensibilizados durante 2 semanas, em dias alternados, com ovalbumina (OVA, grau V, Sigma, 50 μg por rato, 500 μl, intraperitoneal) ou com solução salina (controlos), co-admistrada com AlumTM (Fisher Scientific Porto Salvo, Portugal) como adjuvante. Após a fase de sensibilização, foi administrada OVA intranasal, diariamente, durante 14 dias, sob anestesia com sevoflurano ao grupo de ratos da RA. O grupo controlo recebeu solução salina intranasal nas mesmas condições que os ratos sensibilizados com OVA.”]. Após os testes olfativos e comportamentais, estudamos a estrutura sináptica do bolbo olfativo (BO), núcleo olfativo anterior (NOA), CPir e CPF, através da deteção da marcação de sinaptofisina (Syn) por imunofluorescência [Página 12, (2.3.) “Nos dias 14 e 27, os ratos foram colocados em gaiolas de observação, por um período de 10 minutos, para habituação e seguidamente foram contabilizados: o número de espirros, prurido nasal e gestos de higiene nasal, durante 30 minutos, por 3 investigadores, segundo um protocolo publicado28.”]; [Página 12, (2.4.) “Os testes comportamentais foram realizados após 30 minutos de habituação à sala de testes e durante a fase de luz. No dia 23 (D23) da experiência os ratos foram submetidos ao aggressive behavior test e no D26 foram submetidos ao burried food test.”]; [Página 15 (2.8) “A deteção de Syn por imunofluorescência foi feita em quatro conjuntos de secções que continham amostras de OB, AON, PirC e PFC (...)”]. Sample size 2. a. Specify the exact number of experimental units allocated to each group, and the total number in each experiment. Also indicate the total number of animals used. b. Explain how the sample size was decided. Provide detail of any a priori sample size calculation, if done. Página 11 (2.1.) “Foram utilizados ratos machos Wistar (Charles River, France) com 6 a 8 semanas de vida. Os ratos foram alojados em grupos de 2, 10 ratos em cada grupo, e mantidos em condições padronizadas (...)” Inclusion and exclusion criteria 3. a. Describeany criteria used for including and excluding animals (or experimental units) during the experiment, and data points during the analysis. Specify if these criteria were established a priori. If no criteria were set, state this explicitly. b. For each experimental group, report any animals, experimental units or data points not included in the analysis and explain why. If there were no exclusions, state so. c. For each analysis, report the exact value of n in each experimental group. Critérios de inclusão: Página 11 (2.1.) “Foram utilizados ratos machos Wistar (Charles River, France) com 6 a 8 semanas de vida.” Critérios de exclusão: Não foram aplicados critérios de exclusão. Randomisation 4. a. State whether randomisation was used to allocate experimental units to control and treatment groups. If done, provide the method used to generate the randomisation sequence. b. Describe the strategy used to minimize potential confounders such as the order of treatment and measurements, or animal/cage location. If confounders were not controlled, state this explicitly. Os animais foram aleatoriamente distribuídos pelos grupos de RA e controlo. Os confundidores não foram controlados. Blinding 5. Describe who was aware of the group allocation at the different stages of the experiment (during the allocation, the conduct of the experiment, the outcome assessment, and the data analysis) A análise de sintomas foi feita por 3 investigadores cegos, que não sabiam quais os ratos tratados ou quais os ratos de controlo. Outcome measures 6 . a. Clearly define all outcome measures assessed (e.g. cell death, molecular markers, or behavioural changes). b. For hypothesis-testing studies, specify the primary outcome measure, i.e. the outcome measure that was used to determine the sample size. Página 10, parágrafo 9. (1. Introdução) “Este trabalho tem como objetivo investigar a influência da RA na atividade da Syn na via olfativa e no CPF, através de métodos imunohistoquímicos, num modelo animal de RA. Neste sentido, também pretendemos avaliar a influência da RA na função olfativa e em comportamentos de agressividade, em ratos com RA.” Statistical methods 7. a. Provide details of the statistical methods used for each analysis, including software used. b. Describe any methods used to assess whether the data met the assumptions of the statistical approach, and what was done if the assumptions were not met. Página 16 (2.10) “Os resultados dos testes comportamentais estão expressos em média ± SEM e os resultados morfológicos em média ± SD. A análise estatística foi feita com recurso ao GraphPad Prism versão 7.02 para Windows (GraphPad Software, La Jolla, CA, USA). A análise two-away ANOVA foi utilizada para analisar os resultados obtidos no burried food test (variáveis independentes: localização da bolacha, RA; variável dependente: tempo gasto para encontrar a bolacha) e no agressive behavior test (variável independente: tipo de comportamento, RA; variável dependente: tempo gasto em comportamentos ofensivos e defensivos). Por outro lado, a análise one-way ANOVA foi utilizada na análise dos sintomas produzidos pela RA, comportamentos ofensivos e defensivos, ganho de peso corporal, peso dos órgãos e dados histológicos. Sempre que foi necessário, as análises por ANOVA foram seguidas por testes de comparação de post-hoc de Turkey HSD (highest signification difference). O T-test foi usado na contagem de eosinófilos, nos níveis totais de IgE e na análise da imunofluorescência para comparar as diferenças entre o grupo da RA e o grupo controlo. As diferenças foram consideradas estatisticamente significativas quando p<0,05.” Experimental animals 8. a. Provide species-appropriate details of the animals used, including species, strain and substrain, sex, age or developmental stage, and, if relevant, weight. b. Provide further relevant information on the provenance of animals, health/immune status, genetic modification status, genotype, and any previous procedures. Página 11 (2.1) “Foram utilizados ratos machos Wistar (Charles River, France) com 6 a 8 semanas de vida.” Experimental procedures 9. For each experimental group, including controls, describe the procedures in enough detail to allow others to replicate them, including: a. What was done, how it was done and what was used. b. When and how often. c. Where (including detail of any acclimatization periods). Páginas 11 e 12 (2.1.; 2.2.; 2.3.;2.4) “Foram utilizados ratos machos Wistar (Charles River, France) com 6 a 8 semanas de vida. Os ratos foram alojados em grupos de 2, 10 ratos em cada grupo, e mantidos em condições padronizadas: 12 horas de ciclos d. Why (provide rationale for procedures). luz/escuro, temperatura ambiente de 21ºC e humidade relativa de 45 ± 5%, com acesso livre a água e comida. A indução de RA em Rato baseou- se na versão adaptada de um protocolo previamente publicado27. Os ratos foram sensibilizados durante 2 semanas, em dias alternados, com ovalbumina (OVA, grau V, Sigma, 50 μg por rato, 500 μl, intraperitoneal) ou com solução salina (controlos), co-admistrada com AlumTM (Fisher Scientific Porto Salvo, Portugal) como adjuvante. Após a fase de sensibilização, foi administrada OVA intranasal, diariamente, durante 14 dias, sob anestesia com sevoflurano ao grupo de ratos da RA. O grupo controlo recebeu solução salina intranasal nas mesmas condições que os ratos sensibilizados com OVA. A administração intranasal foi executada segundo um protocolo já publicado27. Após a fase de instilação intranasal, os ratos foram submetidos a estudos comportamentais. Todas as manhãs, os animais foram pesados. Após a última instilação nasal (24h depois), os ratos foram anestesiados e sacrificados. Nos dias 14 e 27, os ratos foram colocados em gaiolas de observação, por um período de 10 minutos, para habituação e seguidamente foram contabilizados: o número de espirros, prurido nasal e gestos de higiene nasal, durante 30 minutos, por 3 investigadores, segundo um protocolo publicado28. Os testes comportamentais foram realizados após 30 minutos de habituação à sala de testes e durante a fase de luz. No dia 23 (D23) da experiência os ratos foram submetidos ao aggressive behavior test e no D26 foram submetidos ao burried food test. 2.4.1. BURIED FOOD TEST Este teste foi realizado com o objetivo de avaliar a capacidade olfativa para odores voláteis e o uso do olfato como método de procura de alimento29. Depois de 18 horas de privação alimentar, os ratos foram colocados na gaiola de teste durante 10 minutos para habituação. De seguida, retirou- se o rato da gaiola e a bolacha foi enterrada a cerca de 2 cm da superfície, num local aleatório, e o rato voltou a ser colocado na gaiola. O tempo que os ratos demoraram a localizar a bolacha foi registado, com um tempo máximo de procura de 15 minutos. Duas horas depois foi feito o mesmo teste, mas deste vez com a bolacha visível à superfície. 2.4.2. AGGRESSIVE BEHAVIOR TEST Este teste tem como objetivo avaliar o tipo e a duração de comportamentos agressivos30. Os ratos foram mantidos sozinhos numa gaiola, sem mudar a cama do leito durante 5 dias. Posteriormente, um rato adulto, sexualmente inexperiente e mais leve que o rato de teste, foi introduzido na gaiola do rato de teste. O comportamento do rato teste foi gravado em vídeo durante 15 min. A análise da gravação determinou o tipo e duração de comportamentos ofensivos (perseguição, ataque, postura ereta ofensiva, ameaça lateral e comportamentos de manutenção de guarda) e comportamentos defensivos (afastados, com postura submissa e postura ereta defensiva).” AUTHOR INFORMATION PACK 27 Jan 2023www.elsevier.com/locate/physbeh 1 PHYSIOLOGY & BEHAVIOR AUTHOR INFORMATION PACK TABLE OF CONTENTS . XXX . • Description • Audience • Impact Factor • Abstracting and Indexing • Editorial Board • Guide for Authors p.1 p.1 p.1 p.2 p.2 p.4 ISSN: 0031-9384 DESCRIPTION . Physiology & Behavior is aimed at the causal physiological mechanisms of behavior and its modulation by environmental factors. The journal invites original reports in the broad area of behavioral and cognitive neuroscience, where the interaction of physiology and behavior is the prerequisite for all published material. The range of subjects includes behavioral neuroendocrinology, psychoneuroimmunology, learning and memory, ingestion, taste, social behavior, exercise (as it relates to behavior), studies related to the mechanisms of psychopathology and studies using animal models with the purpose of translating the findings to humans. Purely pharmacological studies (either using natural compounds or synthetic chemicals), studies on improving human performance beyond physiological adaptations, or studies on improving livestock production are not in the focus of the Journal. We also welcome contemporary reviews and theoretical articles, and the Editors invite such proposals from interested authors. Thematic issues and more comprehensive studies are also considered for publication, subject to the same review standards and process. All articles will be published in English. Benefits to authors We provide many author benefits, such as free PDFs, a liberal copyright policy, special discounts on Elsevier publications and much more. Please click here for more information on our author services. Please see our Guide for Authors for information on article submission. If you require any further information or help, please visit our Support Center. AUDIENCE . Physiologists, neurologists, psychologists, pharmacologists. IMPACT FACTOR . 2021: 3.742 © Clarivate Analytics Journal Citation Reports 2022 https://www.elsevier.com/authors/author-services https://www.elsevier.com/journals/physiology-and-behavior/0031-9384/guide-for-authors https://service.elsevier.com/app/home/supporthub/publishing/ AUTHOR INFORMATION PACK 27 Jan 2023 www.elsevier.com/locate/physbeh 2 ABSTRACTING AND INDEXING . BIOSIS Citation Index PubMed/Medline Chemical Abstracts Elsevier BIOBASE PsycINFO PsycLIT CD-ROM IBZ Nutrition Abstracts Energy Research Abstracts Energy Data Base Reference Update Current Contents - Life Sciences Scopus Science Citation Index Expanded ScienceDirect Social Sciences Citation Index Web of Science EDITORIAL BOARD . Editors-in-Chief Thomas Lutz, University of Zurich Institute of Veterinary Physiology, 260 Winterthurerstrasse, 8057, Zurich, Switzerland, Fax: +41-44-635 89 32 Section Editors Tanja Adam, Maastricht University, Maastricht, Netherlands Kees de Graaf, Wageningen University, Wageningen, Netherlands John E Hayes, The Pennsylvania State University Sensory Evaluation Center, State College, Pennsylvania, United States of America Kimberly Kinzig, Purdue University, West Lafayette, Indiana, United States of America Eric Krause, University of Florida, Gainesville, Florida, United States of America Christelle Le Foll, University of Zurich, Zurich, Switzerland Jayme McReynolds, University of Cincinnati College of Medicine, Department of Pharmacology and Systems Physiology, Cincinnati, Ohio, United States of America Lawrence Reagan, University of South Carolina School of Medicine, Columbia, South Carolina, United States of America Kellie Tamashiro, Johns Hopkins University School of Medicine, Baltimore, Maryland, United States of America Editorial Board Michael Baum, Boston University, Boston, Massachusetts, United States of America Gary Beauchamp, Monell Chemical Senses Center, Philadelphia, Pennsylvania, United States of America Donovan Begg, University of New South Wales, Sydney, New South Wales, Australia Seema Bhatnagar, University of Pennsylvania Perelman School of Medicine, Philadelphia, Pennsylvania, United States of America D. Caroline Blanchard, University of Hawai'i at Mānoa, Honolulu, Hawaii, United States of America Richard Bodnar, CUNY The Graduate Center, New York, New York, United States of America Gretha Boersma, Johns Hopkins University, Baltimore, Maryland, United States of America Maurizio Casarrubea, University of Palermo, Department of Biomedicine Neuroscience and Advanced Diagnostics, Palermo, Italy Thomas Castonguay, University of Maryland at College Park, College Park, Maryland, United States of America Sonia Cavigelli, The Pennsylvania State University, University Park, Pennsylvania, United States of America Lique Martina Coolen, The University of Mississippi Medical Center, Jackson, Mississippi, United States of America Wim Crusio, University of Bordeaux, CNRS, Bordeaux, France Derek Daniels, University at Buffalo, Buffalo, New York, United States of America Annette De Kloet, University of Florida, Gainesville, Florida, United States of America Terrence Deak, Binghamton University, Department of Psychology, Binghamton, New York, United States of America David M. Dietz, University at Buffalo, Pharmacology and Toxicology, Buffalo, New York, United States of America Juan Dominguez, The University of Texas at Austin, Austin, Texas, United States of America David Edwards, Emory University, Atlanta, Georgia, United States of America Cheryl Frye, University at Albany, Albany, New York, United States of America AUTHOR INFORMATION PACK 27 Jan 2023 www.elsevier.com/locate/physbeh 3 Juan Pedro Fuentes García, University of Extremadura, Badajoz, Spain Andras Hajnal, Penn State College of Medicine, Hershey, Pennsylvania, United States of America Robin Kanarek, Tufts University, Medford, Massachusetts, United States of America Scott Kanoski, University of Southern California, Los Angeles, California, United States of America Kimberly Kinzig, Purdue University, West Lafayette, Indiana, United States of America Claire de La Serre, University of Georgia, Athens, Georgia, United States of America Michelle Lee, Swansea University, Swansea, United Kingdom Nu-Chu Liang, University of Illinois Urbana-Champaign, Department of Psychology, Champaign, Illinois, United States of America Victoria Macht, The University of North Carolina at Chapel Hill, Chapel Hill, North Carolina, United States of America Kevin Myers, Bucknell University, Lewisburg, Pennsylvania, United States of America Gretchen N. Neigh, Virginia Commonwealth University, Department of Anatomy and Neurobiology, Richmond, Virginia, United States of America Randy Nelson, The Ohio State University, Columbus, Ohio, United States of America James G. Pfaus, Charles University, Praha, Czechia Helen Raybould, University of California Davis, Davis, California, United States of America Leah Reznikov, University of Florida, Gainesville, Florida, United States of America Linda Rinaman, University of Pittsburgh, Pittsburgh, Pennsylvania, United States of America Sue Ritter, Washington State University, Pullman, Washington, United States of America Mitchel Roitman, University of Illinois Chicago, Chicago, Illinois, United States of America Neil Rowland, University of Florida, Gainesville, Florida, United States of America Jérôme Roy, Nutrition Metabolism Aquaculture, St Pee sur Nivelle, France Norbert Sachser, University of Münster, Münster, Germany Samina Salim, University of Houston, Houston, Texas, United States of America Jessica Santollo, University of Kentucky, Department of Biology, Lexington, Kentucky, United States of America Gary Schwartz, Albert Einstein College of Medicine, Bronx, New York, United States of America Anthony Sclafani, City University of New York, New York, New York, United States of America Andrea Sgoifo, University of Parma, Parma, Italy Gerard Smith, Weill Cornell Medicine, New York, New York, United States of America Matia B. Solomon, University of Cincinnati, Cincinnati, Ohio, United States of America AlanSpector, Florida State University, Tallahassee, Florida, United States of America Volker Stefanski, University of Hohenheim, Stuttgart, Germany Ursula Stockhorst, Osnabrück University, Osnabrück, Germany Robert Thunhorst, The University of Iowa, Iowa City, Iowa, United States of America Michael Tordoff, Monell Chemical Senses Center, Philadelphia, Pennsylvania, United States of America Zoe Warwick, University of Maryland Baltimore, Baltimore, Maryland, United States of America Richard Weisinger, The Florey Institute of Neuroscience and Mental Health, Parkville, Australia Margriet Westerterp-Plantenga, Maastricht University, Maastricht, Netherlands Stephen Woods, University of Cincinnati Medical Center, Cincinnati, Ohio, United States of America Zhenlong Wu, China Agricultural University, Beijing, China Guang-Yin Xu, Soochow University, Suzhou, China Founding Editor Matthew Wayner AUTHOR INFORMATION PACK 27 Jan 2023 www.elsevier.com/locate/physbeh 4 GUIDE FOR AUTHORS . Your Paper Your Way We now differentiate between the requirements for new and revised submissions. You may choose to submit your manuscript as a single Word or PDF file to be used in the refereeing process. Only when your paper is at the revision stage, will you be requested to put your paper in to a 'correct format' for acceptance and provide the items required for the publication of your article. To find out more, please visit the Preparation section below. Submission checklist You can use this list to carry out a final check of your submission before you send it to the journal for review. Please check the relevant section in this Guide for Authors for more details. Ensure that the following items are present: One author has been designated as the corresponding author with contact details: • E-mail address • Full postal address All necessary files have been uploaded: Manuscript: • Include keywords • All figures (include relevant captions) • All tables (including titles, description, footnotes) • Ensure all figure and table citations in the text match the files provided • Indicate clearly if color should be used for any figures in print Graphical Abstracts / Highlights files (where applicable) Supplemental files (where applicable) Further considerations • Manuscript has been 'spell checked' and 'grammar checked' • All references mentioned in the Reference List are cited in the text, and vice versa • Permission has been obtained for use of copyrighted material from other sources (including the Internet) • A competing interests statement is provided, even if the authors have no competing interests to declare • Journal policies detailed in this guide have been reviewed • Referee suggestions and contact details provided, based on journal requirements For further information, visit our Support Center. BEFORE YOU BEGIN Ethics in publishing Please see our information on Ethics in publishing. Studies in humans and animals If the work involves the use of human subjects, the author should ensure that the work described has been carried out in accordance with The Code of Ethics of the World Medical Association (Declaration of Helsinki) for experiments involving humans. The manuscript should be in line with the Recommendations for the Conduct, Reporting, Editing and Publication of Scholarly Work in Medical Journals and aim for the inclusion of representative human populations (sex, age and ethnicity) as per those recommendations. The terms sex and gender should be used correctly. Authors should include a statement in the manuscript that informed consent was obtained for experimentation with human subjects. The privacy rights of human subjects must always be observed. All animal experiments should comply with the ARRIVE guidelines and should be carried out in accordance with the U.K. Animals (Scientific Procedures) Act, 1986 and associated guidelines, EU Directive 2010/63/EU for animal experiments, or the National Research Council's Guide for the Care https://service.elsevier.com/app/home/supporthub/publishing/ https://www.elsevier.com/about/policies/publishing-ethics#Authors https://www.wma.net/policies-post/wma-declaration-of-helsinki-ethical-principles-for-medical-research-involving-human-subjects/ http://www.icmje.org/recommendations/ http://www.icmje.org/recommendations/ https://www.who.int/gender-equity-rights/understanding/gender-definition/en/ https://www.nc3rs.org.uk/arrive-guidelines https://ec.europa.eu/environment/chemicals/lab_animals/legislation_en.htm https://ec.europa.eu/environment/chemicals/lab_animals/legislation_en.htm https://grants.nih.gov/grants/olaw/guide-for-the-care-and-use-of-laboratory-animals.pdf AUTHOR INFORMATION PACK 27 Jan 2023 www.elsevier.com/locate/physbeh 5 and Use of Laboratory Animals and the authors should clearly indicate in the manuscript that such guidelines have been followed. The sex of animals must be indicated, and where appropriate, the influence (or association) of sex on the results of the study. Declaration of interest All authors must disclose any financial and personal relationships with other people or organizations that could inappropriately influence (bias) their work. Examples of potential competing interests include employment, consultancies, stock ownership, honoraria, paid expert testimony, patent applications/registrations, and grants or other funding. Authors must disclose any interests in two places: 1. A summary declaration of interest statement in the title page file (if double anonymized) or the manuscript file (if single anonymized). If there are no interests to declare then please state this: 'Declarations of interest: none'. 2. Detailed disclosures as part of a separate Declaration of Interest form, which forms part of the journal's official records. It is important for potential interests to be declared in both places and that the information matches. More information. Submission declaration and verification Submission of an article implies that the work described has not been published previously (except in the form of an abstract, a published lecture or academic thesis, see 'Multiple, redundant or concurrent publication' for more information), that it is not under consideration for publication elsewhere, that its publication is approved by all authors and tacitly or explicitly by the responsible authorities where the work was carried out, and that, if accepted, it will not be published elsewhere in the same form, in English or in any other language, including electronically without the written consent of the copyright- holder. To verify compliance, your article may be checked by Crossref Similarity Check and other originality or duplicate checking software. Preprints Please note that preprints can be shared anywhere at any time, in line with Elsevier's sharing policy. Sharing your preprints e.g. on a preprint server will not count as prior publication (see 'Multiple, redundant or concurrent publication' for more information). Preprint posting on SSRN In support of Open Science, this journal offers its authors a free preprint posting service. Preprints provide early registration and dissemination of your research, which facilitates early citations and collaboration. During submission to Editorial Manager, you can choose to release your manuscript publicly as a preprint on the preprint server SSRN once it enters peer-review with the journal. Your choice will have no effect on the editorial process or outcome with the journal. Please note that the corresponding author is expected to seek approval from all co-authors before agreeing to release the manuscript publicly on SSRN. You will be notified via email when your preprint is posted online and a Digital Object Identifier (DOI) is assigned. Your preprint will remain globally available free to read whether the journal accepts or rejects your manuscript. For more information about posting to SSRN, please consult the SSRN Terms of Use and FAQs. Use of inclusive language Inclusive language acknowledges
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